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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282

Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. vol.24 no.2 São Paulo  2014

 

ORIGINAL RESEARCH

 

Práticas alimentares no primeiro ano de vida

 

 

Luciana Galve AlleoI; Sonia Buongermino de SouzaII; Sophia Cornbluth SzarfarcII

INutricionista, Mestre em ciências pelo programa de pós - graduação em nutrição em saúde pública da faculdade de saúde pública, Universidade de São Paulo (USP) Brasil
IIProfessor Associado - Departamento de Nutrição, Faculdade de Saúde Pública - USP

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: A alimentação é especialmente importante no primeiro ano de vida quando ocorre o desmame progressivo e compete à alimentação complementar suprir as necessidades nutricionais da criança a fim de garantir o crescimento e desenvolvimento.
OBJETIVO: Descrever a prática alimentar em crianças no primeiro ano de vida.
MÉTODO: Estudo transversal, com aplicação de questionário sobre a prática alimentar da criança. A amostra foi constituída de 122 crianças com idade até 365 dias divididas em 2 grupos: com até 3 meses completos de idade (34 crianças) e o grupo 2 foi formado por 88 crianças de 4 a 12 meses.
RESULTADOS: Entre as crianças do grupo 1, apenas 35,29% estavam em aleitamento materno exclusivo porém 95,9% da população de estudo referiu ter sido amamentada e 55,68% das crianças do grupo 2 ainda tomam leite materno. Dentre os alimentos já introduzidos na alimentação das crianças do grupo 2, obteve-se: 83% para frutas, 69% legumes, 52,27% caldo de carnes, 58% de carnes (bovina e frango), 76% caldo de feijão, 42% feijão, 59% arroz/macarrão, 78% batata, 22,72% gema de ovo,16% ovo inteiro e 61% pão e bolacha. Verificou-se ausência de referência a verduras entre 52,27% da população, 73,86% não introduziram peixe e 75% o fígado.
CONCLUSÃO: As práticas alimentares das crianças que participaram do estudo incluem grande diversidade de alimentos, porém houve baixa proporção de aleitamento materno exclusivo, em consequência da introdução precoce da alimentação complementar. Foi verificado baixo consumo de alguns alimentos como verduras e fígado.

Palavras-chave: amamentação, primeiro ano de vida, alimentação infantil.


 

 

INTRODUÇÃO

A alimentação adequada no primeiro ano de vida segundo a Organização Mundial da Saúde consiste na prática do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e a partir deste período a criança deve iniciar a alimentação complementar e continuar recebendo o leite materno até os dois anos de idade1.

A alimentação insuficiente e/ou inadequada é reconhecida como o principal fator determinante da desnutrição infantil. A alimentação adequada é fundamental, principalmente durante a infância, como premissa de garantir o crescimento e o desenvolvimento adequado da criança. A prática de uma dieta balanceada e hábitos alimentares saudáveis desde a infância proporcionam níveis ideais de saúde e favorecem o desenvolvimento físico e intelectual, reduzindo o risco dos transtornos causados pelas deficiências nutricionais comuns neste estágio de desenvolvimento e evitando a manifestação da obesidade2-5.

A combinação do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e as práticas alimentares saudáveis durante a alimentação complementar, com a introdução dos grupos alimentares de uma forma global, diminuem significativamente a mortalidade infantil nesse período, além de fornecer um aporte adequado de nutrientes para a criança3,6.

Para que as condutas estabelecidas pela OMS sejam seguidas corretamente, o governo brasileiro estabeleceu os dez passos para uma alimentação saudável no "Guia alimentar para crianças menores de dois anos", direcionado aos profissionais da atenção básica de saúde para auxiliar na orientação às mães nesta fase tão importante da vida. O guia reforça todas as condutas supramencionadas referentes ao aleitamento materno exclusivo e às etapas da alimentação complementar, além de fornecer orientações de higienização e conservação de alimentos4.

Evidências acumuladas nos últimos anos de que um sistema de saúde baseado na atenção primária alcança melhores resultados à saúde das populações juntamente com a atenção individualizada fez com que fosse implantado e esteja em fase de implementação o Programa Saúde da Família, atualmente chamado Estratégia da Saúde da Família (ESF). Este programa, criado em 1993, traz uma proposta para a reestruturação do sistema de saúde no País, organizando a atenção primária e substituindo os modelos tradicionais existentes, centrados na vigilância à doença. Atualmente, o programa ESF está consolidado como primeiro nível de atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), com ampliação do acesso, qualificação e reorientação das práticas das ações e serviços o mais próximo possível de cada família brasileira7.

Assim, o objetivo é descrever a prática alimentar em crianças no primeiro ano de vida.

 

MÉTODO

Trata-se de estudo transversal, com aplicação de questionário qualitativo sobre a prática alimentar da criança, além da obtenção de informações para caracterização da amostra estudada.

A amostra foi constituída de 122 crianças que frequentaram as Unidades Básicas de Saúde do Município de Santa Isabel do Estado de São Paulo em consultas de puericultura, durante o período de 25 de Julho a 13 de Setembro de 2012.

Com o objetivo de testar os questionários de consumo alimentar e de avaliação de fatores socioeconômicos e demográficos, o estudo foi precedido pela sua aplicação, em um estudo piloto realizado no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Todas as crianças que participaram do estudo tinham idade até 365 dias e foram divididas em 2 grupos: o grupo 1 com 34 crianças até 3 meses completos de idade e o grupo 2 formado por 88 crianças de 4 a 12 meses.

Em relação à prática alimentar no primeiro ano de vida da criança, foi verificada a ingestão de tipos de leite segundo a idade, desde o nascimento até os 11 meses e 30 dias. Foi verificado também o consumo de outros alimentos que caracterizam a alimentação complementar destas crianças.

Os resultados são descritivos e apresentados em números e proporções. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (COEP) da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, (protocolo no 2340).

 

RESULTADOS

Das práticas alimentares em crianças no primeiro ano de vida, do total de questionários, 114 foram inseridos na plotação dos resultados referentes à renda. A maior parte das mães (71,4%) possuem 9 anos ou mais de escolaridade.

Frutas costumam ser o primeiro alimento não lácteo da alimentação, mas o leite de vaca é frequentemente o alimento de escolha para o desmame. Como pode ser observado, 70% das crianças têm o leite de vaca na sua alimentação, e junto com ele os espessantes e/ou açúcares. Entre o grupo de 122 crianças, 104 (85,3%) já haviam iniciado a alimentação complementar.

Entre as crianças do grupo 1, apenas 35,29% estavam em aleitamento materno exclusivo porém 95,9% da população de estudo referiram ter sido amamentada e 55,68% das crianças do grupo 2 ainda tomavam leite materno.

 

Figura 1

 

 

Tabela 3

 

DISCUSSÃO

De forma diferente do que ocorre entre mulheres brasileiras especialmente aquelas atendidas nas UBS, à maioria (71%) das mães completaram e/ou ultrapassaram o primeiro grau escolar. Por sua vez cerca de dois terços dessas mães não trabalham. Destaca-se, ainda, o grande número de famílias em que o chefe não é o pai ou a mãe, podendo ser os avós ou até mesmo a ocorrência de compartilhamento entre parentes na sustentação da residência 8,9.

Em relação ao aleitamento materno a tabela 2 mostra que a população estudada em Santa Isabel está longe de atender as recomendações da OMS quanto ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês, pois mesmo entre as 34 crianças menores de quatro meses, o aleitamento materno exclusivo aparece em pequena proporção.

Estudos do mesmo segmento mostram que o aleitamento materno exclusivo garante o crescimento adequado no primeiro semestre de vida e que aparentes alterações no crescimento de crianças neste contexto devem ser avaliadas com cautela, no intuito de evitar a introdução desnecessária de alimentação complementar10.

São diversas as pesquisas em diferentes localidades do Brasil que evidenciaram que o aleitamento materno exclusivo é mantido por tempo insuficiente, dada a introdução precoce da alimentação complementar11-15.

A partir dessas observações alguns autores destacam assim como nesta pesquisa, a importância da orientação alimentar/nutricional e a necessidade das equipes das ESF e UBS reforçarem nessas orientações as recomendações estabelecidas pela OMS e o MS13,15-17.

Embora atualmente a alimentação seja orientada para conter todos os grupos de alimentos, incentivando que a alimentação familiar seja oferecida à criança desde o início da introdução da alimentação complementar, com mudança exclusivamente na textura, nota-se que a forma tradicional de introdução de alimentos se mantém. Frutas e legumes aparecem como os alimentos mais frequentes, seguidos de caldo de feijão e carnes.

Há que se referir também que, embora todos os grupos estejam presentes no final do período estudado, a quantidade fornecida de cada um deles é diferente. Carnes, pão e biscoitos são oferecidos em pequena quantidade. Também, verificou-se a quase ausência de variedade nas carnes, que ficam restritas à bovina e de frango.

O caldo de feijão, oferecido já na mais tenra infância, não contém a quantidade de nutrientes do grão que é fonte de ferro e de proteína. O uso exclusivo do caldo de feijão na alimentação infantil é um hábito nacional como já evidenciado em um estudo semelhante onde encontraram entre 70,4% de crianças de 6 a 12 meses a ausência do grão na dieta habitual18.

A ingestão de verduras, fígado e peixe é pouco frequente na alimentação infantil, o que pode comprometer o fornecimento de fibras e de alguns micronutrientes. Uma alimentação saudável deve incluir alimentos diversificados e em quantidade suficiente para garantir o aporte de todos os macros e micronutrientes necessários. Alguns estudos apontam, assim como este que as crianças nesta faixa etária consomem quantidades insuficientes para suprir as recomendações nutricionais15.

Conhecendo as recomendações nutricionais e as práticas alimentares adequadas, pode-se inferir que tanto os alimentos fontes naturais de ferro - carnes e grãos de feijão - como os alimentos fortificados com o mineral - pão, angu, biscoitos e outros preparados com farinhas de trigo e de milho - são ingeridos em pequena quantidade. Acresce a isso que, entre os lactentes, o leite ocupa um espaço bastante importante no fornecimento de calorias e os alimentos ricos em ferro acabam sendo consumidos de forma insuficiente.

O expressivo aumento da ingestão de alimentos industrializados, ricos em gorduras, açúcar, e pobres em nutrientes específicos, aumenta o risco de sobrepeso e obesidade, que vem ocorrendo com frequência cada vez maior no Brasil em decorrência da transição nutricional. Possivelmente, o sobrepeso e a obesidade infantil estão relacionados com a introdução antecipada da alimentação complementar associada ao desmame precoce19,20.

Um estudo semelhante14 avaliou as práticas e o consumo alimentar de lactentes saudáveis de três metrópoles brasileiras e destacaram elevado percentual de crianças no primeiro ano de vida que já utilizavam o leite de vaca integral na sua alimentação. Existem evidências em estudos que demonstram que essa prática alimentar aumenta duas vezes o risco de obesidade quando comparado com as crianças que se mantém em aleitamento materno como único alimento lácteo21, 22.

Assim, foi possível perceber baixa adesão ao aleitamento materno exclusivo no primeiro semestre de vida em consequência da introdução precoce da alimentação complementar, baixo consumo de verduras e pouco consumo de alimentos fontes naturais e fortificados com ferro.

Esta pesquisa evidencia a necessidade de programas com atividades de educação nutricional, orientados por profissionais qualificados, voltados para as mães que frequentam as unidades básicas de saúde desde a gestação até os dois anos de vida da criança.

Uma pesquisa recente avaliou a efetividade da orientação nutricional de lactentes em fase de introdução da alimentação complementar e verificou a associação das práticas alimentares com idade e escolaridade materna. Os autores não observaram relação entre a presença dos grupos alimentares na alimentação habitual com a idade e a escolaridade materna23. Um segundo estudo realizado em Feira de Santana na Bahia também não mostrou associação entre o nível de escolaridade das mães e a introdução da refeição da família na alimentação de crianças até quatro meses24. A orientação nutricional ao longo do tempo se mostrou efetiva, resultando na melhora qualitativa da alimentação complementar, independentemente dos fatores idade e escolaridade materna. O que reforça a importância da orientação alimentar nesta fase tão importante da vida 23.

A baixa renda também pode ser considerada uma limitação encontrada no presente estudo, pois ela pode ser considerada uma variável que dificulta para que a população tenha uma dieta com maior diversidade de alimentos principalmente frutas, verduras e legumes.

A influência da renda e preços dos alimentos em relação à participação de frutas, legumes e verduras no consumo alimentar das famílias foi analisada em uma pesquisa publicada em 2007. Os dados utilizados tiveram como base a Pesquisa de Orçamentos Familiares da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas de 1998/99, no Município de São Paulo. Concluiu-se que uma redução no preço de frutas, legumes e verduras, passível de ser obtida por meio de políticas públicas, poderia aumentar a participação desses alimentos na dieta das famílias do município de São Paulo. O mesmo possivelmente está ocorrendo em Santa Isabel, pois, como visto anteriormente (Tabela 1), a maior parte da população vive com um a dois salários mínimos e, certamente, a baixa renda é responsável pela restrição no consumo de frutas, verduras e legumes25.

 

 

Em conclusão, as práticas alimentares das crianças incluem uma alimentação diversificada de alimentos, porém com baixa proporção de aleitamento materno exclusivo em consequência da introdução precoce da alimentação complementar e baixo consumo de alimentos como verduras e fígado, que são alimentos fontes de ferro.

Agradecimentos:

Agradecemos a assistência financeira concedida pelo CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

 

REFERÊNCIAS

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Manuscript submitted Oct 08 2013
Accepted for publication Feb 22 2014

 

 

Artigo baseado na dissertação de mestrado de Luciana Galve Alleo com o título "Prevalência de anemia e relação entre a concentração de hemoglobina em mães e crianças atendidas nas Unidades Básicas de Saúde de Santa Isabel" defendida em Setembro de 2013. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-25092013-155119/en.php.
Corresponding author: luciana.alleo@usp.br