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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. v.18 n.1 São Paulo abr. 2008

 

EDITORIAL

 

Chegamos ao 18º ano de publicação ininterrupta da RBCDH. Foram anos de dificuldades - especialmente quanto ao necessário respaldo financeiro - mas também de realizações.

Além de continuarmos recebendo contribuições de pesquisadores de várias instituições brasileiras, apresentamos neste número, interessante artigo sobre a fecundidade de mulheres cabo-verdianas.

A Revista está indexada em várias bases de dados, como LILACS, CLASE, Cambridge Scientific Abstracts: Sociological Abstracts, Social Services Abstracts, Worldwide Political Science Abstracts, Linguistics And Language Behavior Abstracts, bem como no portal da FSP-USP e no PEPSIC.

Estamos bem conceituados em diversas áreas do Sistema CAPES, como Psicologia, Fisioterapia, Educação, Saúde Coletiva, Medicina e Enfermagem.

Num esforço para diminuir a endogenia e aumentar nossa penetração no Brasil e no Exterior temos buscado, a partir de 2007, ampliar o leque de pesquisadores especialistas a quem temos solicitado colaboração para a avaliação dos artigos submetidos à Revista. Assim, se há 3 ou 4 anos tínhamos 80% dos "referees" no estado de São Paulo (a maioria dos quais na USP), agora temos 75% dos pareceres dados por pesquisadores de outros estados e de outros países. O interessante é que esse esforço está tornando a RBCDH melhor conhecida: estamos recebendo contribuições de autores ligados a instituições que até então não privilegiavam a Revista para publicar suas produções. Essa tendência será visível a partir do número 18-2, já em fase final de editoração.

Além de já termos o número 18-2 praticamente fechado, temos o equivalente a dois números em processo de avaliação. E tudo isso sem perder de vista o objetivo de garantir e melhorar a qualidade da RBCDH: de 5% de artigos recusados, estamos no momento recusando cerca de 25% das contribuições recebidas

Graças ao apoio da Comissão de Credenciamento de Periódicos da USP e da Direção da Faculdade de Saúde Pública, estamos prevendo uma relativa tranqüilidade financeira para 2008, e temos esperança de equacionar melhor esse crônico problema para o futuro. Vale lembrar que a RBCDH continua disponível em meio eletrônico no PEPSIC.

Além do interessante artigo vindo do Cabo Verde, temos um artigo que versa sobre tema pouco explorado entre nós, mas de importância crescente, a mortalidade de mulheres brasileiras no climatério. Outro artigo nos traz um relato sobre a experiência de Santo André na criação e operação de uma rede, de base comunitária, de atenção à saúde mental.

Como é de praxe, temos 5 artigos sobre diferentes questões relativas à Saúde da Criança,desde a aquisição de habilidades funcionais num programa de estimulação precoce; os cuidados à saúde de crianças Kaiowá e Guarani; percepções de mães de crianças com deficiência visual; a participação de mães e crianças na determinação de atividades de rotina diária; representações sociais sobre saúde bucal de mães usuárias de serviço de saúde.

Ainda dentre os artigos originais de pesquisa, temos uma interessante contribuição sobre a correlação entre disfunção temporo-mandibular, postura cervical e qualidade de vida.

Também foram incluídos neste número 18-1 três artigos de revisão. O primeiro versa sobre a caracterização de contextos de pesquisa sob a ótica da Psicologia Ambiental; o segundo aborda os avanços da reprodução assistida, tema de grande atualidade. O terceiro traz à baila o conceito de programação, segundo o qual doenças como o diabetes tipo II, a hipertensão e a obesidade, entre outras, poderiam estar relacionadas a um crescimento intra-uterino inadequado.

A ênfase dos artigos continua sendo o crescimento e o desenvolvimento do ser humano, com contribuições da Antropologia, da Psicologia, da Fisioterapia, da Saúde Bucal Coletiva. Nota-se uma participação crescente da Saúde Materno-Infantil e da Mulher, seja numa abordagem médica, antropológica, psicológica, de saúde pública e demográfica.

Várias das contribuições abordaram diferentes aspectos, da rede de atenção à Saúde Mental, à percepção de mães de deficientes visuais, às representações de mães sobre saúde bucal, à aquisição de habilidades funcionais em programas de estimulação precoce, todas elas trazendo resultados de pesquisas em serviços de saúde.

Temos, assim, ao lado de um maior equilíbrio entre contribuições das ciências sociais e biológicas, a permanência de nossa principal característica - a já comentada "interdisci-plinaridade em ação".

 

Arnaldo A F Siqueira
Editor

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