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Revista Psicopedagogia

Print version ISSN 0103-8486

Rev. psicopedag. vol.38 no.117 São Paulo Sept./Dec. 2021

http://dx.doi.org/10.51207/2179-4057.20210035 

ARTIGO DE REVISÃO

 

Instrumentos psicométricos de sondagem do transtorno autista: uma revisão sistemática

 

Psychometric instruments for probing autism disorder: A systematic review

 

 

Mírian Carla Lima CarvalhoI; Murilo Cezar de Souza AlbuquerqueII; Mônica Dias PalitotIII; Célia Maria Cruz Marques ChavesIV

IGraduação em Psicopedagogia - Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Mestranda em Psicologia Social - UFPB; Pós-graduada em Psicomotricidade - UNIFIP; Pós-graduada em Intervenção ABA, João Pessoa, PB, Brasil
IIGraduação em Psicopedagogia - Universidade Federal da Paraíba; Licenciatura plena em Pedagogia - Universidade Aberta Vida (UNAVIDA), Pós-graduando em Neuropsicanálise - Faculdade do Ensino de Minas Gerais (FACEMINAS) e Pós-graduando em Neuropsicologia e Problemas de Aprendizagem - Faculdade da Região Serrana (FARESE); Membro-associado da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC); Membro-associado efetivo da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp-PB), João Pessoa, PB, Brasil
IIIGraduação em Psicologia - Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Mestrado em Educação - UFPB; Doutora em Psicologia Social - UFPB; Professora Associada II da UFPB, Departamento de Psicopedagogia, João Pessoa, PB, Brasil
IVGraduação em Psicologia - Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Mestrado em Psicologia Social - UFPB; Doutorado em Psicologia Social - UFPB; Professora e Coordenadora do Curso de Psicopedagogia da UFPB, João Pessoa, PB, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este estudo teve por objetivo geral realizar um levantamento dos instrumentos psicométricos de avaliação do Transtorno do Espectro Autista. A plataforma de busca utilizada foi o periódico Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), na opção avançado, com os seguintes descritores: Autistic Disorder AND Psychometric. Foi aplicado o filtro Revisados por pares e nos últimos 10 anos. Na busca foram encontrados 302 artigos, entre os anos de 2009 e 2019. Ao serem analisados por títulos e resumos, foram selecionados 56 artigos que continham os dois descritores e os sinônimos relativos a Psicometria (como validade). Os objetivos deste estudo foram alcançados. E, com isso, notou-se um acervo de instrumentos com diversas funções avaliativas aplicado com os pais de crianças com autismo, também com propriedades psicométricas de validade e fidedignidade. Entretanto, sugere-se uma lacuna em instrumentos criados a partir do âmbito nacional brasileiro.

Unitermos: Instrumentos. Psicometria. Transtorno Autista.


SUMMARY

The general objective of this study was to conduct a survey of the psychometric assessment tools for Autism Spectrum Disorder. The chosen search platform was the "Journals Portal of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES)", on its advanced search function, using the following descriptors: 'Autistic Disorder AND Psychometric'. The filters "peer-reviewed" and "in the last 10 years" were applied to it. In the research, 302 scientific papers were found, between the years 2009 and 2019. When analyzed by titles and abstracts, 56 papers were selected for containing both descriptors and synonyms related to Psychometry (such as validity). The objectives of this study were achieved. And with that, it was noticed a collection of tools with assessing functions applied to the parents of children with autism, as well as with psychometric properties of validity and reliability. However, it is suggested there is a gap concerning the tools created from the Brazilian ambit.

Keywords: Instruments. Psychometrics. Autistic Disorder.


 

 

INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi inicialmente cunhado em 1911 por Eugene Bleuler como "autismo", o que era associado a psicopatologia esquizofrenia. Em 1943, Leo Kanner escreveu sobre o autismo e em 1944 Hans Asperger sobre o Asperger. Apenas em 1975, o CID-9 inseriu o autismo como psicose da Infância e em 1993 o CID-10 o considera como "Transtorno Global do Desenvolvimento"1.

O mais recente e atual termo é o do DSM-5, no qual o autismo passa a ser considerado Transtorno do Espectro Autista, englobando o autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e transtorno de Asperger2.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) surge precocemente, em geral os sinais de alerta entre crianças com TEA podem ser identificados por volta dos 12 e 24 meses. Mesmo ao considerar o desvio padrão em relação às etapas de desenvolvimento infantil, há comportamentos que distanciam-se significativamente. Segundo Zanon et al.3, por volta dos primeiros meses são apresentados déficits sensoriais e limitações na criação de vínculos com familiares, além do mais, a linguagem expressiva demora a ser externalizada, logo, a interação com os integrantes do seu contexto torna-se deficitária.

Os sintomas do TEA, anteriormente agrupados numa tríade sintomatológica, no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais IV (DSM-IV), passam a ser uma díade, no DSM-5, abordando a: (1) comunicação social e (2) comportamentos repetitivos e estereotipados3,4.

Ressalta-se, portanto, que o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais V, elaborado pela American Psychiatric Association - APA4, na sua quinta edição, propõe a classificação de TEA em substituição a de Transtornos Globais do Desenvolvimento, adotada no DSM-IV-TR5.

De acordo com esta nova versão, as manifestações comportamentais que definem o TEA incluem comprometimentos qualitativos no desenvolvimento sociocomunicativo, bem como a presença de comportamentos estereotipados e de um repertório restrito de interesses e atividades, observando-se que a presença de sintomas nessas áreas, quando em conjunto, em geral limita ou dificulta o funcionamento diário do indivíduo.

Tendo em vista a complexidade dos sintomas do TEA, algumas teorias são estudadas para fundamentar as sintomatologias apresentadas, são elas: Teoria da Mente, aborda o déficit na capacidade de compreender o funcionamento mental e consequentemente o comportamento do outro; Função executiva, no tocante a flexibilidade cognitiva e planejamento; e Déficit da coerência central, referente à dificuldade de compreender o essencial, focando em detalhes ao invés do contextual6-8.

Guedes9, em um levantamento na base de dados da CAPES, identificou que os estudos com autistas priorizam a infância, negligenciando outras fases do desenvolvimento humano. Nessa revisão não foi encontrado nenhum estudo com adultos autistas.

O conhecimento dos sintomas do TEA por parte dos profissionais, principalmente da saúde e da educação, assegura um processo avaliativo que possibilita um diagnóstico precoce e, consequentemente, intervenções adequadas.

Uma avaliação com a utilização de instrumentos psicométricos garante também a validade e fidedignidade desse processo, o que interfere diretamente na qualidade, pois trata-se da utilização de parâmetros de medida10.

Tal processo de medida, notadamente na Psicologia, também ocorre em outras áreas do conhecimento, como: Sociologia (Sociometria), Economia (Econometria), Política (Politicometria), etc. Contudo, há uma ênfase nos estudos da Psicometria para testes psicológicos e escalas psicométricas, o que tende trazer restrições ao campo de conhecimento11,12.

Vale ressaltar que ao fazer uso da linguagem comum para descrever a observação dos fenômenos naturais, com base em alguns aspectos que veremos adiante, essa técnica tende a representar uma verificação com maior precisão11,12.

Para tanto, é primordial que os instrumentos apresentem os conceitos psicométricos de validade e fidedignidade. O primeiro indica que o instrumento mede o que se propõe medir; o segundo, indica quão estável o instrumento pode ser em distintas situações13,14.

As validações podem ser de construto, conteúdo, critério, discriminante, convergente. Para análise do construto, são utilizadas técnicas estatísticas como a análise fatorial -- adotou-se como aceitável os itens que apresentaram saturação acima de |0,30|, o que é coerente com o que indica a literatura13,15-17.

Os valores da Consistência interna são analisados de 0 a 1, o que significa que quanto mais próximo de 1 maior a fidedignidade do teste. Com isso, Zanon & Hauck Filho18 mencionam alguns valores de referências para as ciências humanas: excelente 0,91 ou mais; bom 0,81 a 0,90; aceitável 0,71 a 0,81; questionável 0,61 a 0,71; pobre 0,51 a 0,61 e inaceitável menor que 0.51.

Instrumentos com esses parâmetros psicométricos passam por um processo de construção ou de adaptação. Para tanto, Pacico19 ressalta algumas vantagens desses processos. Na construção as particularidades culturais são consideradas e a desvantagem é o complexo procedimento e a dificuldade de fazer comparações transculturais; já na adaptação é possível que essa comparação aconteça, entretanto, tem como desvantagem itens que não fazem sentido em determinada cultura, já que a expressão do traço latente pode variar de uma cultura para outra.

Além disso, Zanon et al.3,20 destacam que ainda existem pesquisas preliminares no tocante a construção e validação de instrumentos para TEA, assim como na temática de triagem diagnóstica, no contexto brasileiro, inferindo a necessidade estudos futuros na área.

Com isso, é relevante salientar a necessidade de que os instrumentos passem por processos de validação, para garantir a existência de parâmetros psicométricos de validade e fidedignidade adequados, o que gera uma confiança de que os itens medem realmente o construto e apresentam estabilidade. Considerando-se a necessidade supracitada, questiona-se: quais instrumentos de avaliação do Transtorno do Espectro Autista apresentam propriedades psicométricas?

Diante disso, este estudo tem por objetivo geral realizar um levantamento dos instrumentos psicométricos de avaliação do Transtorno do Espectro Autista, considerando tanto a realidade brasileira quanto internacional nos últimos dez anos. Mais especificamente, pretendeu-se: a) verificar estudos com amostra de pais ou responsáveis; b) investigar artigos que apresentem as propriedades psicométricas dos instrumentos e; c) descrever as características dos instrumentos analisados.

 

MÉTODO

A revisão sistemática é um método de síntese de evidências que avalia outros estudos de forma crítica e interpreta todas as pesquisas relevantes disponíveis para uma questão particular, área de conhecimento ou fenômeno de interesse21.

Tendo em vista os processos adequados a uma revisão sistemática, os descritores foram calibrados no DeCS (Descritores de Ciências da Saúde) em dois idiomas, conforme descrito na Tabela 1, no dia 24 de março de 2019. Eles foram considerados em inglês porque abrange pesquisas nacionais e internacionais, salienta-se que o termo Transtorno Autista (Autistic Disorder) refere-se ao Transtorno do Espectro Autista (recentemente abordado pelo DSM-5), pois o mesmo foi utilizado por longo período na literatura e no período de 10 anos podem estar presentes um ou outro termo, devido ao período de transição.

 

 

A pesquisa dos artigos foi realizada no periódico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), na opção avançado, com os seguintes descritores: Autistic Disorder AND Psychometrics. Foi aplicado o filtro Revisados por pares e nos últimos 10 anos (2009 a 2019).

Na etapa de busca foram selecionados os artigos que continham as palavras-chave consideradas no título ou resumo. Foram encontrados 302 artigos, revisados por pares, entre o ano de 2009 e 24 de março de 2019. Ao serem analisados por títulos e resumos, selecionaram-se 56 artigos que continham os dois descritores e os sinônimos relativos a psicometria (como validade) e ao Transtorno Autista (Transtorno do Espectro Autista). Em seguida, a partir da análise do método, foram selecionados para análise integral 17 artigos que mencionavam instrumentos de avaliação, descrevendo os aspectos psicométricos, e cuja amostra contasse com a participação de pais ou responsáveis de crianças/adolescentes com autismo. Esse processo de triagem dos artigos pode ser visualizado na Figura 1.

 

 

 

RESULTADOS

No presente estudo adotou-se como objetivo geral realizar um levantamento dos instrumentos psicométricos de avaliação do Transtorno do Espectro Autista, considerando tanto a realidade brasileira quanto internacional nos últimos dez anos. Nos 17 artigos selecionados para as análises, observaram-se tanto características da amostra quanto das informações psicométricas dos instrumentos utilizados. As informações a esse respeito podem ser observadas na Tabela 2.

Como é possível verificar na Tabela 2, observou-se que foram considerados diferentes participantes, desde pais, cuidadores até parentes de pessoas com e sem TEA. A quantidade variou de 49 a 7.977 pais, com idades de 20 a 69 anos e de 6 meses a 22 anos para os filhos.

Quanto ao contexto geográfico, observou-se que a maioria dos estudos foi desenvolvida no contexto internacional (f=16; 94,12%) dos quais seis (35,29%) nos Estados Unidos, cinco (29,41%) na China, dois (11,76%) na Jordânia e em três países realizaram-se um estudo cada (5,88%): Canadá, Espanha e Reino Unido. Também no Brasil foi encontrado apenas um estudo (5,88%).

Quanto aos conteúdos 24,41% (f=5) se referiam a aspectos dos pais e/ou cuidadores tais como: qualidade de vida, depressão, estresse parental, responsividade social e saúde; 70,59% (f=12) a aspectos do TEA, dos quais 41,18% (f=7) eram instrumentos de triagem diagnóstica e 24,41% (f=5) abrangeram processos sensoriais, habilidades sociais, comportamentos disruptivos, comportamento alimentar e comportamento desafiador.

O DSM foi utilizado como critério para o diagnóstico do TEA em 70,6% (f=12) dos estudos, dentre eles 11,8% (f=2) usou o DSM-5 e o DSM-IV TR simultaneamente; 5,88% (f=1) usou o DSM-IV e o DSM-IV TR concomitantemente; 11,8% (f=2) usou o DSM-5; 29,4% (f=5) usou o DSM-IV e 11,8% (f=2) usou o DSM-IV TR. Os outros 29,4% (f=5) não reportaram. No tocante ao emprego do DSM nos estudos 58,8% (f=10) utilizou como critério para o diagnostico, 5,88% (f=1) só citou, 5,88% (f=1) baseou a estrutura da escala utilizada e 29,4% (f=5) não reportou.

Quanto aos padrões psicométricos dentre os estudos considerados na presente pesquisa, 52,94% (f=9) apresentou apenas o processo de validação, seja de construto, conteúdo, critério, discriminante e/ou convergente; 41,17% (f=7) ressaltou tanto a validação como a adaptação dos instrumentos; e 5,88% (f=1) se deteve na revisão crítica dos padrões psicométricos do instrumento de pesquisa utilizado em um estudo específico.

No que se refere aos critérios de validade e precisão observou-se que 41,18% (f=7) apresentou tanto a análise fatorial exploratória quanto confirmatória e 11,76% (f=2) apenas a análise fatorial exploratória. Em 41,18% dos estudos (f=7), embora exista uma organização quanto ao número de fatores, não foram realizadas análises fatoriais; nesses casos, adotou-se apenas a análise de consistência interna (Alfa de Cronbach) como critério.

No que se refere especificamente à consistência interna medida pelo Alfa de Cronbach, 94,12% (f=16) dos estudos indicaram a seguinte classificação: excelente em 29,41% (f=5), boa em 41,18% (f=7), aceitável em 17,65% (f=3), questionável em 5,88% (f=1). Por fim, em 5,88% (f=1) observou-se apenas o indicador kappa na análise psicométrica do instrumento.

 

DISCUSSÃO

Os estudos não consideraram uma divisão equitativa entre pais e mães e entre as diferentes etapas do ciclo vital dos filhos, observando-se uma concentração mais expressiva de crianças e adolescentes, o que pode indicar a escassez de instrumentos para jovens e adultos com TEA, corroborando com o que Guedes9 indica na sua dissertação em determinada revisão dos estudos.

No que se refere especificamente ao contexto brasileiro, Zanon et al.3 advertem que pesquisas que objetivam a construção e validação de instrumentos específicos para o TEA, principalmente os que se dedicam ao rastreio de casos suspeitos, ainda são muito iniciais.

Com isso, percebe-se que a maioria dos instrumentos são de triagem diagnóstica, o que demonstrou uma ênfase para este tipo de procedimento nos estudos psicométricos com autistas. No entanto, isso diverge do contexto brasileiro, na qual existe escassez de estudos na área de triagem diagnóstica, assim como na construção e validação de instrumentos na área do TEA3,20.

Infere-se que o elevado índice de publicações com o DSM-IV deu-se devido ao ano de publicação dos artigos. Destes apenas 11,8% (f=2) tem data de publicação posterior ao lançamento do DSM-522, o que indica que estes estudos apresentaram critérios diagnósticos desatualizados.

Em todos os artigos foram adotados como critério aceitável para análise fatorial dos instrumentos os itens que apresentaram saturação acima de |0,30|, o que é coerente com o que indica a literatura15-17. Esses estudos (f=9; 52,94%) indicaram ainda o Alfa de Cronbach para atestar a fidedignidade dos instrumentos. Esses resultados são coerentes com os valores indicados por Zanon & Hauck Filho18.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos deste estudo foram alcançados. Verificou-se um acervo de instrumentos com diversas funções avaliativas para pais de pessoas com autismo, e propriedades psicométricas de validade e precisão.

A partir da revisão realizada foi possível inferir a existência de uma lacuna na construção de instrumentos válidos e precisos para a realidade brasileira com amostra de pais, uma vez que apenas um instrumento adaptado foi encontrado. Tendo em vista a variável cultural, na qual o traço latente pode variar de acordo com a cultura, sugere-se estudos futuros sobre a criação de instrumentos a partir do âmbito nacional brasileiro.

Igualmente, notou-se a escassez com amostras de jovens e adultos. Além de que, na amostra de cuidadores de pessoas com TEA, termo bastante utilizado, constatou-se uma heterogeneidade, o que significa que havia pai, mãe e outros parentes nas aplicações dos instrumentos, sem uma necessária organização equitativa dos grupos de cuidadores.

Compõe limitação deste estudo a análise da descrição da amostra nos estudos incluídos, pois não havia um padrão de descrição do quantitativo, assim como a descrição dos resultados, já que não abordaram os valores totais de precisão e as análises fatoriais do instrumento.

 

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Endereço para correspondência:
Mírian Carla Lima Carvalho
Rua Francisca Dantas Souza, 334 - Jardim Cidade Universitária
João Pessoa, PB, Brasil - CEP: 58052-492.
E-mail: mirianclcarvalho@gmail.com

Artigo recebido: 9/3/2021
Aprovado: 2/6/2021

 

 

Trabalho realizado na Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.
Conflito de interesses: Os autores declaram não haver.

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