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Revista Psicopedagogia

versão impressa ISSN 0103-8486

Rev. psicopedag. vol.38 no.115 São Paulo abr. 2021

http://dx.doi.org/10.51207/2179-4057.20210001 

ARTIGO ORIGINAL

 

Elaboração de uma lista de palavras no âmbito da ortografia para escolares com dislexia: 'Dyslexic Sight Words'

 

Elaboration of a spelling word list for students with dyslexia: Dyslexic Sight Words

 

 

Luciana CidrimI; Nadia Pereira Gonçalves de AzevedoII; Francisco MadeiroIII

IUniversidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Recife, PE, Brasil
IIUniversidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Recife, PE, Brasil
IIIUniversidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Recife, PE, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este estudo contempla a criação de uma lista de 60 palavras frequentemente escritas de modo incorreto por disléxicos. A proposta é inspirada na metodologia que utiliza listas de 'sight words' no ensino de palavras de alta frequência na língua inglesa. Participaram 60 escolares, 30 do Grupo Dislexia (GD) e 30 do Grupo sem Dislexia (GSD). Foi aplicado um questionário a 30 profissionais, que declararam 40 palavras frequentemente escritas de modo incorreto por disléxicos. Concebeu-se uma lista das 60 palavras mais citadas pelos profissionais. Todos os escolares realizaram um ditado dessas palavras. Foi constatada diferença no desempenho do GD comparado ao GSD ao escrever a lista de palavras. No GD as dificuldades persistem por mais tempo e há maior variedade de alterações ortográficas. A concepção da lista de palavras associada ao número alto de erros cometidos pelo GD pode oferecer subsídios para abordagens de intervenção no âmbito clínico e educacional.

Unitermos: Educação. Escrita Manual. Aprendizagem. Ensino. Dislexia.


SUMMARY

This work addresses the creation of a list of 60 words often misspelled by dyslexics. The proposal is inspired by the methodology that uses 'sight words' lists in the teaching of high frequency words in the English language. Sixty students participated, 30 of the Dyslexia Group (GD) and 30 of the Without Dyslexia Group (GSD). A questionnaire was applied to 30 professionals, who declared 40 words frequently misspelled by dyslexics. A list of 60 words most cited by professionals was designed. All students performed a 60-word dictation. There was a difference in GD performance compared to GSD when writing the word list. In GD, the difficulties persist for a longer time and there is a greater variety of spelling changes. The design of the word list associated with the number of misspelled made by the GD may offer support for intervention approaches in clinical and educational scope.

Keywords: Education. Spelling. Learning. Teaching. Dyslexia.


 

 

INTRODUÇÃO

Aprender a escrever não é uma tarefa fácil, pois pressupõe a aquisição de habilidades, como diferenciar o traçado das letras, compreender a conversão fonografêmica, estabelecer correspondências quantitativas e identificar a posição do grafema na palavra1,2.

Escolares apresentam maior facilidade na escrita ortográfica de palavras regulares e de alta frequência quando comparada à escrita de palavras de baixa frequência, mostrando que, quanto maior for a exposição auditiva e visual da palavra, mais familiar a palavra se torna, o que facilita a recuperação lexical ortográfica no momento da escrita3,4.

Observa-se que as crianças cometem 'erros' durante a aprendizagem da escrita até que, progressivamente, se apropriem do sistema ortográfico5,6. Consequentemente, os erros se tornam cada vez mais específicos e assistemáticos2. Por outro lado, algumas delas parecem ter uma trajetória diferente. Essas dificuldades na aprendizagem escolar podem ser sintomas de transtornos de aprendizagem, como a dislexia2,4,5,7.

Na dislexia as dificuldades apresentam-se desde o início da alfabetização, comprometendo a aquisição da leitura, da escrita e da ortografia8, caracterizando-se por um desempenho acadêmico inferior ao esperado para a idade e escolaridade e ao nível cognitivo e intelectual do indivíduo9.

No ensino da língua inglesa, desde cedo as crianças são estimuladas a aprender como as palavras devem ser escritas, por meio de listas de palavras denominadas de "sight words"10. As listas de "sight words" são compostas por palavras utilizadas com alta frequência na língua inglesa. As crianças são incentivadas a memorizar essas palavras desde pequenas, para que possam reconhecê-las automaticamente sem precisar de estratégias para decodificá-las10.

O uso de "sight words" durante a escolarização é uma boa estratégia, pois os escolares podem ser capazes de identificar a maioria das palavras em um texto antes mesmo de tentar lê-lo. Além disso, muitas dessas palavras possuem uma ortografia arbitrária, não sendo possível que a criança as reconheça apenas decodificando10,11.

O desenvolvimento de uma consciência ortográfica, habilidade metalinguística relacionada com a reflexão acerca do conhecimento ortográfico4,12,13, é especialmente difícil para disléxicos. O fato de estarem expostos ao ensino formal da ortografia no ambiente escolar não garante o domínio da ortografia, e, por esta razão, são necessárias estratégias específicas para esses escolares14.

Este trabalho contempla a criação de uma lista de 60 palavras frequentemente escritas de modo incorreto por escolares com dislexia. A lista é inspirada na metodologia que utiliza listas de "sight words" no ensino de palavras de alta frequência na língua inglesa.

 

MÉTODO

Participantes

Participaram deste estudo 60 escolares, de ambos os gêneros, sendo 30 com dislexia (Grupo dislexia - GD) e 30 sem dislexia (Grupo sem dislexia - GSD), com idade entre 8 anos e 10 meses e 12 anos e 4 meses, do 3o ao 6o ano do Ensino Fundamental, de escolas da rede privada de ensino e 30 profissionais que atuam com distúrbios de aprendizagem e dislexia na cidade de Recife/PE, sendo 12 fonoaudiólogos, 10 psicopedagogos, cinco pedagogos e três neuropsicólogos. Todos os indivíduos envolvidos (escolares, responsáveis e profissionais) assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Os escolares com dislexia foram subdivididos em 4 grupos: GD3 (dez escolares do 3o ano), GD4 (oito escolares do 4o ano), GD5 (quatro escolares do 5o ano) e GD6 (oito escolares do 6o ano), assim como os escolares sem dislexia: GSD3 (dez escolares do 3o ano), GSD4 (oito escolares do 4o ano), GSD5 (quatro escolares do 5o ano) e GSD6 (oito escolares do 6o ano).

Os participantes do GD foram escolares com diagnóstico interdisciplinar de dislexia, que estavam em acompanhamento fonoaudiológico ou que já haviam sido acompanhados pela primeira autora deste estudo.

Foram excluídos escolares com diagnóstico de outros distúrbios de aprendizagem, como a discalculia e distúrbio de aprendizagem não específico, escolares com baixa acuidade visual, auditiva e/ou desempenho intelectual abaixo dos padrões esperados para a idade e escolares com dificuldade escolar (de origem pedagógica).

Os participantes do GSD foram escolares sem queixa de dificuldades de aprendizagem. O pareamento foi realizado entre os grupos, e para isso foram assegurados o mesmo ano escolar e o gênero, com a idade aproximada entre os escolares.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Pernambuco, sob o parecer 2.702.503, em 08/06/2018.

Instrumentos

A concepção da lista de 60 palavras - "Dyslexic Sight Words"

Foi solicitado aos profissionais, por meio de um questionário, que declarassem uma lista de 40 palavras como sendo as que escolares com dislexia escrevem frequentemente de modo incorreto. De 30 questionários respondidos foram totalizadas 1.177 palavras, sendo 739 palavras (62,7%) distintas. De 739 palavras foram selecionadas 60 para compor a lista "Dyslexic Sight Words" (Tabela 1). Foram declarados pelos profissionais participantes do estudo quatro pares de signos linguísticos e que foram considerados como quatro palavras na composição da lista de 60 palavras: por isso, a gente, de repente e em cima.

Para compor a lista de 60 palavras, foi aplicado um critério de desempate para as palavras que foram citadas três vezes pelos profissionais, de tal modo que o número de palavras da lista ficasse limitado a 60.

Na Tabela 2 são apresentadas as 50 palavras que foram citadas três vezes pelos profissionais, em ordem alfabética.

O próximo passo foi verificar quais dessas palavras estavam presentes em outras listas e ditados de palavras utilizados em pesquisas nacionais sobre ortografia15-19.

De 50 palavras, 17 estavam presentes em outras listas: alguém, amanhã, árvore, barulho, caçador, certo, correr, exame, feliz, galinha, macarrão, presente, relógio, saudade, tempo, tesoura e vassoura. De 17 palavras eram necessárias 13 palavras para compor a lista de 60 palavras. Foi, então, realizada uma busca de ocorrência das 17 palavras no Google for Safari. As 13 palavras que apresentaram ocorrência mais alta foram: tempo, presente, feliz, alguém, certo, árvore, amanhã, exame, saudade, relógio, correr, tesoura e galinha.

 

RESULTADOS

O GD realizou um ditado de 60 palavras em uma sessão de até 45 minutos no consultório particular da primeira autora deste estudo. O GSD realizou um ditado de 60 palavras em até dois encontros de 30 minutos na própria escola, na presença da primeira autora deste estudo.

Os escolares do GD3 escreveram 387 palavras de modo incorreto, o que corresponde a 64,5% do total de palavras escritas pelos escolares do GD3. Os escolares do GD4 escreveram 236 palavras de modo incorreto, o que corresponde a 49,2% do total de palavras escritas pelo GD4. O GD5 escreveu 93 palavras de modo incorreto, o que corresponde a 38,8% do total de palavras escritas pelos escolares do GD5. E, por fim, o GD6 escreveu 133 palavras incorretamente, o que corresponde a 27,7% do total de palavras escritas pelo GD6, como pode ser observado na Figura 1.

 

 

Os escolares do GSD3 escreveram 62 palavras de modo incorreto, o que corresponde a 10,3% do total de palavras escritas pelos escolares do GSD3. Os escolares do GSD4 escreveram 37 palavras de modo incorreto, o que corresponde a 7,7% do total de palavras escritas pelo GSD4. O GSD5 escreveu 19 palavras de modo incorreto, o que corresponde a 7,9% do total de palavras escritas pelos escolares do GSD5. E, por fim, o GSD6 escreveu 10 palavras incorretamente, o que corresponde a 2,0% do total de palavras escritas pelo GSD6, como pode ser observado na Figura 2.

 

 

Na Tabela 3 é apresentada a lista das 60 palavras e o número de palavras escritas de modo incorreto pelos escolares do GD, em ordem decrescente do número de ocorrências.

Na Tabela 4 é apresentada a lista das 60 palavras e o número de palavras escritas de modo incorreto pelo GSD em ordem decrescente de ocorrência.

Para analisar os erros ortográficos observados na escrita dos escolares dos GD e GSD, foi selecionado o estudo de Zorzi16, por ser utilizado como referência em pesquisas brasileiras sobre ortografia em crianças com e sem dificuldades de aprendizagem20-23.

Embora Zorzi16 não cite a ausência de acentuação como uma categoria, a ausência do acento agudo nas palavras também, ninguém, alguém e relógio e a ausência do til - função de anasalar as vogais - nas palavras então e amanhã foram consideradas neste estudo como erro, pois na língua portuguesa ao escrever ninguem em vez de ninguém ou amanha em vez de amanhã, as palavras não estão escritas da forma correta, corroborando com os achados de outro estudo nacional que acrescentou a categoria ausência ou presença inadequada de acentuação (APIA)19 à análise dos erros ortográficos.

 

DISCUSSÃO

Para os escolares com dificuldades de apropriação da ortografia, condição comum em disléxicos, o ensino tradicional da ortografia traz pouca melhora quando comparados a demais escolares2, pois disléxicos apresentam alterações de base fonológica que comprometem diretamente o mecanismo de conversão fonografêmico. Além disso, pesquisadores discutem a existência de um prejuízo persistente na ortografia de disléxicos e a continuidade das dificuldades, mesmo após intervenção1,4,6.

Como uma das principais manifestações da dislexia é a alteração no processamento fonológico24, o prejuízo na memória operacional fonológica traz alterações na aquisição e na automatização das regras e irregularidades ortográficas, o que pode justificar o desempenho do GD quando comparado ao GSD. Assim, as alterações de processamento fonológico inerentes a escolares com dislexia comprometem a escrita em seu processo de codificação, pois dizem respeito ao problema no mecanismo de conversão fonografêmico, que é essencial para o desenvolvimento da leitura e escrita6,25-28.

Na comparação intergrupos, foi observado um número alto de palavras escritas incorretamente pelo GD, inclusive nos escolares dos GD5 e GD6 e na variedade das formas de escrever a mesma palavra, apresentando por vezes mais de um erro na mesma palavra. A palavra conseguiu, por exemplo, foi escrita de 11 formas distintas pelo GD e de 4 formas pelo GSD; a palavra assalto foi escrita de 13 formas pelo GD e de 2 formas pelo GSD e de repente foi escrita de 5 e de 2 formas pelos GD e GSD, respectivamente.

Baseado na classificação ortográfica de Zorzi16, os escolares do GD deste estudo apresentaram maior quantidade de erros por representações múltiplas (relacionados às irregularidades na relação fonografêmica), por apoio da oralidade (influência dos padrões da fala na escrita), ausência do acento agudo e ausência do til e trocas surdas-sonoras (dificuldades em distinguir os aspectos sonoros que diferenciam um fonema do outro). Nos escolares do GSD, os erros mais frequentes foram praticamente os mesmos do GD, com exceção das trocas surdas-sonoras e ausência do til.

Resultados semelhantes foram observados em uma pesquisa que investigou a ocorrência de erros ortográficos em crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)23 com dificuldades de aprendizagem e com dislexia. Os autores não observaram nenhuma categoria distinta ou específica para cada grupo, mas sim possíveis variações em termos de frequência de ocorrência.

O erro mais frequente foi o de representações múltiplas, indicando que, independentemente do tipo de problema, compreender e dominar as regras ortográficas é uma tarefa complexa. O tipo de erro trocas surdas-sonoras tende a apresentar um maior número médio de ocorrências em escolares com dislexia, como observado nos resultados deste estudo.

O percentual alto de palavras escritas de modo incorreto pelo GD3 (64,5%) quando comparado ao GSD3 (10,3%), por exemplo, demonstra a grande dificuldade que os escolares com dislexia enfrentam para se apropriar do sistema ortográfico desde os anos iniciais. Apenas duas palavras da lista não foram escritas de modo incorreto pelo GD, casa e escola.

Os resultados também apontam para o fato de que a média de palavras escritas de modo incorreto e a variedade das formas de grafar as palavras pelos escolares dos GD e GSD tornou-se inferior a cada ano de avanço da escolaridade, o que pode ser considerado como marca da aquisição da ortografia4.

O erro por ausência de acentuação foi um dos poucos erros ainda observados no GSD5 e no GSD6. Isto pode ser justificado porque a acentuação é considerada uma regra da ortografia complexa que exige conhecimentos do tipo: sílaba tônica e átona; separação silábica e classificação em oxítona, paroxítona e proparoxítona4.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração da lista de 60 palavras "Dyslexic Sight Words" atendeu ao objetivo de ser composta de palavras frequentemente escritas de modo incorreto por escolares com dislexia. Os resultados encontrados no ditado demonstram um número alto de palavras escritas incorretamente pelo GD (849 palavras) quando comparado aos escolares do GSD (128 palavras). O número alto de erros cometidos pelo GD mostra a utilidade da lista de palavras criada para apoiar o ensino da ortografia para escolares disléxicos.

A partir da caracterização do desempenho dos GD e GSD, constatou-se que o número de palavras escritas de modo incorreto diminuiu ao longo da escolaridade, mas no GD as dificuldades persistem por um tempo maior, observando-se maior variedade de formas ortográficas, inclusive de construções silábicas que não fazem parte da língua portuguesa.

A concepção da lista de palavras pode oferecer subsídios para abordagens de intervenção no âmbito clínico e educacional. A lista pode ser adaptada a metodologias mais tradicionais ou ser amplamente inserida em tecnologias digitais.

 

AGRADECIMENTOS

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES).

 

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Endereço para correspondência:
Luciana Cidrim
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
Rua do Príncipe do Príncipe, 526 - Boa Vista
Recife, PE, Brasil - CEP 50050-900
E-mail: lucianacidrim@terra.com.br

Artigo recebido: 5/11/2020
Aprovado: 30/1/2021

 

 

Trabalho realizado na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Recife, PE, Brasil.
Conflito de interesses: Os autores declaram não haver.

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