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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282

Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. vol.24 no.1 São Paulo  2014

 

ORIGINAL RESEARCH

 

Estereofotografia de moirè: uma alternativa para avaliação da escoliose na saúde de escolares

 

 

Júlio Guilherme SilvaI; Márcia Santos de AlmeidaII; Carolina Gomes da CostaII; Aline Fraga RochaII; Priscila Moreira da SilvaII; Rodrigo Teixeira Gomes da SilvaII; Miriam Raquel Meira MainentiIII

IFisioterapeuta, Doutor em Saúde Mental/Aprendizagem Motora - IPUB/UFRJ, Professor do Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação do Centro Universitário Augusto Motta - UNISUAM-RJ; Prof. Adjunto do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
IIPrograma de Iniciação Científica (PIBIC) Centro Universitário Augusto Motta - UNISUAM-RJ, Laboratório de Análise do Movimento Humano (LAMH)
IIIFisioterapeuta, Doutora em Ciências - FM/UFRJ, Professor do Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação - UNISUAM-RJ

 

 


RESUMO

A Estereofotografia de Moiré (EFM) é um método que através da assimetria das sombras formadas no dorso detecta escoliose. Poucos os estudos tem discutido o tempo de análise, interpretação e custo operacional desta técnica. Os objetivos deste trabalho foram analisar os aspectos operacionais da (EFM) em escolares e; verificar desvios posturais pela EFM nesse mesmo grupo. Neste estudo foram analisadas 58 meninos e através da EFM, foram avaliadas a presença de sombras (franjas) no dorso, onde cada assimetria corresponde cerca de 10º no ângulo de Cobb. As marcações do EFM foram utilizadas para determinar os possíveis desvios. Os dados interesse receberam tratamento estatístico descritivo nas variáveis massa corporal total, índice de massa corporal (IMC), estatura, escoliose, tempo médio de análise e diagnóstico e, uma avaliação do custo operacional do equipamento. Os sujeitos (9,91 ± 0,79 anos) apresentaram uma massa corporal total de 37,83 ± 10,45kg, estatura 1,42 ± 0,11m e o IMC de 18,53 ± 4,15 kg/m2. O tempo médio para análise foi de 3,25 ± 0,29min. Na amostra, 75% tiveram um desvio de até uma franja na região toracolombar o que indica uma escoliose menor que 10º. A EFM constituiu um método rápido e de baixo custo operacional podendo ser um instrumento importante no rastreamento de escoliose. Concluímos que a EFM de confirmou ser prático e de fácil manuseio que 94,6% dos sujeitos apresentaram escoliose. Os nossos dados sugerem que a é viável a inserção da EFM nos programas de saúde em escolares de detecção das escolioses.

Palavras-chave: escoliose, topografia de moirè, escolares, postura, avaliação postural.


 

 

INTRODUÇÃO

A escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral onde há uma ou mais curvas no plano frontal, rotação axial das vértebras e desalinhamento no plano sagital1. Esse tipo de deformidade ortopédica é frequente em escolares entre 11 e 18 anos de idade, de forma que 85% dos casos nos adolescentes são de origem idiopática2-3. Nessa faixa etária, a instalação e a progressão da escoliose acontecem de forma rápida, por isso há uma grande necessidade de detecção precoce4-5. A rapidez no diagnóstico pode prevenir o surgimento de possíveis complicações musculoesqueléticas, além de alterações respiratórias devido à deformidade torácica6.

Na avaliação imagenológica da escoliose há uma gama de possibilidades de análise dessa alteração musculoesquelética. Até o momento, o raio-X é o exame padrão-ouro para avaliação da escoliose, através do cálculo do ângulo de Cobb4,6. A radiografia panorâmica permite um acompanhamento altamente confiável da progressão e/ou estabilização do desvio da coluna7-8.

Entretanto, nos pacientes muito jovens, há uma importante preocupação relacionada ao fato do raio-x expor à radiação o avaliado e, decorrente ao efeito acumulativo no organismo, pode constituir uma ameaça à saúde6,9. Desta forma, diversas investigações fomentam métodos não-invasivos e que tenham alto índice de confiabilidade, para que possam se tornar alternativas ao exame radiológico10-11.

Outra discussão acerca da busca de novos exames para detecção precoce da escoliose é o custo. No nosso país, o preço de um exame panorâmico da coluna vertebral ainda é caro, principalmente para a população carente. Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)12, existente 37 milhões de brasileiros vivendo na linha de pobreza, sem acesso à saúde de qualidade. Referente às crianças, estima-se 13,4 milhões com necessidade de atendimento à saúde pelos mais diversos motivos12.

Devido a esse contexto, faz-se necessária uma intervenção cada vez mais precoce na detecção de deformidades como a escoliose. Assim, as crianças em idade escolar poderiam ser avaliadas em programas de saúde nos quais a escoliose seria um grande objeto de interesse.

Dentre as técnicas de avaliação da escoliose, podemos destacar a Estereofotografia de Moiré (EFM), que fundamenta a sua analise através de um fenômeno de projeção de sombras derivado da óptica, em que a luz projetada no dorso, passa por uma placa e assim formam-se linhas, primeiro em um plano de referencia, e em seguida sobre a superfície do corpo, delineando topograficamente a superfície9,13. Através de "franjas" e de acordo com a assimetria das sombras, detecta-se a escoliose. Embora seja uma técnica de fácil aplicação, ainda é uma técnica pouco utilizada na prática clínica13-14, especialmente na saúde de escolares.

Há poucos estudos referentes ao tempo de análise, interpretação e diagnóstico da escoliose utilizando a EFM. Principalmente, sobre a discussão do custo operacional e a possibilidade de sua massificação na análise postural de escolares.

Assim, os objetivos são: verificar desvios posturais através da Estereofotografia de Moiré em escolares e; analisar os aspectos operacionais da aplicação deste procedimento de Estereofotografia em escolares.

 

MÉTODO

Amostra

Trata-se de um estudo observacional, onde foram selecionados aleatoriamente 58 meninos, estudantes da rede municipal do Rio de Janeiro com faixa etária entre 10 e 12 anos. Como todos os sujeitos eram menores de idade, os seus respectivos responsáveis legais assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, após serem informados da natureza do estudo e do protocolo a ser realizado.

Além disso, também os indivíduos ficaram cientes sobre os benefícios de participarem da pesquisa e da ausência de qualquer tipo de risco biológico ou químico na utilização da EFM. As avaliações aconteceram no Laboratório de Análise de Movimento Humano - LAMH, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro sob o nº 46A/2011.

O tamanho da amostra foi determinada pelo valor mínimo de 58 indivíduos, pois foi considerado um nível de confiança de 95%, com poder do teste de 80%, desvio padrão da população de 0,5 e com uma margem de erro estimado de 13%.

Foram considerados elegíveis para o estudo os sujeitos que não possuíam qualquer tipo de lesão osteomioarticular; que não estavam sob qualquer tipo de atendimento fisioterapêutico para lesões e/ou disfunções do sistema musculoesquelético; sujeitos sem distúrbios do sistema nervoso que acometiam o movimento voluntário e o tônus muscular.

Os sujeitos excluídos foram aqueles submetidos à cirurgia ortopédica de média/alta complexidade na coluna vertebral e membros inferiores, crianças que apresentavam um encurtamento dos membros inferiores maior ou igual a 1cm; sujeitos que momento do estudo apresentavam dor, fase aguda de acometimento do sistema vestibular; lesões osteomioarticulares que não possibilitem a permanência na posição ortostática sem supervisão por cinco minutos.

Instrumental

A caracterização antropométrica da amostra foi feita utilizando uma balança com precisão de 0,1 kg, com estadiômetro (0,005m) acoplado (R110, Welmy, São Paulo, Brasil).

Para a realização da EFM, utilizou-se uma sala com baixa luminosidade, para possibilitar a identificação do efeito Moiré (aparecimento das franjas) possibilitando a avaliação de possíveis assimetrias nas franjas e, consequentemente, a detecção de escoliose13. O material para realização consistiu de: uma máquina fotográfica digital (no mínimo de 3.0 Megapixels); a placa de moiré e uma lâmpada de 500W.

Procedimentos

Para a medida da massa corporal total (MCT), o escolar foi instruído a manter ambos os pés sobre a plataforma, sem suporte e com o peso dividido nos dois membros inferiores. A estatura (E) foi medida com o indivíduo em pé, com a cabeça do sujeito no plano de Frankfurt e ao final de uma inspiração profunda15. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado pela razão entre a massa corporal total (kg) e o quadrado da estatura (m): IMC = MCT/E2 , de acordo com a World Health Organization (WHO)16.

Para a realização da avaliação postural, a máquina foi posicionada frente à placa de Moiré numa distância de 1,70m e a 70cm lateralmente foi posicionado o projetor de slides com uma lâmpada de 500W. A luz incidiu na placa de Moire a 45o (Figura 1). Todos os componentes da EFM respeitou a equação de Takasaki9,13.

H= N dL / D

 

 

Onde H é a distância do individuo da placa (que neste caso é zero, pois o sujeito encosta na placa), N é o número de franjas; L a distância da placa para a maquina fotográfica e D a inclinação da fonte luminosa do centro da placa 45º.

A placa de EFM consiste em uma placa de acrílico com listas pretas com 1mm de espessura separadas uma das outras por um 1mm. Os sujeitos foram posicionados com os ombros, braços relaxados, olhar fixo no horizonte e com o dorso encostado na placa (fig. 1).

Segundo Knackfuss et al.13, as sombras no dorso formam figuras denominadas de "O" superior, "M1", "W", "M2" e "O" inferior que representam respectivamente as regiões escapulares, dorso superior, toracolombar, lombar e glúteos (figura 2).

 

 

Qualquer assimetria nessas figuras configurava um desvio postural. As alterações de interesse nesse estudo foram nas figuras do "M1", "M2", "W1" e "W2". As fotos foram analisadas no computador e para avaliação dos possíveis desvios foi traçada na foto uma linha reta partindo da proeminência de C7 indo até a linha interglútea (PQ).

Na franja que mais se desvia marcamos seu ponto mínimo (X). Uma linha perpendicular à linha PQ passa pelo marco X. No outro dimidio, marcamos o ponto Y, eqüidistante de X. Se o dorso for simétrico, X e Y estarão situados na mesma franja. Caso não estejam, o valor do desvio foi igual ao número de franjas situadas entre a que possui o ponto X e a que possui o ponto Y, incluindo a linha com Y13.

Análise dos dados

Foram realizadas análises descritivas sobre as seguintes variáveis: massa corporal total, estatura, IMC, aparecimentos ou não de escoliose, tipo e segmento da escoliose, tempo médio de análise e diagnóstico, além da análise do custo operacional do equipamento. As variáveis numéricas foram apresentadas como média ± desvio padrão, e as categóricas como frequência absoluta (n) e relativa (%). Para o processamento dos dados foi utilizado o programa SPSS versão 20.

 

RESULTADOS

Dentre os 58 escolares (média 9,91 anos ± 0,79) avaliados apresentaram a massa corporal total de 37,83 ± 10,45 kg, estatura de 1,42 ± 0,11 m e IMC de 18,53 ± 4,15 kg/m2. Sobre o tempo médio para avaliação das fotos, o tempo médio gasto pelos avaliadores foi de 3,35min. Outro ponto que durante a pesquisa não houve perda amostral.

Na avaliação através da EFM, os dados apontaram para assimetrias nos pontos de interesse em 76% em "W1", 65% em "W2", 42,6 % em "M1" e de 22% em "M2" (tabela 1).

 

DISCUSSÃO

Houve um grupo de escolares que apresentam escoliose de baixo valor angular (meia franja) nas figuras de "M" e "W". Tal informação é de suma importância, pelo fato de já ser comprovado na literatura o alto índice de confiabilidade da EFM que possui apenas uma margem de 3% de erro em relação ao padrão-ouro que é o ângulo de Cobb17-18. Apesar desse fato, a técnica fomenta discussões e continua sendo aprimorada através de recursos computacionais para a padronização de aplicação e diminuição da margem de erro13,19-20.

A análise postural de indivíduos em idade escolar preconiza a detecção das escolioses idiopáticas comum nessa faixa etária10,21, o crescimento ósseo acelerado nessa fase da vida promove o rápido aumento da angulação da escoliose e pode gerar complicações irreversíveis caso não haja intervenção precoce6,20.

Os resultados corroboram para alertar a necessidade de um método de análise rápido de escoliose e a EFM pode preencher essa lacuna. Especialmente, na aplicabilidade na saúde de escolares, sendo um importante vetor na atenção básica à saúde23. A EFM pode facilitar a introdução de uma rotina de avaliação postural nas escolas brasileiras, promovendo um diagnóstico precoce, confiável, de baixo custo, sem expor a criança à radiação24-25.

De acordo com os resultados encontrados no nosso estudo, podemos afirmar que os indivíduos que apresentaram meia franja de desvio possuem aproximadamente uma escoliose menor que 10° do ângulo de Cobb17-18. Tal fato demonstra que o processo de rotação vertebral está presente e o baixo valor angular e o inicio de uma escoliose. Como as escolioses abaixo de 10o são imperceptíveis no exame físico, a EFM confirmou ser um método de detecção fácil das escolioses de baixo valor angular e nos dados estão em consonância na literatura9-13, onde foram detectadas, em 70,3% dos sujeitos um desvio de meia-franja na região W1.

Na contribuição de Ueno et al20, 3.424 sujeitos apresentaram escoliose (N= 250 mil crianças avaliadas). Ao ser comparado com o raio-x, 65% das crianças tiveram o ângulo de Cobb acima de 10º e a prevalência das curvas escolióticas ficaram no intervalo de 10º-19°. Os resultados demonstram que ocorreu um ligeiro aumento nas taxas de prevalência de crianças com uma curva de magnitude elevada (< 20°), em relação ao último estudo epidemiológico no Japão realizado por Ohtsuka et al.26.. Ademais, 35% dos sujeitos apresentaram um escoliose menor que 10º, ou seja, um desvio de no máximo uma franja na EFM.

O rastreamento de desvios posturais em escolares é um grande desafio no Brasil, já que poucos são os programas de saúde nas escolas que tem como escopo a avaliação e acompanhamento das escolioses. Baseado nesta premissa, há apenas programas de estudo de prevalência. Souza Junior et al 27 avaliaram a prevalência da escoliose de escolares na cidade de Juazeiro de Norte, Ceará - Brasil. De um universo de 2.432 alunos matriculados na rede publica foram selecionadas aleatoriamente 670 alunos entre 11 e 19 anos. Como na metodologia foram utilizados apenas a observação da gibosidade no dorso durante a flexão anterior do tronco e a assimetria dos ombros e pelve. Os resultados apontaram uma prevalência de 8,8% com desvio da coluna, principalmente tóraco-lombar. Ressaltamos que neste estudo não houve uma quantificação do grau de desvio e como as escoliose de baixo valor angular , menor que 10o , são imperceptíveis a olho nu, provavelmente houveram casos negativos subestimados. Tal fato corrobora como os nossos resultados com uma alta prevalência de escolioses 94,4% e também como os dados de Ueno et al.20 que encontraram escoliose em mais de 65% em japoneses, sendo que este 35% com baixo valor angular.

A alta prevalência dos nossos resultados pode ser justificada pelo grande poder da EFM na detecção de escolioses na fase inicial de baixo valor angular. Isto pode colocar em discussão a metodologia da maioria dos estudos de prevalência de escolioses já que, segundo Andersen et al28 e Wong et al29 apontaram uma prevalência mundial da escoliose entre 1 e 2%. No Brasil, os dados são similares onde Leal et al30 apontaram de 1 a 4% . Em outro estudo brasileiro, Nery et al.31 apontaram que a prevalência dos desvios laterais da coluna foi de 1,4%.

A maioria dos estudos de prevalência da escoliose detectaram as escolioses acima de 10o e utilizaram o teste de Adams30-31. Além disso, Leal et al30 expuseram os sujeitos ao raio-x. Este pontos reforçam a possibilidade de contribuição da EFM na investigação das escolioses. Especialmente, pela fácil execução, pouca necessidade de expertise para realizar o exame e a não exposição ao raio-x. Referente ao teste de Adams utilizado por Leal et al.30 e Nery et al.31, a gibosidade será detectada em escolioses com valor angular mais alto, o que limita uma intervenção precoce dos profissionais da saúde, pois o que determina o processo escoliótico, independente da causa, é a rotação vertebral. Dentre os métodos disponíveis o mais sensível a este fator é a EFM13.

Referente aos achados (tabelas 1 e 2) confirmaram que o EFM constitui um método rápido, que adicionado ao seu baixo custo operacional (aproximadamente de mil reais - placa, máquina digital de 12 pixels, tripé e lâmpada de 500W) facilita seu emprego nos programas de detecção de escoliose.

Assim, conclui-se que a EFM de confirmou ser um método rápido, com uma média de análise de 3,2 min da captação e análise da fotografia. Foi detectada a escoliose de baixo valor angular em 94,4% da amostra e apenas para uma prevalência de 5,6% de sujeitos sem alterações. O fácil manuseio configura-se como uma excelente característica do método e pode ser aplicado em grandes amostras, em projetos de detecção de escolioses.

 

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Manuscript submitted Out 18 2012
Accepted for publication Dec 28 2013

 

 

Corresponding author: jglsilva@yahoo.com.br