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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.25 no.3 São Paulo  2015

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.106014 

ORIGINAL RESEARCH

 

Controle postural em crianças nascidas a termo segundo a alberta infant motor scale: diferenças entre os sexosreferências

 

 

Raquel SaccaniI; Nadia C. ValentiniII

IPós-Doutoranda em Ciências do Movimento Humano na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Rio Grande do Sul-Brasil. Docente da Universidade de Caxias do Sul (UCS) - Rua Francisco Getúlio Vargas 1130 - Bairro Petrópolis, 95070-560 - Caxias do Sul, Rio Grande do Sul/Brasil
IIPhD. em Health And Human Performance - Auburn University; Alabama - Estados Unidos da América. Docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rua Felizardo, 750 - Jardim Botânico - 90690-200 - Porto Alegre, Rio Grande do Sul/Brasil

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: as aquisições e mudanças no desenvolvimento motor e cognitivo de meninos e meninas não estão relacionadas apenas as diferenças biológicas existentes entre os sexos, mas também a fatores sócio econômicos, culturais e familiares
OBJETIVO: investigar as diferenças entre os sexos nas aquisições posturais antigravitacionais
MÉTODOS: participaram deste estudo, 638 crianças nascidas atermo, de 0 a 18 meses (324 meninos e 314 meninas), residentes no Sul do Brasil, provenientes de Escolas de Educação Infantil. A Alberta Infant Motor Scale (AIMS) foi utilizada para avaliar o desempenho motor
RESULTADOS: a maioria das crianças avaliadas demonstrou desempenho motor normal para idade (69,7%), com desenvolvimento não linear e aparecimento de platôs nas aquisições posturais a partir dos 15 meses. Não foram detectadas diferenças significativas (p > 0,05) entre o desempenho motor de meninos e meninas dos 0 aos 18 meses de idade
CONCLUSÃO: o desenvolvimento motor foi semelhante entre os sexos nos primeiros anos de vida. Entretanto destaca-se que com o passar dos anos as diferenças sócio culturais e de práticas parentais exercem influências sobre o processo de aquisição e desenvolvimento de habilidades motoras, uma vez que, as crianças tem sido sendo expostas a experiências de acordo com as expectativas para cada gênero

Palavras-chave: Desenvolvimento infantil, fatores de risco, sexos, atraso, avaliação.


 

 

INTRODUÇÃO

Inúmeras são as dificuldades no entendimento do desenvolvimento motor das crianças e da complexidade de fatores que envolvem as aquisições comportamentais e as diferenças nas habilidades de meninos e meninas ao longo dos anos. A interpretação adequado dos resultados de avaliações motoras se torna difícil frente à influência de múltiplos fatores no desempenho e diferenças entre os sexos, considerando principalmente, a interferência sócio-cultural1-4 .

Segundo teóricos desenvolvimentistas, os anseios pessoais e expectativas sociais depositadas na criança desde os primeiros meses de vida, podem direcionar seus comportamentos e determinar aquisições diferentes frente ao gênero5,6. Por isso, a formação do indivíduo é influenciada, constantemente, por atitudes e habilidades consideradas apropriadas para meninos e meninas segundo os aspectos sócio culturais e, portanto, as crianças passam a aprender características consideradas adequadas a cada sexo frente a determinações comportamentais para o masculino e feminino 6. Portanto, o bebê cresce e desenvolve recebendo interferência do contexto histórico, social e cultural pré-estabelecido5-7, aprendendo e vivenciando experiências/padrões relacionadas aos gêneros, masculino e feminino6. Diante do exposto, não há dúvidas que as aquisições e mudanças no desempenho não estão relacionadas apenas as diferenças biológicas existentes entre os sexos, mas sim a fatores sócio econômicos, culturais e familiares que tendem a aumentar sua influência com o avançar da idade, hipótese esta que poderia explicar o aumento das disparidades motoras entre os sexos com o passar dos anos7.

As pesquisas para identificar diferenças de desempenho entre meninos e meninas são antigas8, predominando estudos com crianças acima dos 4 anos de idade9,10, sendo poucas as pesquisas de desenvolvimento motor com crianças entre 0 e 2 anos1,4,11. As diferenças no desempenho motor de meninos e meninas em idade escolar estão associadas às oportunidades propiciadas a cada indivíduo12,13, o que também explicaria o fato dessa discrepância não aparecer em crianças abaixo de 2 anos de idade, sugerindo semelhante desenvolvimento motor até essa faixa etária1,14.

Os resultados das diferenças motoras nos primeiros 2 anos de vida são insuficientes e contraditórios, principalmente considerando que muitos estudos não contemplam esta faixa etária desde o nascimento11,15; ou, não incorporam aspectos motores na pesquisa1. Alguns estudos, sugerem semelhanças motoras entre os sexos até os dois anos de idade, porém como resultado secundário a outras investigações1,14, ou em grupos amostrais pequenos16.

Diante do exposto, a presente pesquisa objetivou investigar, especificamente, as diferenças entre os sexos no desenvolvimento motor de meninos e meninas, do nascimento até o caminhar independente, tendo como hipóteses a semelhança no desempenho entre os sexos para todas as faixas etárias investigadas.

 

MÉTODO

Delineamento e Amostra: Pesquisa descritiva e observacional, de abordagem transversal, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS (nº14126). A amostra foi composta por 638 crianças, provenientes de escolas de educação infantil, Unidades básicas de Saúde e Instituições, selecionadas de forma intencional e não-probabilística, durante 3 anos de coletas (2009-2012), a partir da disponibilidade das mesmas e de acordo com os seguintes critério de inclusão: a) idade entre 0 e 18 meses; c) possuir termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos pais ou cuidadores; d) ter sido aplicado integralmente os instrumentos utilizados na pesquisa. Foram excluídas do estudo todas as crianças com: a) prematuridade; b) alterações osteomioarticulares; c) doenças neurológicas; d) participação em projetos de intervenção.

Instrumentos e procedimentos das coletas: O desenvolvimento motor das crianças foi avaliado através da Alberta Infant Motor Scale (AIMS), desenvolvida no Canadá, por Piper e Darrah, em 199417, validado e normatizado para a população brasileira18-20. Este instrumento tem como objetivo avaliar o desenvolvimento de recém nascidos a termo e pré termo, a partir de 38 semanas de idade gestacional até 18 meses de idade corrigida, através de manuseios mínimos, com duração média de vinte minutos. Trata-se de uma avaliação objetiva que verifica a aquisição de novas habilidades motoras no decorrer do desenvolvimento motor até a locomoção independente17,18.

A AIMS possibilita identificar a sequência do desenvolvimento dentro do controle de posturas básicas como o prono, o supino, o sentado e o em pé. É composta por 58 itens, divididos nas quatro posições posturais: 21 itens em prono; 9 itens em supino; 12 na postura sentado e 16 na posição em pé. Avalia em cada um desses itens diferentes aspectos do comportamento motor, tais como, a postura da criança, sua movimentação antigravitacional e a superfície corporal em que ocorre a sustentação do peso. Deve-se observar o desempenho motor da criança dentro de cada postura atribuindo 1 ponto para cada critério motor observado e 0 ponto para cada critério não observado. O escore total (0 a 58 pontos) resulta da soma dos critérios, sendo este, transformado em uma escala percentual de desempenho motor. Este percentual é obtido através da relação entre a idade e o escore total, demostrando em que nível motor a criança se encontra18.

Todos os testes foram realizados em um ambiente calmo nas instituições de origem e filmados para posterior análise do desempenho motor, tendo como tempo médio 20 minutos. Durante a avaliação das filmagens, três avaliadores independentes examinaram a livre movimentação das crianças, focando em aspectos como superfície do corpo que sustenta o peso, postura e movimentos antigravitacionais. O índice de concordância entre os examinadores foi elevado (coeficientes de correlação intra-classe entre á= 0,86 e á= 0,99). Os Testes de Friedman e de Wilcoxon não evidenciaram diferenças significativas entre as respostas dos três avaliadores (p>0,05).

As crianças foram avaliadas por meio da observação dos 58 itens da AIMS distribuídos nas quatro posturas, com o mínimo de manuseios e facilitações. Durante a avaliação, o examinador observou a movimentação da criança em cada uma das 4 posições, considerando nesta observação, como a criança apoia a superfície do corpo, ou seja, como sustenta seu peso, além da qualidade da postura e dos movimentos antigravitacionais. Foram oferecidos estímulos visuais, auditivos e verbais para encorajar a criança a adquirir as posturas desejadas, não sendo realizadas manipulações na criança. Após avaliar os itens pertencentes aquelas janelas do estágio de desenvolvimento motor, o examinador somou os pontos creditados nas quatro posturas para obter o escore total da AIMS.

Para caracterização da amostra e pareamento dos grupos, um questionário sobre as características da criança foi entregue aos pais e/ou responsáveis legais, abordando as seguintes questões: data de nascimento, sexo, tipo de parto, semanas de gestação, Apgar no quinto minuto, peso ao nascer, comprimento ao nascer, perímetro cefálico e renda familiar mensal.

Análise de dados: As análises foram realizadas no programa SPSS versão 17.0. Para as comparações entre os sexos foi utilizado teste U Man Whitney, devida distribuição não paramétrica dos dados (Shapiro-Wilk). O nível de significância adotado foi de 5% (pde0,05).

 

RESULTADOS

No que se refere ao desempenho motor geral dos participantes, foi observado que 69,7% das crianças avaliadas apresentaram desenvolvimento motor adequado para a idade, sendo que os valores para cada sexo demonstraram não haver diferenças entre meninos (69,8%) e meninas (69,7%). De forma semelhante, a suspeita de atraso foi observada em 20,6% dos meninos e 20,7% das meninas, sendo que atrasos no desenvolvimento foram observados em proporções iguais para cada sexo (9,6%).

A tabela 1 mostra que o desempenho motor das crianças avaliadas demonstrou semelhanças entre os sexos, não havendo diferença significativa entre meninos e meninas nas 4 posturas avaliadas, escore total e percentual.

Na tabela 2 estão apresentados os resultados segundo faixa etária. Não foram observadas diferenças de desempenho entre os sexos, a partir do nascimento, até os 18 meses de idade. Após a faixa etária dos 15 meses, os resultados convergem para valores iguais e pontuações totais da escala.

A figura 1 demonstra a semelhança das curvas de desempenho de meninos e meninas dos 0 aos 18 meses de idade, havendo maior variação comportamental nas crianças de 8 e 9 meses. Além disso, o gráfico demonstra maior número de aquisições posturais entre os 4 e 12 meses, demonstrando desenvolvimento não linear. Platô no desempenho de meninos e meninas aparece a partir dos 15 meses de idade.

 

 

Na figura 2 estão apresentadas as curvas de desempenho na diferentes posturas, demonstrando novamente semelhança entre os sexos, desenvolvimento não linear nas diferentes posturas e platôs nas aquisições posturais.

 

DISCUSSÃO

Os resultados da presente pesquisa suportam a hipótese inicial deste estudo, de semelhanças no desempenho motor entre os sexos, não havendo diferenças nas aquisições posturais representadas pelos valores dos escores e percentis. Embora escassas as investigações nesta faixa etária, pesquisas prévias chamam a atenção para semelhança no desenvolvimento motor amplo de meninos e meninas11,14,15,17,21.

Piper e Darrah17 ao desenvolver a Alberta Infant Motor Scale avaliaram 2200 bebês e ao comparar seu desempenho, identificaram semelhanças entre os grupos, não sendo necessária a criação das curvas de desenvolvimento para cada sexo, uma vez que não há diferença nos padrões de movimento até os 18 meses de idade17. Estudo que procurou estabelecer valores de referência para utilização da AIMS na Holanda também demonstrou não haver diferença no desempenho motor entre os sexos considerando uma amostra populacional de 100 crianças até 12 meses de idade21.

A Organização Mundial da Saúde, desde 2006, ressalta preocupação com esta linha investigativa, e demonstra através de estudo multicêntrico e longitudinal, semelhança na conquista de marcos motores de meninos e meninas em diferentes países (Gana, Índia, Noruega e USA) até 24 meses de idade15. No Brasil, Saccani e Valentini14 evidenciaram semelhanças no desempenho motor de 571 bebês, sendo 291 meninos e 270 meninas, embora esse não fosse o propósito do estudo, não determinando se os resultados permaneciam os mesmos quando consideradas as diferentes faixa etárias dos 0 aos 18 meses de idade14. Em Taiwan, Lung et al.11 em pesquisa longitudinal com 1620 crianças reportam a existência de interação entre o sexo da criança e o seu desenvolvimento a partir dos 36 meses de idade11. Abaixo desta faixa etária, apenas a linguagem e os aspectos sociais demonstraram associação significativa.

Porém, com o avançar da idade, os estudos demonstram a inversão dos achados11, com a observação de disparidades e heterogeneidades na aquisição e desenvolvimento de habilidades, as quais tendem a se acentuar na puberdade12,13. Diante dessa progressão e aparecimento das diferenças nas habilidades com o passar dos anos, as diferenças sócio culturais e das práticas parentais parecem exercer influência sobre o processo de desenvolvimento, sendo determinante para as aquisições motoras de cada sexo, uma vez que, as crianças vão crescendo aprendendo e sendo expostas a atividades e experiências adequadas para cada gênero, frente as diferentes características biológicas de meninos e meninas5. Por isso, as diferenças observadas no desempenho de meninos e meninas são desenvolvidas frente ao contexto ambiental e as práticas propostas para cada sexo, de acordo com as expectativas dos pais, dos educadores e do grupo etário ao qual às crianças pertencem13.

Considerando aspectos biológicos, Pavlova et al.22 encontraram diferenças entre os sexos em região cortical responsável pela tomada de decisão22, embora a ênfase têm sido na determinação da influência dos fatores ambientais na aptidão de crianças segundo sexo9, considerando que as tarefas e experiências oferecidas para meninos e meninas predispõem a um crescimento e desenvolvimento diferenciado entre eles23.

Portanto, os resultados do presente estudo parecem demostrar que até aproximadamente dois anos de idade, a exposição a atividades diferentes não é suficiente para gerar desempenho motor distinto entre meninos e meninas, o que tende a ser potencializado com a aquisição da marcha independente. Por isso, embora as crianças possuam capacidade para desenvolver habilidades sensório motoras, o alcance de determinadas habilidades dependerá da quantidade de estímulos e experiências, frente ao contexto de inserção24-26.

Ao analisar o desempenho dos participantes, verificou-se que a maioria (69,7%) apresentou desenvolvimento motor adequado; congruente com resultados de estudos nacionais utilizando o mesmo instrumento27,28. Entretanto, contrapõem outros estudos brasileiros com crianças na mesma faixa etária que demonstraram desempenho motor inferior ao esperado para idade14,29,30. Porém, cabe ressaltar que a presente amostra não foi composta por crianças prematuras, as quais fizeram parte dos estudos de Saccani et al.14, Lopes et al.30 e Formiga et al.29.

A análise das curvas de desenvolvimento das aquisições posturais em prono, supino, sentado e em pé, independe do sexo, demonstrou que as aquisições posturais seguem um padrão não linear, com maior número de aquisições entre os 6 e 9 meses. No Brasil, estudo piloto demonstrou comportamento semelhante nas curvas de desenvolvimento16, assim como outras pesquisas nacionais com crianças Goianas29 e Paulistas30. Esses achados remetem à ideia de alteração na sensibilidade dos itens da escala, o que já foi ressaltado em pesquisas prévias14,31.

Portanto, a escala seria adequada para avaliar crianças até o primeiro ano de idade, porém, passado os 12 meses, as principais aquisições em prono, supino, sentado já foram alcançadas, não havendo no instrumento, itens suficientes para diferenciação de crianças com atraso e desempenho motor normal.

Referente ao escore total se verificou ainda, a presença de platô na curva de desenvolvimento das crianças acima dos 15 meses, o que sugere sensibilidade insuficiente para diferenciar comportamentos atípicos nas extremidades etárias, explicado talvez, pelo número reduzido de itens para diferenciar o desempenho motor dessas crianças, pois grande parte da amostra desta faixa etária ou acima desta, facilmente completou todos os itens na avaliação. Resultados semelhantes podem ser observados nos valores de referência canadenses18.

Considerando os resultados de semelhança no desempenho motor entre meninos e meninas até os 18 meses de idade, reforça-se a importância de pesquisas voltadas à identificação precoce de possíveis diferenças entre os sexos, bem como sua relação com fatores socioculturais e práticas parentais. Estudos como este são necessários para determinar qual a possível associação do desenvolvimento motor com o cuidado e estímulo direcionado a criança desde seu nascimento, uma vez que, as crianças são expostas a experiências de acordo com as expectativas para cada gênero. Sugere-se ainda a realização de pesquisas longitudinais para avaliar as potentes interações entre sexo, cultura e desempenho motor das crianças, determinando quando essa influência ambiental passa a ser detreminante e decisiva no comportamento da criança.

 

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Manuscript submitted Oct 22 2014
Accepted for publication Dec 19 2014

 

 

Corresponding author: Raquel Sacani. E-mail: RaquelSaccani@yahoo.com.br

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