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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282

Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. vol.25 no.1 São Paulo  2015

http://dx.doi.org/10.7322/JHGD.96800 

ORIGINAL RESEARCH

 

Crescimento somático de crianças e adolescentes brasileiros com Síndrome de Down

 

 

Fábia FreireI, II; Regina Alves ThonII; Leonardo Trevisan CostaIII; Edison DuarteIV; José Irineu GorlaIV

IDoutoranda em Atividade Física Adaptada - UNICAMP
IIProfa. Ma. da Universidade Paranaense. Rua Santos Dumont, 2171 - Centro. CEP: 85903-170 - Toledo, Pr - Brasil
IIIProf. Ms. do Centro Universitário de Votuporanga. Rua Pernambuco, 4196 - Centro. CEP: - 15500-006 - Votuporanga, SP - Brasil
IVProf. Dr. do Departamento de Estudos de Atividade Física Adaptada da Universidade Estadual de Campinas. Érico Veríssimo, 701 - Cidade Universitária. CEP: 13083-581 - Campinas, SP - Brasil

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: o crescimento é importante indicador de saúde em crianças de modo geral, entretanto, são raras as investigações desta variável em pessoas com Síndrome de Down no Brasil
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi investigar o crescimento somático de crianças e adolescentes com Síndrome de Down brasileiras
MÉTODO: trata-se de um estudo descritivo e transversal. A amostra foi composta por 68 crianças, sendo 37 meninos e 31 meninas com Síndrome de Down de 9 a 11 anos, para tal foram aferidas as medidas antropométricas: massa corporal, estatura e pregas cutâneas. Foram excluídas do estudo crianças com mosaicismo e doenças cardíacas severas. A análise dos dados foi realizada por meio do pacote estatístico SPSS 17.0, com índice de significância adotado de p < 0,05
RESULTADO: identificou-se um acréscimo na massa corporal, na estatura e no IMC de acordo com avanço da faixa etária para ambos os gêneros, sendo que os meninos obtiveram maiores médias nos valores referentes à estatura quando comparados às meninas, entretanto, aos 11 anos, ocorreu uma ligeira inversão dos dados, pois meninas tiveram médias de estatura superiores. Em relação à massa corporal, houve diferença significativa para o sexo masculino aos 9 e 11 anos
CONCLUSÃO: desse modo, pode-se inferir, em nossa amostra, que os meninos são mais altos do que as meninas com uma ligeira inversão aos 11 anos e verifica-se que, em crianças com crescimento típico, estas se comportam de forma semelhante às crianças com SD. Foram observadas diferenças significativas em ambos os sexos para as variáveis: massa corporal e estatura. Entretanto, não se observaram diferenças significativas em relação às medidas de pregas cutâneas SE e TR e IMC

Palavras-chave: crescimento, síndrome de Down, estatura, massa corporal e pregas cutâneas.


 

 

INTRODUÇÃO

A síndrome de Down (SD) é a mais comum anomalia genética resultante de um cromossomo extra no par 21 identificada por John London Down em 18661. A literatura indica que este distúrbio acarreta alterações no desenvolvimento, manifestando as seguintes características: doença cardíaca congênita, problemas de audição e visão, instabilidade atlanto-axial, distúrbios da tireoide, obesidade, hipotonia muscular, entre outros2,3. Bem como a ocorrência de alterações nas funções visuais e motoras são frequentes nesta população2.

O crescimento físico caracteriza-se pelo somatório de fenômenos celulares, biológicos, bioquímicos e morfológicos, cuja interação é efetuada por um plano pré-determinado geneticamente e influenciado pelo meio ambiente4,5. O crescimento físico é considerado uma importante variável de estudo e os principais órgãos internacionais de saúde preconizam o acompanhamento do crescimento físico como atividade de rotina na atenção à criançal6.

O método mais utilizado em avaliações do crescimento são as curvas de crescimento7 e, foram elaboradas para diversos grupos étnicos e populações específicas, dentre elas, crianças e adolescentes com Síndrome de Down (SD)8. Curvas de crescimento para crianças e adolescentes com SD americanas foram as primeiras a serem elaboradas, tornando-se um dos referenciais adotados mundialmente para monitorar e acompanhar o crescimento físico de pessoas com SD9.

Tendo em vista que o crescimento é um dos mais importantes indicadores de saúde da criança, após a publicação do estudo americano, outras investigações com o objetivo de elaborar curvas de crescimento para crianças e adolescentes com SD em diferentes países foram realizados, entre eles: Suécia, Japão, Reino Unido, República da Irlanda, Sicilia, Holanda, Egito, entre outros10.

No Brasil, um estudo elaborou curvas pôndero-estatural de crianças com SD da região urbana da cidade de São Paulo. Considerada a primeira curva de crescimento da população brasileira com SD, entretanto, a faixa etária utilizada limitou-se de 0 a 8 anos de idade11.

Dessa forma, para monitorar o crescimento físico, na área clínica e de saúde pública, são utilizadas tradicionalmente medidas antropométricas de massa corporal e estatura, as quais apresentam aceitação internacional para detectar a qualidade social, econômica e política do ambiente5,12. Sendo assim, a identificação dessas variáveis fornece subsídios concretos e o estabelecimento de medidas de intervenção adequadas, caso sejam observadas anormalidades ou distúrbios10.

Devido à ausência de referencial teórico referente ao crescimento de crianças com SD brasileiras com idade maior que 8 anos, objetiva-se identificar padrões de crescimento relacionadas à estatura e massa corporal em crianças com SD de 9 a 11 anos de idade.

Considerando a importância e relevância dessa temática e a carência de estudos no contexto brasileiro envolvendo a população com SD, torna este estudo importante no sentido de identificar estas variáveis e tornar mais adequadas as possibilidades de intervenção.

 

MÉTODO

O estudo caracterizou-se como descritivo com caráter transversal. A população final estudada compreendeu 68 crianças com SD, composta por 31 meninas e 37 meninos, com idades entre nove e onze anos de instituições especializadas do município do Estado de São Paulo.

O processo de amostragem se deu por meio da técnica do tipo conveniência, uma vez que, não se conhecia as características da amostra, bem como, pela dificuldade em localizar esta população em específico devido à maioria estarem inclusos na rede regular de ensino. A coleta de dados ocorreu nos anos de 2010 e 2011 com uma amostra total de 85 crianças com perda de 20%. Dados referentes à maturação sexual não foram considerados, uma vez que, estudos apontam que a menarca em meninas com SD apresenta-se em média na faixa etária de 11,5 e 12,5 anos13,14. Os critérios adotados para a exclusão das crianças participantes foram: (a) ter diagnóstico de mosaicismo e/ou translocação; (b) doenças cardíacas severas; (c) diagnóstico de limitação física e (d) não estar presente em uma das etapas da coleta de dados.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNICAMP (Protocolo nº 492/2010). O termo de Consentimento Livre e Esclarecido, de acordo com a Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde foi assinada pelos pais ou responsáveis. Para fins de coleta de dados, os pesquisadores solicitaram autorização prévia junto à direção das instituições especializadas.

As medidas foram realizadas por um profissional experiente e sempre na presença dos responsáveis ou por acompanhante da própria instituição. Para obtenção das medidas de massa corporal (kg) foi utilizada uma balança digital Wiso, modelo W801, com precisão de 100g e capacidade de medida de 180 kg e para obtenção da estatura (cm2) um estadiômetro compacto com precisão de 0,1cm da marca Wiso.

As crianças foram avaliadas individualmente, descalças e com o mínimo de vestimenta possível, logo após a pesagem, foi mensurada a altura em posição ortostática, com olhar para o horizonte, calcanhares unidos, cabeça, tronco e nádegas encostados no plano vertical do estadiômetro.

A composição corporal foi obtida por meio da técnica de espessura das pregas cutâneas Tricipital (TR) e Subescapular (SE) para tal, foi utilizado o compasso Harpenden® (Harpenden Instruments, Marsden, UK). Para minimizar possíveis erros, as medidas foram realizadas pelo mesmo avaliador e coletada três vezes em cada ponto do lado direito do corpo, sendo considerado o valor médio15.

Análise dos resultados

Em relação ao tratamento estatístico inicialmente foi feita uma planilha de identificação com os dados dos indivíduos referentes à massa corporal, estatura e pregas cutâneas, posteriormente, foram efetuados os cálculos de IMC, percentual de gordura e elaboração das curvas de crescimento em percentil.

A análise dos dados foi realizada por meio do pacote estatístico SPSS 17.0. Para verificação da normalidade, utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk. Após a confirmação da normalidade dos dados, foram adotados testes descritivos (média e desvio padrão) para comparação entre os grupos etários e foi realizado o teste ANOVA One-Way, seguido de Post Hoc Bonferroni para identificação das variáveis: massa corporal, estatura, IMC, e pregas cutâneas subescapular e tricipital entre as faixas etárias 9, 10 e 11 anos. A significância adotada foi p<0,05.

 

RESULTADOS

Os dados descritivos representados por média e desvio padrão estão apresentados na Tabela 1, demonstrando as características da amostra, por sexo e por idade, entre 9 a 11 anos. Foram encontradas diferenças significativas através do teste ANOVA. As diferenças no grupo feminino foram: massa corporal (kg) (F=3,574, p=0,041) e estatura (F=9,901, p=0,001). Para o grupo masculino foram: massa corporal (kg) (F=3,475, p=0,042) e estatura (F=5,042, p=0,012). Nas variáveis IMC e pregas cutâneas subescapulares e tricipital não foram encontradas diferenças. (Tabela 1)

As curvas de crescimento identificam os valores da estatura em função das idades de 9 a 11 anos em crianças com SD e as comparando em função do sexo (figura 1) representadas por percentil. Observaram- se valores médios maiores dos meninos aos 9 e 10 anos, e, para o sexo feminino, aos 11 anos.

 

 

As curvas de crescimento identificam os valores da massa corporal (Kg) em função da idade de crianças com SD, representadas por valores percentis. Os dados indicam que o gênero masculino apresenta valores médios ligeiramente maiores entre 9 e 10 anos quando comparado ao feminino, sendo que, aos 11 anos, nota-se uma inversão (figura 2).

 

 

As figuras 3 e 4, respectivamente, apresentam as curvas de crescimento do presente estudo com SD em estatura (cm) e massa corporal (Kg) e as compara com o estudo de referência16, em valores percentis.

 

 

 

 

DISCUSSÃO

No que se refere ao crescimento físico de crianças com SD, admite-se que a média de estatura dos indivíduos é reduzida para ambos os sexos em, aproximadamente, de -1.5 a -4 desvios padrão, ou, então, menor que o quinto percentil, sendo que os maiores déficits de crescimento ocorrem nos primeiros anos de vida e durante a fase pubertária10.

Neste estudo, as curvas de crescimento identificaram os valores da estatura entre as idades de 9 a 11 anos em crianças com SD e as comparando em função do gênero (figura 1). Observam-se valores médios maiores dos meninos aos 9 e 10 anos, e, para o sexo feminino, aos 11 anos. A afirmação vai de encontro ao observado nos estudos17 com relação às características individuais referentes à estatura de meninos com crescimento típico, pois se identificou que, nas idades de 09 a 11 anos, existiu uma progressão dos valores no estudo, entretanto, alcançando 12 e 13 anos, observa-se que a estatura e velocidade deixam de evoluir, não diferenciando dos gráficos de crescimento x estatura.

Ao comparar a estatura (cm) representados pela figura 3 do presente estudo com os dados do estudo de referência16, nota-se diferença no percentil (p50) de 7 cm aos 10 anos de idade para o sexo feminino e 2 cm para o sexo masculino.

Após o nascimento, nota-se redução de crescimento, aproximado de 20% entre o 3º e 36º mês de vida para ambos o sexos, 5% entre o 3 e 10 anos para as meninas e 10% para os meninos entre os 3 e 12 anos9.

Assim, a estatura é uma característica individual, podendo seguir canais específicos em gráficos de crescimento18.

Em pessoas com deficiência intelectual leve ou moderada e aquelas sem deficiência, a estatura é similar, entretanto, crianças e adolescentes com SD são amplamente menores, em média, 12 centímetros mais baixas16. Observa-se um consenso na literatura quanto à estatura mais baixa da população com SD quando comparada com a população sem síndrome9,19-22, devido a uma maior prevalência de patologias, como doença celíaca, hipotireoide, doença cardíaca congênita e inadequação nutricional causada por problemas alimentares, entre outros10.

Entretanto, um estudo com a população turca com SD23 não evidenciou diferenças significativas estatisticamente entre os grupos com ou sem patologia cardíaca grave e aqueles indivíduos com hipotireoidismo não tiveram nenhum efeito sobre o crescimento.

Em relação à composição corporal, nota-se, na literatura internacional, que crianças com SD apresentam maior prevalência de sobrepeso e obesidade quando comparadas a população sem SD24,25. Na literatura nacional estudos apontam para valores superiores de sobrepeso e obesidade em jovens com SD26.

As curvas de crescimento identificaram valores da massa corporal (Kg) entre as idades de 9 a 11 anos em crianças com SD. Os dados indicam que o gênero masculino apresenta valores médios ligeiramente maiores entre 9 e 10 anos quando comparado ao feminino, sendo que, aos 11 anos, nota-se uma inversão (figura 2).

A figura 4 das curvas de crescimento do presente estudo com SD indicaram que, na massa corporal (Kg), aos 10 anos, foram observadas diferenças entre os estudos para o sexo feminino, as meninas americanas apresentaram valores maiores em, aproximadamente, 15 kg. Em relação ao sexo masculino, nota-se diferença entre 1 a 3 kg entre ambos. Crianças com SD são, em média, 5 quilos mais pesadas que a população sem síndrome ou deficiência intelectual leve16.

As pregas cutâneas subescapular do sexo feminino atinge valores médios maiores aos 9 anos e o sexo masculino aos 10 e 11 anos. As pregas cutâneas tricipital diferiu nas idades de 9 e 10 anos, e o sexo feminino apresentou médias maiores. Já as pregas cutâneas subescapular para o sexo feminino apresentaram diferenças aos 9 e 11 anos, permanecendo inalterado aos 10 anos e, para o sexo masculino, sem diferenças aos 11 anos. Os resultados das pregas cutâneas tricipital demonstraram diferenças aos 10 e 11 anos para o sexo feminino e em todas as idades para o sexo masculino (Tabela 01).

Estudo realizado27 menciona que as medidas de pregas cutâneas têm uma elevada associação com as medidas de adiposidade, principalmente entre 10 e 15 anos. Na literatura, autores utilizam e recomendam o uso do protocolo de pregas cutâneas utilizando as pregas subescapular e tricipal em crianças de 9 a 12 anos, indicando que essas medidas são confiáveis e eficientes28.

 

CONCLUSÃO

Este estudo reforçam a necessidade da utilização da representação dos dados por meio de curvas de crescimento específicos para crianças com SD, que podem contribuir no monitoramento da saúde, bem como, acompanhar seu estado nutricional e crescimento durante seu desenvolvimento. A identificação dessas variáveis do crescimento em crianças com Síndrome de Down se torna um importante referencial teórico de apoio aos profissionais e pais dessa população.

 

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Manuscript submitted May 18 2014
Accepted for publication Sep 20 2014

 

 

Corresponding author: fabiafreire@uol.com.br