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Revista Psicopedagogia

Print version ISSN 0103-8486

Rev. psicopedag. vol.36 no.111 São Paulo Sept./Dec. 2019

 

EDITORIAL

 

 

Prezados leitores que nos acompanham nesse riquíssimo convívio científico.

Mais um ano que se passa e mais uma gestão da ABPp (2017/2019) que se encerra. Dessa mesma maneira, a minha colaboração e presença à frente dessa editoria também chegam ao seu termo final.

Foram anos enriquecedores, de muito aprendizado e também esforço para tornar a nossa revista cada vez melhor, mais integrada aos novos tempos e a novas perspectivas educacionais.

Passaram por aqui não só autores de grande renome nacional e internacional, mas também novos talentos de diferentes áreas da Educação, da Saúde e da própria Psicopedagogia, todos contribuindo para o engrandecimento e importância de cada edição. Foram permeados temas, de relevância e repercussão, os quais, certamente, levaram-nos a grandes momentos de leitura.

Por tudo isso, e pelo prazer e satisfação em ter podido contribuir, mais uma vez, com a ABPp e com a Psicopedagogia, chego nesse momento de despedida com a sensação de dever cumprido e feliz por ter dado o melhor de mim ao longo de todo esse período.

Assim, nesse tom de despedida, não posso deixar de agradecer:

à presidente da ABPp, Luciana Almeida Barros, gestão 2017/2019, pela confiança depositada em mim para assumir a Editoria da Revista Psicopedagogia;

à Maria Irene Maluf, pelo apoio que nos foi dado, pelo trabalho que sempre desenvolveu nessa revista, enquanto foi editora, conduzindo-a à cientificidade, ao lugar que ela merece;

a todos os membros do Conselho Editorial, os quais, durante esses três anos de gestão, me assessoraram com maestria e neutralidade;

ao jornalista Ricardo Brandau, que, através do seu incansável e cuidadoso trabalho de revisão, nos ajudou passo a passo a construir edições cada vez melhores;

aos autores que contribuíram de forma efetiva trazendo seus artigos, abrilhantando a nossa revista.

E, enfim, agradecer a você psicopedagogo e ao nosso leitor que nos prestigiou e nos acompanhou ao longo desse tempo em que estivemos juntos.

Mas, o tempo não para. E, em meio a esses agradecimentos, segue mais uma edição, e mais artigos com uma gama de assuntos que nos farão mergulhar no mundo da Psicopedagogia, da Educação e da Saúde. Vamos a eles:

Começamos apresentando o artigo "Abstração reflexionante em estudantes: implicações pedagógicas e psicopedagógicas" escrito por Eliane Giachetto Saravali, Amanda de Mattos Pereira Mano, Taislene Guimarães, Angélica Pall Oriani e Liliane Ubeda Morandi Rotoli, o qual nos leva à conclusão de que, a partir da teoria piagetiana, a abstração reflexionante pode ser entendida como um motor para o desenvolvimento cognitivo, atuando diretamente no processo de equilibração.

Os autores Marcos Venicio Esper e Lucila Castanheira Nascimento desenvolveram uma pesquisa sobre a importância das narrativas gráficas na compreensão do olhar da criança para a família e a descrevem no artigo "Narrativas Gráficas sobre Família por Crianças matriculadas em uma Escola de Atendimento Especializado", evidenciando como estas narrativas gráficas são importantes para melhor compreensão sobre essas crianças, visto que, nestas, apresentam a família e projetam os sujeitos com os quais convivem.

"Relação entre memória de trabalho e habilidade matemática em crianças entre 8 e 9 anos" é um artigo da autora Cibelle Soares Toledo, a qual investiga, através de um estudo, a relação entre componentes da memória e a aritmética, por meio de testes realizados entre crianças de 8 e 9 anos da mesma série e instituição escolar. Nessa investigação, avaliam, através de testes de aritmética e tarefas, o esboço visuoespacial e a habilidade de manipulação da informação (dígitos inversos). Chama a atenção, também, sobre a importância das funções executivas para o desempenho em matemática.

O artigo "Nível de informação dos professores da educação especial sobre a fonoaudiologia educacional", escrito pelas autoras Marília Piazzi Seno e Simone Aparecida Capellini, expõe, com fundamento numa pesquisa desenvolvida com professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), o pouco conhecimento por parte destes sobre a função do fonoaudiólogo educacional, concluindo serem necessários maiores investimentos no sentido de divulgar os benefícios do trabalho interdisciplinar, assim como a importância da participação do fonoaudiólogo educacional na equipe escolar, atuando como membro colaborador nas práticas pedagógicas dos professores.

Os autores Neyfsom Carlos Fernandes Matias e Maycoln Leôni Martins Teodoro escreveram sobre o "Desempenho Escolar e Participação nas Atividades de um Programa de Tempo Integral" e relatam um estudo feito com alunos de escola pública sobre a participação destes em atividades extracurriculares. Concluíram que essas atividades favorecem e melhoram o desempenho escolar dos alunos participantes. Em função disso, consideram a importância de se oferecer escolas de tempo integral, como uma necessidade para poder atender melhor os alunos e poder desenvolver essas atividades extracurriculares.

A autora Edith Rubinstein nos oferece, por meio do artigo "A pergunta no processo de ensino-aprendizagem", uma análise sobre a importância da pergunta na aprendizagem do sujeito, teorizando os aspectos simbólicos da pergunta e a sua existência no processo de ensino aprendizagem. Traz, também, exemplos de aplicação do estilo interrogatório em sala de aula.

Neste artigo "A família, a criança e uma visão psicopedagógica sistêmica", da autora Maria Cecília Castro Gasparian, vê-se a família como ponto básico para a estruturação equilibrada entre os vários tipos de aprendizagem nela inseridos. Para entendermos melhor sobre esse núcleo social tão importante, a autora apresenta uma visão sistêmica sobre o fenômeno familiar, vista como um conjunto de relações que interagem entre si influenciando uns aos outros e, fala, também, sobre questões de família e suas implicações nos processos de aprendizagem de todos os seus membros.

"A atuação do psicopedagogo na escola: um estudo do tipo estado do conhecimento", elaborado pelas autoras Camila Campagnolo e Fernanda Figueira  Marquezan, nos remete à área da Psicopedagogia institucional. Trata-se de um estudo do Estado do Conhecimento com o objetivo de analisar a atuação do psicopedagogo na escola, na tentativa de compreender de que forma esse profissional está inserido neste ambiente.

Como revisão de literatura, os autores Ronê Paiano, Alexandre S. Amaro, Ariane Cristina R. de Carvalho, Alisson Rogério C. Siqueira e Luiz Renato R. Carreiro pesquisaram sobre o "Exercício físico na escola e crianças com TDAH: um estudo de revisão" e o efeito da atividade física realizada no ambiente escolar em crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e, concluíram, com esse estudo, que há efeitos benéficos da atividade física nos sintomas de TDAH em crianças e jovens e ressaltam o protagonismo da escola como um espaço possível para o desenvolvimento de diferentes estratégias de intervenção física com potencial efeito sobre o TDAH.

As autoras Heloísa dos Santos Peres Cardoso e Patrícia Martins de Freitas no artigo "Aplicação do modelo da dupla rota no diagnóstico da dislexia", através de uma revisão sistemática de literatura, têm como objetivo verificar a aplicação do modelo neurocognitivo da dupla rota nos estudos sobre diagnóstico da dislexia.

Como relato de pesquisa, Paola Raffaella Arabbi Humpel, Kelly Cristina Menezes Bento e Celestino Manuel Madaba abordam o tema "Bullying x educação escolar inclusiva" chamando atenção sobre o papel da escola no combate ao bullying e, em especial, a superação do sujeito frente a esse problema, através de uma educação inclusiva.

Concluindo esse editorial, além de desejar uma boa leitura, quero parabenizar os psicopedagogos pelo dia 12 de novembro (Dia do Psicopedagogo), desejar a todos um Feliz Natal e um Ano Novo (2020) cheio de alegrias, saúde, sucesso, assim como, desejar à nova diretoria, à nova gestão 2020/2022, tudo de bom, muitas vitórias e sucesso.

Débora Silva de Castro Pereira

Editora

Associação Brasileira de Psicopedagogia

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