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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282

Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. vol.24 no.1 São Paulo  2014

 

ORIGINAL RESEARCH

 

Influência do uso da rede de descanso no desempenho motor de lactentes nascidos a termo

 

 

Ingrid Fonsêca Damasceno BezerraI; Vanessa Braga TorresI; Johnnatas Mikael LopesII; Marina Pegoraro BaroniIII; Silvana Alves PereiraIII

IFisioterapeuta, concluinte da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Materno-Infantil, Hospital Universitário Ana Bezerra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil
IIFisioterapeuta, Mestre em Saúde Pública, Professor Convidado da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil
IIIDocente do Curso de Graduação de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro)

 

 


RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a influência do uso da rede de descanso sobre o desenvolvimento neuromotor de lactentes nascido a termo aos seis meses de idade.
MÉTODO: Foram incluídos 26 lactentes, nascidos a termo, de parto único e com peso > 2500g, 19 foram inseridos no grupo que faziam uso da rede de descanso e sete foram incluídos no grupo que não faziam uso da rede de descanso. Os 26 lactentes estavam com seis meses de idade quando tiveram seu desenvolvimento neuromotor avaliado por meio da Alberta Infant Neuromotor Scale. Todas as avaliações foram registradas em vídeo-gravações e as performances neuromotoras foram reavaliadas e pontuadas por dois avaliadores capacitados e cegos ao estudo.
RESULTADOS: O desenvolvimento neuromotor dos lactentes que fazem uso da rede apresentou pior escore quando comparado ao desenvolvimento neuromotor dos lactentes que não fazem uso da rede (p < 0,03). Dentre as quatro posturas avaliadas na AIMS a postura em pé foi à única que apresentou diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos (p < 0,01). Na análise de correlação, a idade da mãe apresentou relação negativa (r = -0,42; p < 0,03;) e o valor de Apgar no 1º minuto relação positiva com o desenvolvimento neuromotor (r = 0,49; p < 0,05;).
CONCLUSÃO: Os lactentes que fazem uso da rede de descanso apresentam um desenvolvimento neuromotor mais lento quando comparado ao desenvolvimento de lactentes de mesma idade que não fizeram uso da rede de descanso.

Palavras-chave: desenvolvimento infantil, lactente, fatores de risco, posicionamento do paciente, nascimento a termo.


 

 

INTRODUÇÃO

O ambiente em que o lactente vive pode dar diferentes formatos ou moldar aspectos do seu comportamento neuromotor. É um processo dinâmico, universal e individual, capaz de influenciar e ser influenciado por contextos externos (ambiente físico e social) e internos (próprios do organismo), em dimensões de tempo e espaço1-5. A inserção de um lactente em um ambiente positivo tornar-se-á um facilitador para o desenvolvimento normal possibilitando, assim, a exploração e interação com o meio ao qual está exposto1,6. Quando se encontra diante de um ambiente desfavorável o ritmo de desenvolvimento se torna lento, restringindo, assim, as possibilidades de aprendizado, influenciando negativamente as suas habilidades neuromotoras.

Estudos apontam que a tipologia dos espaços existente nas casas, os tipos de solos, a variedade de brinquedos e objetos, assim como as roupas que usam, a presença de outras pessoas no ambiente e a prática do cuidado materno possam interferir no processo de aquisição dos marcos neuromotores na infância1,6-8. Entretanto, diversos são os fatores que podem colocar em risco o curso normal do desenvolvimento de uma criança6, dentre esses podemos citar o cuidado materno na região do nordeste.

A prática do cuidado materno em certas regiões do nordeste é peculiar e secular quando comparada a outras regiões do Brasil. Peculiar, pois muitas famílias desta região ainda usam a rede de descanso como único recurso para o posicionamento do bebê durante o sono9 enquanto as demais regiões armam as redes apenas como um objeto de decoração9,10.

Secular, pois o uso da rede foi um costume herdado dos indígenas brasileiros. É usada desde a época do descobrimento por colonos agricultores e jesuítas. Já foi usada como meio de transporte para longas viagens, leitos para dormir e também como leitos para carregar defuntos10.

Sua disposição (um retângulo de tecido suspenso pelas duas extremidades) favorece a posição flexora com alinhamento dos membros e da cabeça, contribui para a organização neuromotora e cognitiva, favorece o sistema respiratório, facilita a alimentação, melhora o comportamento, propicia a interação social e, auxilia nas habilidades oral-neuromotoras, visuais e auditivas11-13.

Assim, o objetivo é avaliar a influência do uso da rede de descanso no desenvolvimento neuromotor de lactentes nascidos a termo.

 

MÉTODO

Este estudo transversal foi realizado com lactentes nascidos na Maternidade do Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Hospital Universitário Onofre Lopes (77081/2012 - HUOL/UFRN). Foram estudados lactentes aos seis meses de idade, nascidos a termo; com peso > 2500g; de parto único; com valor de Apgar > cinco no quinto minuto, cujos pais assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Foram excluídos lactentes inseridos em programas de intervenção, que apresentavam algum distúrbio associado como deficiência intelectual, patologias neurológicas, problemas ortopédicos, síndromes genéticas, distúrbios sensoriais (perda auditiva e visual) e más formações congênitas.

Foi realizada uma análise retrospectiva dos prontuários dos lactentes nascidos entre setembro/2011 a fevereiro/2012 para seleção dos critérios de inclusão. Nesta fase foram analisados 180 prontuários e 95 foram selecionados. Através desses prontuários foram colhidos dados como: dia e tipo do parto, índice de Apgar, perímetro cefálico, peso ao nascer e comprimento do lactente; além de dados relativos à mãe (idade da mãe, estado civil e ocupação) e dados obstétricos (idade gestacional, paridade, intercorrências durante a gestação).

Posterior à análise de prontuário e aproximadamente seis meses após a data de nascimento foi realizado um contato prévio com os responsáveis do lactente através do telefone e/ou visita domiciliar, para orientações quanto a sua participação na pesquisa e agendamento da avaliação do desempenho neuromotor. O agendamento foi realizado pela própria pesquisadora em horário combinado de acordo com a rotina da mãe e do lactente.

Para a avaliação da aquisição de habilidades neuromotoras foi empregada a escala Alberta Infant Neuromotor Scale (AIMS) elaborada por Piper e Darrah14. A AIMS é composta por 58 itens agrupados em quatro subescalas que descrevem o desenvolvimento da movimentação espontânea e de habilidades neuromotoras, essas subescalas são determinadas pelas quatro posições básicas: prono, supino, sentado e em pé1,7,15-19.

Em cada item das subescalas, estão incluídas as descrições detalhadas do suporte de peso, postura e movimentos antigravitacionais observados em cada posição. Ao término da avaliação, foi creditado um escore total (0-60 pontos), e um escore de percentis, variando de 5 a 90%. Para determinar a pontuação final do bebê, foram calculadas as pontuações em cada subescala. O percentil apresentado com a somatória das quatro subescalas classifica o desempenho neuromotor em: normal/esperado, percentil superior a 25% na curva percentílica; suspeito, entre 25% e 5% e anormal, percentil abaixo de 5%5,17,20. Após a avaliação a mãe e/ou responsável respondeu a um questionário fechado sobre informações referente ao modo como o lactente dorme e tipo de alimentação.

Uma única examinadora capacitada para utilização da escala avaliou todos os lactentes. As avaliações foram registradas em vídeo-gravações e as performances neuromotoras foram reavaliadas e pontuadas por dois avaliadores capacitados e cegos ao estudo. Os dois observadores inclusos no estudo não tinham conhecimento das informações clínicas dos bebês e nenhuma informação da análise foi discutida entre eles. Foi realizado um teste de concordância entre os dois escores de avaliação e por não existir diferença estatística entre as frequências (p > 0,05, Chi-Square Test) os resultados pontuados pelo observador numero 01 foi usado como referencia na análise estatística dos dados.

Os dados coletados foram arquivados no Statistical Package for Social Sciencies for Personal Computer (SPSS-PC) versão 17 e agrupados de acordo com as variáveis estudadas. Utilizou-se o teste Shapiro Wilk para análise da normalidade, teste t de Student e teste de Mann Withney para comparação entre médias, teste do X2 para comparação de frequências e Teste de Pearson para análise de correlação. Adotamos um nível de significância á d" 0.05 e consideramos como hipótese nula que o uso da rede não influencia o desenvolvimento neuromotor do lactente nascido a termo.

 

RESULTADOS

Dos 95 lactentes previamente selecionados 26 foram avaliados aos seis meses de idade (média 6,3m ± 1 dia) e inclusos nesta pesquisa (69 não foram localizados via telefone e/ou visita prévia).

Dos 26 lactentes inclusos na pesquisa, 19 faziam uso da rede de descanso e foram incluídos no grupo que "fazem uso de rede" e sete não faziam uso da rede de descanso e foram incluídos no grupo "não fazem uso de rede". A Tabela 1 apresenta a caracterização dos grupos e a homogeneidade entre eles (p > 0,05).

Considerando que quanto maior o escore em cada postura melhor o desempenho neuro-motor, a média dos escores alcançados em cada uma das quatro posturas avaliadas na AIMS foi comparado nos dois grupos estudados. Nesta análise observamos que os lactentes que fazem uso da rede apresentam menores valores quando comparados com os lactentes do grupo que não faz uso da rede e a postura em pé foi estatisticamente significante entre os grupos estudados (p < 0,01). A tabela 02 apresenta o resultado desta análise.

Na AIMS o percentil apresentado com a somatória das quatro subescalas classifica o desempenho neuromotor em três categorias: esperado, suspeito e anormal. Neste contexto, nenhum lactente, entre os dois grupos avaliados apresentou desenvolvimento neuromotor anormal (percentil abaixo de 5%) e 21% dos lactentes que fazem uso da rede apresentaram o percentil entre 25 a 5% e foram classificados como desenvolvimento suspeito para a idade. Nesta análise o grupo que faz uso da rede apresentou pior valor quando comparado com o grupo que não faz uso da rede de descanso (p d" 0,03). O percentil médio da nossa amostra foi de 28,30 (26,46 no grupo que faz uso da rede e 30,14 no grupo que não faz uso da rede). A figura 01 apresenta a média dos escores alcançados por grupo.

Na análise de correlação a idade gestacional, peso de nascimento, perímetro cefálico, centímetros ao nascimento, aleitamento materno exclusivo até seis meses de idade (AME) e o valor de Apgar no 5º minuto não apresentaram correlação com o desenvolvimento neuromotor, as únicas variáveis que mostraram correlação foram: idade da mãe (r = - 0,42; p < 0,03) e valor de Apgar no 1º minuto (r = 0,49; p < 0,05).

 

DISCUSSÃO

Observou-se nesse estudo que os lactentes que fazem uso da rede apresentam o desenvolvimento neuromotor mais lento quando comparado ao desenvolvimento neuromotor de lactentes de condições biológicas semelhantes que não fazem uso da rede. Os resultados demonstraram que 21% desses lactentes são classificados como desenvolvimento neuromotor "suspeitos" e nenhum lactente, entre os dois grupos avaliados, apresentou desenvolvimento neuromotor anormal, quando avaliados pela AIMS.

Os estudos de Saccani e Valentini21; Lopes et al22 e Campos et al23, corroboram os resultados descritos nesse estudo. Os autores acreditam que a aquisição dessas habilidades neuromotoras acontece em ritmo não uniforme, não é universal e sofre alterações culturais mostrando que as aquisições neuromotoras para a maioria das tarefas se dão de forma lenta21-23.

A hipótese levantada com os resultados do nosso estudo é que o posicionamento na rede adota a postura supina e limita a variação de postura durante o descanso, essa característica pode ter influenciado a velocidade do desenvolvimento neuromotor desses lactentes.

O estudo de Davis et al24, Dewey, Fleming e Golding24 e Majnemer e Barr26 tinham o objetivo de avaliar o desenvolvimento neuromotor de crianças em diferentes posições ao dormir, e afirmam que a postura supina foi associada a um atraso na aquisição de alguns marcos neuromotores como rolar, arrastar, engatinhar e ficar em pé, quando comparada à posição prona24-26. A posição que a criança é colocada para dormir está relacionada com posições adotadas quando acordadas, crianças que dormem em supino preferem permanecer nesta postura quando acordada24-26. A postura supina oferece ao lactente pouca oportunidade de aprender tarefas que necessitem de um esforço contra a gravidade, não favorece a adoção de algumas posturas, como o sentar e o ficar em pé.

As interações existentes entre os diversos fatores, tanto de risco como os de proteção, que possam influenciar de forma mais marcante o desenvolvimento infantil, devem ser avaliados em conjunto e não de forma isolada. Nesta perspectiva foi correlacionado todas as variáveis do estudo com o desenvolvimento neuromotor e os resultados apresentados demonstram que a idade da mãe influencia negativamente o desenvolvimento neuromotor enquanto, o valor de Apgar no primeiro minuto influencia positivamente.

As condições de vitalidade do recém-nascido são avaliadas pelo escore de Apgar ao nascer, representando um importante indicador biológico para a vigilância do desenvolvimento neuromotor. Dessa forma, lactentes com nota de Apgar baixa apresentam maiores chances de apresentar atraso no desenvolvimento neuromotor4, 27, corroborando com os achados desse estudo.

Os lactentes avaliados não apresentavam risco biológico, todos nasceram com mais de 37 semanas e peso de nascimento > 2500 gramas. De acordo com Souza e Magalhães28, os fatores biológicos têm grande influência sobre o desenvolvimento no primeiro ano de vida.

Zajonz et al7 mostram que a amamentação também pode configurar-se como um possível fator para o bom desenvolvimento. Os autores concluem que o período de amamentação proporciona uma aproximação diária com o corpo materno, que funciona como um facilitador do desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança. Essa aproximação promove, ainda, contato físico com a mãe, tornando-se uma fonte rica de estímulos, levando a uma maior estimulação neuromotora, o que desencadeia respostas adequadas para essas crianças7. Em nosso estudo verificou-se que 73% dos lactentes foram amamentados exclusivamente até os seis meses e esta variável não apresentou correlação com o desenvolvimento.

Outro dado relevante a ser discutido nesse estudo refere-se às dificuldades em incluir lactentes que não fazem uso da rede de dormir. O uso da rede é um elemento presente e indispensável na vida dos nordestinos, principalmente, nas áreas mais pobres da região Nordeste como a região do agreste potiguar 9,10. Atualmente o seu uso tem se estendido para as Unidades de Terapia Intensiva Neonatal 12,13. Entretanto, não foi possível encontrar artigos que correlacionasse o uso da rede nas Unidades de Terapia Intensiva e o desenvolvimento desses recém-nascidos. Os estudos direcionam seu uso as variáveis comportamentais e não fazem qualquer referencia as variáveis neuromotoras e/ou neurológicas11-13. A literatura ainda é escassa quando o assunto é desenvolvimento neuromotor, avaliação postural e uso de rede em crianças saudáveis, embora o seu uso seja frequente nessa região.

Além da limitação do número amostral no grupo que não faz uso da rede também acreditamos essencial um estudo longitudinal das crianças que fazem uso da rede, a qualidade da marcha e a avaliação postural devem ser investigadas em diferentes idades, pois o desenvolvimento típico é marcado pela não linearidade, existindo períodos de poucas aquisições neuromotoras e outros momentos marcados por mudanças comportamentais 21,29, conhecidos como período de quiescência.

Assim, os lactentes que fazem uso da rede de descanso apresentam um desenvolvimento neuromotor mais lento quando comparado ao desenvolvimento de lactentes de mesma idade que não fizeram uso da rede de descanso.

 

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Manuscript submitted Aug 01 2013
Accepted for publication Dec 28 2013

 

 

4Docente Adjunto do Curso de Fisioterapia e da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - FACISA/UFRN, Brasil.
Corresponding author: apsilvana@gmail.com