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Revista Psicopedagogia

Print version ISSN 0103-8486

Rev. psicopedag. vol.36  supl.1 São Paulo  2019

 

Apresentação dos Resumos Referentes aos Trabalhos do XI Congresso Brasileiro de Psicopedagogia - V Simpósio Internacional de Psicopedagogos

 

 

Tema Central: A Psicopedagogia e o Desenvolvimento Afetivo, Cognitivo e Social

Realização: 05 a 07 julho de 2018 - São Paulo/SP

Prezado leitor,

Com grande prazer apresentamos os resumos de autores que abrilhantaram com seus trabalhos científicos o nosso XI Congresso Brasileiro de Psicopedagogia e V Simpósio Internacional de Psicopedagogos.

São temas variados, os quais contemplam a Psicopedagogia e áreas afins.

Mergulhem nesse caleidoscópio de informações e desfrutem, mesmo que seja de forma resumida, da riqueza, da clareza e da sensibilidade dessas pessoas que tornaram o nosso Congresso mais interessante, mais forte, mais inovador.

Débora Silva de Castro Pereira

Editora

 

 


A IMPORTÂNCIA DA PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA: ESTUDO DE CASO DE UMA CRIANÇA COM TDAH, AVANÇOS NA LEITURA E ESCRITA

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autoras: Auricelia Melo Feijão

Coautores: James Brito Bezerra Lobo, Joice Maria de Souza Ferreira e Jamile Melo Feijão

RESUMO

Este trabalho é um estudo de caso, que tem como objetivo principal ressaltar a importância do atendimento clínico psicopedagógico, através das intervenções, com uma criança de 8 anos de idade com diagnóstico de TDAH. Diante das intervenções com o psicopedagogo, a criança melhorou significativamente o seu desempenho escolar, no qual apresentava grande dificuldade na leitura e escrita; o trabalho psicopedagógico era realizado com atividades e jogos. Atualmente, essa criança já lê, escreve e realiza algumas atividades escolares sozinha, obtendo grandes avanços na leitura e escrita. A mesma continua com as terapias psicopedagógicas. Portanto, com esse estudo identificamos que uma criança, mesmo diante e exposta a múltiplas dificuldades de aprendizagem e transtorno de déficit de atenção, aprende em sua subjetividade de tempo e, principalmente com a ajuda dos profissionais adequados, ela irá avançar, evoluir e mostrar o seu potencial.

Palavras-chave: Projeto Leitura na Praça. Psicopedagogia Itinerante na Região do Cariri. Aprendizagem e Leitura.

 


 

A INFÂNCIA MAL COMPREENDIDA

Eixo: Família e Escola

Autora: Ingrid Merkler Moraes

Coautora: Raquel Pierini Lopes dos Santos

RESUMO

Este breve artigo se preocupa com o assunto da infância. Seria a concepção de criança e de infância errada? Como poderiam a escola e a família concentrar seus esforços a fim de melhorar o conhecimento e habilidades das crianças, sem perder de vista a infância? Dessa forma, o artigo está dividido em duas partes: a primeira focada em teorizar a respeito do conceito de infância, enquanto que ao mesmo tempo expõe algumas ideias práticas que se comparem com a teoria. Já a segunda parte faz uma abordagem sobre o tema da compreensão incorreta que se faz da infância, apresentando alguns argumentos psicossociais, a fim de trazer à tona a compreensão real do tema.

Palavras-chave: Criança. Conceito de Infância. Compreensão do Crescer.

 


 

A INFORMAÇÃO NO CONTEXTO LÚDICO E O PROCESSO DE TRATAMENTO E CURA EM HOSPITAIS PEDIÁTRICOS: UMA EXPERIÊNCIA NO HOSPITAL DA CRIANÇA DA BAHIA

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Adriana Freitas Castello Branco

RESUMO

Diante das muitas transformações, a educação vem ganhando significativo espaço em vários setores no Brasil. Surgem novas intervenções e possibilidades na Pedagogia que possibilitam o repensar do espaço pedagógico. Uma delas é a presença da informação e das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), favorecendo o aprender e aprendizagem. Com a Pedagogia Hospitalar (PH), constroem-se novos espaços em hospitais e clínicas, ampliando a sua atuação. O pedagogo propicia um atendimento voltado para crianças que se encontram internadas. A hospitalização é verificada como momento de grande sofrimento físico e emocional à criança, acarretando mudanças singulares na construção de sua existência. Desta forma, o presente artigo busca apresentar vivências sobre a atuação do pedagogo e a utilização da informação no contexto lúdico ao processo de tratamento e cura no Hospital da Criança da Bahia, fundamentando-se em teóricos que defendem essa temática como Coadic, Capurro, Belloni, Smit e Tálamo, entre outros. A metodologia empregada baseia-se em pesquisa bibliográfica da CI, da PH e da medicina pediátrica, com relato acerca de experiência sobre o uso e benefícios das TIC. Como resultados, reflete-se sobre a importância do uso da informação lúdica aliadas às TIC, no contexto hospitalar, bem como a sua relevância ao atendimento pedagógico transformador do estágio emocional e físico do paciente, visando a melhoria da qualidade de vida da criança hospitalizada e do indivíduo em suprir certas demandas informacionais, sobretudo na busca do entender sua própria realidade social e cultural.

Palavras-chave: Informação Lúdica. Ciência da Informação - Pedagogia Hospitalar. Tecnologias da Informação e Comunicação - Hospital Pediátrico.

 


 

A INTERVENÇÃO DO PSICOPEDAGOGO JUNTO AOS DOCENTES E DISCENTES: UTILIZAÇÃO DA PROVA PROJETIVA PSICOPEDAGÓGICA (PAR EDUCATIVO) NA COMPREENSÃO DO VÍNCULO DOS DOCENTES E DISCENTES COM A APRENDIZAGEM

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Luciana Siqueira Lira de Miranda

Coautora: Ingrid Magalhães de Almeida

RESUMO

No diálogo estabelecido com teóricos da Pedagogia e da Psicopedagogia, percebemos a importância da relação professor/aluno para o sucesso da aprendizagem. Uma relação vincular é necessária, uma vez que o sujeito que ensina precisa ter prazer na aprendizagem e naquilo que ensina para conseguir despertar a paixão de aprender. Assim sendo, cabe ressaltar que a aprendizagem se faz com o outro, para além dos métodos e das técnicas; é fruto de relações que promovem conhecimento e autoconhecimento (Assis e Oliveira, 2003). O objetivo deste trabalho é apresentar o resultado da aplicação do Par Educativo em alunos com dificuldades de aprendizagem nos anos iniciais em uma escola privada e em seus professores. A escolha deste instrumento se deu pelo fato de que "O Par Educativo" (Visca, 2015) é utilizado para avaliar o vínculo do sujeito com a aprendizagem. Através do cruzamento dos indicadores analisados na aplicação da prova, que foram: posição, tamanho, tamanho relativo, características corporais, perspectiva e âmbito, foi possível perceber os vínculos de ambos os sujeitos com a aprendizagem, possibilitando uma melhor compreensão acerca das dificuldades e rupturas nessas aprendizagens. O psicopedagogo em sua intervenção preventiva, antes de qualquer atuação junto ao professor, deverá também conhecê-lo enquanto sujeito que também aprende. Afinal, enquanto professores deverão estar sempre em processo de aprendizagem. Concluímos que, como um importante instrumento de avaliação diagnóstica para o psicopedagogo escolar, o Par Educativo contribui para a compreensão da importância da formação do professor na busca e a possibilidade em compreender a subjetividade da sua atuação, seu vínculo com a aprendizagem e como a aprendizagem está colocada na concepção do sujeito que ensina. Se como professores a tarefa é ensinar, precisam compreender também como se dá o processo de aprender, a começar de si mesmos.

Palavras-chave: Psicopedagogo. Professor. Vínculo. Aprendizagem.

 


 

A METAMORFOSE NÃO ACONTECEU! E AGORA? - IMPLICAÇÕES EMOCIONAIS NA APRENDIZAGEM

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Naissa Maria Silvestre Dias

Coautoras: Tatiana Giselle Guimarães Lopes e Gelsa Mara Presuto

RESUMO

O processo de aprendizagem deve ser mais que o sujeito que aprende, deve compreender a capacidade de conhecer sobre si e sobre o meio no qual está inserido. Portanto, a emoção é uma ferramenta tão importante quanto o pensamento. Mudanças emocionais implicam em mudanças no domínio de ações, sendo que nada ocorre sem que haja uma ação que se origina de algum tipo de emoção. O contato com a natureza na infância pode ser um aliado neste processo, podendo contribuir para a educação das crianças para a educação das emoções e percepção de mundo. Com base nessas necessidades, o objetivo desse estudo foi observar e investigar a importância da natureza no desenvolvimento emocional infantil e suas implicações na aprendizagem. Foi disponibilizado pra crianças de 2 a 6 anos de idade, em sala de aula, de 3 escolas, viveiros de borboletas e joaninhas na fase larval, para que fosse possível acompanhar todas as fases da metamorfose. A coleta de dados foi realizada através da documentação pedagógica (registros fotográficos, anotações das falas das crianças e desenhos) das professoras participantes e questionários aplicados a elas e analisados de forma qualitativa e quantitativa. As crianças se encantaram a cada etapa do desenvolvimento dos insetos, demonstrando curiosidade, cuidado e preocupação com as suas necessidades. Contudo, muitas larvas não completaram o seu ciclo de vida, não sendo possível se observar as transformações próprias da metamorfose. Dentre as professoras participantes, 80% relataram que aproveitaram o ocorrido para explicar sobre os ciclos na natureza. Dessa forma, as crianças superaram o sentimento inicial de frustração, construindo novos significados e soluções, como, por exemplo, que as pupas fossem enterradas para as plantas as utilizarem como adubo. Concluiu-se que através de experiências com a natureza, na forma do brincar, é possível desenvolver a inteligência emocional e otimizar o processo educacional da criança em sua vida cotidiana.

Palavras-chave: Processo Educacional. Emoções. Inteligência Emocional.

 


 

A PREPARAÇÃO DO PROFESSOR EM PROL DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES EM ESCOLAS DO ENSINO REGULAR

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Edilene Maia Brito Medrado

RESUMO

Esta pesquisa tem como tema a preparação do professor em prol da Educação Inclusiva: desafios e possibilidades em escolas do ensino regular. Em virtude disso, aborda sobre aspectos relacionados à Educação Especial, Integrativa, Inclusiva. Além disso, busca uma reflexão sobre o que está sendo feito na escola regular diante do proposto pelas leis. O objetivo geral é analisar as possibilidades e limites da operacionalização da Educação Especial no ensino regular, conforme estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases, de 1996 (LDBEN/1996). O foco da pesquisa é a formação e a atuação do professor porque se entende que este profissional é o grande responsável para fazer acontecer a inclusão nas escolas. Objetivou-se, especificamente: (1) analisar a formação inicial do professor referente ao seu preparo para atuar na Educação Inclusiva; (2) sistematizar as opções de formação continuada do professor; (3) analisar os condicionantes internos da escola que influenciam a atuação do professor em prol da implementação da Educação Inclusiva; (4) analisar os condicionantes externos da escola que influenciam a atuação do professor em prol da implementação da Educação Inclusiva. Após a revisão da literatura e uma análise documental da legislação, realizou-se uma pesquisa empírica de natureza qualitativa por meio de um estudo de caso múltiplo em duas escolas, localizadas na cidade de Salvador/BA. Optou-se pela escolha de uma escola da rede pública e uma da rede privada para enriquecer a compreensão de fator da operacionalização do atendimento de alunos com deficiências em escolas do ensino regular, sem, contudo, intenções de comparações diretas entre as redes. Além da análise do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Interno das duas escolas, foram realizados entrevistas e questionários, aplicados a 47 professores. No total, a pesquisa envolveu 59 pessoas, abrangendo gestores, coordenadores, professores e duas mães. Os dados levantados foram sistematizados por condicionantes internos (escolares) e externos (da comunidade local). Como principais resultados, constatou-se que, mesmo depois de 20 anos em vigor da LDBEN/1996, as escolas e, principalmente, os professores ainda não se sentem preparados adequadamente para trabalhar com os alunos com deficiências e as adequações pedagógicas não estão sendo realizadas de forma sistemática.

Palavras-chave: Formação do Professor. Educação Especial. Ensino Regular. Inclusão. Política Pública.

 


 

A PSICOPEDAGOGIA E A CONTRIBUIÇÃO DA NEUROCIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO DEPENDENTE QUÍMICO

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Monica de Paula Silva

RESUMO

Este trabalho fala a respeito da importância da arte e da contribuição da neurociência no atendimento psicopedagógico em clínicas de dependência química. Através de pesquisas científicas dentro da neurociência, hoje podemos compreender que o cérebro renova a cada estímulo, experiências ou comportamento, usando informações recebidas com eficiência. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de autores como: Alvarez (2006), Chopra (2013), Fernandez (2001), Bossa (2000), Santos (2006), Relvas (2010), Volkow (2010), entre outros, em parceria com a arte, com o objetivo melhorar a aprendizagem do dependente químico.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Arte. Neurociência. Dependência Química.

 


 

A RELEVÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO PRÁXICA NA AQUISIÇÃO DA ESCRITA NA ALFABETIZAÇÃO

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autoras: Edieme Margareth Santos Oliveira

RESUMO

OBJETIVO: Analisar a relevância da organização práxica na aquisição da escrita de crianças no processo de alfabetização.
MÉTODO: Durante a composição do trabalho desenvolvido, foi realizada revisão bibliográfica das obras de diversos autores no intuito de compreender e identificar como a psicomotricidade pode contribuir no processo de alfabetização. Na perspectiva walloniana, revisamos o desenvolvimento infantil, situaremos o leitor em relação ao processo de alfabetização, sua correlação com a psicomotricidade, apresentaremos a organização práxica, as unidades funcionais de Luria, que pressupõe uma hierarquia dos fatores psicomotores.
RESULTADOS:
Diante do estudo realizado, foi possível verificar que a criança no processo de alfabetização, durante a aquisição da escrita necessita de habilidades psicomotoras para se desenvolver cognitivamente. Necessita reafirmar a sua própria imagem corporal para a partir desta referência adquirir habilidades para desenvolver as aprendizagens. É fundamental à criança que toda experiência passe primeiro pelo corpo, desta maneira, irá elaborar o sentido do que se aprende e, assim, terá instrumentos de desenvolvimento e pré-requisitos para os aprendizados da escrita.
CONCLUSÃO:
A organização práxica é relevante na aquisição da escrita de crianças no processo de alfabetização porque a mesma tem que dispor de uma excelente organização da sua imagem corporal não só no desenho, mas também na representação e projeção no espaço, conseguindo relacionar o espaço dentro do corpo com o espaço fora do corpo. Adquirir habilidades de escrita requer da criança movimentos binoculares, bom controle postural, uma excelente organização psíquica e intencional da sua motricidade global e fina.

Palavras-chave: Organização Práxica. Criança. Alfabetização.

 


 

ACOLHER - UM PASSO PARA APRENDER

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Maria Cristina Montingelli

Coautoras: Jurema Christen Macedo, Mirlene M. Melo Canestraro, Evelise Maria Labatut Portilho

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo apresentar o estudo de caso realizado em uma instituição Casa Lar, do município de Curitiba/PR, como pré-requisito para a conclusão da formação em Psicopedagogia no âmbito institucional. No primeiro contato com a instituição levantou-se como motivo para o desenvolvimento da prática psicopedagógica a necessidade de formação continuada para as educadoras que trabalham com as crianças assistidas pelo lar. Para tanto, optou-se pelos seguintes instrumentos de pesquisa: EOCMEA, entrevistas semiestruturadas com funcionários, observação da rotina institucional, a entrevista histórica e a análise do planejamento estratégico. A partir dos dados observados pode-se destacar alguns aspectos relevantes que colaboram na confirmação do motivo apresentado no início da avaliação. Na dimensão do conhecimento foi possível observar que a instituição apresenta uma linguagem informal, pouco investimento na instrumentalização técnica, teórica e na formação continuada; além de estabelecer a prática baseada no senso comum. Na dimensão da interação, houve predomínio da comunicação fálica, ansiedade confusional, baixa pertença e integração. Na dimensão funcional papéis, funções e enquadramento estão pouco definidos. Observou-se uma organização e planejamento vulneráveis, em que a rotina e as regras não estão claras, e o funcionamento é confuso, com pouca supervisão. O clima organizacional é bom. Na dimensão estrutural observou-se um espaço físico desorganizado, com divisão entre equipe técnica, administrativa e operacional. A aplicação do planejamento estratégico é frágil, evidenciando uma gestão caseira e centralizadora, a partir de uma visão assistencialista. Sendo assim, conclui-se que a modalidade de aprendizagem da referida instituição tem predomínio no fazer, em detrimento ao refletir, com características de um ambiente familiar. Como indicação para um prognóstico favorável à superação das dificuldades atuais, sugere-se um projeto de formação continuada que envolva os profissionais que atuam na instituição, visando a linguagem comum no grupo.

Palavras-chave: Aprendizagem. Acolhimento. Casa Lar. Psicopedagogia. Instituição.

 


 

ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS HOSPITALIZADOS

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Claudia Pereira Brandão

RESUMO

Conforme demonstraram diversos autores, a abordagem biopsicossocial em hospitais permite que novas relações e atuações profissionais sejam estabelecidas pensando no paciente como ser integral; numa enfermaria pediátrica isso envolve necessariamente o processo de escolarização da criança e do adolescente, incluindo diversos contextos de aprendizagem e todos os atores envolvidos neste processo. Diante da diversidade de diagnósticos atendidos e considerando o contexto socioeducacional do país, sistematizar as práticas pedagógicas em ambiente hospitalar contribui para ampliar o conhecimento da atuação do pedagogo hospitalar. Por conseguinte, a Pedagogia Hospitalar busca oferecer o atendimento ao maior número de pacientes, visando diminuir o prejuízo acadêmico o tanto quanto possível durante a ausência à escola ocasionada pela internação. Este trabalho objetivou, então, caracterizar o perfil de atendimento da Pedagogia Hospitalar em enfermaria de reabilitação pediátrica por meio de um protocolo elaborado pela pesquisadora e levantar hipótese sobre a necessidade de avaliação psicopedagógica para pacientes internados que estão em idade escolar. O método consiste na revisão de 250 prontuários eletrônicos que constituem a formalização do registro institucional do paciente na instituição de pesquisa. Posteriormente, na categorização dos dados em: diagnóstico principal, motivo da internação, história escolar, modalidade acadêmica atual, e conduta para intervenção psicopedagógica. A partir desta triagem, foi possível observar que um número significativo de pacientes, que não necessariamente apresentam deficiência intelectual associada à afecção de base, demonstrou algum prejuízo em seu processo de escolarização, sendo, nesse contexto, a avaliação psicopedagógica de fundamental importância na busca pela determinação da causa destes prejuízos. Conclui-se, então, que a Pedagogia Hospitalar pode contribuir na minimização dos efeitos advindos da hospitalização, sendo uma de suas principais funções instrumentalizar a criança e a família para uma melhor readaptação escolar após a internação. Tal instrumentalização inclui o aprofundamento sobre os processos de aprendizagem e suas dificuldades.

Palavras-chave: Pedagogia Hospitalar. Classe Hospitalar. Avaliação Psicopedagógica. Psicopedagogia. Inclusão Escolar.

 


 

UMA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS POR DOENÇA CRÔNICA

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Leila de Oliveira Côrtes

RESUMO

Este artigo teve por finalidade trabalhar a Psicopedagogia com crianças hospitalizadas com doença crônica, visando amenizar e contribuir com o ensino-aprendizagem nesta situação. Promover a saúde através de uma visão humanizadora na relação e no trato com pacientes internados e seus familiares, fazendo com que esse processo seja menos traumático possível. O paciente, ao ser internado, passa por período de adaptação frente às alterações surgidas em sua vida, sofrerá despersonalização. O psicopedagogo ajudou nesse processo para contribuir para a cura orgânica e emocional. O objeto de trabalho do psicopedagogo hospitalar não é só a dor do paciente, mas também a angústia declarada da família, a angústia disfarçada da equipe e a angústia geralmente negada dos médicos. A tarefa foi facilitar o relacionamento entre paciente, familiares, equipe e médicos; o paciente quer se livrar do sintoma, a família quer saber do prognóstico e os médicos querem fazer o diagnóstico, pois a doença crônica, seja ela qual for, acarretará ao portador algumas limitações. Para este trabalho, foram utilizadas algumas metodologias como: livros de história/contos infantis, de acordo com a necessidade da criança, caixa de brinquedos, jogos educativos, jogos matemáticos, entre outros. A intervenção foi realizada no leito ou na brinquedoteca, onde fosse mais adequado à criança. O psicopedagogo trabalhou com o intuito de resgatar a autoestima do paciente internado.

Palavras-chave: Doença Crônica. Dificuldade de Aprendizagem. Psicopedagogia Hospitalar. Hospitalização Infantil.

 


 

USO DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA NO PROCESSO DE INCLUSÃO: PRÁTICAS EXITOSAS NO AEE

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Acreciana de Sousa Melo

RESUMO

A necessidade de estudar e refletir acerca deste tema se deu a partir da nossa vivência e atuação frente à Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), com o Atendimento Educacional Especializado (AEE), na cidade de Crato-CE, onde atendemos um aluno com síndrome de Down e autismo que apresenta atraso na linguagem. Objetivamos analisar nesse espaço as contribuições do uso da Comunicação Alternativa (CA) para ampliar o repertório comunicativo desse aluno, tendo como foco de intervenção o ensino da comunicação funcional, considerando a importância de fazer o outro entender a mensagem que se deseja comunicar. De tal modo, a troca de imagens vem sendo uma excelente ferramenta da CA, na qual a criança é estimulada a escolher, dentre várias imagens, aquela que indica o seu desejo. Este aprendizado é baseado no PECS, Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (do inglês Picture Exchange Communication System), cuja finalidade é permitir o desenvolvimento da comunicação interpessoal. Partimos da seguinte problematização: Como o uso de imagens pode influenciar no processo de comunicação de aluno que apresenta dificuldades na fala? Para tanto, privilegiamos a abordagem qualitativa, estudando nossas experiências frente ao contexto em que estamos inseridas e utilizamos a pesquisa participante. Inicialmente, realizamos revisão de literatura que traz reflexão e conhecimento acerca da temática. Posteriormente, através da pesquisa participante, evidenciamos vivências exitosas frente à intervenção com uso do sistema PECS. Para auxiliar nesse processo, utilizamos imagens com figuras universais e fotos de objetos ou situações reais do seu cotidiano. De tal modo, a partir dessas experiências interventivas no AEE evidenciamos avanços positivos referentes à inclusão e comunicação do aluno. A análise dos resultados apontou para os respectivos ganhos: diminuição de comportamentos inadequados que poderiam estar sendo usados como forma de expressão, indícios na aquisição da fala espontânea, avanço no brincar cooperativo com a professora do AEE e nas habilidades sociais básicas e percepção de limites frente às regras estabelecidas no contexto escolar, passando a compreender atitudes que pode ou não pode praticar neste ambiente. Assim, com os resultados deste estudo, espera-se contribuir para uma reflexão acerca do uso do sistema PECS no espaço do AEE, proporcionando melhor compreensão acerca do processo de comunicação, reduzindo as frustrações e auxiliando na percepção de regras e limites frente ao contexto escolar, familiar e social.

Palavras-chave: Comunicação Alternativa. Sistema PECS. Atendimento Educacional Especializado. Práticas Exitosas. Inclusão.

 


 

AS CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM ALTAS HABILIDADES - UM ESTUDO DE CASO

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Daniella de Moura Pereira Robbi

RESUMO

O presente estudo de caso tem por objetivo demonstrar a eficácia da avaliação psicopedagógica integrada à avaliação multidisciplinar como auxiliar no delineamento da hipótese diagnóstica. Participou desse estudo uma criança do sexo masculino, com 8 anos e 4 meses, estudante de uma escola municipal de uma cidade do interior de São Paulo, cuja queixa principal era de altas habilidades e desatenção. Adotou-se como embasamento teórico o Modelo dos Três Anéis, desenvolvido por Renzulli, que considera três fatores relevantes na investigação para as altas habilidades, sendo elas, o engajamento com a tarefa, habilidade acima da média e criatividade, concomitante às habilidades cognitivas. De modo geral, a criança apresentou desempenho acima da média, revelando que os resultados da avaliação vêm ao encontro do conceito preconizado por Renzulli, corroborando, dessa forma, com a importância da avaliação psicopedagógica para o delineamento desse caso.

Palavras-chave: Avaliação Psicopedagógica. Altas Habilidades. Inclusão.

 


 

ESCOLAS E EDUCAÇÃO INTERNACIONAL: UMA ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autor: Luis Miguel Pinto Goncalves

RESUMO

O presente artigo objetiva fazer um estudo discursivo sobre as Escolas Internacionais pautado em alguns questionamentos que buscaremos esclarecer através de uma pesquisa bibliográfica. O que significa ser uma Escola Internacional e a educação internacional? Como a abordagem pedagógica se apresenta? O que se faz, onde podemos encontrar, quem são os alunos, quem são os professores, que pedagogias utilizam, qual a sua ideologia, a sua missão, os seus valores, quem gere as escolas internacionais? O que têm de diferente em relação às escolas públicas e privadas do sistema nacional de educação? Como conseguimos educar com uma diversidade? Uma mentalidade internacional é o resultado da Educação Internacional? O "inter" e o "nacional" no futuro podiam se fundir em "Global". Uma educação recente na história da educação, mas com um crescimento significativo devido não só à população de expatriados, mas a um "boom" da classe média local, apesar de ainda representar uma pequeníssima cota na educação em todo o mundo. Objetivando esclarecer tais questionamentos, adotamos a pesquisa bibliográfica como base desta investigação, com a leitura do livro da Symposium books, numa tentativa incessante da dar resposta as problemáticas e curiosidades propostas. Para tanto, tomamos ainda teóricos como Fabian (2016), Hayden (2016), Nagrath (2011), Tate (2016), Wagner (2008), bem como os livros da International Baccalaureate (IB) (2014, 2007) MYP, entre outros. Os resultados serão descritos ao longo da pesquisa ora apresentada.

Palavras chave: Escolas Internacionais. Educação Internacional. Abordagem Pedagógica. Sistema International Baccalaureate (IB).

 


 

ESTÁGIO SUPERVISIONADO INSTITUCIONAL E A FORMAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Gislene Camargo

RESUMO

Inúmeras pesquisas demonstram que o estágio na formação inicial nas licenciaturas é essencial para a formação do profissional. Portanto, surgiu o problema de investigação: Qual a relevância do estágio supervisionado para a constituição do psicopedagogo institucional? O objetivo geral da pesquisa foi investigar a importância da realização do estágio supervisionado na instituição para a constituição do psicopedagogo institucional. Como objetivos específicos: situar a função do psicopedagogo institucional; definir estágio supervisionado institucional; analisar a relevância do estágio supervisionado institucional para a formação do psicopedagogo. Como metodologia utilizou-se a abordagem qualitativa, utilizando o registro escrito das falas das acadêmicas no seminário final de avaliação do estágio supervisionado institucional e análise documental baseada nos relatórios individuais das mesmas. Os sujeitos da pesquisa foram 23 alunas do curso de pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Os referenciais teóricos utilizados neste estudo foram Fernández (2001), Barbosa (2001), Escott (2004), Batalloso (2012), Pain (1985), Bastos (2015), entre outros. A análise dos dados revelou que o estágio supervisionado contribuiu significativamente na formação das psicopedagogas pesquisadas, destacando os diferentes olhares sobre a instituição, descontaminando o olhar rotulado pela sociedade. As pesquisadas sentiram-se psicopedagogas de fato e avaliaram que a prática do estágio possibilitou revisitar as teorias estudadas durante o curso, estabelecendo relações entre a teoria e a prática, significando a constituição do psicopedagogo institucional.

Palavras-chave: Formação. Psicopedagogia. Institucional. Estágio Supervisionado.

 


 

ESTIMULAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM CRIANÇA COM TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Adalgisa Cristina Marques Boni

RESUMO

Este artigo apresenta o caso de uma criança de 8 anos de idade com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), algumas características do Transtorno do Desenvolvimento Motor (TDC) e dificuldades em leitura e escrita, matriculada em uma escola particular do interior do estado de São Paulo. O objetivo do estudo foi caracterizar o desempenho da criança em atividades de coordenação motora fina, buscando adequar os atendimentos psicopedagógicos à situação investigada e proporcionando o progresso acadêmico desta. Durante um ano de intervenção em consultório psicopedagógico com jogos e exercícios motores, a criança obteve melhoras significativas na leitura e na coordenação motora fina, conseguindo avanços acadêmicos no 2º ano do Ensino Fundamental I. No início do 3º ano, as evoluções atingiram um nível leve e novas investigações foram realizadas com a aplicação da Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) e a reavaliação neurológica. Os dados obtidos na execução da escala foram analisados qualitativamente, tendo em vista o encontro das falhas motoras que poderiam interferir no processo de escrita da criança. Como resultado, verificou-se que os desempenhos inferiores estiveram nas provas de esquema corporal - rapidez, orientação espacial e em apenas uma etapa da organização temporal. Assim, elaborou-se um programa de atendimento psicopedagógico voltado para a estimulação das áreas cujo desempenho havia apresentado inadequações à faixa etária de 8 anos. Este trabalho consta com atividades de esquema corporal, organização espaço-corporal, estruturação espacial, orientação temporal, lateralidade e coordenação motora fina. Concluindo, embora a criança apresente características do TDAH e do TDC, o estudo não se preocupou em diagnosticar o caso, mas sim em adequar o trabalho clínico psicopedagógico às falhas motoras da criança. O avanço do caso tem ocorrido, sendo que, a partir da estimulação motora, o progresso acadêmico e a autoestima da criança vêm demonstrando adequação nos diferentes ambientes que esta frequenta.

Palavras-chave: Desatenção. Dificuldade Motora. Escrita.

 


 

ESTUDO PSICOPEDAGÓGICO: IMPLICAÇÕES DA INDISCIPLINA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Silvana Maria Pereira da Silva

RESUMO

O presente estudo psicopedagógico aborda as implicações da indisciplina no processo de ensino e aprendizagem, com foco no 6º ano do E.F. da Escola Municipal de 1º Grau Manoel de Barros do município de Baraúna/RN/Brasil. Esta pesquisa tem por objetivo investigar à luz da Psicopedagogia a indisciplina escolar e suas consequências no processo de ensino e aprendizagem. Para a realização dessa pesquisa, dialogamos com autores como Aquino (1994), Antunes (2002, 2007, 2013), Rocha (2005), Weiss (2007), Foucault (1986), dentre outros. Iniciou-se com um estudo teórico, sendo discutidas questões como: o que é indisciplina; indisciplina na sala de aula e na família; dificuldade de ensino-aprendizagem; dificuldade de ensinagem e suas consequências; e função social da escola, contextualizando o sujeito e o local que está inserido. Em seguida, adentra-se na metodologia adotada, que consiste basicamente em pesquisa bibliográfica e de campo. Em seguida, são abordados os resultados, que trazem detalhes e análises dos dados coletados, sendo possível visualizarmos a baixa escolaridade dos pais/responsáveis, como também a sua baixa renda familiar, e as concepções dos diferentes atores envolvidos. Após análise, foi possível vislumbrar um caminho a ser percorrido, permeado de diálogos, em que não haja espaço para medidas impositivas e autoritárias, pois uma nova sociedade exige novas ações educativas. Encerrando-se com a conclusão, em que estão presentes percepções gerais acerca da indisciplina, como também as contribuições psicopedagógicas nesse processo de ensino-aprendizagem. Em síntese, percebe-se que o processo de ensino-aprendizagem interfere, negativamente ou positivamente, nos atos de indisciplina, mas que a indisciplina interfere, negativamente, no processo de ensino-aprendizagem. Portanto, as implicações da indisciplina no processo de ensino-aprendizagem revelam-se em uma prática educativa, em que a dificuldade de ensinagem do educador, bem como a dificuldade de aprendizagem do aluno, ficam evidenciadas, contribuindo, deste modo, com o fracasso escolar, tornando-se imperativo a Psicopedagogia para o êxito escolar.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Indisciplina. Ensino-Aprendizagem.

 


 

FORMAÇÃO CONTINUADA: O PROFESSOR COMO PESSOA, UM OLHAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Priscilla Mayara de Andrade Quaresma

Coautora: Gilvaeide Ferreira de Oliveira

RESUMO

Este artigo foi estruturado a partir de um recorte de acordo com uma investigação científica com resultados analisados no campo da formação continuada sobre o professor como pessoa, no contexto da educação infantil. São beneficiados, com esse estudo, educadores, psicólogos e pedagogos. Destacamos que a situação-problema partiu de uma inquietação referente à importância quanto à pessoa do professor nos momentos de formação continuada na região metropolitana do Recife - PE. Como objetivo, buscamos investigar a formação continuada de professores, considerando a pessoa do professor no âmbito da Educação Infantil. Levantamos a problemática como é trabalhada o professor como pessoa na formação continuada, numa vivência na Educação Infantil.Em nosso caminhar metodológico foi adotada uma abordagem de paradigma qualitativo, como estudo de caso, de um Centro Municipal de Educação Infantil - CMEI, sendo estruturado na coleta e organização dos dados através das observações, entrevistas com os participantes e análise de documentos. Diante disso, escolhemos três professoras que ministram aulas para crianças do CMEI escolhido, que têm suporte da Prefeitura de Recife, principalmente com os momentos de formação continuada em que o cotidiano pareceu diferenciado dos demais contextos de Educação Infantil. Tais docentes participam dos momentos de formação continuada oferecidos pela Prefeitura de Recife e outros momentos organizados pela gestão do CMEI. Ao analisarmos os resultados investigativos, percebemos a importância de trabalhar a pessoa do professor nos momentos de formação continuada. Acreditamos que, no programa de formação continuada, os professores levam conhecimento para as salas de aulas com mais atualidade e sem monotonia, renovando também seu próprio conhecimento. Refletimos que enquanto a educação não pensar nas pessoas desses profissionais em destaque, não haverá mudanças na rede pública de ensino. Uma vez que, ao olhar para a pessoa do professor durante a formação continuada, percebemos e confirmamos que os alunos são beneficiados no processo ensino/aprendizagem.

Palavras-chave: Formação Continuada. Professor como Pessoa. Educação Infantil.

 


 

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Danielle Pereira da Costa

Coautoras: Elayne Pontes de Freitas Azevedo, Joselayne Ferreira Batista

RESUMO

A comunicação é um elemento fundamental para a interação entre os indivíduos. Se eficiente, no contexto escolar, ela contribui com a efetividade do processo de aprendizagem, pois proporciona um ambiente mais favorável às interações sociais, ao compartilhamento de informações e, consequentemente, ao ensino. Entretanto, uma comunicação falha pode acarretar conflitos. Este trabalho objetivou contribuir com a formação dos professores, promovendo discussões e reflexões acerca da importância da comunicação não violenta (CNV), idealizada pelo estudioso norte-americano Marshall Rosenberg. A formação foi realizada em uma escola de idiomas em quatro momentos, sendo três encontros para conversas e realização de atividades com o grupo de professores, e um último momento com a aplicação de um questionário para coletar informações acerca do que foi compreendido e relatos de vivência sob a perspectiva do tema trabalhado. A formação baseou-se no livro "Comunicação Não-Violenta" de Marshall Rosenberg, que defende um tipo de comunicação embasada na cooperação e empatia, que busca o acordo e não o conflito nas interações sociais. Os professores relataram uma mudança de olhar sobre a maneira como interagiam com as pessoas em seu convívio; enfatizaram que acham sua aplicabilidade desafiadora, porém, estão dispostos a utilizar esse tipo de comunicação por compreenderem o seu valor, em especial em sala de aula; também se comprometeram a recorrer à comunicação não violenta em suas práticas pessoais diárias. Sendo assim, compreende-se que a mediação através dessa abordagem é possível, além de proporcionar uma interação respeitosa, empática e cooperativa, evitando posturas autoritárias e punitivas que prejudicam a construção de vínculos.

Palavras-chave: Comunicação. Comunicação Não Violenta. Formação de Professores.

 


 

GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA EM TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO - GEPTEA, CONTRIBUIÇÕES PARA O FORTALECIMENTO DA INCLUSÃO

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Noemi Mendes Alves Lemes

RESUMO

Devido aos movimentos sociais e marcos legais na década de 90 que instituíram o mote "Educação para Todos" e com a disseminação das políticas inclusivistas, as matrículas nas escolas regulares e classe comum de estudantes diagnosticados com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) têm crescido a cada ano. O ambiente educacional se constitui em espaços de diferenças humanas que denotam em processos diferenciados de aprendizagem e desenvolvimento. Porém, as situações que envolvem questões comportamentais foram e continuam a ser um desafio para os educadores. Especificamente, as pessoas com TEA quando chegam às escolas podem sofrer muitos prejuízos, seja pelo preconceito que a expressão sugere, seja pela interpretação inadequada de qualquer reação do estudante. Com o objetivo de contribuir com os educadores, foi instituído o Grupo de Estudos e Pesquisas em Transtornos do espectro do Autismo (GEPTEA), vinculado à linha de pesquisa em Políticas e Práticas em Educação Especial e Grupo de Estudo e Pesquisa Política e Práticas em Educação Especial e Inclusão Educacional (GEPEPES/FACED/UFU). Apresentamos nesse estudo os fatores motivadores para implantação do GEPTEA e as ações que visam contribuir para o processo de inclusão nas escolas regulares e classe comum. Para esse estudo, buscamos, na abordagem qualitativa, elementos para a descrição. Utilizamos a análise documental para revelar os dados necessários à justificativa para instituição do grupo. Podemos inferir que existe a contribuição para a prática dos educadores no que diz respeito à ressignificação de conceitos e construção de saberes junto aos educandos com TEA e suas famílias.

Palavras-chave: Inclusão. Transtorno do Espectro do Autismo. Diferenças Humanas.

 


 

INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NO ENSINO REGULAR

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autor: Flaubert Cirilo Jerônimo de Paiva

RESUMO

O presente artigo traz discussões sobre a inclusão de crianças com síndrome de Down nas escolas de ensino regular. Faz uma breve análise sobre a Trajetória da Educação Especial e inclusão escolar do aluno Down. Devido à complexidade do tema abordado, que gera algumas polêmicas no sistema educacional brasileiro, buscou-se compreender um pouco desta realidade através de estudos realizados, com diversos projetos de pesquisa e artigos, possibilitando, assim, um conhecimento teórico que serviu de alicerce para uma maior fundamentação sobre esta temática. A metodologia usada para a coleta de dados se deu através de análise documental e pesquisas em livros. Em meio ao contexto histórico inclusivo, faz-se necessário um comprometimento de toda a comunidade escolar, incluindo pais, alunos e professores, para que haja uma evolução na vida escolar e social da criança com síndrome de Down. É necessário, também, mostrar que elas possuem capacidade de evoluir, basta serem estimuladas e inseridas em ambiente de igualdade, as quais não se sintam excluídas dentro da sua própria escola. A pesquisa fundamentou-se nos mais célebres teóricos como, por exemplo, Sassaki (1997), Buscaglia (1993), Mazzotta (2005), entre outros que deram suporte a este estudo.

Palavras-chave: Escola. Inclusão. Síndrome de Down.

 


 

INIBITÓRIO COGNITIVO E SUA INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM: UM ESTUDO DE CASO

Eixo: Família e Escola

Autora: Marisa Claudia Jacometo Durante

RESUMO

Esse artigo é resultado do estágio clínico supervisionado durante a pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional, que teve como eixo norteador o processo de ensino e aprendizagem e fatores que possam inibi-lo. Um dos fatores que pode exercer influência sobre esse processo denomina-se inibitório cognitivo, que está relacionado com a capacidade de inibir e selecionar pensamentos e memórias específicas e faz parte do controle inibitório, que envolve processos de controle do comportamento, da atenção e dos pensamentos/emoções. Assim, o objetivo geral do estudo foi diagnosticar qual o tipo de problema ocorre com um menino de 7 anos de idade. Considerando o método que indica os meios técnicos da investigação, apropriou-se do método clínico, que se apoia numa relação profunda entre pesquisador e pesquisado. O embasamento teórico considerou Vygotsky (1993), Piaget (1977), Barkley (1997) e Diamond (2013). Os principais resultados indicam que o sujeito possui um vínculo negativo com a aprendizagem, o qual reside em questões emocionais. Considera-se que para aprender na escola a criança tem de exibir dois sistemas operativos: cognitivo e emocional, bem como as alterações na trajetória de desenvolvimento podem provocar consequências e impactos graves na vida escolar, social, emocional e comportamental da criança.

Palavras-chave: Funções Executivas. Inibitório Cognitivo. Aprendizagem.

 


 

INTERVENÇÃO CONSTRUTIVISTA: JOGO, SABER GEOMÉTRICO E POSSÍVEIS E NECESSÁRIO

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Lilian Alves Pereira Peres

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo apresentar parte da pesquisa realizada entre os anos de 2013 a 2017 para a tese de Doutorado em educação, apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá, cujo objetivo foi investigar os efeitos de uma intervenção pedagógica com jogos e construção de possíveis e do necessário em relação à aprendizagem de conteúdos escolares sobre noções espaciais. Para tanto, foi utilizado como principal referencial teórico os estudos de Piaget e Inhelder (1948/1993) e Piaget (1981/1985). A pesquisa apoiada no método clínico-crítico piagetiano teve a seguinte configuração: antes e depois de um processo de intervenção pedagógica com ênfase psicopedagógica foram realizadas provas operatórias sobre noções espaciais, o possível e o necessário e conceitos espaciais. Além disso, com o intuito de buscarmos respostas para o problema levantado de que: a aprendizagem de noções espaciais pode ser favorecida por meio de intervenção pedagógica construtivista com jogos de regras e formação de possíveis e do necessário? Realizamos, antes e depois do processo de intervenção, a aplicação de uma avaliação sobre conteúdos geométricos, mais especificamente atividades que envolviam as noções de Espaço e Forma. Os resultados apontaram que o uso do jogo Katamino contribuiu para a construção de possíveis nas estratégias dos estudantes, bem como para a melhoria de seu desempenho em todos os testes realizados após as intervenções. Em todas as provas, o crescimento da quantidade de acertos mostrou-se estatisticamente significativo, além de respostas qualitativamente mais adequadas. Concluímos que esses resultados estão relacionados à metodologia utilizada durante as intervenções pedagógicas com ênfase psicopedagógica, em especial, o uso do jogo de regras acompanhado de mediação pedagógica da professora-pesquisadora. Esses dados afirmam a importância do jogo de regras em um contexto educativo, como desencadeador de reflexão nos sujeitos, proporcionando construções significativas do ponto de vista cognitivo.

Palavras-chave: Educação. Jogos de Regras. Possível e Necessário. Espaço e Forma. Intervenção Pedagógica com Ênfase Psicopedagógica.

 


 

PROSIPP: AÇÃO PRÁTICA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PSICOPEDAGOGIA

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Priscila de Sousa Barbosa Castelo Branco

Coautora: Lizilee Araújo Neves

RESUMO

O presente artigo sustenta-se na proposta de um projeto denominado Projeto Social de Intervenção Psicopedagógica (ProSIPp), o qual destina-se aos sujeitos envolvidos em uma Avaliação Psicopedagógica, ação prática do Estágio Supervisionado do Curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Psicopedagogia de um Instituto de Ensino Superior localizado no bairro do Maiobão, município de Paço do Lumiar, região metropolitana de São Luís/MA. O ProSIPp tem como foco três públicos, o primeiro são os alunos dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, de escolas públicas e privadas localizadas em torno da IES, que se encontram em vulnerabilidade social e econômica, com fatores agravantes no que tange à aprendizagem, e, como consequência de suas condições, à intervenção psicopedagógica; o segundo, são os alunos egressos do curso de Psicopedagogia da IES, recém-formados, que anseiam por oportunidade de aperfeiçoamento em prática psicopedagógica supervisionada, vislumbrando acúmulo de experiência; e o terceiro, são as famílias, que participam na companhia do profissional da Psicologia, da Oficina de Manutenção de Comportamento Familiares. O projeto, atualmente, atende um número de 10 crianças; com um encontro semanal, com duração de 1h20m. As ações são planejadas a partir de formação de Grupos de Condição Similar (GCS), conforme similaridade das problemáticas identificadas ao final da Avaliação Psicopedagógica, com atividades norteadas e focados nas dificuldades de aprendizagem encontradas em cada grupo ou no sujeito, para então partir para o modelo de atendimento, individual ou grupal. Com base nos estudos de Fernández (2001), Sampaio (2011, 2014), Weiss (2017), considera-se que o ProSIPp vem gradativamente atendendo às expectativas do público envolvido, ao observar que as crianças encontram no projeto espaço de expressão e respeito a sua subjetividade, indispensável para sua constituição enquanto sujeito aprendente, enquanto as famílias comungam entre si sobre a importância de alcançar novas posturas enquanto ser ensinantes. Por outro lado, acredita-se que o projeto poderia atender um maior número de crianças, considerando a demanda que a IES recebe, porém, a disposição da atuação voluntariada ainda precisa ser melhor compreendida.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Intervenção. Inclusão Social.

 


 

PSICANÁLISE & PSICOPEDAGOGIA: O SOFRIMENTO PSÍQUICO CONFIGURADO NA DINÂMICA INTER-RELACIONAL DA MÃE E DE UM SUJEITO COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Eixo: Família e Escola

Autoras: Graça Maria de Morais Aguiar e Silva

RESUMO

O presente artigo faz uma discussão através de uma leitura psicopedagógica e psicanalítica do sofrimento psíquico configurado na dinâmica inter-relacional da mãe de um sujeito com dificuldades de aprendizagem. Usando uma abordagem qualitativa do tipo estudo de caso, apresentaremos as observações feitas durante a escuta e atendimento psicopedagógico de uma criança que iniciou acompanhamento psicopedagógico aos 10 anos, encaminhada posteriormente para terapia psicanalítica. As discussões e análises foram feitas a partir dos pressupostos da teoria psicanalítica de Freud (1976), Mannoni (1977), Melanie Klein (1970), Ana Freud (1971), bem como teóricos na área de Psicopedagogia como Fernandez (1991), Pain (1992), entre outros. As dificuldades de aprendizagem de JR provêm de causas ligadas à estrutura individual e familiar, constituindo-se como 'inibição ou sintoma' (Pain, 1992), sendo necessário acompanhamento psicopedagógico concomitante à terapia psicanalítica com a mãe e a criança. É verificado ao longo do processo que o sofrimento psíquico da mãe advém de outros fatores sistemicamente relacionados à dinâmica familiar, levando a mesma a entrar em conflito com o filho que requer atenção e carinho, sendo negado pela mesma, mas distribuído em abundância ao filho mais novo, considerado inteligente e obediente. Nesta dinâmica interrelacional JR nega-se a aprender como forma de punição a mãe, que por sua vez lhe nega carinho e atenção, aspectos cobrados todos os dias por ele, causando lhe sofrimento e apatia aos estudos. A mãe afirma ter entrando em depressão preocupada com o filho, porém promete ser carinhosa se este melhorar as notas. Esta pesquisa já foi apresentada em andamento, agora, as considerações conclusivas a respeito deste estudo de caso completo são apresentadas levando em consideração 1 ano e meio de acompanhamento psicanalítico.

Palavras-chave: Psicanálise. Sofrimento. Mãe. Aprendente. Aprendizagem.

 


 

PSICOPEDAGOGIA E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL: UMA EXPERIÊNCIA DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Ana Sylvia Valente Colino

RESUMO

A escolha da profissão inicia desde o nascimento quando os pais projetam no filho seus anseios e promovem uma expectativa diante de alguma profissão. Objetivando descrever uma experiência durante a disciplina de Psicopedagogia para o sexto semestre de Pedagogia foi demonstrada a possibilidade de o pedagogo/psicopedagogo atuar com jovens uma proposta de intervenção em oito encontros grupais. A turma composta de 37 alunos foi dividida em oito grupos e cada grupo ficou responsável pela condução de uma sessão. A partir de leitura do livro e artigo de Moura (2002 e 2005), seguiu-se o roteiro sem uso de testes, com metodologia reflexiva e controle dos objetivos no intuito de promover habilidades de resolução de problema e tomada de decisão, sem a expectativa de definir a profissão que deveriam seguir. Formou-se um grupo com 15 adolescentes, que avaliaram, a partir de formulário próprio, como excelente a atuação dos alunos que conduziram cada sessão e que o grupo ajudou na descoberta sobre informações de cursos, autoconhecimento e segurança em fazer suas escolhas assumindo as consequências. Os alunos vivenciaram a condução do processo, planejando, atuando e avaliando cada encontro. O ensino ocorreu durante as leituras e atuação prática. A pesquisa se deu através dos registros, avaliação e escrita dos resultados e a Extensão se materializou no atendimento a jovens da comunidade externa. O psicopedagogo pode atuar como autônomo, oferecendo o grupo para turmas de adolescentes. Enquanto técnico da escola, ofertar aos alunos de Ensino Médio. Outra discussão que tal experiência proporcionou foi quanto às políticas públicas, que também podem ofertar no currículo das séries de Ensino Médio os tópicos sobre profissões e autoconhecimento favoráveis ao processo de escolha profissional. Concluiu-se que a orientação profissional se configura como mais uma área de atuação do psicopedagogo.

Palavras-chave: Orientação Profissional. Tomada de Decisão. Resolução de Problema. Formação do Psicopedagogo.

 


 

PSICOPEDAGOGIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Silvana Maria Pereira da Silva

RESUMO

O presente artigo é resultado de uma investigação em andamento acerca do ensino de Filosofia para alunos de Ensino Médio, que conta com a parceria das contribuições da Psicopedagogia. A finalidade é investigar a metodologia de ensino de Filosofia no Ensino Médio, tornando-se as contribuições psicopedagógicas indispensáveis nesse processo. Busca inicialmente lançar um olhar acerca das causas das dificuldades de aprendizagem dos alunos na disciplina de Filosofia, para então traçar estratégias pedagógicas que de fato possam contribuir para um ensino e aprendizagem exitoso, por levar em consideração as dificuldades e as possibilidades de aprendizagem dos estudantes. Neste trabalho se realizará uma breve investigação sobre metodologias e procedimentos didáticos-pedagógicos, com a contribuição da Psicopedagogia para o processo de ensino e aprendizagem, tentando esboçar uma definição a respeito da indagação: "há O para o ensino de Filosofia"? a partir de leituras de textos de Aspis e Gallo (2009), Deleuze e Guattari (1992), Cerletti (2009), Weiss (2007), Porto (2009), Fernandez (1991, 2001), Bossa (2000, 2002), Polity (2003), Sampaio (2012), Albuquerque (2017), Antunes (2002, 2007, 2013), Rocha (2005). Quanto aos aspectos metodológicos, consiste basicamente em pesquisa bibliográfica e de campo. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram a observação direta; análise de documentos; e realização de entrevistas com a equipe escolar, pais e responsáveis e com os próprios educandos. A pesquisa está em andamento, portanto, no momento, ainda não é possível explicitar os resultados. No processo de ensino e aprendizagem é necessário não confundir os fracassos escolares com distúrbios de aprendizagem. Estes geralmente se referem àqueles apresentados por indivíduos com distúrbios neurológicos. Já os fracassos escolares, destinam-se às dificuldades apresentadas durante o processo de aprendizagem, podendo ser superados no decorrer do processo. Começa-se tratando neste artigo da importância da Psicopedagogia para um processo de ensino e aprendizagem exitoso; em seguida, trata-se da importância da relação do método com uma definição clara de que perspectiva filosófica ensinar; depois, coloca-se o problema e a problematização como fundamentais para se atingir um objetivo geral com o ensino de Filosofia para alunos de nível médio; por fim, apresenta-se uma discussão sobre procedimentos didáticos-pedagógicos para o ensino de Filosofia.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Ensino de Filosofia. Ensino Médio. Metodologia.

 


 

PSICOPEDAGOGIA ITINERANTE NA REGIÃO DO CARIRI: PROJETO LEITURA NA PRAÇA

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Auricelia Melo Feijão

RESUMO

Esta é uma pesquisa que tem como objetivo apresentar o Projeto Leitura na Praça com a intervenção psicopedagógica incentivando a leitura em momentos de lazer, acontece em algumas praças e escolas da região do Cariri. Este projeto tem como meta influenciar no processo de aprendizagem das crianças e dos seus membros modificando o comportamento da cultura letrada da comunidade. A leitura transforma quem lê e quem escuta. O método acontece por meio da intervenção psicopedagógica com orientação para leitura e incentivo à mesma, promovendo a socialização de forma dinâmica e prazerosa utilizando recurso didático pedagógico. O projeto teve início em setembro de 2014 e, até a presente data, a cada encontro há um grande número de novos leitores, recebe mais doações de livros e outras instituições tornam-se parceiras no incentivo à leitura. Logo, percebemos que o psicopedagogo tem muito a contribuir para as atividades de incentivo à leitura em comunidades, podendo assim transformar quem participa e modificar a realidade da comunidade letrada em meio a uma vasta tecnologia de informação. O projeto propicia o contato direto com livros infantis, livros infantojuvenis, gibis, cordéis, literatura brasileira e revistas diversas.

Palavras-chave: Projeto Leitura na Praça. Psicopedagogia Itinerante na Região do Cariri. Aprendizagem. Leitura.

 


 

PSICOPEDAGOGIA, INTERDISCIPLINARIDADE E AS CONQUISTAS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E LEGALIZAÇÃO PROFISSIONAL

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Aline Sampaio Paula

RESUMO

A pesquisa visa apresentar a discussão sobre a configuração da Psicopedagogia a partir de seu viés histórico, destacando a priori sua especificidade elementar de atuação: a interdisciplinaridade. Busca tratar sobre como a Psicopedagogia tem sido reconhecida no Brasil e suas lutas para a regulamentação como profissão refletindo sobre o que é a Psicopedagogia e seus campos de atuação a partir de uma abordagem metodológica de caráter qualitativo caracterizada como estudo bibliográfico. O objetivo principal deste projeto de lei é especificar quais os profissionais aptos para exercer a atividade de Psicopedagogia; determinando as atribuições do psicopedagogo, bem como impor a obrigatoriedade de observância de sigilo profissional, dispondo sobre a necessidade de inscrição junto ao órgão competente para o exercício da profissão e definindo as infrações disciplinares. Apresenta as contribuições alcançadas pela Psicopedagogia no Brasil e a atuação do psicopedagogo perpassando por diversos campos da sociedade. Finaliza com a reflexão de que o psicopedagogo necessita para sua atuação ter olhos sensíveis e atentos à oportunidade de trazer de volta essa esperança de aprender negada a alguns, enterrada em outros, mas potencialmente possível a todos. Ao longo de nossa formação em Psicopedagogia, pudemos perceber como se dá a relevância desta ciência que busca contribuir para a compreensão e atuação preventiva ou terapêutica, clínica ou institucional para enxergar indivíduos capazes de superação, infelizmente ainda limitada à aprovação de um projeto de lei, porém, com diversas conquistas que favorecem o fortalecimento da ciência cotidianamente.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Interdisciplinaridade. Profissionalização.

 


 

PSICOPEDAGOGIA: CONTRIBUIÇÕES DAS METODOLOGIAS ATIVAS

Eixo: Família e Escola

Autora: Teresinha de Jesus de Paula Costa

RESUMO

O presente artigo relata o olhar psicopedagógico no processo de ensino e aprendizagem, sob o uso das metodologias ativas, numa disciplina do curso de Pedagogia. Atuando com a disciplina Desafios da atualidade: introdução à STHEM, no curso de Pedagogia, usando as metodologias ativas, foram constatadas as dificuldades dos alunos na realização das atividades acadêmicas, sendo necessário o olhar psicopedagógico para as modalidades de aprendizagens mostradas pelos graduandos. Durante o processo diagnóstico (Rubinstein, 1996), verificou-se por meio de depoimentos que as dificuldades apresentadas eram oriundas dos anos anteriores de escolarização, sendo elas: dependência do professor; pouca argumentação; pouca de autonomia nas pesquisas e atividades extraclasse, insegurança e desânimo frente a novas propostas. Nas intervenções atuou-se com o conteúdo da disciplina propondo a leitura e reflexão sobre os papéis na vida, no curso, na disciplina, individualmente e em grupo. Com o olhar psicopedagógico, a intervenção pautou-se ainda no uso da mediação (Vygotsky, 2001), das metodologias ativas como Ensino Híbrido (Bergmann, 2018), e Sala de Aula Invertida (Bacich, Tanzi Neto e Trevisani, 2015). Como resultado das intervenções, os alunos foram relacionando teoria e prática, superando as dificuldades, surgindo o sentimento de autoria por estarem construindo as próprias aprendizagens. Como consequência, os alunos se mostraram mais seguros, capazes, assumiram tarefas e se arriscaram a inovar, a avançar no aprendizado. Ao final, apresentaram projetos baseado no auto Lima (2009) na Semana de Gestão, Tecnologia e Inovação (de 5 a 7 de junho) com temas pertinentes à formação acadêmica, sendo eles: Espaço de Apoio Pedagógico, Uso de Fantoches na Educação; Jogos Pedagógicos na Alfabetização. Concluindo, o psicopedagogo pode fazer uso das metodologias ativas para a intervenção, pois com esse olhar no processo de ensino e aprendizagem promove-se a participação ativa do aluno no processo de aprender, pesquisando, lendo, resumindo, criando, levantando hipóteses, buscando soluções para problemas, elaborando e desenvolvendo projetos.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Aprendizagem. Metodologias Ativas.

 


 

PSICOPEDAGOGO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: PERFIL PROFISSIONAL

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autoras: Caroline Elizabel Blaszko, Evelise Maria Labatut Portilho

RESUMO

O presente estudo apresenta o perfil profissional do psicopedagogo do estado do Espírito Santo (Brasil), parte da pesquisa que vem sendo realizada para uma tese de doutorado. Conforme as Diretrizes de Formação dos Psicopedagogos (2013) publicadas pela Associação Brasileira de Psicopedagogia, "O psicopedagogo é o profissional habilitado para atuar com os processos de aprendizagem junto aos indivíduos, aos grupos, às instituições e às comunidades". O estudo contemplou dois momentos, primeiro enfoca o embasamento teórico respaldado nos estudos de Portilho (2003), Barbosa (2001), Scoz (1994) e Visca (1987) e o segundo momento expõe os dados coletados. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem fenomenológica hermenêutica. Foram contatados 78 municípios do estado do Espírito Santo e enviado um questionário endereçado aos secretários de educação dos municípios solicitando informações sobre a existência do serviço psicopedagógico, a formação dos profissionais atuantes, o trabalho em equipe e as demandas do setor psicopedagógico daquela realidade. O instrumento foi enviado primeiramente por e-mail aos municípios, mas devido à dificuldade no retorno das respostas (somente 6 municípios responderam) optou-se por entrar em contato via telefone, o que aumentou significativamente os resultados, totalizando 61 questionários respondidos. É possível afirmar que, na região, 39 municípios não têm psicopedagogos atuantes no seu quadro funcional, 22 municípios têm psicopedagogos, dos quais 10 profissionais são concursados como psicopedagogos, 12 profissionais atuam como psicopedagogos, mas são concursados como professor do ensino regular. Com relação à formação profissional, 9 profissionais atuantes apresentam a especialização em Psicopedagogia, envolvendo a área institucional e clínica, 8 possuem somente especialização em Psicopedagogia Institucional e 5 profissionais atuam na área sem obter formação específica para atuarem como psicopedagogos. A realidade demonstra o cuidado e o compromisso que é preciso ter para com a formação profissional do psicopedagogo, considerando a unidade deste, uma vez que o curso de Psicopedagogia, na graduação ou especialização, deve formar profissionais para garantir a aprendizagem como direito de todos.

Palavras-chave: Aprendizagem. Psicopedagogo. Profissão. Perfil Profissional.

 


 

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA SALA DE AULA: ENSINO, APRENDIZAGEM E INCLUSÃO

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Maria Lidiane Agostinho de Menezes

Coautoras: Francisca Alexandra Martins, Francisca Vilanir

RESUMO

O presente trabalho é um estudo de caso e tem como objetivo apresentar a percepção sobre a função da escola, com relação à inclusão de crianças com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) em instituições de ensino regular. Assim, entre esses educandos estão aqueles com autismo ou Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de comunicação oral, de interação social e presença de movimentos repetitivos e estereotipados. O aporte teórico está baseado em Kanner (1943), Bossa (2000), Cunha (2014), Pierre (2012), entre outros. Desse modo, metodologicamente esse estudo foi realizado a partir de uma observação com duração de um bimestre em uma escola da rede privada na cidade de Mossoró/RN. Teve como objeto de estudo a concepção e atuação de professores da sala de aula regular sobre a alfabetização desses educandos com transtorno do autismo e, o conhecimento que estes têm sobre a síndrome. Entretanto, ainda como instrumentos de coleta de dados foram conduzidas entrevistas estruturadas com dez perguntas aplicadas a cinco professoras, sendo uma da Educação Infantil III, uma do 1º ano, uma do 4º e duas do 5º ano do Ensino Fundamental Séries Iniciais. Foi perceptível identificar pouco conhecimento não só sobre o autismo, como em outras áreas, para lecionar com alunos com Necessidades Educacionais Especiais, tendo em vista que o trabalho em sala de aula com esses alunos deve ser complementar e assistemático, sem que isso diminua a responsabilidade do professor. Portanto, esse estudo também tem como finalidade demostrar que a realidade desses educandos não é fácil, e que, mesmo estes estando matriculados em escolas regulares, muitos com o autismo diagnosticado, ou em alguns casos não diagnosticados, não conseguem desenvolver suas habilidades e competências acadêmicas como deveriam. Dessa forma, o que se entende é que não há inclusão desses como se propõe com base na lei que os determina na escola.

Palavras-chave: Autismo. Alfabetização. Inclusão.

 


 

ANÁLISE DO OLHAR DO PSICOPEDAGOGO: ESTUDO DE CASO

Eixo: Família e Escola

Autora: Régia Beatriz Coêlho Diniz Nogueira

RESUMO

Este estudo teve como objetivo fazer uma análise das dificuldades de aprendizagem de um adolescente de 12 anos, no 6º ano do Ensino Fundamental, que foi avaliado por apresentar dificuldades de leitura e escrita, por falta de concentração, dificuldades ortográficas, relacional e muita ansiedade, repercutindo negativamente no seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Realizou-se um estudo de caso e para coleta de dados: entrevista/anamnese e observações, com os professores e a família. Com o aprendente, foram utilizados três instrumentos: Provas Operatórias Piagetianas, Provas Pedagógicas e Técnicas Projetivas. Os resultados indicaram insegurança, timidez e dificuldades para se relacionar com os professores e colegas na escola, por autodefesa. Dentro do diagnóstico, justificando parte da sua dificuldade de atenção e aprendizagem, verificou-se que o aluno apresenta um problema de visão, uma ametropia em ambos os olhos de 1,75º de astigmatismo. Tal ametropia causa coceira, ardência, embaçamento de visão e dores de cabeça. Deste modo, confiar que a dificuldade de aprendizagem é responsabilidade exclusiva do aluno, ou da família, ou somente da escola é, no mínimo, uma atitude ingênua perante a complexidade do aprender. O não aprender traz em si o subtexto da denúncia de que algo deverá ser feito. E este feito não poderá jamais ser a duas mãos.

Palavras-chave: Escola. Família. Desenvolvimento Cognitivo, Afetivo e Social.

 


 

APRENDIZAGEM E OS CONTOS DE FADA: UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO

Eixo: Família e Escola

Autora: Maria de Fátima Royes Terroso

RESUMO

O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, na qual buscaram-se dados para enfatizar a utilização dos contos de fadas como estratégia para a construção da aprendizagem. Objetiva-se, assim, a utilização dos mesmos como uma ferramenta psicopedagógica, visando a construção de novas estratégias de aprendizagem, a partir do mundo fantástico e pleno de experiências em que a criança se percebe no mundo imaginário. São muitas as possibilidades do uso dos Contos de Fadas como recurso para que as crianças vivenciem seus dramas pessoais, através da fantasia e da simbologia. Para que a aprendizagem aconteça, é preciso que o conhecimento transite além dos conflitos, liberando os bloqueios que o aprisionam. Ao se defrontar com os heróis, construirá uma nova imagem, pois os Contos não são somente uma forma lúdica de literatura, vão além, favorecem o espaço de criatividade, de pensar e repensar as relações. Ao utilizá-los como ferramenta, é possível que as crianças vivenciem seus dramas familiares e conflitos internos, possibilitando que suas amarras que a aprisionam e causam fracasso escolar sejam ressignificadas e deixem espaço para o aprender. Assim, os Contos de Fadas surgem como ligação entre o viver e o aprender, favorecem o fortalecimento psíquico da criança. Dentro de suas histórias, há uma simbologia e uma dramaticidade, a qual é fundamental para a construção de ações que oportunizem a emoção e o aprender. Com isso, o profissional da Psicopedagogia poderá utilizá-los como uma ferramenta para desvendar ou, até mesmo, evitar que certas situações cheguem a aprisionar a aprendizagem.

Palavras-chave: Contos de Fadas. Ferramenta. Aprendizagem.

 


 

AS CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA À FORMAÇÃO DO PROFESSOR

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Eliana Rabelo de Araujo Bozio

RESUMO

Atualmente, há uma busca incessante sobre a Neurociência e qual sua relação com a educação. Os professores querem saber quais as contribuições e relações possíveis entre a neuroaprendizagem e o professor de sala de aula. O que pode fazer e como deve atuar para facilitar e promover a aprendizagem por parte de seu aluno. O presente trabalho objetivou debater de maneira conceitual a importância da formação docente voltada para a integração entre os conhecimentos da Neurociência aplicada à educação a fim de auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula. Desse modo, foi possível concluir que a neuroeducação é o resultado da integração entre a Neurociência e a educação, visando traçar caminhos e estratégias para, primeiramente, compreender déficits e dificuldades de aprendizagem e, então, empreender métodos educacionais mais efetivos e que permitam uma aprendizagem significativa de acordo com as capacidades das crianças. Além disso, quando se mune de conhecimentos neurocientíficos em seu processo de formação, o professor entende melhor como funciona o cérebro humano, a importância da afetividade no processo educacional e suas estratégias pedagógicas passam a ser mais sólidas e efetivas para gerar a aprendizagem dos alunos. A justificativa para a escolha do tema paira sobre sua contemporaneidade, além da expectativa de contribuir para o âmbito acadêmico. O método utilizado foi a pesquisa na literatura e de artigos nas bases de pesquisa Scielo, Lilacs e Google Acadêmico nos últimos 20 anos.

Palavras-chave: Neurociência. Educação. Neuroeducação. Formação Docente. Professor de Sala de Aula.

 


 

AS CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE PESSOAS HOSPITALIZADAS

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Marilí Santos Lopes Carvalho

RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivos analisar como a Psicopedagogia Hospitalar pode contribuir no processo de aprendizagem de aprendizes-pacientes; compreender como se dá a relação entre enfermidade e aprendizagem e conhecer o fazer psicopedagógico em hospitais. O problema de pesquisa é como as contribuições do psicopedagogo hospitalar podem minimizar as dificuldades de aprendizagens apresentadas por aprendizes-pacientes enfermos e hospitalizados. A metodologia adotada pela pesquisa é de natureza qualitativa bibliográfica com análise documental. A partir das análises realizadas constataram-se as contribuições do psicopedagogo hospitalar junto à equipe multidisciplinar e o seu papel. Contudo, identificou-se como principal entrave a quantidade incipiente de publicações sobre o tema analisado.

Palavras-chave: Psicopedagogia Hospitalar. Aprendizagem. Ação Psicopedagógica. Enfermidade e Doença.

 


 

AUTISMO: DESAFIOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Dulcinéia Andujar Conchon

RESUMO

INTRODUÇÃO: O autismo é um distúrbio global do desenvolvimento, consiste em uma síndrome, pois há diversos níveis que compõem o Transtorno do Espectro Autista (TEA) que causam a desordem no desenvolvimento. Este estudo analisa o processo de ensino e aprendizagem das crianças diagnosticadas com autismo no decorrer dos seus estudos no Ensino Fundamental Anos Iniciais. É garantido por lei o direito da pessoa com necessidades especiais obter atendimento adequado no ensino regular, por isso é imprescindível assegurar esse direito à educação aos alunos com transtorno do espectro autista.
MÉTODO:
A pesquisa envolve um levantamento bibliográfico relacionado ao processo de ensino e aprendizagem da criança com autismo por meio da coleta de dados pertinentes escolhidos através de autores renomados no assunto.
DISCUSSÃO:
O desenvolvimento da criança com TEA necessita de uma constante intervenção multidisciplinar que envolve atendimento psicológico, pedagógico, psicopedagógico, fonoaudiológico, fisioterápico e terapêutico ocupacional. Para a inclusão no ensino regular, é necessária uma intervenção planejada, é preciso a presença de um tutor durante o período na escola, a adaptação do conteúdo e das avaliações, e, também, o atendimento educacional especializado (AEE) no contraturno.
RESULTADOS:
De acordo com Orrú (2012), a metodologia Histórico Cultural de Vygotsky (1991) é essencial ao trabalhar com crianças que apresentam a síndrome. Para Cunha (2014), é importante aliar aspectos interacionistas e afetivos, tanto nas relações sociais e pedagógicas quanto nas terapêuticas. Mantoan (2003) afirma que "Incluir é necessário, primordialmente para melhorar as condições da escola, de modo que nela se possam formar gerações mais preparadas para a vida na sua plenitude, livremente, sem preconceitos, sem barreiras".
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tema do estudo é relevante diante da realidade social atual em que há extrema utilidade em encontrar meios para suprir o dever de incluir os indivíduos com autismo na rede regular de ensino, e mostrar que, apesar de suas diferenças, eles são capazes de aprender a seu modo e seu tempo.

Palavras-chave: Autismo. Aprendizagem. Inclusão. Educação Especial.

 


 

AVALIAÇÃO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS EM ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Priscilla Almeida Pedroneiro Correia

Coautora: Alessandra Gotuzo Seabra

RESUMO

As funções executivas são habilidades relacionadas à capacidade de pensar para executar um objetivo; formular, direcionar um raciocínio; tomar decisões; monitorar-se e autocorrigir-se de modo voluntário. Segundo o modelo fatorial, há três principais componentes que servem de base para as funções executivas. O primeiro é a memória de trabalho, habilidade de reter as informações em mente e manipulá-las durante uma tarefa. O segundo é o controle inibitório, demandado quando é necessário administrar e selecionar pensamentos e impulsos para impedir as distrações ou hábitos, ou parar para pensar antes de agir. O terceiro é a flexibilidade cognitiva, a capacidade de mudança entre uma tarefa e outra ou entre diferentes formas de solução de problemas. Essas habilidades desenvolvem-se durante os anos escolares, permitindo ao aluno contestar seus próprios impulsos ou condutas automáticas em função de alcançar um objetivo. O objetivo foi investigar diferenças nas funções executivas ao longo dos anos escolares do Ensino Fundamental I. Participaram 80 estudantes com idades de 6 a 10 anos, estudantes de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental de duas escolas particulares da cidade de São Paulo. O instrumento usado foi o TAFE (Teste Informatizado para Avaliação das Funções Executivas), que avalia a Memória de Trabalho Visual, Memória de Trabalho Verbal, Flexibilidade Cognitiva e Controle Inibitório. Análises de Variância revelaram efeito significativo de série sobre todas as medidas de funções executivas (memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e controle inibitório), ou seja, como esperado, os desempenhos aumentaram com a progressão escolar. Destaca-se que a pesquisa contribuiu com dados relevantes sobre o efeito de série escolar sobre as funções executivas.

Palavras-chave: Funções Executivas. Ensino Fundamental.

 


 

BORBOLETAS, FORMIGAS E JOANINHAS: A OBSERVAÇÃO DE PEQUENOS ANIMAIS NA ESCOLA

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Tatiana Giselle Guimarães Lopes

Coautoras: Gelsa Mara Presuto, Naissa Maria Silvestre Dias

RESUMO

A ausência de brincadeiras ao ar livre está contribuindo para o declínio da saúde das crianças, sendo preocupante o aumento da obesidade, diabetes tipo 2, asma, deficiências de vitamina D e transtornos de déficit de atenção e hiperatividade na infância. O termo não clínico "Transtorno de Déficit de Natureza" vem sendo utilizado nesse sentido para descrever a ocorrência desse impacto em potencial no bem-estar físico e emocional dos indivíduos. Buscando reconectar as crianças ao mundo natural, esse estudo teve como objetivo investigar o efeito da presença de insetos em uma escola de Educação Infantil sobre os aspectos da aproximação com a natureza, empatia com outros seres vivos e desenvolvimento do protagonismo dos alunos. Foram disponibilizados para crianças de 2 a 6 anos de idade viveiros de larvas de joaninhas (Harmonia axyridis) e borboletas (Ascia monuste) e um formigueiro artificial de saúvas (Atta sexden). A coleta de dados foi realizada por questionários aplicados à 11 professoras e analisados de forma qualitativa. As crianças acompanharam o desenvolvimento do ciclo de vida desses animais, exercitando a paciência e o cuidado com os microambientes disponibilizados (higiene, alimentação e proteção), formularam hipóteses e participaram de atividades sobre o tema (histórias, brincadeiras, jogos, musicalização e outras atividades artísticas). As crianças demonstraram empatia e cuidado com a natureza nas áreas externas. Antes tinham medo dos insetos e, após a experiência, mostraram-se mais próximas da natureza, transpondo os cuidados vivenciados para as suas famílias, sensibilizando-as quanto à importância de se preservar o ambiente. Concluiu-se que a presença desses pequenos animais na escola aumentou o protagonismo, o interesse por atividades ao ar livre e a empatia das crianças em relação aos insetos, possibilitando ainda o estudo da ciência da natureza na Educação Infantil, através da observação, da significação do ambiente e da ludicidade.

Palavras-chave: Saúde Infantil. Natureza. Significação do Ambiente.

 


 

CLASSE HOSPITALAR: INCLUSÃO DE JOVENS E ADULTOS HOSPITALIZADOS

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Adriana Freitas Castelo Branco

RESUMO

"Classe Hospitalar: a inclusão de jovens e adultos no processo de aprendizagem" é uma pesquisa que buscou analisar a importância da Classe Hospitalar como garantia dos direitos dos jovens e adultos hospitalizados no processo de ensino-aprendizagem, discutindo os aspectos favoráveis da Classe Hospitalar para a vida dos jovens e adultos hospitalizados, com vista a identificar os obstáculos para implementação das Classes Hospitalares no contexto atual. Nesta perspectiva a questão norteadora gira em torno dos seguintes questionamentos: qual o papel das Classes Hospitalares na inclusão social dos jovens e adultos que se encontram hospitalizados? Até que ponto o atendimento pedagógico educacional dentro do hospital é importante para os jovens e adultos hospitalizados? O marco teórico se fundamenta no levantamento histórico sobre as Classes Hospitalares, as leis que legitimam esse atendimento, a perspectiva da educação por meio da inclusão social e os obstáculos para sua implementação discutida por Assis (2009) e autores que abordam essa temática. O método trilha pelos caminhos da abordagem qualitativa. Os instrumentos utilizados para coletas de dados foram: a observação participante e entrevistas semiestruturadas. O lócus deu-se numa clínica de hemodiálise, no município de Feira de Santana - BA. Os sujeitos foram quatro educandos, dois professores da Classe Hospitalar e a gestora educacional do SESI. Após coleta de dados, foram apresentados os dados para análise dos instrumentos, tanto na forma de descrição como concepções de Classe hospitalar; Educação como direito; Classe Hospitalar como possibilidade de inclusão. Portanto, os resultados desta pesquisa colocam em evidência a necessidade de transformação da Instituição Hospitalar em conjunto com a educação, proporcionando um atendimento de qualidade aos jovens e adultos que se encontram hospitalizados, garantindo os seus direitos. O que pode ser evidenciado é que atualmente ainda são poucas as instituições que disponibilizam o atendimento pedagógico educacional para os indivíduos hospitalizados, em especial os jovens e adultos.

Palavras-chave: Classe Hospitalar. Jovens e Adultos. Direito. Inclusão.

 


 

COMPREENSÃO LEITORA E JOGO QUARTO: RELAÇÕES POSSÍVEIS EM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Tânia R. Pascutti Zacarias

RESUMO

O presente estudo objetivou investigar se há correspondência entre as condutas reveladas nos níveis de compreensão leitora e nos níveis de conduta no jogo de regras Quarto. Participaram 30 estudantes da 1ª, 2ª e 3ª série do Ensino Médio de escola pública. A fundamentação teórica foi embasada nos estudos piagetianos. Os participantes foram selecionados a partir da avaliação da compreensão leitora, de acordo com a técnica Cloze e categorizados a partir do nível de compreensão: Independente, Frustração, Instrução. Após, foram realizados encontros individuais destinados à aplicação do jogo de regras Quarto e depois de algumas jogadas responderam a uma entrevista semiestruturada relacionada aos níveis de conduta no jogo. Por último, houve a aplicação de um segundo texto utilizando a técnica Cloze, acompanhado de uma entrevista semiestruturada relacionada à justificativa da escolha das palavras para completar as lacunas do texto. Com relação ao desempenho geral, foram encontradas diferenças significativas entre os níveis de conduta relacionados à pontuação no jogo e a pontuação no Cloze. A partir do teste Qui-quadrado, constatou-se que quanto maiores os níveis de conduta no jogo maiores foram as frequências para o nível Independente e menores para o nível de frustração da compreensão leitora. Os resultados para o nível III das condutas de jogo para os sujeitos que se encontraram no nível Independente da compreensão leitora foram significativamente maior se comparados aos sujeitos que se encontraram no nível de Instrução e Frustração. Esses resultados e a análise qualitativa realizada possibilitaram mostrar que os participantes com níveis mais avançados de compreensão leitora apresentaram níveis mais avançados de conduta no jogo, inferindo-se que a análise das condutas utilizadas no jogo de regras Quarto pode ser um recurso para identificar as lacunas existentes na compreensão de leitura e, portanto, servir para uma possível avaliação e intervenção.

Palavras-chave: Compreensão Leitora. Jogo Quarto. Ensino Médio.

 


 

CONSTRUINDO O AUTOCONHECIMENTO NO CURSO DE PEDAGOGIA

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Adalgisa Cristina Marques Boni

RESUMO

A escola contemporânea encontra-se em meio às transformações da sociedade, portanto, a formação inicial de professores também precisa acompanhar esse quadro de alterações sociais e acadêmicas. O presente artigo tem como objetivo relatar o trabalho de formação docente no 5º semestre do curso de Pedagogia, de uma faculdade do interior do estado de São Paulo. O enfoque do estudo foi o desenvolvimento do autoconhecimento das alunas, visando a compreensão de seus papéis ao atuarem na educação básica. O trabalho surgiu como um projeto a ser desenvolvido na disciplina de "Tópicos Temáticos de Formação Docente". Ele contou com 48 alunas participantes e teve a duração de um semestre, sendo as atividades propostas a cada 15 dias, conforme o calendário da disciplina. A temática abordada teve como referência teórica autores da área de formação docente e da Psicopedagogia, no sentido de auxiliar na conscientização da importância do autoconhecimento para as futuras pedagogas, partindo do pressuposto que, ao se conhecerem, terão maior habilidade para entender e atuar na educação básica. O critério adotado para a seleção das atividades foi a variação das formas de representação, assim, as participantes desenharam, modelaram com papel, escreveram, brincaram com fantoches e interpretaram figuras, sendo que as produções foram analisadas de forma qualitativa. A Psicopedagogia contribuiu para esta pesquisa através do olhar diferenciado no momento da formação inicial, possibilitando uma postura diferente do próprio formador, que ao invés de apenas transmitir conhecimentos deve mediar situações de crescimento pessoal dentro da profissão. Como resultado, as alunas aproveitaram as estimulações, refletindo e iniciando esse treinamento do olhar para dentro de si mesmo, dessa forma, nos momentos de socialização das produções, houve a ampliação dos vínculos afetivos entre elas, melhorando o entendimento de que um professor precisa aprender a lidar com os sentimentos e as emoções, tanto pessoais como dos alunos.

Palavras-chave: Formação Docente. Psicopedagogia. Autoconhecimento.

 


 

CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA PARA O DIAGNÓSTICO DE DISLEXIA

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Vanísia Rodrigues da Rocha Botelho

RESUMO

O propósito da avaliação psicopedagógica é identificar os fatores que desencadeiam as dificuldades de aprendizagem e de como se manifestam durante o processo, bem como analisar as intervenções psicopedagógicas que mais se adaptam à criança, objetivando as melhores condições para o seu desenvolvimento escolar. Avaliar uma criança com suspeita de transtorno de aprendizagem, especialmente dislexia, aqui estudada, é uma tarefa que deve ser conduzida com zelo, realizada por equipe multidisciplinar, uma vez que é caracterizada pelo desempenho substancialmente abaixo do esperado para a idade, escolarização e nível de inteligência nas áreas de leitura. O diagnóstico de transtornos de aprendizagem é uma das tarefas mais salientes para este profissional, contornado por uma gama de fatores que envolvem o sujeito em processo de desenvolvimento. Faz-se necessário que tenha satisfatório conhecimento das etapas da avaliação psicopedagógica. Com base nas considerações explanadas, este estudo busca fazer uma reflexão sobre a avaliação psicopedagógica, suas contribuições para um diagnóstico com hipótese de transtorno de aprendizagem, dislexia. O estudo foi realizado com psicopedagogas experientes em avaliação clínica dos transtornos de aprendizagem, utilizando entrevista semiestruturada, gravada e transcrita posteriormente, utilizando a análise de conteúdo de Bardin (1977). Dessa forma, os resultados sugerem que se prime pela história de vida e acadêmica do paciente, enriquecida pela avaliação da consciência fonológica (reconhecimento letra e som, rima, segmentação silábica e fonêmica, aliteração), compreensão de leitura e escrita e memória operacional. Elencaram que o diagnóstico é realizado por exclusão.

Palavras-chave: Avaliação. Intervenção. Psicopedagogia. Dislexia.

 


 

CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA PARA A ANÁLISE DE QUEIXAS ESCOLARES NA ESCOLA PÚBLICA

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Camila Barbosa Riccardi León

Coautores: Aline Barbam, Lara Poggio de Andrade, Maximiliano Guassu, Alessandra Gotuzo Seabra

RESUMO

Objetivo: Analisar queixas escolares de alunos do Ensino Fundamental I para auxiliar a escola na condução de encaminhamentos específicos.
MÉTODO:
Participaram 13 professores de 30 alunos com queixas diversas, do 1º ao 4º ano de uma escola pública de São Paulo. Os professores responderam ao Questionário de Triagem de Queixas Escolares (QTQE), instrumento de relato que investiga sinais de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade/Impulsividade (TDAH), Transtorno Opositor-Desafiante (TOD), Transtorno Específico da Aprendizagem (TEAp), dificuldades de aprendizagem e nível de suporte familiar. O QTQE baseou-se em outros documentos já existentes: MTA-SNAP-IV, questionário de aprendizagem e Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5. O instrumento foi organizado numa escala likert de 1 a 10, na qual quanto maior a pontuação, maior a dificuldade, com exceção dos três últimos itens que estão relacionados ao nível de suporte familiar. Fundamentação teórica: As principais queixas de encaminhamento para avaliação psicopedagógica clínica são as dificuldades de aprendizagem e questões comportamentais. Tendo em vista que escolas públicas têm dificuldades em encaminhar para avaliação clínica e que o DSM-5 sugere a intervenção em camadas para as dificuldades de aprendizagem, este estudo foi conduzido.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Das 30 crianças, 29 apresentaram sinais de TEAp, sendo 24 com indicativos de prejuízos em leitura, 26 em matemática e 28 em escrita; porém, considerando-se o modelo de intervenção em camadas, foram sugeridas estratégias específicas de estimulação aos professores para o período de 6 meses. Em relação aos sinais de TDAH, as 30 crianças apresentaram indicativos de desatenção e 14 de hiperatividade. Apenas 11 apresentaram indicativos de TOD e 8 apresentaram baixo suporte familiar. Para as demais questões, foram sugeridos os contatos para atendimento gratuito.
CONCLUSÃO:
A Psicopedagogia pode auxiliar a escola na análise de queixas escolares e condução de encaminhamentos mais adequados, com base em evidências científicas.

Palavras-chave: Transtornos de Aprendizagem. Transtorno de Aprendizagem Específico. Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Transtornos de Déficit da Atenção. Comportamento Disruptivo.

 


 

CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA: AVALIAÇÃO DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Lara Poggio de Andrade

RESUMO

OBJETIVO: Realizar avaliação psicopedagógica para investigar dificuldades de aprendizagem relacionadas a um possível perfil de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).
MÉTODO: Foi realizada uma avaliação por uma psicopedagoga no contexto clínico, com uma adolescente de 16 anos e 11 meses com suspeita de TDAH. Para isso, foram utilizados os seguintes instrumentos validados e normatizados para investigar o funcionamento cognitivo: Subteste de Aritmética do TDE, EAVAPEF, Avaliação de linguagem e Funções Executivas em Crianças, Teste de atenção por cancelamento, Teste de Trilhas: Partes A e B, Teste da Torre de Londres, Teste de Repetição de Palavras e Pseudopalavras, Prova de Consciência Fonológica por produção Oral, Prova de Escrita sob Ditado, Prova de Aritmética. Análise qualitativa dos resultados, com o objetivo de estabelecer um perfil de funcionamento cognitivo, comportamental e contribuir para o processo de intervenção psicopedagógica, sendo usados: Questionário de Depressão Infantil, Blocos de Corsi, Dígitos, SNAP-IV, Stroop Test Cores, Questionário de Aprendizagem, APET. Fundamentação Teórica: O TDAH é um transtorno frequente na infância, traz implicações à rotina da criança e da família, consequências ao sistema educacional e maior incidência de condutas de risco na adolescência. Os sintomas do TDAH podem acarretar em problemas no aprendizado escolar, pois os sintomas de desatenção e comportamento interferem no processo de aprendizagem em sala de aula.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados obtidos indicam dificuldades cognitivas nas habilidades de atenção e função executiva, apresentando prejuízos executivos que refletem em habilidades sociais e comportamentais, acarretando também dificuldades acadêmicas, sendo compatíveis com os apresentados na literatura sobre TDAH.
CONCLUSÃO:
A partir de uma boa fundamentação de testes normalizados voltados para a aprendizagem, escalas, observação e relatos, a avaliação psicopedagógica com enfoque neuropsicológico pode contribuir e identificar perfis de TDAH em pacientes de risco, e direcionar de forma adequada a intervenção psicopedagógica.

Palavras-chave: Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade. Avaliação Psicopedagógica. Neuropsicologia.

 


 

CONTRIBUIÇÕES DO MODELO COGNITIVO COMPORTAMENTAL PARA AS PRÁTICAS PSICOPEDAGÓGICAS

Eixo: Família e Escola

Autora: Lucila Polity Moss

RESUMO

O presente trabalho é um estudo de caso que visa compreender e descrever como as principais técnicas do Modelo Cognitivo Comportamental, proposto por Aaron Beck, podem contribuir para a prática psicopedagógica, à luz da ciência Pós-Moderna. Na fundamentação teórica são apresentados panoramas da Visão Pós-Moderna e do Modelo Cognitivo Comportamental. Esta última parte do pressuposto de que os eventos são disparadores de pensamentos e que estes, por sua vez, é que vão determinar as reações emocionais, comportamentais e fisiológicas de uma pessoa. Como metodologia para este estudo, foram desenvolvidos 25 atendimentos individuais com uma criança de 11 anos com déficit cognitivo, emocional e relacional, traduzidos por dificuldade de aprendizagem, agressividade, impulsividade, enurese, atitudes inadequadas e exacerbação sexual. Entre as atividades desenvolvidas, destacam-se as de psicoeducação, monitoramento afetivo e treinamento de habilidades sociais, trabalhadas principalmente através de jogos e histórias. A psicoeducação consiste em monitoramento do pensamento, identificação de distorções e déficits cognitivos e desenvolvimento de processos cognitivos alternativos. Apresenta-se, ainda, como estas técnicas propostas foram adaptadas para a realidade do sujeito, considerando sua faixa etária e seu desenvolvimento cognitivo e emocional. O trabalho fundamental em rede foi contemplado na orientação parental e escolar, objetivando a integração entre os diversos contextos sociais do indivíduo. O estudo demonstra que, ao longo do processo, foi verificado importante desenvolvimento em diferentes aspectos do sujeito e que o Modelo Cognitivo Comportamental tem muito a contribuir para a prática psicopedagógica, já que possibilita que o mesmo conheça e modifique seu sistema de crenças disfuncionais, especialmente aquelas relacionadas à aprendizagem. Ao final do processo, o desempenho pedagógico do cliente apresentou considerável crescimento. Da mesma forma, o mesmo começou a perceber os momentos de maior ansiedade e impulsividade, solicitando ajuda antes de ter atitudes inadequadas ao ambiente. Gradualmente, a enurese foi diminuindo até aparecer somente em situações esporádicas de maior ansiedade. Este modelo, portanto, mostrou-se enriquecedor ao abordar situações disfuncionais do aqui-agora, possibilitando mudanças imediatas de comportamento e favorecendo a aprendizagem e o desenvolvimento de atitudes e crenças mais funcionais em um curto espaço de tempo.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Terapia Cognitivo Comportamental. Visão Pós-Moderna. Trabalho em Rede.

 


 

CORRELAÇÃO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS COM DESEMPENHO ACADÊMICO DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Priscilla Almeida Pedroneiro Correia

Coautora: Alessandra Gotuzo Seabra

RESUMO

As funções executivas abarcam um conjunto de habilidades cognitivas interligadas, que são responsáveis pelo comportamento do indivíduo direcionado a um propósito, calculando a eficiência da conduta, ignorando estratégias desnecessárias, com favorecimento das necessárias. A memória de trabalho é habilidade de reter informações e manipulá-las ao mesmo tempo, sendo que diversas tarefas requerem a memória de trabalho, como, por exemplo: mentalizar itens de uma lista de tarefas. O controle inibitório é a habilidade de anular uma resposta automática em favor de outra, portanto, esse componente inibe condutas imponderadas quando há necessidade de inibir os distratores impeditivos de concentração em tarefas importantes. A flexibilidade cognitiva é habilidade de adaptar a resposta ou a atenção rapidamente em função da demanda. O presente estudo teve por objetivo investigar a relação das funções executivas com o desempenho acadêmico em crianças do Ensino Fundamental I. Participaram 80 estudantes com idades de 6 a 10 anos, estudantes de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental de duas escolas particulares da cidade de São Paulo. O instrumento foi o Teste Informatizado para Avaliação das Funções Executivas (TAFE), que avalia a Memória de Trabalho Visual, Memória de Trabalho Verbal, Flexibilidade Cognitiva e Controle Inibitório. Foram também coletadas as notas escolares dos alunos. Análises de correlação de Pearson entre notas escolares e medidas de funções executivas foram significativas principalmente para a memória de trabalho, com menos correlações do desempenho acadêmico com flexibilidade cognitiva e controle inibitório. No geral, correlações entre as funções executivas e as notas escolares. Assim, quanto melhor a nota acadêmica, melhor tendeu a ser o desempenho das funções executivas, especialmente da memória de trabalho.

Palavras-chave: Funções Executivas. Desempenho Acadêmico.

 


 

DESAFIOS NA FORMAÇÃO DE PSICOPEDAGOGOS: UMA REFLEXÃO CRÍTICA

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Patricia Vieira de Oliveira

RESUMO

Pensar de forma crítica na formação do psicopedagogo é fundamental quando queremos pensar no futuro da Psicopedagogia no Brasil. Deste modo, faz-se necessário lançar um olhar cuidadoso e analítico na forma como os profissionais estão sendo formados, quais as principais angústias e anseios dos alunos que cursam Psicopedagogia. O presente estudo trata-se de um relato de experiência de uma professora que atua na formação de psicopedagogos em nível de especialização sobre as demandas trazidas pelos alunos durante, o que chamaremos aqui de "ciclos de conversa", um momento que ocorria a cada dois encontros, no qual era aberto um espaço, de aproximadamente 15 minutos, para que os alunos trouxessem perguntas e dúvidas sobre a prática do psicopedagogo. Essa experiência aconteceu com turmas de Psicopedagogia cursando o último módulo da especialização. Tais momentos trouxeram um ponto em comum entre todas as turmas, a angústia em relação à forma de avaliação no contexto prático, visto que os alunos estavam prestes a se formar e, ainda assim, sentiam-se inseguros para realizar a avaliação de forma adequada e com isso pensar em intervenções eficazes e personalizadas para cada cliente. Durante as conversas, muitos se posicionaram dizendo que gostavam bastante das aulas práticas, nas quais os professores traziam os instrumentos e técnicas de avaliação, mostravam como aplicar da forma correta, como corrigir e como interpretar. Ainda, diziam que tinham dúvidas em como escolher o melhor instrumento ou técnica para o contexto e que nesses momentos, as aulas práticas, eles conseguiam entender melhor e ter mais segurança na utilização dos mesmos. No entanto, relataram que esses momentos foram poucos e que se fosse possível mais aulas desse tipo acreditavam que teriam uma formação ainda melhor. Apesar de não se tratar de um estudo com uma metodologia científica estruturada, espera-se que seja possível, por meio desse relato de experiência, causar uma reflexão nos docentes que lecionam nos cursos de formação de psicopedagogos, especialmente nas disciplinas relacionadas à avaliação. Pensar em formas mais assertivas, dinâmicas e interativas de ensinar o processo de avaliação psicopedagógica deve ser uma meta para todos os profissionais que assumem tal disciplina.

Palavras-chave: Formação. Psicopedagogia. Docência. Avaliação Psicopedagógica.

 


 

DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR: UMA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA VIDA SOCIAL E LÚDICA DA CRIANÇA

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Ingrid Merkler Moraes

RESUMO

A ludicidade é um assunto que tem conquistado grande espaço, principalmente na Educação Infantil, por ser o jogo, a brincadeira e o brinquedo elementos essenciais da infância. O uso deles permite um trabalho pedagógico que possibilita a construção do conhecimento e do desenvolvimento infantil. Unidos à ludicidade estão presentes os elementos psicomotores, ainda que sem ser nomeados ou percebidos pela criança. São adquiridos pelo simples ato e prazer de brincar, que completam o pensar pedagógico, visto que a criança aprende e se desenvolve física, mentalmente e emocionalmente enquanto brinca. O presente artigo tem por objetivo elucidar as implicações da ludicidade e da psicomotricidade para o processo de desenvolvimento da criança e por que é tão importante vivenciar os estágios lúdicos e psicomotores no desenvolvimento infantil, observando os aspectos significativos e funcionais para a aprendizagem das primeiras letras e números. A partir dos referenciais da Filosofia, Sociologia da infância, da Pedagogia, Psicologia e da Psicanálise, por meio de autores como Huizinga (2010), Vygotsky (2011), Wallon (2007), Piaget (1977), Fonseca (1996) e Oliveira (2005), entre outros, o estudo demonstrou que é possível, por meio de atividades lúdicas, influenciar positivamente o perfil de desenvolvimento motor da criança, sendo capaz de melhorar os quocientes motores envolvidos, bem como intervir na vida social e afetiva da criança.

Palavras-chave: Ludicidade. Psicomotricidade. Pedagogia. Desenvolvimento Infantil.

 


 

DESIGUALDADE SOCIAL, VIOLÊNCIA URBANA E EDUCAÇÃO

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Daniela Lisboa Bartholo

RESUMO

As competências linguísticas, cognitivas e sociais desenvolvidas na primeira infância são bases reais para a aprendizagem ao longo da vida. O ambiente onde uma criança nasce e cresce influencia diretamente o seu desenvolvimento. A exposição a múltiplos fatores de risco é, sem dúvida, um aspecto crítico ao desenvolvimento infantil. Este trabalho apresenta considerações sobre a influência da desigualdade social e da violência urbana no desenvolvimento cognitivo de uma criança de uma comunidade da zona oeste carioca. R chegou à clínica social do Instituto Superior de Educação Pró-Saber por dificuldades na escola, sendo a principal queixa a dificuldade em acompanhar a turma, além da falta de atenção e concentração. Durante o processo diagnóstico, ficou claro que R é um menino saudável, curioso, capaz de se concentrar e prestar atenção. No entanto, R foi diagnosticado com uma defasagem cognitiva importante, apesar de exames neurológicos não acusarem causas orgânicas. Então por que R não aprende? Durante o acompanhamento de R, fica claro que para os pais ver o filho crescer significa perder o controle, deixando-o perigosamente exposto à violência da comunidade onde residem. Concluímos que, no intuito de preservar a integridade física e emocional da criança, os pais o protegem da melhor maneira que podem. Não conversam sobre os acontecimentos do dia-a-dia, o que mantém os diálogos restritos, e não permitem que R socialize com os meninos da comunidade. Esta simulação de tranquilidade, no entanto, causa um empobrecimento relacional, físico e cognitivo. Os questionamentos sobre a influência do ambiente social na aprendizagem nos guiaram através deste trabalho. Nessa trajetória conversamos com autores contemporâneos voltados para a prática psicopedagógica (Fernandez, Mac Dowell, Paín, Visca, Weiss), assim como autores da clínica sistêmica (Anderson, Cecchin, Bartholo, Scicchitano e Castanho), além de educadores (Freire, Maturana, Piaget) e especialistas em crianças em situação de risco (Rizzini, Zamora, Osofsky, entre outros).

Palavras-chave: Desenvolvimento Cognitivo. Desigualdade Social. Violência Urbana. Educação.

 


 

DIFERENTES SENTIDOS DE EXPERIÊNCIA

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Andréa de Moraes Silva

RESUMO

A concepção de que o que temos de "experiência" afeta decisivamente o fazer psicopedagógico. Neste trabalho busca-se apresentar o confronto da experiência química e da experiência segundo Larrosa. As ciências humanas e sociais estabeleceram as suas representações da realidade seguindo os rastros das Ciências Naturais, empregando seus métodos e lógicas, aplicando-os nos estudos do mundo social, psicológico, etc. Novos olhares surgem, porém, em uma perspectiva pós-moderna, afirmando que nós é que damos sentido ao mundo e esse sentido é conferido através dos enunciados. Nas ciências naturais, particularmente na química, fincada em raízes positivistas, a base de uma experiência reside na manipulação das variáveis consideradas relevantes, controlando as variáveis estranhas. Já a experiência que Larrosa nos propõe não é no sentido do que se passa, o que acontece, ou o que toca e sim o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Convida-nos para a atuação na educação indo de encontro ao que tradicionalmente definimos como experiência: propõe a experiência onde ocorre o encontro com o outro, também sujeito, com os entendimentos do mundo constituídos continuamente. É no encontro com o outro que se desenvolve também a prática psicopedagógica. Diferentemente dos experimentos químicos, não há um roteiro fixo do caminho a percorrer, não são previsíveis as trocas e desafios a serem percorridos e vivenciados. Na perspectiva considerada, não poderá haver a pretensão de um rígido controle por parte do psicopedagogo, pelo contrário, deverá existir um olhar e uma escuta atentos, compreendendo que é necessário perceber o outro através do ponto de vista dele, segundo a sua própria história. Este é um desafio para a grande maioria de nós, formada no paradigma da modernidade que considera que as leis da natureza, assim como as relações interpessoais, definem-se pela simplicidade e pela regularidade, onde é possível observar e medir tudo com rigor matemático.

Palavras-chave: Experiência. Fazer Psicopedagógico. Ciências Naturais.

 


 

É ALUNO DE QUEM? QUEM ATUA COM ESTUDANTES COM TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS?

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Priscila de Sousa Barbosa Castelo Branco

RESUMO

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) feito na Sala de Recurso Multifuncional (SEM) é um serviço que deverá ser realizado por um professor especializado na área de Educação Especial e que comprove pós-graduação, graduação ou cursos de formação continuada nas áreas específicas da Educação Especial. Este deverá suplementar, no caso dos alunos com altas habilidades/superdotação, e complementar, no caso dos com dificuldades acentuadas de aprendizagem vinculadas ou não à deficiência. Esse tipo de atendimento deve ser realizado em um espaço dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos de escolas mais próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser realizado de forma individual ou em pequenos grupos em horário diferente daquele em que frequentam a classe comum. Aos alunos que apresentam transtornos funcionais específicos, a Educação Especial deverá promover o apoio ao ensino comum no que cabe a orientação para o atendimento das necessidades específicas destes, mas não lhes proporcionando o AEE, considerando estes aspectos citados pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Contudo, questiona-se: de que forma os alunos com transtornos funcionais específicos estão sendo atendidos? Quais ações têm apoiado este aluno levando em consideração as potencialidades e dificuldades que apresentam diariamente? Qual o profissional habilitado para atuar com este público? Mediante a reflexão dos textos de Brasil (2008, 2011) considera-se que não cabe aos profissionais formados em Psicopedagogia atuarem no AEE oferecido nas SRM, uma vez que a formação é especializada na área da Educação Especial. Contudo, afirma-se com base no Projeto de Lei 31/10, que regulamenta a profissão de psicopedagogo, que o profissional formado em Psicopedagogia é o melhor qualificado e habilitado para atuar no diagnóstico e intervenção psicopedagógica com enfoque na superação dos problemas de aprendizado apresentados pelo público com transtornos funcionais específicos.

Palavras-chave: Atendimento Educacional Especializado. Psicopedagogia. Transtornos Funcionais Específicos.

 


 

INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA COM MÉTODO FÔNICO DE ALFABETIZAÇÃO: ESTUDO DE CASO NO BILINGUISMO

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Aline Barbam

Coautoras: Luiza Pinheiro Mendes Ferreira, Camila Barbosa Riccardi León

RESUMO

OBJETIVO: Usar o método fônico de alfabetização na intervenção psicopedagógica para auxiliar em dificuldades de leitura e escrita de uma criança bilíngue.
MÉTODO:
Participou uma menina de 7 anos e 11 meses, bilíngue chinês/português, cursando o 1o ano do Ensino Fundamental de uma escola particular. Para avaliação, foram utilizados: Teste de Repetição de Palavras e Pseudopalavras (TRPP), Prova de Consciência Fonológica por Produção Oral (PCFO), Teste de leitura e escrita (TLE), Teste Infantil de Nomeação (TIN) e Teste de Discriminação Fonológica (TDF). Para a intervenção, foi utilizado o livro Alfabetização: Método fônico. As queixas de dificuldades foram apresentadas pela escola, que sugeriu a avaliação psicopedagógica. A avaliação (pré-teste) foi realizada em 3 sessões de 1 hora e a intervenção ocorreu em 20 sessões de 1 hora. Por fim, foi realizada a reavaliação (pós-teste). Fundamentação teórica: Considerando que as habilidades de linguagem oral, principalmente de consciência fonológica (CF), são preditoras do posterior desenvolvimento da leitura e escrita, optou-se pela intervenção com o método fônico de alfabetização, que preconiza o ensino explícito e sistemático da consciência fonológica e correspondências entre letras e sons.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados são apresentados em pontuação bruta (PB) e analisados na comparação entre pré e pós-teste. No pré-teste a criança apresentou PB muito abaixo da média esperada em todos os testes (PB: TRPP=4, PCFO=13, Leitura=6, Escrita=3, TIN=7, TDF=18). Já no pós-teste foi possível verificar a melhoria em todas as habilidades, com exceção da repetição de itens (PB: TRPP=4, PCFO=34, Leitura=7, Escrita=7, TIN=12, TDF=22). Destaca-se a melhoria nas habilidades de CF e escrita.
CONCLUSÃO:
Verificou-se que o método fônico pode contribuir para a superação de dificuldades na alfabetização de uma criança bilíngue.

Palavras-chave: Leitura. Escrita Manual. Desempenho Escolar. Multilinguismo. Aprendizagem.

 


 

INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Delza Pereira de Macedo

RESUMO

Este estudo teve como objetivo apresentar um relato de experiência sobre um caso clínico de intervenção psicopedagógica. Este caso inclui-se em um Projeto Social da ABPp SP e foi supervisionado por psicopedagogo titular da referida Seção. A avaliação psicopedagógica utilizou métodos que permitiram a formulação da hipótese diagnóstica dos quadros de dificuldade de aprendizagem. Foi avaliada uma criança de 9 anos e 3 meses, matriculada em escola particular, que tinha como queixa baixo rendimento escolar. O referencial teórico foi o de Pain (1989), Rubinstein (2017) e Visca (1985). Os dados da avaliação indicaram uma modalidade de aprendizagem "divorciada" das produções gráficas (desenhos e escritas) e de suas narrativas (histórias), as quais não apresentaram um fio condutor, ou seja, uma relação semântica de adição lógica. Já a qualidade do vínculo com a aprendizagem é questionável e antagônica, o que dificulta o desenvolvimento de laços afetivos e a consolidação da aprendizagem. Associado a isso, verificou-se também um padrão persistente de comportamento desobediente, indicativo dos quadros que compõem os transtornos psiquiátricos.

Palavras-chave: Avaliação Psicopedagógica. Dificuldade de Aprendizagem. Modalidade de Aprendizagem. Vínculo com Aprendizagem.

 


 

INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS E SOCIAIS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES HOSPITALIZADOS

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Adriana Freitas Castelo Branco

RESUMO

A Pedagogia Hospitalar surge dentro do contexto de uma educação especializada, oferecendo uma assessoria diferenciada por meio de um atendimento mais humanizado para as crianças e adolescentes hospitalizados, com o intuito de proporcionar as mesmas a continuidade dos seus estudos. Esse artigo tem por objetivo apresentar o projeto "Intervenções pedagógicas e sociais para crianças e adolescentes hospitalizados", realizado no Hospital Estadual da Criança (HEC), situado no município de Feira de Santana, Bahia. Este projeto busca atender as necessidades de aprendizagem de crianças e adolescentes hospitalizados, do Hospital Estadual da Criança, prestando serviços educacionais e lúdicos, adaptados à capacidade cognitiva e condição física de cada criança e adolescente. O marco teórico se fundamenta nas leis que legitimam esse atendimento e sobre a importância do atendimento pedagógico no ambiente hospitalar por Matos e Mugiatti (2009) e outros autores que discutem essa temática. Como resultado, este trabalho busca inserir as crianças e adolescentes no mundo da leitura, desenvolvendo o senso crítico, possibilitando o reconhecimento de si como um ser capaz, promovendo motivação, o brincar e criar, despertando e estimulando a fantasia, a imaginação e a criatividade.

Palavras-chave: Pedagogia Hospitalar. Crianças e adolescentes. HEC.

 


 

INVESTIGAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM LEITURA E ESCRITA

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Silvana Maria Pereira da Silva

Coautora: Maria Lidiane Agostinho de Menezes

RESUMO

O presente trabalho trata da Dificuldade de Aprendizagem em Leitura e Escrita no 6º ano do E.F. da Escola Municipal 1º Grau Manoel de Barros em Baraúna/RN. Tem como objetivo investigar as causas da não aprendizagem em leitura e escrita dos alunos que chegam ao 6º ano do Ensino Fundamental, sob a ótica psicopedagógica, visando às possibilidades de aprendizagem por parte desses educandos. Embasada teoricamente em autores como Ferreiro (1985), Freire (1996, 2011), Weiss (2002), Porto (2009), dentre outros. A primeira parte desta pesquisa trata do referencial teórico, em que são discutidas questões como dificuldades de aprendizagem e transtornos de aprendizagem; indisciplina e a dificuldade de ensino e aprendizagem; dificuldade de ensinagem e suas consequências; função social da escola; fatores pesquisados que apontam as causas da não aprendizagem em leitura e escrita; e caracterização do sujeito e do local pesquisado. Metodologicamente, estão descriminados a amostra, método e fases da pesquisa, que consiste basicamente em pesquisa bibliográfica e de campo. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram a observação direta; e realização de entrevistas com a equipe escolar, pais/responsáveis e com os próprios educandos. Em seguida, são abordados os resultados, que trazem os detalhes e análises dos dados coletados, sendo possível visualizarmos a baixa escolaridade dos pais/responsáveis, como também a renda familiar, as concepções dos diferentes atores envolvidos nesse processo. Após análise, foi possível vislumbrar um caminho a ser percorrido no que se refere à indisciplina e dificuldade de aprendizagem em sala de aula. Ressaltando que este caminho deve ser permeado de diálogos nos quais não haja espaço para medidas impositivas e autoritárias, pois uma nova sociedade exige novas ações educativas. É possível concluir que as dificuldades de aprendizagem podem apresentar causas internas e externas, necessitando de uma ação multiprofissional, em especial da atuação do psicopedagogo.

Palavras-chave: Possibilidades. Dificuldade. Aprendizagem. Psicopedagogia.

 


 

NEUROAPRENDIZAGEM: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA MAIS ASSERTIVA

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Aline Perce Eugenio

RESUMO

Esta pesquisa buscou refletir sobre o modo como a neuroaprendizagem pode contribuir e apoiar para uma prática pedagógica mais assertiva. A pesquisa elegeu como método a revisão de literatura, buscando informações bibliográficas a respeito do modo como a neuroaprendizagem poderia contribuir e apoiar para uma prática pedagógica mais assertiva. Os descritores foram definidos a partir de uma análise sistemática de publicações na base de dados Scielo, Lilacs, Pubmed e Google Acadêmico, dos últimos dez anos, com o cruzamento dos seguintes unitermos: neurociência e educação, neurociência cognitiva e aprendizagem, em que os descritores neurociência e educação se mostraram mais promissores. Durante muitas décadas, a Pedagogia compartilhou com diferentes áreas do conhecimento o desafio de refletir sobre o fenômeno educativo. No entanto, como afirmam diversos autores: Pantano e Rocca, Cosenza e Guerra, Rato e Caldas, Santos e Souza, a partir da década de 1990 os conhecimentos sobre o cérebro humano, como ele se desenvolve ao longo da vida, bem como o mapeamento das suas principais funções passaram também a ser objeto de estudo da Pedagogia. O estudo permitiu compreender que se faz necessário conhecer os processos neurobiológicos que ancoram a aprendizagem. Indicou também que a neuroaprendizagem pode contribuir e apoiar para uma prática pedagógica mais assertiva, principalmente no que diz respeito ao pressuposto de que devemos nos aproximar de uma educação mais científica, considerando que existem diferentes padrões de aprendizagem. Por outro lado, a aproximação entre a neuroaprendizagem e a prática pedagógica precisa ser compreendida com cautela, já que a pesquisa demonstrou que nem todas as dificuldades enfrentadas pelos estudantes estão relacionadas ao modo com que se apropriam biologicamente do conhecimento. Além disso, acessar as pesquisas da área de modo crítico e reflexivo se faz necessário, a fim de que a prática pedagógica não seja influenciada por neuromitos, concepções simplistas ou prescritivas.

Palavras-chave: Neurociência. Neuroaprendizagem. Prática Pedagógica.

 


 

NEUROCIÊNCIA APLICADA NA FORMAÇÃO DE GRADUANDOS EM PEDAGOGIA: ÊNFASE NAS FUNÇÕES EXECUTIVAS

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Camila Barbosa Riccardi León

Coautoras: Renata Ferri Catib, Aline Barbam, Alessandra Gotuzo Seabra, Natália Martins Dias

RESUMO

OBJETIVO: Investigar o efeito do Programa de Capacitação de Educadores em Neuropsicologia da Aprendizagem com ênfase em funções executivas (FE) e atenção (CENA) em graduandos de Pedagogia.
MÉTODO:
Participarão aproximadamente 100 graduandos de Pedagogia de uma universidade particular, divididos em grupo experimental (GE) e grupo controle (GC) passivo. O estudo será conduzido três partes: pré-teste, intervenção e pós-teste. No pré-teste, os graduandos que consentirem sua participação responderão ao questionário de identificação para caracterização da amostra (QIP2), ao questionário sobre o conhecimento de FEs (QFEs3) e ao Inventário de dificuldades em FEs, Regulação e Aversão ao Adiamento para Adultos (IFERA-II4). Na etapa de intervenção, após designação dos grupos em GE e GC, será conduzido treinamento de 20 horas com o CENA para os graduandos do GE. Ao seu término, inicia-se o pós-teste, com novo preenchimento do QFEs e IFERA-II, além de recolhimento das notas escolares bimestrais. Fundamentação teórica: FE são um conjunto de processos mentais que permitem o controle top-down do comportamento. Hipotetiza-se que os professores tenham pouco ou nenhum conhecimento sobre o que são as FEs e sua importância para o desenvolvimento infantil. Considerando a necessidade de melhorar a formação de futuros professores e realizar a ponte entre Neurociência aplicada à educação é que este projeto foi delineado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados serão tabulados e analisados de forma qualitativa e quantitativa a fim de investigar o conhecimento explícito de FEs dos participantes do GE em relação aos GC; comparar o funcionamento executivo dos participantes e de suas práticas de sala de aula, antes e depois da implementação do programa; e verificar se há impacto no desempenho acadêmico dos participantes do GE em relação aos GC.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Espera-se com este estudo mostrar uma alternativa para melhorar a formação de futuros pedagogos no Brasil.

Palavras-chave: Currículo. Educação. Neuropsicologia. Desenvolvimento Infantil. Formação Continuada.

 


 

NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO: RELAÇÕES POSSÍVEIS ENTRE A NEUROAPRENDIZAGEM E O PROFESSOR DE SALA DE AULA

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Eliana Rabelo de Araujo Bozio

RESUMO

Atualmente, há uma busca incessante sobre a neurociência e qual sua relação com a educação. Os professores querem saber quais as contribuições e relações possíveis entre a neuroaprendizagem e o professor de sala de aula. O que pode fazer e como deve atuar para facilitar e promover a aprendizagem por parte de seu aluno. O presente trabalho objetivou debater de maneira conceitual sobre a importância da formação docente voltada para a integração entre os conhecimentos da neurociência aplicada à Educação a fim de auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula. O método utilizado foi a pesquisa bibliográfica quantitativa através da literatura e de artigos nas bases Scielo, Lilacs e Google Acadêmico e os descritores foram: Neurociência, Educação, Formação Docente, Professores e Professor de sala de aula. Desse modo, foi possível concluir que a neuroeducação é o resultado da integração entre a neurociência e a educação, visando traçar caminhos e estratégias para, primeiramente, compreender déficits e dificuldades de aprendizagem e então empreender métodos educacionais mais efetivos e que permitam uma aprendizagem significativa de acordo com as capacidades das crianças. Além disso, quando se mune de conhecimentos neurocientíficos em seu processo de formação, o professor entende melhor como funciona o cérebro humano, a importância da afetividade no processo educacional e suas estratégias pedagógicas passam a ser mais sólidas e efetivas para gerar a aprendizagem dos alunos. A justificativa para a escolha do tema paira sobre sua contemporaneidade, além da expectativa de contribuir para o âmbito acadêmico.

Palavras-chave: Neurociência. Educação. Aprendizagem.

 


 

O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO CEARÁ

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Acreciana de Sousa Melo

RESUMO

Este estudo objetiva apresentar os principais desafios vivenciados por professoras atuantes no Atendimento Educacional Especializado (AEE), realizado na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) em escolas públicas do município de Crato-CE. Adotamos a abordagem qualitativa e para coleta de dados realizamos entrevista semiestruturada com quatro professoras. Com os dados obtidos, constatamos que as professoras buscam sempre estratégias e intervenções lúdicas e significativas que favoreçam autonomia e inclusão escolar dos alunos atendidos. Porém, são diversos desafios enfrentados para realizar um atendimento de qualidade, destacando-se: a falta de equipamentos adequados e materiais didático/pedagógicos, a falta de preparação inclusiva dos professores da sala comum e a ausência de apoio multidisciplinar, incluindo a assistência da família e de profissionais da saúde. A vista disso, consideramos que garantir educação de qualidade para todos implica somar atuações. É necessário agirmos em conjunto para termos uma educação inclusiva e a efetiva garantia do direito ao acesso e permanência dos alunos na escola, proporcionando que todos aprendam de acordo com suas possibilidades. Assim, esperamos contribuir para uma reflexão e melhor compreensão acerca do trabalho que vem sendo realizado nos AEEs do referido município, tendo em vista a expectativa de construirmos escolas inclusivas e de qualidade para todos.

Palavras-chave: Atendimento Educacional Especializado. Educação Inclusiva. Desafios.

 


 

O MÉTODO DOS 5 E'S: O ENCANTAMENTO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Gelsa Mara Presuto

Coautoras: Tatiana Gisele Guimarães Lopes, Naissa Maria Silvestre Dias

RESUMO

As estratégias educacionais devem oferecer diferentes possibilidades de interação e de contato com o conhecimento, sobretudo em relação ao ensino de ciências, onde é preciso ser desenvolvido o encanto pelas suas possibilidades desde a infância, através da exploração, observação e significação do ambiente. Com base nessas necessidades e em diferentes teorias, o objetivo desse estudo foi propor e investigar a eficácia de um método pedagógico para o ensino de ciência na Educação Infantil. O método proposto foi intitulado "5 E's - O encantamento pela Ciência", no qual os seus cinco eixos principais (Envolver, Esclarecer, Experimentar, Empoderar e Encantar) buscam uma aprendizagem sistêmica, que permite que todos os atores compartilhem conhecimentos e aprendam juntos, através da emoção, da observação, de vivências práticas e atividades sensoriais. Esse método foi apresentado em uma oficina (Ciência é coisa de criança, sim!) destinada a gestores, educadores, profissionais do terceiro setor, graduandos e pós-graduandos das áreas de Educação e Ciências (48 participantes). Foi discutida a importância da ciência da natureza para crianças e sua aplicação a partir dos 5E's. Após 180 dias da realização da oficina, os participantes responderam a um questionário sobre a aplicabilidade do método e a concepção da ciência no cotidiano das crianças. Apurou-se que esses consideraram que a oficina contribuiu para a melhoria das suas práticas pedagógicas, possibilitando a inserção de novas perspectivas e desafios em sala de aula. Para eles, a ciência na Educação Infantil, quando aplicada de forma investigativa e lúdica, é capaz de contribuir para o protagonismo do aluno, o auxiliando a interagir e a significar o seu cotidiano. Concluiu-se que os 5 E's impactaram positivamente as práticas pedagógicas de parte dos envolvidos, principalmente na reconexão da criança com a natureza, e que mais oficinas e investigações devem ser realizadas a fim de se comprovar a eficácia e possibilidades desse método.

Palavras-chave: Educação Infantil. Aprendizagem Significativa. Protagonismo.

 


 

O OLHAR PSICOPEDAGÓGICO: DA HIPÓTESE DIAGNÓSTICA À INTERVENÇÃO PRECOCE NO TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Sionara Camargo Campos

RESUMO

OBJETIVO: O trabalho visa apresentar a importância da intervenção psicopedagógica precoce, anterior e posterior ao diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa envolve psicopedagoga, família, atendido (com 2 anos e 5 meses) e escola, e é produto da investigação realizada no atendimento psicopedagógico.
MÉTODO: Optou-se por um percurso metodológico de pesquisa-ação, a partir de registros de observações, anamnese com a família no decorrer da avaliação psicopedagógica, que teve como hipótese diagnóstica a demora na aquisição da fala e ecolalia, anormalidade sensorial, bem como dificuldade na interação social. A partir destas hipóteses, foi utilizado o inventário PORTAGE para investigar o desenvolvimento do atendido. Após a hipótese diagnóstica construída, a família foi encaminhada para avaliação neuropediátrica, munida do Informe Psicopedagógico. A partir da avaliação neuropediátrica, a família foi informada que o filho se encontra dentro do TEA. Os atendimentos psicopedagógicos seguiram com o objetivo de desenvolver no atendido a comunicação verbal, disfunção sensorial e estímulo cognitivo.
RESULTADOS:
Após o período de intervenção psicopedagógica, o qual durou, aproximadamente, cinco meses, constataram-se progressos no desenvolvimento global da criança como: evolução na fala, melhora no processamento sensorial e cognitivo. A intervenção psicopedagógica também teve como objetivo, a partir dos progressos acima citados, o desenvolvimento e melhor organização da rotina e definição de comportamentos, utilizando como aporte recursos visuais de comunicação alternativa.
CONCLUSÃO: Ao longo do tempo, orientou-se a família com vistas ao uso dos recursos de comunicação alternativa, utilizados nas sessões psicopedagógicas, também em casa e na escola. Por isso, ocorreram reuniões mensais entre a psicopedagoga, a professora do AEE e a professora do atendido, para a promoção dos recursos visuais em sala de aula e a adaptação das atividades, a fim de diminuir os sentimentos de angústia do atendido na escola, favorecendo o acesso à aprendizagem escolar.

Palavras-chave: Psicopedagogo. Família. Escola. Autismo.

 


 

O PAPEL DA ESTRUTURA SILÁBICA DO PORTUGUÊS NO DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Ana Ásia Alves Almeida

Coautoras: Karolyne Freitas de Oliveira, Ludmilla de Sousa Paulino

RESUMO

Face ao processo de transformação que o ensino de alfabetização sofreu em nosso país no início dos anos 90, caracterizado pela mudança do ato de como se ensina para o foco de como se aprende, a aquisição da linguagem escrita se mostra, atualmente, uma temática importante, visto que os dados do PISA 2015, prova feita em 70 países, apontam o Brasil como 59º lugar no ranking mundial de educação de leitura. Dessa forma, é relevante questionar o que, ainda, torna o ato de aprender a ler a escrever tão complexo em sala de aula de alfabetização. Nessa direção, este artigo visa apresentar os resultados da pesquisa desenvolvida com crianças pré-escolares, a qual investigou a influência da estrutura silábica do português na aquisição da escrita. A base metodológica se ancora em estudos que enfocam a relação entre consciência fonológica e o desenvolvimento da escrita (Carvalho, 2003). A amostragem dos dados foi realizada por meio da aplicação do APPTL- instrumento de Teste de Leitura (Moreira, 2009), adaptado para a escrita por Melo (2010). Integraram a amostra 20 crianças, com idade entre 5 e 6 anos, organizadas em dois grupos: GA, que recebeu treinamento em consciência fonológica, e o GB, que não recebeu. Os resultados evidenciaram uma ordem gradativa de complexidade nessa aquisição, partindo de estruturas menos complexas, CV, às mais complexas: CCVC, CVC, CCV e VC. Indicam, ainda, que a consciência fonológica contribui para a aquisição da escrita, uma vez que o grupo que participou do treinamento em consciência fonológica representou na escrita um número maior de itens lexicais com base alfabética. Tais achados implicam que sejam revistos os métodos de ensino de alfabetização adotados na pré-escola, no sentido de atentar para a relevância do objeto linguístico, ou seja, para a necessidade de desenvolvimento das habilidades metafonológicas no ensino da escrita.

Palavras-chave: Estrutura Silábica. Alfabetização. Pré-Escola.

 


 

O PAPEL DA NEUROCIÊNCIA NA ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO DIANTE DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autora: Dayane de Souza Rosa

RESUMO

Muitas instituições continuam dominadas por uma concepção pedagógica tradicional e excludente, na qual se ensina uma grande quantidade de informação, dando importância para os educandos com melhores rendimentos escolares. Enquanto quem tem dificuldade, necessidade especial ou transtorno de aprendizagem é de imediato excluído pelo sistema escolar. Portanto, o objetivo deste estudo é identificar o papel da neurociência diante dos obstáculos dos sintomas da não aprendizagem, conceituar o termo neurociência e reconhecer a neurociência como um instrumento fundamental na elaboração de intervenções psicopedagógicas. Pois, como nos diz Sara Paín (1992), os problemas de aprendizagens não são erros: são perturbações produzidas durante a aquisição, e não nos mecanismos de conservação e disponibilidade; portanto, é necessário procurar compreender os problemas de aprendizagem sobre como se está fazendo a aprendizagem e não sobre o que se está fazendo. Diante desta realidade, este trabalho foi desenvolvido por meio de estudo documental e bibliográfico, tendo por base alguns autores que analisam e discutem o conceito da neurociência, a relação entre neurociência e aprendizagem, e o papel do psicopedagogo frente aos obstáculos da não aprendizagem. Além disso, examinaram-se tabelas e gráficos. Pôde-se concluir que a neurociência é uma área de estudo que objetiva a análise dos processos cognitivos, como construir indicadores formais para a intervenção clínica frente aos educandos com baixo desempenho e que apresentam disfunções neurais devido a lesão neurológica de origem genética, congênita ou adquirida, portanto, esta tem o papel de amenizar os obstáculos do sintoma da não aprendizagem com base nos conhecimentos da neurociência, através de estratégias e técnicas aprendidas ao longo de sua formação como; fazer avaliação, diagnosticar e elaborar estratégias de intervenção.

Palavras-chave: Neurociência. Aprendizagem. Psicopedagogia. Intervenção.

 


 

O PAPEL DO PROFESSOR E DA EQUIPE PEDAGÓGICA NAS PRÁTICAS DE INCLUSÃO ESCOLAR

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Graça Maria de Morais Aguiar e Silva

Coautores: Carla Cristina Silva de Arruda, Luís Miguel Pintos Gonçalves, Anaisa Alves de Moura, Flaubert Cirilo Jerônimo de Paiva

RESUMO

A inclusão é um assunto que preocupa atualmente a sociedade, principalmente os envolvidos no meio educacional, a gestão escolar, incluindo-se também a equipe pedagógica e os professores, que são os profissionais mais próximos do educando com necessidades educacionais específicas. O presente artigo tem como objetivo fazer uma análise discursiva sobre o papel do professor e da equipe pedagógica nas práticas de inclusão escolar, onde através de uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, fizemos uma análise no Colégio de Ensino Fundamental T.S.P., em Viçosa, Ceará. A pesquisa justifica-se pela necessidade de identificarmos o papel da equipe pedagógica e do professor nas práticas inclusivas, visto que o número de educandos com necessidades educacionais específicas nas salas de aulas regulares está crescendo rapidamente, exigindo ajustes, estudos e pesquisas de como esta realidade se apresenta e como as práticas inclusivas podem se tornar mais efetivas e eficazes no ambiente escolar. Neste estudo tomamos como base teórica fontes bibliográficas de autores como Mazzotta (2011), Figueiredo, Boneti e Poulin (2010), Mantoan (2008), dentre outros. A partir dos resultados, foi possível perceber nos discursos que professores e gestores em parte estão cientes de suas responsabilidades frente ao processo inclusivo; as dificuldades maiores estão em traduzir os discursos em práticas.

Palavras-chave: Inclusão Escolar. Práticas Inclusivas. Professores. Equipe Pedagógica.

 


 

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO PARA AVALIAÇÃO DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Eixo: Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão

Autora: Priscila de Sousa Barbosa Castelo Branco

RESUMO

Entende-se a avaliação psicopedagógica como um processo que permite perceber as dificuldades de aprendizagem e de convívio social, proporcionando meios para que o indivíduo avance e as limitações diminuam. Neste processo são consideradas as seguintes indagações como: Por que e para quê avaliar? Quem avalia? A quem avalia? O que avalia? Como avalia? Com que instrumentos avalia? E quando avalia? Para essa reflexão, os estudos de Teixeira e Nunes (2010), Sánchez-Cano e Bonals (2010) e Rotta (2016) apontam que é necessário entender que a deficiência intelectual não está totalmente relacionada a meros princípios de uma organização familiar ou de certa estrutura financeira e que a atuação de um profissional especializado favorece a potencialização das capacidades e superação dos prejuízos persistentes. Como objetivo, buscou-se analisar qual a contribuição do psicopedagogo para avaliação da deficiência intelectual. A partir uma pesquisa qualitativa com base exploratória descritiva, foram entrevistadas 9 professoras que atuam com estudantes com deficiência intelectual e têm formação em Psicopedagogia. Como resultados, obteve-se que a avaliação psicopedagógica permite traçar um plano individualizado que melhor atenda às necessidades do indivíduo. A partir daí, o psicopedagogo orienta sua tomada de decisões e auxilia a partir da coleta de informações quais as potencialidades e dificuldades e, então, aplica as melhores estratégias para potencializar a aprendizagem do seu aluno, aperfeiçoando as respostas significativas às necessidades. Conclui-se que a avaliação psicopedagógica é indispensável para conhecer as necessidades do aluno com deficiência intelectual, visto que o psicopedagogo atua como avaliador que propicia condições de ensino que revelem condições significativas de aprendizagem, valorizando a diversidade. Ele é o mediador da aprendizagem e esta acontece dentro de um processo de inclusão que perpassa por todos os sujeitos envolvidos, sejam eles os outros membros da comunidade escolar, a família ou a comunidade em que o aluno está inserido.

Palavras-chave: Deficiência Intelectual. Psicopedagogia. Avaliação Psicopedagógica.

 


 

O PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL E A CONTRIBUIÇÃO PARA O OLHAR SISTÊMICO

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autora: Régia Beatriz Coêlho Diniz Nogueira

RESUMO

O objetivo deste artigo consiste em ressaltar a contribuição da visão sistêmica no contexto escolar e a importância do psicopedagogo assessorando e esclarecendo a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino aprendizagem numa atuação preventiva e coletiva. Utilizou-se o método qualitativo para realizar interpretações dos dados analisados nas entrevistas semiestruturadas, procurando aprofundar-se na compreensão das ações dos grupos em seu ambiente e contexto social. Sendo assim, foi realizada uma revisão teórica a respeito dos temas visão sistêmica e Psicopedagogia institucional através de livros e artigos, investigando vários aspectos na instituição de ensino, com objetivo de comparar e refletir de forma real os conhecimentos teóricos e realizar o diagnóstico psicopedagógico institucional. Os resultados indicam que apesar de toda equipe ter uma boa relação com os alunos e conhecer a importância do que faz para o bom desempenho da escola, precisa melhorar a comunicação entre família e escola. Por fim, ressalta-se a importância do propósito coletivo e a importância de repensar diariamente as relações educacionais como fator social essencial na transformação do processo de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Visão Sistêmica. Psicopedagogia. Propósito Coletivo.

 


 

O SEGREDO DA MORTE COMO FRATURA NA APRENDIZAGEM

Eixo: Avaliação e Intervenção

Autora: Elizandra de Siqueira Chitolina

Coautoras: Gilvani Kuyve, Ana Carolina Belleze Silva

RESUMO

Este é um estudo de caso que tem como problemática a compreensão de como o segredo sobre uma morte pode fraturar a aprendizagem. O objetivo geral foi identificar as interferências do segredo sobre a morte na não aprendizagem, a fim de explicar as dificuldades de aprendizagem de um paciente por meio de um estudo de caso. Buscou-se definir aprendizagem e suas fraturas; explicitar a (des) (re) construção do conhecimento na família e explicar como o segredo ou o segredar pode conduzir o indivíduo à perda do desejo de conhecer/aprender. Tal estudo se justifica pela sua contribuição para a compreensão nas fraturas no aprender, evidenciando uma provável causa para o conhecimento que não permanece no sujeito. Concebe-se o paciente, em termos psicopedagógicos, como parte de um todo. Há uma relação intrínseca entre ela e a família, e entre a família e ela. Cada membro da família estabelecerá essa ligação, significando-o a seu modo peculiar. A metodologia desenvolveu-se através de pesquisa do tipo explicativa, posto que existe a preocupação de identificar os fatores que determinam a ocorrência de determinados fenômenos. Para Severino (2007), a pesquisa explicativa é aquela que, além de registrar e analisar os fenômenos estudados, busca identificar suas causas, seja através da aplicação do método experimental/matemático, seja através da interpretação possibilitada pelos métodos qualitativos. A análise do caso evidenciou fratura na aprendizagem causada por um segredo que o paciente busca esquecer/omitir, estendendo-se a todo conhecimento experienciado por ele. Identifica-se, em hipótese, um caso de oligotimia. Há uma renegação da capacidade aprendente/pensante do paciente, que se posiciona atrás de um não saber protetivo, não se permitindo questionar-se. Neste processo, a intervenção psicopedagógica deve circunscrever-se ao prazer de aprender e à desvinculação do saber como algo proibido ou perigoso. É necessário mobilizar a modalidade de aprendizagem do paciente, ressignificando-a, trazendo-a para o aprender.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Estudo de Caso Clínico. Segredo. Morte. Fratura na Aprendizagem.

 


 

O USO DO SOFTWARE GCOMPRIS PARA A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

Eixo: Família e Escola

Autora: Maria Selta Pereira

RESUMO

INTRODUÇÃO: O presente trabalho foi realizado nas turmas de Educação Infantil, voltada para atividades específicas em matemática. Nesse trabalho é possível compreender a importância das tecnologias orientadas para as crianças.
OBJETIVOS:
Proporcionar às crianças momentos interativos entre as atividades de matemática e as tecnologias, dando ênfase aos momentos de integração afetiva com as outras crianças. Reconhecer os números, as quantidades e associar o valor de igualdade e diferença. Desenvolver habilidade motora fina com a realização do manuseio dos materiais concretos intercalando com o uso do software Gcompris. No referencial teórico, Andersen (2013), que em suas palavras define "que existem desconfiança e resistência quando se arrolam argumentos em defesa das tecnologias na sala de aula". Moline (2007) expressa que é preciso pensar que o afeto vai além do ambiente familiar e alcança o todo de uma sociedade, inclusive as instituições de ensino. Nascimento (2011), que apresenta atividades digitais de alfabetização, novas formas de interações e de compreensão, pois o acesso às tecnologias possibilita a inclusão no mundo da informação, em seguida Saltini (2008) lança em seu material a importância do afeto para se concretizar numa aprendizagem efetiva e motivadora.
MÉTODO:
Foi apresentado para as crianças o software Gcompris e sua estrutura. Como utilizar realizando as atividades e reconhecendo as quantidades, os números e os agrupamentos. Outros elementos de reconhecimento são as letras do próprio nome, quantidades de letras, quantas vezes são pronunciadas as palavras (nomes), como integração entre eles em cooperar e se ajudarem através dos laços afetivos.
RESULTADOS: Maior integração entre os aprendentes, oportunizou elevar o nível de conhecimentos de cada criança, efetivando os laços afetivos entre os grupos de aprendizagens, sendo solidários na troca de vivências em contato com as tecnologias. Atualmente, está muito presente nas sociedades, educação, saúde, enfim em todos os espaços presentes em nossa vida, dando sempre um suporte para os avanços tecnológicos. Assim, ressignificando a aprendizagem cognitiva através dos elementos do software Gcompris, concretizando aprendizagem lúdica e significativa no cotidiano escolar.

Palavras-chave: Afeto. Cognitivo. Tecnologia.

 


 

OS VAZIOS DO FAZER PSICOPEDAGÓGICO, A PSICANÁLISE E AS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES

Eixo: Família e Escola

Autora: Julia Marcelina Ferreira de Melo Pereira

RESUMO

O presente trabalho apresenta uma pesquisa sobre os vazios encontrados no fazer psicopedagógico e as contribuições da Psicanálise para a Psicopedagogia, diante das configurações familiares, da situação de averiguação dos impedimentos para a aprendizagem e da observação dos vários tipos e formatações de pensamento, o que leva, consequentemente, a pensar na aprendizagem usando os caminhos dos processos de identificação e transferência ocorridas na relação do aprendente e família, aprendente e escola, aprendente e aprendizagem, e o aprendente com o terapeuta da aprendizagem, que é o psicopedagogo. O estudo se alicerça em pesquisa bibliográfica e análise de textos diversificados, como artigos, revistas, periódicos e trabalhos congressionais e objetiva enriquecer o trabalho psicopedagógico, partindo do profissional para os aprendentes e familiares, enriquecer no sentido de trazer ao psicopedagogo mais amplitude e esclarecimento em relação ao outro como ser constituído de Id, Ego e Superego mais as suas limitações externas que, no caso específico da Psicopedagogia, é a dificuldade de aprendizagem e também as vivências familiares, sociais e escolares. O estudo da Psicanálise direciona o psicopedagogo na sua tarefa de identificar e terapeutizar as dificuldades de aprendizagem, que têm inúmeros fatores causadores e tipos de dificuldades. A Psicopedagogia precisa ajudar o aprendente a equilibrar a sua aprendizagem e isso requer uma avaliação inicial sem pressa e bem detalhada, necessitando de várias sessões, nas quais acontece a verificação da aprendizagem partindo da área afetivo-social, cognitiva, motora e pedagógica. É uma função que não pode ser pensada com imediatismo e sucesso pleno, o equilíbrio que a Psicopedagogia busca precisa do amparo psicanalítico; não na aplicação direta de análise com o aprendente, mas no direcionamento do próprio profissional, para que ele possa se valer do fortalecimento do próprio ego para ajudar o seu aprendente, analisar com mais categoria a sua dificuldade e também compreender com mais profundidade a carga afetiva que o sujeito tem. O desenvolvimento da presente pesquisa possibilitou a compreensão de que não é possível desenvolver as habilidades cognitivas sem que a emoção esteja bem conduzida, e para isso conta-se com a Psicanálise para uma aproximação do sujeito com seu desenvolvimento, necessidades, traumas, obrigações e dificuldades, pois na clínica psicopedagógica há a necessidade de compreender o sujeito na sua subjetividade e isso implicará na compreensão de vários fatores: história, desejo, linguagem, sua cultura, entre outros. A prática psicopedagógica está associada à reintegração do sujeito no universo do desejo de saber. A especificidade do tratamento psicopedagógico consiste no fato de que existe um objetivo a ser alcançado, a eliminação dos sintomas das dificuldades de aprendizagem.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Psicanálise. Aprendizagem. Família.

 


 

PERFIL PROFISSIONAL DO PSICOPEDAGOGO NO ESTADO DO PARANÁ

Eixo: Campos de Atuação, Pesquisa, Formação e Profissionalização

Autoras: Caroline Elizabel Blaszko, Evelise Maria Labatut Portilho

RESUMO

As Diretrizes de formação dos psicopedagogos do Brasil, publicadas em 2013 pela Associação Brasileira de Psicopedagogia, ressaltam que "O psicopedagogo é o profissional habilitado para atuar com os processos de aprendizagem junto aos indivíduos, aos grupos, às instituições e às comunidades". Desde 2002, pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Psicopedagogia foi inserida na Família Ocupacional 2394-25 dos Programadores, Avaliadores e Orientadores de Ensino. Com o propósito de conhecer o perfil profissional do psicopedagogo, o trabalho apresenta o perfil deste profissional atuante nos municípios do estado do Paraná, resultante da primeira etapa de uma tese. Foi elaborado um questionário endereçado aos secretários de educação dos municípios solicitando dados sobre a existência do serviço psicopedagógico, a formação dos profissionais atuantes, o trabalho em equipe e as demandas que emanam do setor psicopedagógico daquela realidade. No primeiro momento, o instrumento foi enviado via e-mail, mas houve dificuldade do retorno das respostas, visto que somente 20 municípios responderam. Diante do panorama apresentado, optou-se por entrar em contato via telefone, o que aumentou significativamente os resultados, totalizando 218 questionários respondidos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem fenomenológica hermenêutica, portanto, propõe uma reflexão contínua sobre a importância, a validade e a finalidade das respostas obtidas na pesquisa. É possível afirmar que, na região, 105 municípios não têm psicopedagogos, 113 municípios têm psicopedagogos. Os principais dados indicam até o momento que 10 profissionais são concursados como psicopedagogos, 137 profissionais atuam como psicopedagogos, mas são concursados como professor do ensino regular e 4 são designados para atuar como psicopedagogo por cargo de confiança. Com relação à formação profissional, 47 profissionais atuantes apresentam a especialização em Psicopedagogia, envolvendo a área institucional e clínica, 53 possuem especialização em Psicopedagogia Institucional, e 51 profissionais trabalham na área sem obterem formação específica para atuarem como psicopedagogos.

Palavras-chave: Aprendizagem. Psicopedagogo. Perfil Profissional.

 


 

PREVALÊNCIA DE SINAIS DE PSICOPATOLOGIA EM ESTUDANTES ADOLESCENTES COM QUEIXAS ESCOLARES

Eixo: Saúde Mental e Neurociências

Autor: Maximiliano Guassu

Coautores: Janaina Mandra Garcia, Vanessa Rodrigues Perdomo, Arthur de Almeida Berberian

RESUMO

O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência de sinais de transtornos mentais (TM) em adolescentes com queixas escolares de uma clínica escola de Psicopedagogia do Centro Universitário FIEO (UNIFIEO), do município de Osasco-SP. Foram avaliados 70 adolescentes (36% sexo feminino), encaminhados por escolas da cidade para tratamento psicopedagógico. Utilizou-se o questionário Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), que é uma medida útil em psicopatologia e preenchível pelos pais ou responsáveis. O SDQ é dividido em cinco subescalas: problemas no comportamento pró-social, hiperatividade, problemas emocionais, de conduta e de relacionamento. Para psicopatologia, não é considerado o escore pró-social. Foram estimadas prevalências de sinais de transtornos mentais em toda a amostra e por sexo. A prevalência de TM (razão entre número de indivíduos afetados e total de participantes) foi de 86%. A prevalência de sinais de hiperatividade em toda a amostra foi de 57%, problemas emocionais foi de 55%, problemas de conduta foi de 90% e problemas de relacionamento foi de 50%. Considerando a prevalência por sexo, houve 84% de sinais de psicopatologia nas meninas e 87% em meninos. A prevalência de sinais de hiperatividade em população de meninas foi de 48% e de 62% nos meninos. Para problemas emocionais, a população feminina obteve 52% e 62% na população masculina. Para problemas de conduta, as mulheres apresentaram 96% de prevalência, já os meninos 89%. Finalmente, a prevalência de problemas de relacionamento na população feminina foi de 60% e os meninos obtiveram 44%. O presente estudo corrobora a prevalência de sintomas de psicopatologia em estudantes com queixas escolares. Tais sintomas, embora com prevalência elevada nesta população, podem ser negligenciados pelos profissionais da educação. Os resultados do presente estudo podem contribuir para prevenção e melhor tratamento de estudantes com queixas escolares.

Palavras-chave: Transtornos Mentais. Queixa Escolar. Prevalência. Psicopatologia. Educação.


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