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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282

Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. vol.23 no.1 São Paulo  2013

 

ORIGINAL RESEARCH

 

Distúrbios de linguagem associados à surdez

 

 

Letícia Neves de OliveiraI; Bárbara Niegia Garcia de GoulartII; Brasilia Maria ChiariIII

ISpeech-Language Pathologist, Research Technician, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
IIResearch Associate, Universidade Federal de São Paulo. Assistant Professor, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
IIISpeech-Language Pathologist, Principal Investigator; Full Professor, Human Communication Disorders, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

OBJETIVO: verificar a associação de alteração de linguagem relacionada à perda auditiva e descrever a relação com o tipo de sexo, queixa clínica, tipo e grau de perda auditiva.
MÉTODO: Trata-se de estudo retrospectivo, realizado com prontuários de pacientes atendidos entre julho de 1998 e julho de 2008, totalizando 482 sujeitos. Foram utilizados os dados: idade; sexo; região de residência; queixa/manifestação na linguagem; diagnóstico etiológico; déficit de linguagem e fala e distúrbio de audição.
RESULTADOS: prevalência do sexo masculino (56%); com faixas entre três a cinco (32,8%) e seis a onze anos (32,8%); com queixa principal a alteração da linguagem oral (57%); perda auditiva neurossensorial (66,3%) de grau profundo (32,8%) bilateral, de etiologia orgânica (41,7%). Uma associação entre alteração de linguagem com o grau de perda auditiva e a queixa de linguagem foi estatisticamente significante (< 0,001).
CONCLUSÃO: houve associação da alteração de linguagem com o grau de perda auditiva e a queixa de linguagem.

Palavras-chave: fonoaudiologia; epidemiologia; surdez; perda auditiva; linguagem.


 

 

INTRODUÇÃO

É sabido que a audição possibilita uma das funções superiores mais nobres do ser humano, que é a comunicação, e que uma limitação sensorial imposta pela deficiência auditiva favorece diretamente a coocorrência de distúrbios de linguagem e conseqüentemente interfere na efetividade dessa comunicação1,2.

A comunicação humana é um processo predominantemente sensório dependente que se concretiza a partir da percepção auditiva e decodificação dos estímulos percebidos, culminando com a possibilidade de compreensão, aspectos inerentes à linguagem humana1, 3.

O efeito da perda auditiva no desenvolvimento das habilidades de fala e linguagem pode ser tanto variado quanto complexo. Embora indivíduos com perda auditiva apresentem características heterogêneas entre si é sabido que, quanto maior o grau da perda auditiva e quanto mais precoce for seu início, maiores serão os impactos negativos sobre o processo de desenvolvimento. Assim, buscando minimizar esses impactos se faz necessário o diagnóstico e a intervenção o mais precocemente possível4, 5.

Além de afetar a linguagem e a comunicação, uma perda auditiva ainda pode trazer consigo dificuldades nas diversas interfaces biopsicossociais às quais os sujeitos estão expostos6-8.

Conhecer detalhadamente as diversas variáveis envolvidas nos distúrbios de linguagem e a audição é fundamental para planejar e propor ações mais efetivas de tratamento ou para minimizar seus efeitos sobre o individuo6.

Na literatura são escassos os estudos que verificam as características e a prevalência distúrbios de linguagem quando associados à deficiência auditiva6. Assim, o objetivo deste estudo é verificar as características de um grupo atendido num ambulatório de serviço publico com alteração de linguagem relacionada à perda auditiva e descrever a relação com o tipo de sexo, queixa clínica, tipo e grau de perda auditiva.

 

MÉTODO

Trata-se de um estudo retrospectivo. Foi feita a coleta de dados em prontuários de pacientes que foram atendidos por uma instituição publica federal. Para o estudo foram selecionados prontuários de pacientes atendidos entre julho de 1998 e julho de 2008, totalizando 536 sujeitos.

Como critérios de inclusão foram considerados prontuários contendo a informação referente à alteração de linguagem e apresentar alteração de linguagem. O critério de exclusão foi: prontuários com mais de 20% de dados faltando.

Foram coletadas as seguintes informações: idade; sexo; região de residência; queixa (manifestação na linguagem); diagnóstico etiológico; alteração de linguagem e distúrbio de audição.

A variável idade foi classificada por faixa etária: zero a dois anos; três a cinco anos; seis a onze anos; doze a dezenove anos; vinte a trinta e nove anos, quarenta a sessenta e quatro anos e sessenta e cinco anos ou mais9. E sexo foi dividido em masculino e feminino.

Dados referentes a região de residência foram divididas em zonas da região da cidade de São Paulo (Central, Norte, Leste, Sul e Oeste) e outros (residentes fora da cidade de São Paulo).

As informações referentes à queixa foram divididas em queixas referentes ao tipo de manifestação na linguagem (Oral, Escrita ou Ambas).

Para o diagnóstico etiológico os dados foram divididos em alterações de origem orgânico, funcional e orgânico-funcional.

Na classificação da Alteração de linguagem, optamos por dividi-los segundo a época em que se deu a ruptura nos processos da linguagem: aquisição/maturação, desenvolvimento/aprendizagens ou abrangência/individualização do sujeito10.

Com relação ao déficit de audição as orelhas foram analisadas separadamente e em ambas a alteração foi classificada quanto ao tipo de perda auditiva (Neurossensorial, Condutiva, Mista e Audição Normal), quanto ao grau (Leve, Moderada, Severa e Profunda) e se o acometimento é unilateral ou bilateral.

No caso de prontuários sem alguma das informações ou de difícil identificação, os dados foram tabulados como "dado ignorado". Este estudo foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) sob nº 0915/09.

Após a coleta os dados foram tabulados e submetidos à análise estatística por meio do Software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) - versão 16.0, Minitab Statistical Software - versão 15 e Excel - Microsoft Office 2007.

Em análise estatística as variáveis foram submetidas aos seguintes testes estatísticos: Teste de igualdade de duas proporções; Teste de Qui-Quadrado para independência; Intervalo de confiança para a média e P-valor.

O nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05). E todos os intervalos de confiança construídos ao longo do trabalho, foram construídos com 95% de confiança estatística.

 

RESULTADOS

No levantamento realizado foram coletados dados de 536 prontuários, dentre esses constituem a amostra 482 prontuários, sendo excluídos 53 por falta de dados e um por não apresentar alteração de linguagem,

As tabelas 1, 2 e 3 mostram a distribuição da frequência relativa (percentuais) de todas as variáveis coletadas neste estudo, adotando como Referencia (Ref) os p-valores das comparações de cada um dos níveis de resposta sempre em relação ao mais prevalente.

Os dados relativos à associação das variáveis (Grau de Perda, Tipo de Perda, Queixa e Sexo) com a Alteração de Linguagem são apresentados na tabela 4.

A partir dos resultados apresentados observou-se que existe associação estatisticamente significante entre a alteração de linguagem com o grau de perda auditiva, em ambas as orelhas (p < 0,001). Também observou-se associação estatisticamente significante entre a alteração de linguagem e a Queixa (p < 0,001).

 

DISCUSSÃO

A integridade do sistema auditivo, tanto na sua área periférica quanto central, constitui um dos pré-requisitos para a aquisição e desenvolvimento normal da linguagem, sendo também um dos fatores primordiais para que o indivíduo tenha um bom desenvolvimento psicossocial, podendo expressar seus pensamentos, sentimentos e desejos e adquirir experiências de vida e conhecimentos11, 12.

A partir dos resultados, observou-se maior ocorrência de indivíduos do sexo masculino, concordando com outros autores13-15. Porém, este achado pode ser relacionado apenas com a procura pelo serviço, pois neste estudo verificou-se que a prevalência encontrada não está associada diretamente com a alteração de linguagem.

Estudos vêm refutando o risco de distúrbios de linguagem em função do gênero6,16, o que demonstra pouca possibilidade de interferência da variável sexo na tipologia de distúrbio de linguagem, sendo este, por si só, um indicativo importante no sentido de contribuir com evidências que excluem o gênero como fator de risco para a ocorrência de distúrbio de linguagem, especialmente quando associado à deficiência auditiva.

A demanda da população estudada é composta prioritariamente por moradores da região do serviço de atendimento, o que já era esperado, pois as pessoas tendem a procurar serviços de sua própria região17 e apenas passam a procurar atendimentos em outras regiões, por falta de opção ou por carência de atendimento em sua região18.

Com relação à idade, os pacientes pesquisados abrangeram uma ampla faixa etária (1-57 anos), porem houve maior ocorrência de pacientes com idade pré-escolar e escolar (3-12 anos), pois nesta faixa etária em que a criança está inserida na escola é exigida o aumento da demanda linguística e as diferenças ficam mais evidentes19. Outros autores encontraram faixas etárias semelhantes às encontradas nesta pesquisa18, 19.

As queixas de linguagem, referidas pela família ou pelo próprio paciente, referem-se principalmente à linguagem oral, que está de acordo com achado de estudo anterior19, 20. Considerando que a queixa é a expressão dos sintomas do paciente, a partir desta é possível ao profissional conhecer a relação entre a alteração apresentada e as condições prévias ambientais, familiares e sociais que potencialmente influenciam sua condição6.

O processo de aprendizagem da linguagem é feita por meio da maturação biológica e da interação com o meio. Esses dois fatores constituem pré-requisitos para que se processe a aquisição, desenvolvimento e abrangência satisfatorios do processso da linguagem com adequação. Tendo a perda auditiva um importante impacto na interação do individuo com o meio, observou-se neste estudo que houve maior concentração de alterações de linguagem manifestadas na etapa de abrangencia no processo da linguagem10,21, talvez pelo fato de termos avaliado demanda em que o diagnostico foi realizado tardiamente, o mesmo acorrendo com a protetização e intervenção

O diagnóstico da perda auditiva na criança deve ser precoce, através do programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU), como também por meio da triagem posterior em escolares, pois casos de risco para perda auditiva, mesmo sendo consideradas ouvintes ao nascimento, podem levar ao aparecimento tardio da perda auditiva e/ou a progressão de perdas auditivas já existentes no nascimento4, 22.

A queixa referente à linguagem oral também esteve presente nas três etapas do processo da linguagem (aquisição, desenvolvimento e abrangência). Isso ocorre, pois, a deficiência auditiva é invisível até que suas consequências passem a ser observadas no comprometimento da linguagem oral23. Alem disso, dentre os distúrbios de linguagem, as queixas ligadas à linguagem oral possivelmente são mais impactantes nas atividades diárias, independente da faixa etária e são mais facilmente identificáveis, mesmo por leigos.

Desta forma, é possível afirmar que quando há ocorrência de alteração de linguagem concomitante com a perda auditiva, a avaliação detalhada e multidisciplinar especializada é essencial para determinar com maior precisão o tipo de distúrbio de comunicação e comprometimentos associados a este2.

O tipo de perda auditiva mais encontrada neste estudo foi o neurossensorial (NSS) de grau profundo bilateral, com origem etiológica de origem orgânica, coincidindo com os achados de outros autores1, 14. Alterações de origem orgânica podem ter como causa a meningite, rubéola congênita, medicações ototóxicas, hiperbilirrubinemia, entre outros24, os quais podem ocasionar perdas auditivas com as mesmas características encontradas por este estudo.

Sendo audição e linguagem funções correlacionadas e interdependentes, neste estudo foi comprovada estatisticamente a associação entre o grau da perda auditiva com a alteração de linguagem. Observou-se prevalência do grau de perda profundo ocorrendo nas etapas de aquisição, desenvolvimento e abrangência da linguagem. A interferência direta da perda auditiva de grau profundo em relação à linguagem foi constatada em estudo anterior, onde se observou alterações de linguagem mais importantes neste grau de perda, em comparação com o grau leve, moderado e severo2,23.

Já o tipo de perda auditiva não apresentou relação e/ou associação com a alteração de linguagem. Uma alteração na via auditiva interfere diretamente o processo de aquisição, desenvolvimento e abrangência da linguagem4. Problemas condutivos levam a uma redução na intensidade dos sons que alcançam a cóclea. Do ponto de vista perceptual, os sons são reduzidos, abafados, perdendo sua profundidade, riqueza e dimensão. Estes fatores mostram que esta condição de audição pode ter também grande impacto a aquisição e o desenvolvimento da linguagem11.

A análise dos nossos resultados permite concluir que a alteração de linguagem está associada diretamente ao grau de perda auditiva e à queixa de linguagem. Alem disso, verificou-se também o perfil do individuo com alteração de linguagem relacionas à perda auditiva, que se expressa em: perda de audição neurossensorial profunda bilateral com etiologia orgânica; com queixa principal de alteração da linguagem oral; as faixas etárias de maior incidência foram de três a cinco anos e seis a onze anos, correspondendo às etapas de desenvolvimento e abrangência do processo de linguagem; no sexo masculino.

 

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Endereço para correspondência:
leticianeoli@gmail.com

Manuscript submitted Aug 01 2012
accepted for publication Nov 19 2012.