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Revista Psicopedagogia

Print version ISSN 0103-8486

Rev. psicopedag. vol.38 no.117 supl.1 São Paulo  2021

http://dx.doi.org/10.51207/2179-4057.20210039 

ARTIGO ORIGINAL

 

Psicopedagogia na pandemia da covid-19: experiências extensionistas na internacionalização universitária

 

Psychopedagogy in the COVID-19 pandemic: Extensionist experiences in university internationalization

 

 

Jecielma de Vasconcelos SilvaI; Lucas Raphael da Costa QueirozII; Mariana Silva RodriguesIII; Mateus David FincoIV

IUniversidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, PB, Brasil
IIUniversidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, PB, Brasil
IIIUniversidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, PB, Brasil
IVUniversidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, PB, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

As experiências de ensino durante a pandemia da COVID-19 têm gerado diversos construtos no Ensino Superior. No curso de graduação de Psicopedagogia, as atividades de extensão e internacionalização trouxeram novas experiências e desafios para este momento de isolamento social e atividades remotas. O objetivo deste estudo foi de relatar sobre os principais desafios da Psicopedagogia em atividades remotas. Como procedimentos metodológicos, esta pesquisa tem natureza qualitativa, com caráter descritivo e com corte transversal. Participaram do estudo 14 discentes do curso de Psicopedagogia, sendo 13 (92,9%) do sexo feminino e 1 (7,1%) do sexo masculino, com faixa etária de 18 a 28 anos (média 23,7 anos). A técnica de análise da coleta de dados foi a análise de conteúdo, guiada pela categorização Uso de Tecnologias Ferramentas, Extensão, Internacionalização e Desafios/Experiências na Pandemia. Como principais resultados, considerando todo o contexto pandêmico com inúmeras incertezas neste período, pôde-se perceber que as ferramentas tecnológicas foram de fundamental importância para a continuidade dos processos de aprendizagem, tanto no que tange à extensão e internacionalização universitária, e supriram o papel de forma conjunta entre docentes e discentes, ainda que colocando mais os alunos em situações novas de adaptação com a mudança de rotina estrutural e de saúde física e mental. Conclui-se que a pandemia acelerou o processo para a renovação, reformulando muitos paradigmas do Ensino Superior, em especial ao que concerne à extensão e internacionalização universitária na Psicopedagogia.

Unitermos: Psicopedagogia. Internacionalização. COVID-19. Extensão Universitária. Aprendizagem. Pandemia.


ABSTRACT

The teaching experiences during the COVID-19 Pandemic have created several constructs in Higher Education. In the Psychopedagogy undergraduate course the extension and internationalization activities brought new experiences and challenges to this moment of social isolation and remote activities. The purpose of this study was to report on the main challenges of Psychopedagogy in remote activities. As methodological procedures this research has a qualitative nature, with a descriptive and cross-sectional character. Participated in the study Fourteen students from the course of Psychopedagogy took part of the study. Thirteen (92.9%) were female and 1 (7.1%) was male, with an age range of 18 years to 28 years (mean 23.7 years). The data collection analysis technique was content analysis, guided by the categorization Use of Technology Tools, Extension, Internationalization and Challenges / Experiences in Pandemic. As main results, considering the whole pandemic context with countless uncertainties in this period, one can see that the technological tools were of fundamental importance for the continuity of the learning processes, both in terms of university Extension and Internationalization, and fulfilled the role jointly between teachers and students, although placing more students in new situations of adaptation with the change of structural routine and physical and mental health. It is concluded that the pandemic accelerated the process for renewal, reformulating many paradigms of higher education, especially concerning university extension and internationalization in Psychopedagogy.

Keywords: Psychopedagogy. Internationalization. COVID-19. University Extension. Learning. Pandemic.


 

 

INTRODUÇÃO

No ano de 2019 havia rumores de uma nova doença se espalhava pela China, rumor este que se tornou verdade para o mundo inteiro no início do ano de 2020. No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS)1 anunciou ao mundo inteiro que o surto de coronavírus (SARS-CoV-2), causador da COVID-19, havia se tornado uma pandemia em escala global. Sendo assim, desde aquele momento, o mundo passou por rápidas transformações sociais, tendo cada país sofrido em escalas diferentes, em uma das mais críticas crises humanitárias da história da humanidade no século XXI.

Tais medidas têm sido aplicadas de formas diferentes de acordo com a legislação de cada país, com a variação depende do grau e distinção da evolução do vírus em cada nação; sendo assim, quanto maior a intensidade de transmissão do vírus, maiores serão as medidas restritivas para conter o avanço da doença, tendo em vista que a garantia de resultados positivos com tais medidas depende de aspectos socioeconômicos, culturais, da particularidade do conjunto político e de saúde, assim como dos métodos ligados a sua implementação.

As circunstâncias de tamanha mudança causaram a todos nós um confinamento forçado, um aumento no distanciamento social entre as pessoas, consequentemente paralisando as atividades de ensino, mercado, entre outros considerados pela legislação brasileira2 atividades e serviços não essenciais para o momento de pandemia. Tal evento nos obrigou a diminuir o nosso ritmo de vida e também a refletir sobre nossas ações um para com o outro, de modo que ao ser exposto de forma desnecessária a possíveis contaminações do vírus, seja com aglomerações ou contato físico3, o SARS-CoV-2 estaria sendo transmitido para outras pessoas em ambientes de trabalho ou levado para dentro de casa, propagando e agravando ainda mais o aumento no número de infectados pelo país.

A preservação e a praticabilidade das medidas de restrição estão intrinsecamente ligadas ao estabelecimento de políticas públicas sociais visando o apoio às populações mais carentes consideradas em situação de vulnerabilidade, que possam assegurar a manutenção dos indivíduos e de seus familiares enquanto perdurem as medidas restritivas para o prosseguimento e a volta das atividades econômicas.

No Brasil, apesar dos esforços do governo federal com a Lei nº 13.979/20204, que dispõe sobre as medidas para o combate ao SARS-CoV-2 no país, em parceria com os governadores estaduais para garantir tal sobrevivência, a desigualdade social é imensa e medidas mais abrangentes são necessárias para suprir mesmo que minimamente a necessidade básica da classe mais vulnerável.

No Brasil, em março de 2020, após as novas orientações da OMS sobre como se prevenir do SARS-CoV-2, as redes de ensino privadas e públicas do Ensino Fundamental ao Ensino Superior suspenderam temporariamente todas as aulas, como forma de combate à pandemia. Em abril de 2020, o Conselho Nacional de Educação (CNE)5 aprovou o Parecer CNE/CP Nº 5/2020, com orientações e instruções para reorganizar os calendários acadêmicos, assim como a realização das atividades pedagógicas de forma remota durante o período de pandemia, com o objetivo de diminuir a necessidade de reposição de dias letivos com intenção de disponibilizar um calendário escolar e, ao mesmo tempo, manter todo um fluxo de ensino, parando apenas presencialmente as atividades enquanto a situação de pandemia durar, mantendo o ensino de forma remota.

Em junho de 2020 o relatório "The impact of COVID-19 on education - insights from education at a glance 2020", da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)6, trouxe propostas para os líderes dos países e suas respectivas organizações educacionais a fim de desenvolver planos para a continuidade do ensino de maneira alternativa, sendo esta no Brasil remota enquanto perdurar o período de restrições, tendo em vista a manutenção da educação das crianças, jovens e adultos.

O Ensino Superior, dentre outras modalidades de ensino, também precisou se adaptar à pandemia. Aqueles que compõem o corpo acadêmico de uma universidade, ou seja, alunos, professores, trabalhadores manuais e administrativos e autoridades tiveram suas atividades reorganizadas para um trabalho mais remoto, principalmente os alunos e os professores.

As atividades educacionais no Ensino Superior passaram a ser todas on-line, sendo este um grande desafio a todos os envolvidos, de modo que, devido à situação socioeconômica de diversos estudantes da rede pública de ensino, foi necessário criar um plano de ensino flexível para aqueles com acesso limitado à Internet ou acesso limitado a computadores, notebooks e celulares de modo geral pudessem participar de forma efetiva deste formato de aprendizagem a distância, denominado ensino remoto emergencial.

Desse modo, as adaptações às tecnologias digitais aconteceram nas redes públicas e particulares de todo o país, com diversas universidades se utilizando de plataformas on-line para dar continuidade à aprendizagem, através desta utilização de aplicativos de videoconferência, e adaptações da modalidade de Educação a Distância (EAD), sendo este o meio mais disponível e menos desbalanceado, de modo que fosse possível transmitir o conhecimento visando minimizar os efeitos negativos do distanciamento social.

A interrupção das aulas presenciais nos setores público e privado fez docentes e discentes se adaptarem a uma nova realidade por meio de recursos insatisfatórios, amparados pelas incertezas do contexto pandêmico, que provavelmente afetará negativamente o futuro das instituições de Ensino Superior.

No período inicial da quarentena no Brasil a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) passava por ajustes no calendário acadêmico, que seguia de forma desatualizada por consequência de greves passadas, dessa forma, atuava com períodos trimestrais em busca de sincronizar com o ano letivo correto. A primeira interrupção por causa da pandemia conciliou com o recesso dos universitários da UFPB, mas desordenou ainda mais o cronograma acadêmico.

A exposição da gravidade dos fatos na primeira quinzena de reclusão fez o país caminhar para o início de uma longa quarentena, por consequência, o ensino a distância precisou ser adotado sem a preparação de grande parte dos funcionários das instituições e do corpo estudantil. Em meio a esse ajustamento, a UFPB buscou disponibilizar recursos para os estudantes que tinham dificuldade em acompanhar as aulas remotas. Até o desencadeamento de todo esse processo de coleta de dados, distribuição de auxílios e qualificação de profissionais, a qualidade do ensino pedagógico seguia apresentando falhas, tanto pelo despreparo de todos quanto pelo contexto desesperançoso da pandemia, que restringiu o acesso às atividades prazerosas para se obter uma boa aprendizagem.

Universitários assistidos pela Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (PRAPE) tiveram o amparo das bolsas estudantis para se manterem ativos no período da quarentena, concedendo o Auxílio alimentação emergencial (pecúnia)7 para quem frequentava o Restaurante Universitário, o Auxílio Instrumental (pecúnia)8 para aquisição de aparelhos tecnológicos e o Auxílio Inclusão Digital (chip) para alunos sem acesso à Internet.

O objetivo desse apoio era oferecer recursos melhores para a execução das aulas remotas, além de abranger um maior número de estudantes que estavam em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que não tinham meios de se manterem presentes na vida acadêmica. Para não prejudicar os discentes, a matrícula nos primeiros semestres de forma remota não seria obrigatória, seriam períodos suplementares para ganho de experiência, não contabilizando no calendário acadêmico, evitando assim que o limite da duração dos cursos se excedesse.

O curso de graduação em Psicopedagogia, que está localizado no Centro de Educação (CE) na UFPB, manteve-se ativo e com uma boa variedade de disciplinas em cada período, embora seja um curso que precise de muita prática em instituições de ensino e em clínicas, com intervenções que requerem diferentes dinâmicas de mobilidade e estudos envolvendo a observação do comportamento humano.

Apesar do contexto difícil do período remoto, a coordenação se manteve empenhada para organizar eventos e conseguir uma conexão proveitosa com as turmas de Psicopedagogia, sempre tomando precauções e investigando a situação dos discentes, para poder acompanhar o desenvolvimento do ensino e aprendizagem. E justamente durante o momento pandêmico (nos anos de 2020 e 2021), a extensão e a internacionalização ocuparam um espaço significativo como diversas conexões educacionais, através das interações linguísticas, culturais, sociais, tradicionais ou acadêmicas.

No que concerne à internacionalização, ela ainda paulatinamente se insere no contexto universitário atuando na minimização das distâncias e o acesso à informação, permitindo que barreiras anteriores deixem mais próximas as mais variadas nações do planeta, com a intensificação da aproximação ao Ensino Superior, globalização e ao processo de integração através de ações e projetos conjuntos.

E a extensão universitária se torna uma atividade essencial nas universidades, pois se integra à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação transformadora entre as instituições de Ensino Superior e os outros setores da sociedade. Nos dias atuais, presenciamos uma crescente globalização de vários setores: comunicação, política e economia, entre outros. Países e pessoas muitas vezes estão conectados por fatores culturais, sociais e tradicionais, facilitando o entendimento de união entre os povos.

Sendo assim, esta pesquisa se estruturou para relatar os principais desafios presentes na Educação Superior durante a pandemia da COVID-19 no curso de Psicopedagogia.

Este estudo tem por objetivo geral relatar sobre os principais desafios da Psicopedagogia em atividades remotas na extensão e internacionalização universitária. E, para aprofundar os propósitos do objetivo geral, estabelecemos três objetivos específicos para sustentar e complementar os resultados da pesquisa, sendo estes:

Identificar os principais recursos de ferramentas de aprendizagem/recursos tecnológicos durante a pandemia;

Relacionar os desafios para a área da Psicopedagogia em face à extensão universitária;

Descrever sobre a percepção dos discentes do curso de Psicopedagogia em relação às possibilidades de internacionalização em seus estudos.

A rotina para o ensino remoto criou barreiras nunca antes vivenciadas na comunidade acadêmica, e não foi diferente na área psicopedagógica, trazendo assim a necessidade de investigação em relação a como os graduandos se adaptaram às questões que envolveram a conciliação da vida acadêmica dentro das suas casas e na maneira de lidar com as relações exteriores com professores, projetos de extensão e pesquisa, monitorias e afins. De modo a descobrir como a prática de estudo se deu durante o período de distanciamento social, ou seja, seus desafios, seus principais fatores positivos e negativos diante do contexto.

Entre a vulnerabilidade e o caminho para a reestruturação do ensino superior, foram expostas problemáticas no corpo social acadêmico, de onde surgiram questões para serem pesquisadas e debatidas. Essas dúvidas geraram movimentação e dinamismo diante da nova realidade apresentada, aguçando a curiosidade por temas distintos, abrindo espaço para se falar mais sobre recursos tecnológicos, novas rotinas de estudo, de trabalho, sobre contatos com universidades de outros países, temas que em outrora não teriam essa importância e significado para a aprendizagem.

Correlacionando a análise das dificuldades estruturais, de saúde física e mental, financeiras e nas múltiplas informações diante um cenário instável na sociedade, mas sem deixar de levar em consideração também as facilidades encontradas e apreendidas com aplicativos, aulas on-line, interação com os professores, a pandemia ofereceu uma nova visão de educação, podendo ser incorporada ao longo dos anos, modificando radicalmente as estruturas de comunicação e aprendizagem. Assim, as possibilidades de ensino futuras podem ser inúmeras e não muito gradativas levando em conta o avanço que atingimos nas mudanças de interações tecnológicas, em que se fazem relevantes estudos na área que investiguem e relatem como todo o processo ocorre e continuará ocorrendo.

 

MÉTODO

Esta pesquisa tem natureza qualitativa, com caráter descritivo e com corte transversal também denominada seccional9,10.

Os participantes da pesquisa foram convidados aleatoriamente para participar e contribuir com as respostas. Participaram desse estudo 14 discentes do curso de Psicopedagogia, sendo 13 (92,9%) do sexo feminino e 1 (7,1%) do sexo masculino, com faixa etária de 18 anos a 28 anos (média 23,7 anos). O curso de Psicopedagogia da UFPB tinha, no segundo semestre de 2021, 376 discentes matriculados.

Como instrumento de coleta de dados para esta pesquisa, o grupo de pesquisadores estruturou e validou um questionário on-line, com o título "Experiências durante a Graduação de Psicopedagogia no Período Remoto". O questionário envolveu quatro perguntas abertas e a validação ocorreu através de reuniões entre pesquisadores (docentes e técnicos-administrativos) onde foram testadas as perguntas para posterior aplicação de um piloto entre discentes do curso de Psicopedagogia.

Logo após a validação do instrumento, o mesmo foi disponibilizado pela plataforma Google Forms do dia 19 de julho até 29 de julho. O instrumento foi enviado através do aplicativo WhatsApp para o grupo de discentes de todos os semestres, do primeiro ao oitavo, com posterior análise dos dados dos pesquisadores entre 30 de julho a 8 de agosto de 2021.

As perguntas foram estruturadas como forma de resposta obrigatória, incluindo os dados pessoais de idade e sexo dos participantes e as perguntas abertas, que foram as seguintes:

a) "Como você descreveria as suas experiências nas atividades acadêmicas no período remoto?";

b) "Poderia apresentar quais foram os principais desafios para os estudos na Universidade?";

c) "Como você percebeu as atividades de extensão no período da pandemia?" e;

d) "Como você compreende o potencial da Internacionalização para a Psicopedagogia?".

Logo após a realização da coleta de dados neste estudo, os dados obtidos foram analisados nos aspectos qualitativos, através da análise de conteúdo. Para tal tomamos como base os procedimentos explicitados por Bardin11, que caracteriza a organização da análise do conteúdo dividindo-a em três fases: pré-análise; exploração do material; o tratamento dos resultados (inferência e a interpretação). Neste sentido, a literatura esclarece que:

Os resultados brutos são tratados de maneira a serem significativos («falantes») e válidos. Operações estatísticas simples (percentagens), ou mais complexas (análise factorial (sic), permitem estabelecer quadros de resultados, diagramas, figuras e modelos, os quais condensam e põem em relevo as informações fornecidas pela análise [...] O analista, tendo à sua disposição resultados significativos e fiéis, pode então propor inferências e adiantar interpretações a propósito dos objectivos (sic) previstos, ou que digam respeito a outras descobertas inesperadas11. (p. 101)

Na interpretação das respostas dos participantes, sistematizou-se a inferência dos principais termos, que resultaram em quatro categorias: Uso de Tecnologias Ferramentas, Extensão, Internacionalização, Desafios e Experiências na Pandemia.

 

RESULTADOS

Como resultados para este estudo, o coletivo de pesquisadores utilizou a categorização das respostas mais relevantes em consonância com os objetivos específicos através das categorizações, sendo apresentadas em quatro subseções a seguir.

Mudanças dos hábitos de ensino presencial para o auxílio ao ensino remoto: o uso de tecnologias digitais na percepção dos discentes de Psicopedagogia

Primeiro temos nossa pergunta inicial, em que os participantes em sua maioria relataram suas experiências como boas, satisfatórias, proveitosas, motivadoras e enriquecedoras. Assim demonstra o relato: "De forma instável, no quesito adaptação e relação intrapessoal, mas satisfatória com as ofertas durante o período suplementar onde foram ministrados cursos, palestras, minicursos, mesa redonda etc. que supriram a falta dos eventos presenciais e possibilitaram por mais de um semestre a inserção aos conteúdos acadêmicos relacionados à área da educação."

Em contrapartida, também acrescentaram que houve instabilidade nas adaptações tanto com recursos tecnológicos bem como em relação ao tempo em frente às telas dos dispositivos eletrônicos, como visto no relato: "Assim como foi para todos, o período remoto foi inédito e muito desafiador. Para mim este período acadêmico na pandemia foi de fato cheio de mudanças e exigências de novos hábitos. Com isso, as experiências foram vastas e diferenciadas em vários sentidos, a começar pelos recursos tecnológicos aos quais eu não era muito habituada, porém foram motivadores para o meu interesse em desempenhar atividades que eu antes não tinha acesso, por outro lado pude ver o quanto é limitado chegar a conclusões assertivas quanto à aprendizagem do indivíduo que está do outro lado da tela. Existiram momentos muito positivos de aprendizado proveitosos neste período, todavia, houve também dificuldades e limitações.".

Adicionalmente a isto, foram identificadas alterações como a mudança da rotina em conciliar atividades da graduação com atividades domésticas e nos desafios que surgiram na aprendizagem, nas relações interpessoais e no modo de lidar com um contexto pandêmico, visto nos relatos: "É uma vivência totalmente diferente e difícil, não é como o EAD, pois estamos em contexto pandêmico e de quarentena, dessa forma, mudou toda nossa rotina, afetando o sono, a alimentação e as nossas relações sociais, consequentemente, a aprendizagem também, com isso, o rendimento acadêmico caiu um pouco e para ter um bom fluxo de atividades e trabalhos bem feitos é necessário muito mais dedicação de nós alunos, manter isso está sendo muito difícil." e "O início das atividades na extensão foi bem complexo a adaptação, mas também foi uma proposta enriquecedora vivenciar um novo contexto, ainda que diante de uma pandemia e todas as questões complexas que ela traz como o abalo emocional, uma maior exaustão, demandas maiores, etc. Mas ainda assim foi um período produtivo."

O cuidar com a saúde mental e física durante o período remoto

Na segunda pergunta, foram destacados os principais desafios para os estudos, são eles: conseguir ter uma saúde mental estável, adaptação com recursos remotos, além de problemas de saúde física, questões estruturais, pouca interação acadêmica e distrações externas no ambiente de estudo. Diante disto, os estudantes trouxeram seus relatos, nos quais se torna possível identificar tais problemas e divergências citadas: "Vivenciar um contexto de ensino remoto que demanda acesso tecnológico (desde acesso a uma Internet de qualidade, computador, etc.). Utilização dos materiais didáticos (com a "ausência" das xerox, ter que ler em tela, o material nem sempre é um arquivo pdf, é digitalizado pelo professor então nem sempre tem uma boa qualidade, tudo isso gera um cansaço maior na visão que acarreta dores de cabeça, demanda mais tempo na frente do computador/celular, sem contar que a leitura pelo smartphone é difícil e nem todos têm condições de imprimir os materiais.). O ambiente (estar em casa nem sempre é uma vantagem, visto que você divide sua atenção com outras atividades como fazer almoço enquanto está na aula, o fator da família, que às vezes é uma casa com muito barulho, interrompe seus momentos e etc...). São diversos distratores. O emocional, o contexto de pandemia e isolamento afeta de forma complexa a saúde mental dos estudantes. Um maior quantitativo de atividades. Muito tempo na frente do computador."

Por vezes, o ensino remoto em casa traz esse aspecto desmotivador devido a fatores como visto no relato do participante: "Ter disciplina de ficar em casa e fazer tudo relacionado à faculdade, pois antes eu deixava minha casa e ia para faculdade, não só por conta das aulas, mas para estudar também. Não foi fácil se deparar com tantas distrações e, ainda, acabei percebendo que minha cadeira e mesinha de computador não eram tão confortáveis, isso aconteceu devido ao longo tempo que passei utilizando-os. Essa parte mais estrutural é ruim."

Motivação e entrosamento nas atividades virtuais da Extensão Universitária

Na terceira pergunta, as atividades de extensão foram colocadas como desmotivadoras pela impossibilidade de estar em campo e precisar readaptar as estratégias para o ensino remoto, entretanto, foram destacadas também como proveitosas pelas possibilidades alternativas de vídeos, posts e recursos interativos e, ainda pela oportunidade de participação, apontada em um relato: "Percebi que estão mais focadas na produção e na interação com o público pela interação na Internet, fazendo ações de informação e algumas de conscientização em formato de texto, live, post, story e publicações do seu conteúdo, convidando especialistas e estabelecendo uma comunicação mais acessível para atrair também pessoas que estão fora do universo acadêmico".

São compreensíveis os desafios enfrentados para a readaptação aos recursos tecnológicos. Esse descontentamento aparece em algumas respostas, destacando a maneira de se comunicar dos participantes, como: "As atividades foram todas de forma on-line, apresentadas em vídeo. A diferença é notável, por vezes, não há o mesmo entusiasmo e entrosamento por parte dos integrantes, isso deixa os encontros um tanto desmotivantes, mas existem momentos de descontração e conversas atrativas, tudo depende do diálogo que é abordado no projeto" e essa dificuldade de se alinhar ao âmbito virtual também gerou incentivos positivos, pois abriu espaço para inovações e percepções distintas, como mostrado no comentário: "Bastante desafiador, no começo não imaginava como íamos fazer tudo de forma remota. Foi preciso se reinventar, criar recursos informatizados para dar conta de fazer aquilo que foi proposto pelo plano inicial. Foi bem cansativo, estressante, pois não foi fácil criar tarefas avaliativas informatizadas, ainda pensar em toda questão de viabilidade, adequação para a faixa etária e os critérios de correção das respostas obtidas. Mas no fim deu certo!".

A internacionalização na expansão do conhecimento e novas perspectivas

Na quarta e última pergunta, a compreensão do potencial da internacionalização é posta como necessária para troca de experiências, no melhoramento dos profissionais e na ampliação do conhecimento, na divulgação e na valorização da Psicopedagogia, enfatizado pela maioria dos entrevistados em quantidade de 11 pessoas e demonstrado no relato: "A internacionalização para o curso de Psicopedagogia tem o potencial de expandir o conhecimento dentro da área, podendo ter propostas de novas perspectivas de estudo teórico e prático na clínica e nas instituições escolares, contendo pesquisas em diferentes contextos de vivência na educação, de formação do profissional na interação com outras universidades e na experiência pessoal; na valorização do curso, estará interligando diversas áreas e trazendo mais discentes e docentes interessados na aprendizagem e suas diferentes abordagens, sendo vantagens que melhorarão as produções e publicações."

Em um segundo momento, foi destacada a ligação de diferentes áreas do saber dentro da graduação, além da importância em vivenciar oportunidades com novos e diferentes idiomas em: "No meu entender, a Psicopedagogia no Brasil necessita desse olhar diferente, temos diariamente diversos artigos e trabalhos de todo tipo sendo publicados ou divulgados para as pessoas dentro do nosso país, tamanho conteúdo não deve ser deixado apenas para aqueles que falam nossa língua, e também nós não devemos nos limitar apenas a nosso conteúdo, o mundo lá fora é muito grande e cheio de desafios, sendo a língua um dos principais, acredito que com o avanço do ensino de novas línguas a Psicopedagogia no Brasil pode se beneficiar de forma grandiosa."

E acrescentando a inclusão na prática de melhorar as abordagens e atingir as demandas em futuras intervenções a compreensão é necessária e declarada na resposta: "O potencial da Psicopedagogia é de grande importância no processo de aprendizagem e inclusão do indivíduo visando compreender a origem da dificuldade. É um processo dinâmico e preventivo." Com isso, a internacionalização também traz a oportunidade de conhecer e colaborar com áreas que estão fora do país, inclusive com a própria Psicopedagogia; na melhoria dos estudos pelos alunos através da expansão do conhecimento, bem relatado em: "A internacionalização na Psicopedagogia tem um grande potencial, visto que somos uma área forte fora do país, investir nesse projeto, bem como na capacitação dos próprios discentes para vivenciarem essa experiência, é de fundamental importância para o crescimento do curso e da área".

 

DISCUSSÃO

Neste estudo tivemos como objetivo principal buscar informações e relatos dos principais desafios enfrentados pelos discentes do curso de Psicopedagogia da Universidade Federal da Paraíba em suas atividades remotas durante o período de pandemia do coronavírus. O impacto da pandemia do COVID-19 no Brasil afetou todos os futuros profissionais da Psicopedagogia, primeiro com o confinamento obrigatório que nos limitou ao uso de tecnologias remotas pouco utilizadas anteriormente nas graduações, exceto em EAD, ou quando utilizadas, somente para o acesso a materiais, plano de aulas, matrículas e inscrições em eventos organizados anteriormente de forma presencial, todos eles disponibilizados pelo sistema da universidade como utensílio facilitador, terceirizado e opcional.

Considerando todo o contexto pandêmico que, além de trazer inúmeras incertezas neste período, resultou em atividades a distância dentro do ambiente universitário, as ferramentas tecnológicas que, sendo de fundamental importância para a continuidade dos processos de aprendizagem, supriram o papel de forma conjunta entre docentes e discentes, ainda que colocando mais os alunos em situações novas de adaptação, mudança de rotina estrutural e de saúde física e mental. Dentro deste contexto, temos que a grande maioria dos alunos são jovens que desde cedo foram apresentados às tecnologias digitais, tendo assim uma maior facilidade ao lidar e de se adaptar com as ferramentas de ensino remoto.

Os resultados que coletamos em relação ao uso tecnológico foram satisfatórios diante a troca do modelo de educação na graduação, mas, frente aos desafios, foram destacados muitos problemas que a utilização acarretou. Problemas como a conexão com a Internet, limite de acesso aos dados móveis, se tornaram fatores que contribuíram para o aumento do nível de desmotivação dos discentes. Outro ponto descrito como fator desmotivador foram as estruturas materiais disponíveis em seus lares não sendo adequadas para proporcionar conforto por longos períodos de tempo, causando assim grande desconforto e impossibilitando uma aprendizagem eficaz.

Com o isolamento social, e a obrigatoriedade da convivência familiar, alguns discentes passaram a enfrentar problemas como dores na coluna, vista cansada, dores de cabeça, ansiedade e depressão devido a longos períodos de exposição a telas de computadores e celulares e locais inadequados para estudos prolongados.

Existem evidências que todos estes fatores estejam provavelmente ligados ao confinamento obrigatório em decorrência da pandemia12 e ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos. Diante desta conjuntura de fatos, são necessárias algumas medidas a fim de se minimizar os impactos negativos desta utilização de aparelhos eletrônicos de forma demasiada. Para evitar o agravamento dos problemas mencionados, é preciso diminuir o tempo de uso destes aparelhos, assim como, ao utilizar tais dispositivos, buscar manter o mais distante possível dos olhos, além de utilizar óculos que protejam da luz azul violeta13, sempre que possível.

Em relação às atividades de extensão, muitas permaneceram com os planejamentos voltados às redes sociais que puderam atingir determinados públicos perante um direcionamento alternativo através de informações, porém as questões da falta de ação em campo prejudicaram e trouxeram aspectos negativos na inserção de interesse nos projetos pelos graduandos.

Assim também, como na internacionalização, que não pôde exercer presencialmente seu papel de interligar cultura, educação e pessoas através de oportunidades, permanecendo em lugar de interação on-line, planejamento e de ideias para futuramente alcançar as ações propostas, nas quais os alunos desejam estar envolvidos, mas acreditam que o momento prospera contra a realização programada.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os aspectos mostrados na pesquisa indicam que se adaptar a uma nova rotina de estudos e manter-se motivado em um contexto tão distinto e limitante no ensino acadêmico é desgastante, mas que também pode ser beneficamente transformador. O curso de Psicopedagogia mantinha dinâmicas interativas para desenvolver a aprendizagem nas aulas presenciais, dinâmicas essas que passaram por melhorias, chegando em um público longe da materialidade que demarca a universidade. Os trabalhos foram projetados para alcançar mais visibilidade em redes sociais, a forma de contato que prevaleceu no período pandêmico, dessa forma, pensar em internacionalização é uma consequência dos fatos.

As restrições vivenciadas nesses últimos meses desenvolveram sentimentos de desmotivação ao mesmo tempo que levaram à renovação dos métodos de pesquisa, recursos tecnológicos e inclusão, uma necessidade que já vinha sendo analisada antes de ser unanimidade. Esses recursos foram ampliados e aperfeiçoados, trazendo de forma repentina um revolucionamento digital, com a melhora na qualidade dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) como as plataformas para reuniões on-line, e com as ferramentas digitais para auxiliar os estudantes, como aplicativos, agendas on-line, etc.

Esse momento gerou novas dificuldades na construção da aprendizagem, sendo menos fluido e orgânico, as demandas se destacaram, seja pela saúde psicológica e física dos pesquisadores, a falta de contato social no ambiente acadêmico e também a carência tecnológica. Juntando todos esses fatores, a motivação para se manter presente nas atividades de forma on-line se torna mais cansativa, árdua, fazendo com que os estudantes entreguem menos de seu desempenho cognitivo em eventos, palestras, projetos, embora estejam conseguindo lidar de uma maneira muito positiva perante às adversidades.

Para preencher as lacunas geradas pela quarentena, muitas pessoas procuraram aprender outro idioma e tiveram curiosidades sobre outras culturas, pois o mundo estava mais conectado, as notícias sobre cada país foram amplamente divulgadas, manifestando assim o interesse do público por intercâmbios e outras vivências internacionais. Os entrevistados relataram que percebem a internacionalização da Psicopedagogia como um meio de potencializar a profissão e as publicações acadêmicas, expandindo o conhecimento e aperfeiçoando a maneira de atuar. De certa forma, a pandemia acelerou o processo para a renovação, reformulando muitos paradigmas do Ensino Superior.

 

REFERÊNCIAS

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Endereço para correspondência:
Mateus David Finco
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Campus I - Lot. Cidade Universitária - João Pessoa, PB, Brasil - CEP 58051-900
E-mail: mateus.finco@academico.ufpb.br

Artigo recebido: 24/8/2021
Aprovado: 13/11/2021

 

 

Trabalho realizado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, PB, Brasil.
Conflito de interesses: Os autores declaram não haver.

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