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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. vol.23 no.2 São Paulo  2013

 

ORIGINAL RESEARCH

 

Dor nas costas, hábitos posturais e comportamentais de escolares da rede municipal de ensino de Teutônia, RS

 

 

Matias NollI; Cláudia Tarragô CandottiII; Bruna Nichele da RosaIII; Maira Cristina Wolf SchoenellIV; Carlos Leandro TiggemannV; Jefferson Fagundes LossVI

IMestre em Ciências do Movimento Humano pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEF/UFRGS). Porto Alegre, RS, Brasil
IIDoutora em Ciências do Movimento Humano pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEF/UFRGS) e professora do curso de Fisioterapia e Educação Física desta Instituição. Porto Alegre, RS, Brasil
IIIAcadêmica do Curso de Fisioterapia da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEF/UFRGS). Porto Alegre, RS, Brasil
IVMestre em Ciências do Movimento Humano pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEF/UFRGS). Porto Alegre, RS, Brasil
VDoutorando em Ciências do Movimento Humano pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ESEF/UFRGS). Porto Alegre, RS, Brasil
VIDoutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professor do curso de Fisioterapia, Educação Física e Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Movimento Humano (Mestrado e Doutorado) desta instituição. Porto Alegre, RS, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

OBJETIVOS: verificar a prevalência de dor nas costas nos últimos três meses; identificar os hábitos posturais e comportamentais; e verificar se existe relação entre a dor nas costas e os hábitos de escolares do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino da cidade de Teutônia/RS.
MÉTODO: trata-se de um estudo epidemiológico populacional, em que participaram 833 escolares de 5ª a 8ª séries de todas as Escolas da Rede Municipal de Ensino da cidade de Teutônia. Os escolares responderam o questionário BackPEI que avaliou a dor nas costas e os hábitos comportamentais e posturais. A análise foi feita a partir de estatística descritiva, do cálculo das razões de prevalência (RP) e dos intervalos de confiança de 95%. A variável dependente foi a dor nas costas e as variáveis independentes foram as questões posturais e comportamentais. As RP foram realizadas por meio da análise multivariada, com variância robusta (a=0,05).
RESULTADOS: a prevalência de dor nas costas nos últimos três meses foi de 54,1%, a maioria referiu sentir dor uma vez por mês e 17,4% dos escolares referiram impedimento da realização das suas atividades diárias devido à dor. A análise multivariada demonstrou associação entre dor nas costas e tempo diário assistindo televisão (p = 0,046), postura adotada para dormir (p = 0,048) e sentar para escrever (p = 0,032).
CONCLUSÕES: estes resultados são instigantes ao demonstrarem uma alta prevalência de dor nas costas em escolares, sugerindo ser urgente a necessidade do desenvolvimento de programas educativos e preventivos no âmbito escolar.

Palavras-chave: dor nas costas; postura; saúde do adolescente; epidemiologia.


 

 

INTRODUÇÃO

A ocorrência de dor nas costas é muito frequente em jovens escolares1-3, podendo alcançar uma prevalência superior a 60%4-6, sendo este um fenômeno descrito em vários países7. Muitos são os fatores de risco que predispõem os escolares à dor nas costas, tais como: sexo3,8,9, idade9-11, prática intensa e competitiva de exercício físico3,12,13, força e resistência abdominal14, flexibilidade15, tabagismo12,15, estar com sobrepeso5,16 fatores psicossociais como por exemplo, depressão e ansiedade17,18, histórico familiar de dor nas costas13,19 e hábitos posturais20-23. Especificamente, no que diz respeito aos hábitos posturais, tem sido demonstrado que a utilização de mochilas pesadas e o seu transporte assimétrico, o tempo de permanência na posição sentada9,12, o tempo diário assistindo televisão24, utilizando o computador e jogando vídeo game13,25,26 correspondem a importantes fatores de risco para a dor nas costas de escolares.

Considerando que a postura corporal adotada nas atividades de vida diária (AVD's) (1) determina a quantidade e a distribuição do esforço sobre as estruturas musculoesqueléticas, podendo potencializar ou amenizar os malefícios e sobrecargas resultantes nestas estruturas27; e (2) tem importantes implicações para a saúde e o bem-estar do ser humano28-30, especula-se que a dor nas costas referida pelos escolares1-3 pode estar associada com a existência de hábitos posturais inadequados durante as AVD's23. Um exemplo de hábito inadequado de postura está relacionado com as longas horas que os escolares permanecem na posição sentada, normalmente em postura inadequada25. Nesse sentido, entende-se que a dor nas costas oriunda da utilização inadequada do corpo nas AVD's se desenvolve ao longo dos anos, iniciando na fase escolar e estendendo-se por toda a vida, e agrava-se na medida em que a inatividade vem prevalecendo na sociedade atual.

Apesar de estarem bastante difundidos na literatura, os fatores de risco para a dor nas costas ainda são controversos9 e, no que diz respeito especificamente àqueles relacionados aos hábitos posturais, as pesquisas ainda são incipientes, principalmente no que se refere às posturas específicas realizadas cotidianamente pelos escolares, como sentar para escrever e sentar para utilizar o computador. Deste modo os objetivos desse estudo foram identificar: (1) a prevalência de dor nas costas nos últimos três meses, (2) os hábitos posturais e comportamentais e (3) a existência de associação entre a dor nas costas e os hábitos de escolares do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino da cidade de Teutônia/RS, Brasil.

 

MÉTODO

Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, realizado nos meses de agosto e setembro de 2011. Foram convidados a participar do estudo todos os 859 escolares do Ensino Fundamental, de 5ª a 8ª séries, de todas as Escolas (n=6) pertencentes à Rede Municipal de Ensino da cidade de Teutônia, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Este estudo foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob número 19832, e respeitou a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

 

INSTRUMENTO

Para verificar a prevalência de dor nas costas e identificar os hábitos comportamentais e posturais foi utilizado o questionário auto-aplicável denominado Back Pain and Body Posture Evaluation Instrument (BackPEI), válido e reprodutível, constituído por 21 questões fechadas com uma versão para cada sexo31. O questionário aborda questões: (1) sobre dor nas costas nos últimos três meses (ocorrência, frequência e intensidade); (2) demográficas (idade e sexo); (3) socioeconômicas (escolaridade dos pais/responsáveis e tipo de escola); (4) comportamentais (atividade física, ler/estudar na cama, horas/dia assistindo televisão e ao computador, tempo de sono por noite); (5) posturais (modo de sentar para escrever e utilizar computador, meio e modo de transporte do material escolar, modo de dormir e modo de sentar em um banco) e (6) hereditárias (ocorrência de dor nas costas nos pais). Para o presente estudo, foram utilizadas apenas as questões 4 a 14 do BackPEI, referentes aos hábitos comportamentais e posturais, e as questões 18 a 20 do BackPEI referentes a dor nas costas.

Procedimento de coleta e análise dos dados

Todas as escolas foram convidadas a participar do presente estudo por meio de uma reunião com a Secretaria Municipal de Educação (SME/Teutônia), em que foram explicados os objetivos da pesquisa, bem como os procedimentos de coleta a serem realizados. Após o consentimento da SME/Teutônia, foi agendada uma reunião com a direção de cada escola para apresentar o projeto de pesquisa32. Uma vez dado o consentimento por todas as direções, foi agendada a data de realização das avaliações, de acordo com a agenda de cada uma das Escolas de Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries de Teutônia. O pesquisador responsável pela aplicação dos questionários avaliou cada turma individualmente, em sua própria sala de aula. Inicialmente, o pesquisador explicou coletivamente como deveria ser preenchido o questionário, o qual a seguir foi distribuído para cada aluno. Os questionários foram preenchidos individualmente. O pesquisador permaneceu na sala durante o preenchimento dos questionários, o que em média teve duração de 20 minutos, recolhendo-os quando todos os escolares tivessem terminado32.

Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18.0, a partir de estatística descritiva e do cálculo das Razões de Prevalência (RP) e seus respectivos Intervalos de Confiança de 95% (IC95%). A variável dependente foi a dor nas costas e as variáveis independentes foram as questões comportamentais (número de horas diárias assistindo à televisão, utilizando o computador e de sono; hábito de ler ou estudar na cama; prática de exercício físico) e posturais (meio e modo de transporte da mochila escolar; postura adotada para dormir, postura sentada para utilizar o computador, sentada em um banco e para escrever e postura para pegar objeto do solo). As RP foram calculadas por meio de uma análise multivariada realizada a partir do modelo de Regressão de Poisson, com variância robusta33 (α = 0,05).

 

RESULTADOS

Do total de escolares do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries da Rede Municipal de Ensino (N = 859) da cidade de Teutônia, apenas 3% (n = 26) se recusaram a participar do presente estudo e/ou não compareceram na escola no dia das avaliações. Assim, participaram do presente estudo 833 escolares. Do total de participantes (n = 833), 89,2% (n = 743) tinham clareza quanto a ocorrência de dor ou não nos últimos 3 meses.

A prevalência de dor nas costas nos últimos três meses foi de 54,1% (n=402). Os resultados são distintos entre escolares do sexo masculino e feminino, sendo que os percentuais de ocorrência de dor foram, respectivamente, de 48,7% (n = 191) e 60,1% (n=211), para os meninos e meninas.

Em relação à frequência da dor (questão respondida somente pelos escolares que referiram sentir dor), os resultados demonstraram que a maioria dos escolares refere ter sentido dor apenas uma vez nos últimos três meses ou com frequência de uma vez por mês. Os resultados demonstraram também que 17,4% dos escolares referiram que esta dor nas costas impediu-os de realizar atividades do dia a dia, como brincar, estudar e praticar esportes. A Tabela 1 apresenta os dados descritivos para ambos os sexos tanto para a frequência de dor nas costas quanto para o impedimento de atividades do dia a dia.

Os resultados referentes às questões comportamentais e posturais, provenientes da análise multivariada, demonstraram que a dor nas costas está associada com as seguintes variáveis: tempo diário ao assistir televisão, postura adotada para dormir e para sentar ao escrever (Tabela 2).

 

DISCUSSÃO

Os resultados demonstraram que a alta prevalência de dor nas costas nos últimos três meses (54,1%) encontra-se na faixa de 20% a 70% descrita na literatura4-6. Skoffer4, ao avaliar a ocorrência de dor em 546 escolares, com idades entre 14 e 17 anos, de ambos os sexos, de uma cidade da Dinamarca, verificou que 51,3% dos avaliados referiram ter sentido dor nos três meses anteriores a pesquisa, e destes, aproximadamente um quarto (24,2%) relataram que esta dor foi tamanha que resultou em alterações do sono e na procura de atendimento médico especializado. Resultados semelhantes foram encontrados no presente estudo, no qual 17,4% dos escolares relataram que a dor nas costas impediu-os de realizar atividades do dia a dia, embora não se tenha conhecimento dos desfechos destas situações.

Ainda, a maior prevalência de dor presente no sexo feminino também está de acordo os achados da literatura2,3,6,25. Especula-se que estes resultados são decorrentes do amadurecimento precoce que ocorre no sexo feminino e das características anátomo-funcionais distintas em relação aos meninos (menor estatura, menor percentual de massa muscular e massa óssea). Além disso, tem sido referido que as mulheres possuem maior permissão social para expor seus sintomas e sentimentos, devendo-se ambos os eventos a fatores sociais e educacionais3,24.

Quanto aos fatores de risco relacionados à dor nas costas, os resultados provenientes da análise multivariada demonstraram associação entre dor nas costas e tempo diário ao assistir televisão, postura adotada para dormir e para sentar ao escrever. Tem sido documentado que os escolares costumam passar grande parte do dia em atividades sedentárias, tais como permanecer por mais de duas horas assistindo televisão e utilizando o computador6,26, além das 4 a 5 horas, em média, em posição sentada em sala de aula34. Nessa perspectiva, especula-se que mais de 50% dos escolares permanecem no mínimo 8 horas diárias em uma posição sentada, em uma atividade sedentária, tornando-se um importante fator de risco para a ocorrência de dor nas costas6.

A posição de dormir também está associada significativamente com a ocorrência de dor nas costas nos escolares de Teutônia. Neste sentido, os escolares que dormem na posição de decúbito ventral apresentam maior prevalência de dor nas costas. Estes resultados estão de acordo com as indicações da literatura35, a qual tem referido que não é recomendável dormir na posição de decúbito ventral, pois essa posição favorece um aumento da lordose lombar36 e expõe a região cervical no limite de sua amplitude de movimento, podendo provocar entorse e cervicalgia36. Esta posição, quando adotada como um hábito postural diário, pode contribuir também para uma projeção anterior das vísceras e o alongamento da musculatura abdominal35. Deste modo, recomenda-se que as formas adequadas de dormir, entre as três posições mais comuns (decúbito dorsal, lateral e ventral), sejam as posições de decúbito lateral e dorsal36.

Encontrou-se também, no presente estudo, uma relação significativa entre a ocorrência de dor nas costas e a postura sentada de modo inadequado para escrever. Nessa perspectiva, os escolares que permanecem na posição sentada por longos períodos ao dia, grande parte do tempo em postura inadequada (flexão anterior do tronco, falta de apoio lombar e falta de apoio do antebraço), estão predispostos a maiores índices de desconfortos gerais, tais como dor, fadiga e formigamento, em diferentes partes do corpo e, principalmente, a processos degenerativos, como a hérnia discal21,22. Possíveis explicações para esse resultado podem estar relacionadas ao fato de que o simples ato de sentar-se gera aumento da sobrecarga compressiva no disco intervertebral e que a manutenção por um longo período na posição sentada pode: (1) levar a desnutrição dos discos5,17 e (2) desencadear mecanismos que podem colocar em risco a integridade do sistema musculoesquelético, como o desequilíbrio entre os sistemas: passivo, ativo e neural, responsáveis pela estabilidade da região lombopélvica27,28.

Além da alta prevalência de dor nas costas encontradas no presente estudo, os achados também demonstram uma alta prevalência de posturas inadequadas na execução das AVD's avaliadas, com exceção da forma de transporte do material escolar. Considerando que já tem sido documentado que a Educação Postural tem sido significativamente negligenciada pela maioria dos professores de Educação Física de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental37, especula-se que a negligência do ensino da Educação Postural esteja relacionada com a alta prevalência de posturas inadequadas.

Neste contexto, uma opção interessante para atenuar a existência das altas prevalências de dor nas costas e de postura inadequada na execução das AVD's é a realização de um Programa de Educação Postural (PEP)38,39 no ambiente escolar como forma preventiva, uma vez que, conforme demonstrado pela literatura, o ambiente escolar apresenta diversos problemas ergonômicos, os quais interferem negativamente na saúde dos escolares, tais como o desenvolvimento de dor nas costas e de alterações posturais. Tem sido referenciado que jovens participantes de PEP's, em diferentes faixas etárias, aprendem a conhecer e a identificar a coluna vertebral, suas partes e funções, e modificam positivamente sua postura durante as atividades da vida diária38-39. Em uma revisão sistemática acerca dos programas de escola postural realizados para escolares no Brasil, descrita por Noll, Candotti e Vieira40, verificou-se que os estudos analisados demonstraram melhora imediata na execução das AVD's, demonstrando que os escolares são capazes de assimilar os conteúdos, bem como de inseri-los na sua prática. Nessa perspectiva, identifica-se que a realização de um PEP no ambiente escolar pode corresponder a uma alternativa eficaz para prevenir e corrigir os hábitos posturais inadequados1,40.

Possivelmente uma limitação do presente estudo reside no fato do mesmo apresentar-se como um estudo epidemiológico transversal. Shehab e Jarallah3 descrevem que os estudos que melhor podem determinar a causa e efeito dos fatores de risco para a dor nas costas são os estudos epidemiológicos populacionais longitudinais. Nesse sentido, novas investigações, com desenho longitudinal se fazem necessárias.

Por fim, considerando que apenas 3% do total de escolares (N=859) se recusaram a participar e/ou não compareceram na escola no dia das avaliações, entende-se improvável que o viés da não-participação possa ter tido qualquer efeito sobre os resultados encontrados2. Além disso, sabendo-se que os resultados de qualquer estudo dessa natureza não devem ser extrapolados para diferentes contextos, pois sofrem a influência de aspectos socioculturais, ambientais e genéticos, próprios de cada localidade, acredita-se que o presente estudo fornece evidências científicas do contexto local, no que diz respeito à prevalência de dor nas costas e aos hábitos posturais dos escolares. E, é justamente por revelar a realidade local que esse estudo poderá auxiliar no planejamento de políticas públicas de saúde e educação para o município de Teutônia e, especificamente no âmbito da saúde escolar, estimular ações voltadas para o desenvolvimento de PEP's que promovam a inversão da lógica de uma infância com algias para uma infância saudável.

Conclui-se, portanto, que existe alta prevalência de dor nas costas nos últimos três meses nos escolares do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Teutônia e que esta dor está significativamente associada com o tempo diário assistindo televisão, a postura adotada ao dormir e a postura adotada ao sentar para escrever.

 

AGRADECIMENTOS

 À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, pela bolsa de mestrado e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, pela liberação de recursos financeiros (nº: 472544/2011-0; Edital Universal 14/2011).

 

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