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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282

Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. vol.25 no.2 São Paulo  2015

http://dx.doi.org/10.7322/JHGD.103017 

ORIGINAL RESEARCH

 

Crescimento de lactentes durante o primeiro ano de vida

 

 

Priscila Vitor Alves FerreiraI; Viviane Santos LealI; Marcella Moura Câmara da SilvaI; Adriana de Oliveira MukaiI; Celso Luiz de Sá RodriguesI; Ciro João BertoliI; Viviane Gabriela NascimentoII, III; Claudio LeoneIII

IDepartamento de Biociências, Faculdade de Medicina de Taubaté, Universidade de Taubaté (UNITAU), Taubaté (SP), Brasil
IICurso de Nutrição - Universidade Paulista - (UNIP) - São Paulo (SP), Brasil
IIIDepartamento de Saúde Materno-infantil, Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo, (SP), Brasil

 

 


RESUMO

OBJETIVO: Analisar o perfil do crescimento durante o primeiro ano de vida em lactentes normais e suas relações com o peso e o comprimento ao nascer e com o aleitamento materno
MÉTODO: Estudo de coorte retrospectiva com levantamento de dados de prontuários de 85 crianças que preencheram os critérios de inclusão. Registrou-se com peso e comprimento ao nascer, aos 6 e 12 meses de vida, e o tempo total de aleitamento materno. Os dados de crescimento foram analisados em escores z com base na referência da OMS (2006), utilizando os softwares MedCalc 12.0 e GraphPad Prism 6.0
RESULTADOS: Aos 12 meses de vida 76,5% dos lactentes apresentavam valores de crescimento compatíveis com o referencial da OMS, enquanto os demais estavam em risco de sobrepeso e sobrepeso. Observou-se correlação entre o peso de nascimento e o escore z do Índice de Massa Corporal aos 6 meses (r = 0,26; p= 0,01) e aos 12 meses (r = 0,32; p = 0,002) e também com o escore z do comprimento para idade aos 6 (r = 0,4034; p = 0,0001) e 12 meses (r = 0,3309; p = 0,0020). O comprimento ao nascer também mostrou correlação com o escore z de comprimento aos 6 (r = 0,4829; p < 0,0001) e 12 meses (r = 0,3407; p = 0,0014). A duração do aleitamento materno não evidenciou correlação com os dados antropométricos dos 6 e 12 meses de idade
CONCLUSÃO: O crescimento alcançado durante o primeiro ano foi adequado ou acima do mesmo, sendo influenciado pelas características antropométricas ao nascer, independentemente da duração do aleitamento materno

Palavras-chave: antropometria, crescimento, estado nutricional, aleitamento materno


 

 

INTRODUÇÃO

O crescimento somático é um processo complexo, flexível e, portanto, variável. A avaliação do crescimento, em crianças, é considerada um dos melhores indicadores de saúde e nutrição, refletindo a interação de inúmeros fatores ambientais além dos fatores próprios do indivíduo1,2. Dieta, saúde e estado nutricional da mãe e a ocorrência de infecções, principalmente gastrointestinais, são ditos como principais determinantes deste processo3, no âmbito coletivo, refletindo condições de saúde, higiene e nutrição em determinada população4.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), recomendam o acompanhamento do crescimento rotineiramente, possibilitando assim, inclusive, o diagnóstico precoce de possíveis desvios nutricionais como a desnutrição, o sobrepeso ou a obesidade5.

Esse acompanhamento de crescimento, normalmente, é realizado através de avaliação antropométrica, por medidas de peso e estatura, que é um método simples, não invasivo, de baixo custo, que avalia tamanho, proporções e composição do corpo humano em todas as faixas etárias4. Crianças devem ser avaliadas, se possível, mensalmente no primeiro ano de vida, a cada dois meses no segundo ano, e a cada três meses, no terceiro ano de vida, sendo que essa avaliação deve persistir semestralmente nas idades subsequentes6.

O potencial para o crescimento físico pós-natal é determinado por fatores genéticos (intrínsecos do indivíduo) e fatores extrínsecos, que incluem as condições socioeconômicas e ambientais, a alimentação e a morbidade, alem do peso ao nascer7,8.

Elevado peso de nascimento tem sido associado com um maior risco de desenvolver obesidade9. Já o baixo peso de nascimento, quando a criança acaba evoluindo para obesidade, tem sido associado ao aumento da distribuição central de gordura, à diminuição de tolerância à glicose e ao aparecimento futuro de síndrome metabólica10,11.

O baixo peso de nascimento e a restrição de crescimento intrauterino usualmente são acompanhados por um rápido e intenso "catch-up" de crescimento durante o primeiro ano de vida, sendo o rápido ganho de peso pós-natal, principalmente nos primeiros meses de vida, associado como fator de risco para uma futura obesidade12,13.

Evidências indicam que as taxas de ganho de peso durante os primeiros meses de vida, são determinadas também pelo tipo de alimentação que a criança recebe. Estudos epidemiológicos sugerem que o aleitamento materno pode atuar como fator protetor contra obesidade na infância e adolescência14-19. Nesse sentido a OMS recomenda, para lactentes, que o aleitamento materno exclusivo seja mantido até os seis meses de vida, com introdução subsequente de alimentos complementares associados à manutenção do aleitamento materno20.

A introdução precoce de alimentos sólidos, antes do 4o mês de vida, tem sido associada a um ganho de peso excessivo na infância, podendo ser fator predisponente à adiposidade21-23. Por outro lado, a complementação do leite materno deve ser instituída a partir do sexto mês de vida, pois a partir dessa idade o leite materno como único e exclusivo alimento não mais atende todas as necessidades da criança24.

A prática correta da alimentação complementar é considerada fundamental no combate a desvios do estado nutricional, já que se processa entre os 6 e 24 meses, um período particularmente critico para o crescimento. A partir do sexto mês de vida a OMS recomenda três refeições diárias de alimentos complementares ao aleitamento materno25.

Deste modo, o período de alimentação complementar, que se caracteriza por mudanças fundamentais na alimentação da criança, pode interferir na sua velocidade de crescimento, o que, inclusive a médio e longo prazo, pode vir a ter consequências para o desenvolvimento e a saúde da criança26.

O objetivo do presente estudo foi descrever e analisar o perfil de crescimento durante o primeiro ano de vida de lactentes normais e suas relações com o peso e o comprimento de nascimento, e a duração do aleitamento materno, na cidade de Taubaté, Estado de São Paulo.

 

MÉTODO

Foi realizado um estudo retrospectivo, não randomizado, a partir de uma amostra de conveniência de prontuários de lactentes normais nascidos entre os anos 2010 e 2011 acompanhados no ambulatório de puericultura do Hospital Universitário de Taubaté.

Foram incluídas no estudo crianças saudáveis de 0 a 12 meses de idade, de ambos os sexos, com acompanhamento regular, para que fosse possível obter, a partir dos prontuários, os dados antropométricos de pelo menos três momentos durante o primeiro ano de vida (nascimento, 6 e 12 meses).

Foram coletados dados de peso e comprimento ao nascer. Do período de seguimento ambulatorial no primeiro ano de vida, foram coletados os dados de peso e comprimento, para calculo do Índice de Massa Corpórea (IMC). Também foi registrado o tempo de aleitamento materno total e exclusivo das crianças estudadas.

As crianças que apresentavam doenças crônicas ou doenças específicas do crescimento, extremo baixo peso ao nascimento (<1,500g) e/ou comprimento ao nascer de quatro desvios padrão acima ou abaixo da média, foram excluídos do estudo.

Os dados antropométricos foram transformados em escores z, a partir do referencial da OMS 200627.

Para classificação do estado nutricional foram utilizados os critérios de escore z do IMC (zIMC), propostos em 2009, pelo Ministério da Saúde do Brasil, para menores de 5 anos de idade, que definem como magreza acentuada crianças com zIMC <-3, com magreza zIMC ≥-3 e <-2, com eutrofia zIMC ≥ - 2 e ≥ + 1, em risco de sobrepeso um zIMC ≤ 1 e <2, e sobrepeso zIMC > + 2 > + 3 e com obesidade zIMC > + 328.

Foi utilizado software Microsoft Office Excel, versão 2007, para criação da planilha de dados. O coeficiente de correlação de Pearson (r), e as regressões lineares entre parâmetros antropométricos e o zIMC dos lactentes foram analisados estatisticamente utilizando os programas MedCalc 12.0 e GraphPad Prism 6.0.

 

RESULTADOS

A partir dos prontuários selecionados, 85 crianças preencheram os critérios de inclusão. Destes, 60,0% (n=51) das crianças eram do sexo masculino e 40,0% (n=34) do sexo feminino.

Em relação ao estado nutricional, verificou-se que 1,2% (n = 1) baixo peso, 76,5% (n = 65) apresentavam peso adequado, 15,3% (n=13) risco de sobrepeso, 7,1% (n = 6) sobrepeso. Nenhuma criança foi avaliada como portadora de obesidade (Figura 1.)

 

 

Ao correlacionar os dados de peso ao nascer e zIMC aos 6 meses de vida obteve-se uma correlação positiva significante, com r = 0,2645(IC95% = 0,05447 - 0,4522) e p = 0,0144 (Figura 2). A correlação entre o peso ao nascimento e zIMC aos 12 meses de vida também, foi positiva e significante, com r = 0,3207 (IC95% = 0,1154 - 0,4997) e p = 0,0028. (Figura 3).

 

 

 

 

O peso de nascimento em relação ao escore z do comprimento para a idade aos 6 meses de vida, r = 0,4034 (IC95% = 0,2082 - 0,5677)p = 0,0001, e aos 12 meses com r = 0,3309(IC95% = 0,1267 - 0,5082) p = 0,0020, também,evidenciou correlação positiva significante.

A Figura 4, mostra a correlação entre escore Z de comprimento aos 6 meses de vida em função do comprimento ao nascer, com um r = 0,4829(IC95% = 0,2995 - 0,6319) e p < 0,0001, estatisticamente significante. A Figura 5 mostra a correlação entre o comprimento ao nascimento e o escore Z de comprimento aos 12 meses de vidacom um r = 0,3407 (IC95% = 0,1375 - 0,5163) ep = 0,0014, estatisticamente significante.

 

 

 

 

Não foi encontrada correlação estatística significante para duração do aleitamento materno, considerando os 61 casos que tinham esta informação, com o zIMC e o escore Z de comprimento aos 6 meses e aos 12 meses de vida.

 

DISCUSSÃO

Dos lactentes avaliados 15,3% apresentaram risco de sobrepeso, 7,1% apresentavam sobrepeso e não havia nenhuma criança com obesidade. Dados de peso ao nascer demonstraram que, quanto maior o peso ao nascer maior a tendência de aumento do escore Z do IMC, ou seja, ao sobrepeso, no primeiro ano de vida.

O monitoramento da prevalência dessa condição é um instrumento importante na área materno infantil uma vez que as sequelas decorrentes do nascimento de crianças com peso não adequado e a necessidade de um maior acompanhamento e cuidado a esses indivíduos são evidenciados de forma consistente na literatura29.

Em relação ao comprimento, observou-se que quanto maior o comprimento ao nascer maior será a criança aos 6 e 12 meses de idade, resultado esse concordante com Weng et al27.

O acompanhamento do crescimento somático no lactente é importante para a prevenção de agravos futuros, principalmente a obesidade infantil, hoje um problema importante de saúde pública30.

A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF 2002/ 03)31 demonstrou que 11,9% das crianças de até um ano de vida apresentavam percentil maior ou igual a 90% para o peso em relação à idade, uma alta prevalência de sobrepeso nessa população, o que também foi encontrado no presente estudo.

Não foram encontrados na literatura estudos que fizessem relação entre o peso ao nascer com comprimento para idade em lactentes normais, impedindo a comparação de resultados, que nesse estudo evidenciaram uma correlação positiva significante estatisticamente.

Quanto à relação entre o comprimento ao nascer e o comprimento para idade aos 6 e 12 meses de vida foram obtidas correlações diretas e significantes, resultado concordante com estudos de Westwood et al.28 e de Posada et al32 que afirmam que em condições ideais de vida e de ambiente os fatores genéticos são os que exercem a maior influência no crescimento, como consequência, lactentes que nasceram maiores teriam uma tendência a serem maiores ao longo de seu desenvolvimento, mostrando um crescimento estável no primeiro ano de vida29,32.

Ao relacionar a duração do aleitamento materno tanto com o IMC quanto com o comprimento para idade, não foram encontradas correlações significativas, o que está de acordo com metanálise de 29 estudos que se mostrou inconclusiva quanto ao efeito protetor do aleitamento materno em relação ao excesso de peso infantil; sendo que dos 29 estudos analisados, 14 demonstraram efeito protetor elevado, 9 pequeno efeito protetor, 5 não detectaram efeito protetor e 1 evidenciou efeito reverso33, o que demonstra a necessidade de se realizar novos e mais amplos estudos visando uma melhor compreensão desse possível efeito protetor do aleitamento materno em relação ao excesso de peso e obesidade na infância.

Desse modo é possível concluir que os lactentes com peso ao nascer normal apresentam um crescimento pôndero-estatural adequado, compatível com o referencial da OMS 2006, durante o primeiro ano de vida e que um peso ao nascer maior tende a resultar em um crescimento mais intenso, também ao longo do primeiro ano de vida, com um aumento desproporcionalmente maior do peso em relação ao aumento do comprimento.

Por outro lado, um aleitamento materno mais prolongado não mostrou evidências que o associassem a um melhor crescimento físico da criança como um todo.

 

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Manuscript submitted: dec 29 2014
Accepted for publication: mar 06 2015

 

 

Corresponding author: priscilavaferreira@gmail.com

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