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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282

Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. vol.25 no.2 São Paulo  2015

http://dx.doi.org/10.7322/JHGD.102998 

ORIGINAL RESEARCH
DOI: HTTP://DX.DOI.ORG/10.7322/JHGD.102998

 

A influência do uso do andador infantil no desenvolvimento sensório motor das crianças de escolas de educação infantil

 

 

Pamela Pissolato SchopfI; Christian Caldeira SantosII

IFisioterapeuta, Mestranda em Gerontologia Biomédica - Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
IIProfessor Assistente na Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA, especialista em fisioterapia neurológica, Uruguaiana/RS. O respectivo trabalho foi realizado pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Uruguaiana, Rio Grande do Sul, Brasil

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: A aquisição do desenvolvimento normal infantil está relacionada com as experiências sensóriomotoras vivenciadas em seu primeiro ano de vida. Como recurso de estimular a marcha, os pais acreditam que o andador infantil possa facilitar esta prática
OBJETIVO: Verificar a frequência da utilização do andador infantil por crianças de até 18 meses em duas escolas de educação infantil do município de Uruguaiana-RS
MÉTODO: Partiu-se de uma pesquisa de campo, quantitativa com abordagem exploratória, onde os pais responderam um questionário quanto à utilização ou não do andador
RESULTADOS: O tempo de uso diário influenciado no tempo de aquisição pé (p = 0,005); e não houve associação entre os grupos que usaram ou não usar o andador em comparação com o seu desenvolvimento motor de corrente avaliada por Alberta Infant Motor Scale (p = 0,566)
CONCLUSÃO: Concluímos que o período de aquisição da marcha está no uso diário do andador, que é um fator importante para essa aquisição

Palavras-chave: crianças, desenvolvimento infantil, andador


 

 

INTRODUÇÃO

As aquisições e o incremento dos marcos motores ocorrem com ritmos distintos e instáveis entre um mesmo grupo de indivíduos e se apresenta de forma linear, ocorrendo períodos em que a criança adquire muitas habilidades e outros marcados por platôs comportamentais ressaltando-se grande variabilidade ainda no primeiro ano de vida, requerendo o aprimoramento das habilidades conquistadas com o intuito de sustentar o movimento primário1-3.

As experiências sensório-motoras vivenciadas neste período facilitaram a aquisição e o refinamento desses padrões, e serão enriquecidas pela maturação neurológica, especificidades da tarefa, variabilidade e complexidade do ambiente em que a criança vive3, desta forma seu corpo estará se fortalecendo, treinando equilíbrio e coordenação para realizar a transposição de todas as posturas sequenciais.

O processo de transição de uma postura de quatro apoios para uma postura bípede e posteriormente a aquisição da marcha, passa por um processo evolutivo pré-determinado possibilitando benefícios e uma visão mais ampla do ambiente, além da liberação dos membros superiores para manipulação e exploração de objetos desta forma permitindo a descoberta de um novo ambiente e novas possibilidades4.

O fato de desejar o filho andando sozinho e rápido faz com que muitos pais recorram a estratégias as quais pulam a sequência lógica dos marcos motores; uma das estratégias utilizadas é o uso do andador infantil4-5. Este é definido como uma base com rodas que suporta uma armação rígida que apoia um assento com aberturas para as pernas e geralmente possui uma bandeja plástica6.

Um dos principais pontos positivos da utilização do andador infantil é o fato de servir como facilitador de prática, durante um período em que a criança ainda não possuiria a capacidade de se locomover e explorar o ambiente na postura ortostática4.

Contrastando com essa argumentação pressupostos clínicos admitem que o padrão de marcha possa ser alterado, levando ao deslocamento do centro de gravidade proporcionando o contato errôneo dos pés com o solo; desta forma o alinhamento biomecânico de membros inferiores (MMII) e do corpo é alterado, ocasionando um atraso na aquisição desse marco; além de graves injúrias como lesões cranianas, sendo estas a principal causa de morte e morbidade durante a infância4-7.

Assim, o objetivo é verificar a frequência da utilização do andador infantil por lactentes e a influência deste instrumento sobre o desenvolvimento sensório motor, bem como correlacionar o tempo de permanência diária com a aquisição da marcha independente aos 13 meses.

 

MÉTODO

O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa de campo quantitativa, transversal e descritiva. Onde foram incluídas no estudo 20 crianças com idade entre 12 e 18 meses, as quais eram frequentadoras de duas escolas de educação infantil do município de Uruguaiana. O modo de escolha das escolas foi por aleatorização por meio de sorteio simples dentre as escolas que obtinham a mesma característica. O motivo da escolha foi o fato de estas possuírem crianças suficientes para representar o universo das crianças da cidade para este desfecho que compunha 21 crianças. Assim, foram encaminhadas as diretoras das escolas de educação infantil Lar da Criança: Nossa Senhora de Lourdes e Escola Municipal de Educação Infantil Casinha da Emília, a carta de apresentação e autorização para que as mesmas tivessem conhecimento do trabalho a ser desenvolvido, permitindo ou vetando a realização do mesmo. Após o consentimento da direção, a coleta dos dados foi realizada, por única pesquisadora.

Para ser incluso no estudo, os pais foram convidados a participarem da pesquisa, salientando que nenhum risco físico se aplica ao experimento, no entanto foram avisados que a observação do avaliador poderia apresentar certo constrangimento à criança. Foram excluídas da pesquisa crianças as quais os pais relataram história de deficiência física, lesão encefálica, prematuridade, síndromes e crianças maiores de 18 meses de idade.

Aos que aceitaram participar foi solicitado o preenchimento de um questionário com questões estruturadas e semi-estruturadas na presença da pesquisadora, bem como assinar o termo de consentimento livre e esclarecido.

Os questionários coletados foram separados em dois grupos: Grupo A, crianças que utilizaram o andador infantil, e Grupo B, crianças que não utilizaram. A partir das respostas se verificou a frequência da utilização do andador infantil pelas crianças de 12 a 18 meses, das duas escolas de educação infantil do município.

A influência do andador infantil no estímulo do desenvolvimento sensório motor nestas crianças foi verificada através de uma avaliação motora, onde se utilizou a Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS) que abrange idade entre 0-18 meses. As avaliações das crianças foram realizas na própria escola nos períodos matutinos e vespertinos, após serem deixadas pelos responsáveis no local. Após avaliação dois grupos foram analisados. Os dois grupos sofreram comparação a partir das pontuações obtidas no gráfico de curvas percentílicas, utilizando o Test T de Student.

A AIMS é um instrumento observacional, criado para avaliar a evolução do desenvolvimento motor de recém-nascidos a termo e pré-termo, a partir de 38 semanas de idade gestacional até 18 meses de idade corrigida, quantificando em 58 itens os padrões motores e posturas da criança8-9.

Esses itens são agrupados em quatro sub-escalas, as quais descrevem o desenvolvimento da movimentação espontânea e as habilidades motoras nas posições prona (21 itens), supina (9 itens), sentada (12 itens) e de pé (16 itens), sendo que o examinador observa a presença de suporte do peso, postura e movimentos anti-gravitacionais em cada uma dessas posições.

No momento da avaliação, identificou-se as habilidades motoras atuais no repertório motor da criança, marcando-se a habilidade menos e mais evoluída (janela de desenvolvimento motor); cada item observado recebeu 01 (um) ponto e cada item não observado recebeu escore 0 (zero).

O(s) item(ns) que antecede(m) a janela de desenvolvimento motor receberam 01 ponto cada, pois acredita-se que a criança já incorporou esta(s) habilidade(s) motora(s) previamente.

Os créditos de cada sub-escalas foram somados e partir disso um escore total frente à AIMS (0 - 58 pontos) foi atribuído e convertido em um gráfico de ranking percentílico (Percentil X Idade Cronológica Corrigida).

No final classificou-se a criança de acordo com o desempenho motor: normal/esperado (> 25% da curva percentílica), desempenho motor suspeito (≤ 25 e > 5% da curva) e desempenho motor anormal (≤ 5% da curva)8.

Para se conhecer a correlação entre a marcha independente aos 13 meses e o tempo de permanência diária no andador se fez uso das respostas do questionário respondido pelos pais e foi avaliada por meio do coeficiente de correlação de Pearson, classificando a correlação em perfeita (r = 1), forte (r > 0,75), moderada (r > 0,5), fraca (r < 0,5) e inexistente (r = 0).

As análises foram realizadas utilizando o programa SPSS versão 17.0 para Windows. Estatísticas descritivas e testes de normalidade (Shapiro-Wilk) foram determinados para todas as variáveis. A partir dos resultados foi aplicado o teste de comparação de média como o Test T de Student, com nível de significância de 5% para todos os testes.

O cálculo da amostra foi realizado por meio da equação E/S, na qual E = a diferença clinicamente significativa da variável desfecho e S = corresponde ao des-vio padrão da amostra da mesma variável. Considerando 25% de variação da pontuação da Alberta Infant Motor Scale e considerando um a = 0,05 e p = 0,2, foram necessárias 21 crianças para dar poder a amostra.

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) do Protocolo N° 221.068 de 10/04/2013.

 

RESULTADOS

Um total de 25 questionários foram entregues pelos pais das crianças matriculadas nas duas escolas, sendo que quatro (16%) destes precisaram ser excluídos da pesquisa devido à idade das crianças ultrapassarem os 18 meses e um (4%) devido apresentação de atestado médico de afastamento temporário da escola. Assim para análise estatística dos dados contou-se com um total de vinte crianças (n = 20), sendo dez meninos e dez meninas, subdivididas em grupo A (crianças que utilizaram o andador infantil) e grupo B (crianças que não utilizaram o andador).

Obteve-se uma frequência similar para ambos os grupos, pois 50% dos pais optaram pelo uso do andador infantil com seus filhos e 50% preferiram não utilizá-lo.

Diante da avaliação motora realizada através da AIMS verificou que das 20 crianças, nove apresentaram desenvolvimento normal/esperado para a idade (escores acima do percentil 25), sendo quatro do grupo A e cinco do grupo B, uma criança do grupo B apresentou desenvolvimento suspeito (escore entre 5 - 25), enquanto dez crianças apresentaram atraso motor (escores < 5), com seis pertencentes ao grupo A e quatro ao grupo B o que pode ser observado na figura 1.

 

 

De modo geral, observou-se um número maior de crianças, que apresentavam percentis não adequados para a idade, 11 crianças da amostra obtiveram desempenho motor abaixo do esperado (percentil < 25%), porém não houve associação estatisticamente significativa entre os grupos (p= 0,566) que utilizaram ou não o andador infantil, quanto ao desempenho motor.

O fato da amostra encontrar-se em uma faixa etária em média 486,05 dias ± 60,09 diaspôde haver contribuído para o escore final da AIMS, pois tratar-se de um período de aprimoramento das aquisições motoras conquistadas.

Quando questionado aos pais sobre seu filho se ele adquiriu a marcha independente aos 13 meses de vida, o resultado do universo estudado apresentou 14 respostas afirmativas, contra seis negativas. Na figura 2 observa-se a frequência da idade (meses) em que as crianças desenvolveram tal habilidade.

 

 

Os resultados revelaram que a idade da aquisição da marcha entre os grupos ocorreram com maior prevalência entre os 11 e 13 meses, uma vez que, as crianças pertencentes ao grupo A desenvolveram à marcha em média aos 11,44 meses ± 1,87 meses e as do grupo B em média aos 13,44 meses ± 2,00 meses, havendo diferença significativa entre os grupos (p=0,044). Observa-se também dois casos em que a marcha ainda não foi adquirida, com uma das crianças pertencente ao grupo A, com 13 meses e que utiliza o andador infantil desde os 8 meses, por pelo menos 1 hora diária e a outra também com 13 meses e pertencente ao grupo B. Como relato comum destas mães foi a dificuldade das crianças em adquirirem a postura bípede, enquanto a mãe do Grupo A acrescentou que o seu filho pulou a fase do engatinhar.

Para o grupo A pôde-se observar conforme a figura 3 o tempo de uso diário do dispositivo e o tempo de aquisição da marcha independente, per-cebendo-se significância existente (p = 0,005) entre o período de horas que a criança utilizou o andador diariamente e o tempo que foi necessário para que adquirisse a capacidade de se locomover pelo ambiente sem um dispositivo de apoio ou ajuda de um adulto.

 

 

 

DISCUSSÃO

Os resultados do presente estudo não corroboram com o evidenciado por pesquisas publicadas, que ao entrevistarem pais ou cuidadores de 291 crianças com idade entre 12 e 24 meses, obtiveram como resultado um número elevado de pais (68%) que optaram pelo uso do andador infantil, por acreditarem que ele contribuía para a aquisição da marcha e dava autonomia10.

Enfatiza-se que o andador vem sendo utilizado por um número ainda maior que o evidenciado no estudo, apesar das recomendações contrárias dos profissionais da área da saúde, estima-se que 60 a 90% das crianças com idade entre seis e quinze meses façam seu uso11.

O desenvolvimento motor infantil deve ser considerado como um processo cujas alterações seguem diferentes fases de instabilidade e estabilidade, influenciado pelas experiências motoras e sensoriais e pelo aumento da complexidade neural e biomecânica a ponto da criança se adaptar a diferentes tarefas, num processo em que descubra soluções e adaptações de seus movimentos para suprir determinadas restrições do ambiente, com isso nos primeiros trimestres da vida ocorre uma plasticidade acelerada, onde grandes números de alterações acontecem, em um curto período de tempo, para então atingir um período de adaptação e aprimoramento das aquisições motoras12.

Segundo Darrah et al. os escorres inferiores da AIMS enfatizam a possibilidade de períodos de estabilidade nas aquisições e não se caracterizariam como atraso motor13, uma vez que existe uma certa hierarquia de dificuldades nos itens, possibilitando diferenciar as crianças com maiores capacidades em distintas posturas14.

Lembramos também que cada criança segue uma sequência de marcos motores fixos, porém o seu ritmo de desenvolvimento motor é inerente ao ambiente em que vive as tarefas executadas e a sua genética. Dessa forma leva-se em consideração o fator autonomia e estimulação ambiental, concretizando um sistema de desenvolvimento fixado em vários pontos, os quais vão deste a existência de um espaço para locomoção a objetos que permitam e orientem esta, estimulando o início/aperfeiçoamento da marcha, bem como a livre exploração do meio pela criança.15

Em estudo publicado comparando a utilização do andador infantil com o início da marcha pesquisadores salientam que existe uma probabilidade em média duas vezes maior de ocorrer um atraso nesse marco do desenvolvimento em crianças que utilizam o andador8, entretanto em outro estudo observacional realizado com 12 crianças foi observado que as que utilizaram o andador acabaram desenvolvendo a marcha anteriormente as que não o utilizaram, porém, em contra partida, apresentaram alterações no contato inicial e apoio final do pé, bem como, inclinação do tronco16, não encontrando a estabilidade corporal num período considerado de muitas instabilidades, uma vez que a criança experimenta em seu primeiro ano de vida rápidas e constantes mudanças, que vão desde habilidades locomotoras até as manipulativas mais complexas, caracterizando essa época como um importante período do desenvolvimento motor que se completa em torno dos dois anos17.

No estudo de Angulo-Barroso, Wu e Ulrich18 observaram em seu estudo um atraso na aquisição do engatinhar e da marcha, fato que pode ter sido influenciado pelo uso extremamente precoce do andador infantil, entre os 4 e 6 meses, onde as crianças não apresentam habilidades motoras específicas para manter a postura bípede e também são pequenas para o andador, impedindo que seu pé fique em pleno contato com o solo, utilizando desse modo apenas as pontas dos dedos para se locomover, criando compensações motoras. Neste estudo não se encontrou relação ao fato de ocorrer um atraso na aquisição da marcha, embora as crianças que utilizaram o andador infantil tenham sido expostas ao seu contato precocemente, em média aos 6,77 meses ± 1,56 meses.

Em um estudo irlandês, evidenciou-se que a cada 24 horas que permaneciam em uso do andador infantil, a criança demoraria cerca de 3,3 dias a mais para desenvolver a marcha em contra partida daquelas que não fizeram o uso do equipamento19, porém outro estudo observa que embora o desenvolvimento independente da marcha esteja intimamente ligado ao desenvolvimento motor, o modo como a cultura do grupo familiar lida com o aprimoramento da independência da criança influência fortemente o início precoce ou tardio da marcha.15

Os resultados do estudo realizado em Uruguaiana apoiam os expressos por Garrett M.19, uma vez que o andador acaba por limitar a locomoção da criança no meio, fazendo com que a mesma não aprecie as descobertas do ambiente como aconteceria com crianças que não utilizaram o andador e aprenderam por meio da exploração a conhecer o próprio corpo e limites e descobrir soluções e adaptações aos seus movimentos, dessa formar aprimorando o seu desempenho e progredindo em sua evolução motora sequencial.

Assim entende-se que a idade em que a criança adquire a marcha independente acaba se tornando um indicador de autonomia, a qual pode variar em função da organização sócio-econômi-ca, cultura familiar e dos estímulos ambientais que esta criança venha a receber do universo em que ela esteja incluída, durante a fase de desenvolvimento e aprimoramento motor.

O estudo realizado apresentou limitações importantes quanto ao tamanho da amostra, que ao se apresentar em um número relativamente pequeno, permite considerar os resultados obtidos apenas para a população em questão. Desta forma, novos estudos com base neste problema de pesquisa e englobando uma amostra superior se fazem necessários.

 

CONCLUSÃO

A idade em que a criança adquire a marcha independente acaba se tornando um indicador de autonomia, a qual pode variar em função da organização sócio-econômica e cultura familiar e dos estímulos ambientais que esta criança venha a receber do ambiente em que ela esteja incluída, durante a fase de desenvolvimento e aprimoramento motor. Percebeu-se que os resultados do estudo revelam que a frequência do uso do andador foi semelhante entre os grupos e à aquisição da marcha entre os grupos apresentou diferença significativa. Acredita-se que esta última não foi influenciada pela simples atitude de usar o andador infantil e sim pelo tempo que a criança permaneceu diariamente nele.

 

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Manuscript submitted: mar 22 2014
Accepted for publication: Dec 10 2014

 

 

Corresponding author: pp.schopf@hotmail.com

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