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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.26 no.1 São Paulo  2016

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.110989 

ORIGINAL RESEARCH

 

Perfil lipídico em escolares de Vitória - Brasil

 

 

Patrícia Casagrande Dias de AlmeidaI, II, *; Janine Pereira da SilvaI; Gustavo Carreiro PinascoI, III; Christina Cruz HegnerI, IV; Danielle Cabrini MattosV; Mateus Oliveira PotratzI; Lucas Santos BravinI; Valmin Ramos SilvaI, VI; Joel Alves LamounierII, VII

IEscola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM ) - Vitória (ES), Brasil
IIUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Belo Horizonte (MG), Brasil
IIIFaculdade de Medicina do ABC (FMABC) - Santo André (SP), Brasil
IVHospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes (HUCAM) - Vitória (ES), Brasil
VUniversidade Federal do Espírito Santo (UFES) - Vitória (ES), Brasil
VIHospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (HEINSG) - Vitória (ES), Brasil
VIIUniversidade Federal São João Del Rey (UFSJ) - São João Del Rey (MG), Brasil

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: A prevalência crescente da obesidade é atualmente considerado o distúrbio nutricional mais importante. Caracteriza-se, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma epidemia mundial nos países em desenvolvimento e desenvolvidos. Numa forma associada, há um aumento da prevalência da dislipidemia. Com o objetivo de melhorar a situação actual e prevenir a progressão da epidemia, a Academia Americana de Pediatria reforçou recentemente a necessidade de triagem de colesterol em crianças com mais de dois anos e excesso de peso.
OBJETIVO: Determinar o perfil sobrepeso e lipídico em crianças com idade entre seis e nove anos.
MÉTODO: Estudo descritivo, transversal com crianças de Vitória, ES. Para a classificação nutricional do Z-score> + 1 SD índice para idade de massa corporal (segundo a OMS / 2007) foi utilizada; para o perfil lipídico as Diretrizes Prevenção da Aterosclerose na Infância foram utilizados. As medidas antropométricas (peso, altura, circunferência da cintura e dobra cutânea tricipital) seguiu as técnicas padrão descritas pela OMS. Os dados foram as frequências (SD) absolutos, relativos e média e a associação entre, perfil lipídico excesso de peso e outras variáveis organizados e analisados usando SPSS, versão 8.5 e calculada é adotado como significativo quando p < 0,05.
RESULTADOS: A amostra foi composta por um total de 511 crianças de ambos os sexos (46,7% do sexo masculino), com idade média de 101,6 ± 11,1 meses. O excesso de peso foi encontrado em 197 (38,5%) crianças: Excesso de peso em 71 (13,9%) e obesidade em 126 (24,6%). O colesterol total foi elevada em 167 (32,7%) como fracções foram elevados de LDL-C (47-9,2%) e níveis baixos de HDL-C (136-27%). Triglicéridos elevados foram encontrados em 21 participantes (4,1%). associação significativa foi encontrada entre a circunferência da cintura e níveis elevados de triglicéridos (p = 0,019) e HDL-C (p = 0,033).
CONCLUSÃO: O excesso de peso da amostra investigada é considerada alta e seus efeitos sobre a saúde são importantes, com um colesterol total aumentou mais de 32%. Os altos níveis de HDL-C são fatores de proteção para a doença cardíaca coronária, embora o perfil lipídico tinha sido mudado.

Palavras-chave: dislipidemias, criança, obesidade pediátrica.


 

 

INTRODUÇÃO

Em virtude da crescente prevalência, a obesidade é atualmente considerada a desordem nutricional mais importante, sendo caracterizada, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), como uma epidemia mundial nos países em desenvolvimento e desenvolvidos1. Estudo feito no estado de São Paulo mostrou uma prevalência de 30,59% de crianças e adolescentes acima do peso adequado para a idade, e destes mais da metade da amostra (62,44%) foram considerados inativos ou inadequadamente ativos em termos de atividade física2. Tal cenário é preocupante devido ao risco que as crianças têm de se tornarem adultos obesos, com desordens metabólicas e comorbidades associadas3.

De forma associada, nota-se o aumento crescente na prevalência de dislipidemia, o que, segundo alguns estudos, pode ser justificado pelo excesso de ganho ponderal. No Brasil, tal comorbidade está presente entre 3,1% a 46,5% das crianças e adolescentes de distintas regiões do país4.

Com intuito de melhorar o atual panorama e evitar a progressão da epidemia, a Academia Americana de Pediatria recentemente reforçou a necessidade do rastreio de colesterol em crianças com idade superior a dois anos e com excesso de peso ( escore Z > + 1DP do Índice de Massa Corporal/Idade). Estudos epidemiológicos prospectivos demonstraram que obesidade e níveis elevados da lipoproteína de baixa densidade (LDL) em crianças e adolescentes são marcadores que ajudam a predizer as mudanças fisiológicas arteriais, como o aumento da espessura da camada íntima da carótida, que pode ser um precursor de eventos clínicos cardíacos precoces em adultos jovens5.

Devido a importância na determinação dos níveis lipídicos, além da avaliação antropométrica em crianças e adolescentes, planejou-se determinar a prevalência de excesso de peso e de dislipidemia em crianças, de seis a nove anos matriculados em escolas públicas de ensino fundamental da rede municipal de ensino da na cidade de Vitória , Espírito Santo, Brasil.

 

MÉTODO

Estudo transversal e descritivo, em escolares, realizado na cidade de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, com coleta de dados de 2009 e 2010.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Educação (SEME), no ano de 2009 haviam 1850 crianças matriculadas em escolas do município de Vitória na faixa etária de seis a nove anos. Foi feito um dimensionamento amostral para estimativas de proporções a partir de intervalos de confiança para populações finitas adotando erro absoluto, com grau de confiança de 95%, estimativa da prevalência de excesso de peso em crianças de sete a dez anos (p = 0,23 no estudo de Molina et al.6), sendo utilizado 3,5% de erro absoluto tolerado, chegando ao número de 540 escolares para o estudo.

Assim, o desenho amostral consistiu de uma amostra probabilística, estratificada por conglomerados de tamanhos desiguais, selecionada em dois estágios: (a) em um primeiro momento foram selecionadas as escolas, considerando os dados do Censo Escolar; (b) posteriormente, dentro de cada uma das escolas selecionadas, foram sorteadas as turmas de alunos participantes, através de uma listagem fornecida pela direção das escolas. Foram sorteadas oito escolas, uma para cada uma das seis regiões de sáude do município, exceto para duas regiões com maior número de escolas, que tiveram duas escolas sorteadas.

Uma amostra probabilística de 620 crianças selecionadas por sorteio constituiu o grupo de estudo para determinar a prevalência de sobrepeso e obesidade. Desse grupo, 511 participaram da etapa de coleta de sangue.

A aferição de peso e estatura seguiram os procedimentos preconizados pelo Ministério da Saúde7 e da Organização Mundial de Saúde8. O peso foi aferido em balança TANITA® portátil, digital, com capacidade para 136 Kg e divisão de 100g, com certificação do INMETRO. A criança estava descalça, uniformizada, e foi adequadamente posicionada sobre a balança, antes da leitura e registro do peso. A estatura foi aferida em estadiômetro ALTURAEXATA® com extensão de 214 cm e subdivisões de 1 mm, com certificação do INMETRO. A criança foi colocada de pé, sem curvar os joelhos, braços ao longo do corpo com os calcanhares e ombros eretos e olhando para frente. No caso das meninas, o exame foi feito com cabelo solto e sem enfeites de cabeça, para não prejudicar a tomada da medida. A circunferência abdominal foi aferida com fita métrica inelástica, com extensão de 150 cm e subdivisões de 1 mm, com certificação do INMETRO e era realizada por dois avaliadores treinados para esse fim. Um avaliador mantinha erguida a camisa da criança enquanto o outro procedia a aferição que foi obtida durante expiração normal tendo como ponto de referência o ponto médio entre margem da última costela e a crista ilíaca. O ponto de corte adotado para a circunferência abdominal em normal ou alterada foi o proposto por Freedman et al.9, ajustado para idade e sexo. Para aferição da dobra cutânea tricipital, foi utilizado o adipômetro Lange Skinfold Caliper®, com escala de 0 até 60 mm e precisão de 1mm, a dobra foi medida no ponto médio do braço, entre o ponto acromial da escápula e o olécrano. Foram feitas duas medidas e era realizada uma treceira medida quando a diferença entre as duas anteriores era superior a 2m, descartando-se o valor mais discrepante. Foi utilizada a média aritméticas dos dois valores e o ponto de corte para identificar obesidade foi a média acima do perecntil 85 de acordo com as recomendações de Seletezer et al.10.

A partir das medidas de peso e estatura, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) aplicando-se a fórmula: IMC = Peso (kg)/Estatura (m)2. Para classificação do estado nutricional foi utilizado o índice IMC para idade (IMC/I), em escore z, considerando os seguintes pontos de corte: magreza acentuada (escore z < -3); magreza (- 3 escore z < -2); eutrofia (- 2 escore z +1); sobrepeso (+1 < escore z +2); obesidade (+2 < escore z +3); obesidade grave (escore z > +3)8.

Para a avaliação laboratorial, seguindo as técnicas assépticas, utilizando-se materiais descartáveis, adequadamente identificados e de qualidade reconhecida, foram colhidos 10 mL de sangue por punção venosa, em membro superior, após jejum de 12 horas.

As amostras foram adequadamente acondicionadas e encaminhadas ao Laboratório da Central Sorológica de Vitória - ES, para processamento e análise. O Laboratório responsável pelas análises bioquímicas possui certificação de creditação nacional e internacional. Foram dosados os níveis séricos de colesterol total, HDL-C (high density lipoprotein cholesterol), LDL-C (low density lipoprotein cholesterol), VLDL-C (very low density lipoprotein cholesterol) e triglicérideos.

As dosagens bioquímicas foram realizadas no equipamento Dimension, da marca Siemens Healthcare Diagnostics Inc®, de fabricação norte americana, que utiliza para o colesterol total o Kit CHOL Flex e método enzimático colorimétrico CHOP-POG; para triglicérides o Kit TGL Flex e método enzimático colorimétrico; para HDL-c o Kit AHDL Flex e método enzimático colorimétrico; para LDL-c o Kit ALDL Flex e método enzimático. Os pontos de corte adotados seguem os critérios recomendados pela II Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência da Sociedade Brasileira de Cardiologia (Tabela 2)11.

As informações foram organizadas no software Excel®, versão 2010 e as análises feitas no software SPSS versão 11.0. Foram adotadas estatísticas descritivas (média, desvio-padrão e mediana). Foi utilizado o teste de qui-quadrado de Pearson para as comparações ou associações). O nível de rejeição para a hipótese de nulidade foi de 0,05.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, protocolo 25/2010 e pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, protocolo CAAE - 0302.0.203.000-11. As crianças que apresentaram alterações no perfil lipídico foram encaminhadas para o ambulatório de endocrinologia pediátrica do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitória ES.

 

RESULTADOS

Foram avaliadas 511 crianças, sendo 239 do sexo masculino (46,77%) de seis a nove anos (média de idade de 101,68±11,16 meses; média de estatura 131,57±7,97 cm e de peso 30,34 ±8,38 Kg),

A avaliação do estado nutricional pelo IMC mostrou: magreza em 11 (2,2%), eutrofia em 303 (59,3%), sobrepeso em 71 (13,9%) e obesidade em 126 (24,6%).

Os resultados da dosagem dos lipideos séricos (colestrol total, LDL colesterol, HDL colesterol e triglicerídeos) separados por gênero e classificados como normais, limítrofes ou alterados, estão na Tabela 1.

A tabela 2 mostra a relação entre as variáveis antropométricas e os resultados das dosagens lipídicas, classificadas como normais, limítrofes ou alteradas, sem separação por gênero. Houve associação significante entre obesidade, sobrepeso, circunferência abdominal alterada, dobra cutânea tricipital alterada com valores alterados de triglicerídeos. Além disso, circunferência abdominal e dobra cutânea tricipital alteradas mostraram associação significativa com HDL- C alterado (baixo). (Tabela 2).

 

DISCUSSÃO

Os níveis de triglicérideos estavam aumentados em 4,1% e limítrofes em 7,8% das crianças, havendo associação com os maiores escores de índice de massa corporal (p<0,001), circunferência abdominal (p<0,001) e da dobra cutânea tricipital (p<0,001). A má alimentação das crianças podem justificar as alterações lipídicas encontradas em crianças, estando relacionada com alimentação inadequada, rica em gordura e açúcar simples, inatividade física e hábitos familiares errôneos12.

O colesterol total e suas frações não apresentaram associação significante com nenhuma das variaveis antropométricas avaliadas, exceto níveis baixos de HDL- C que apresentaram siginificância estatística em relação a circunferência abdominal (p=0,033) e a dobra cutânea tricipital (p=0,002). A relação entre adiposidade central e obesidade vem sendo observada na última década por outros autores, estando os nossos dados de acordo com a literatura13-15.

Um estudo16 mostrou que os níveis baixos de HDL-C associaram-se de maneira significante com a presença de obesidade. Outro estudo envolvendo adolescentes também não observou relação entre obesidade abdominal e alterações nos níveis de colesterol total17.

A principal dislipidemia associada à obesidade é caracterizada por elevações leves e moderadas do triglicerídeo e diminuição do HDL-C18. Apesar de não existirem evidências fortes da relação de triglicerídeos com doenças ateroscleróticas, seus níveis séricos são considerados importantes para a avaliação das dislipidemias19. No entanto, em relação ao colesterol existem evidências de associação com doenças cardiovasculares, em especial as ateroscleróticas11,20.

É importante ressaltar que não apenas o colesterol total, mas as frações HDL-C e LDL-C alteradas constituem riscos à saúde, tendo em vista que, baixo nível de HDL-C é fator de risco importante para a aterosclerose11,20.

No estudo, a medida do índice de massa corporal, da circunferência abdominal e da dobra cutânea tricipital não apresentou diferença em relação ao gênero dos avaliados. Não foram encontradas informações adequadas para confronto desse dado. A medida da circunferência abdominal tem sido usada para identificar crianças pré-púberes com alterações lipídicas21, porém as dimensões de dobras cutâneas ainda não são utilizadas de rotina.

Também não foram observadas diferenças entre o gênero e os níveis de colesterol total, frações do colesterol e triglicérides. Resultado semelhante foi encontrado por Pereira et al.17 em estudo envolvendo crianças com mediana de idade de 11 anos. Em contraposição, um estudo feito em Florianópolis22, com crianças e adolescentes entre sete a 18 anos, encontrou que o gênero feminino apresentou concentrações maiores de colesterol total e LDL-C.

Foram encontrados crianças com valores extremamente altos de HDL-C, fato esse que reflete um fator protetor para as doenças coronarianas de uma forma geral23. Estudos que abrangem a faixa etária pediátrica são pouco visíveis no meio científico brasileiro, por isso denota a importância desse trabalho.

 

CONCLUSÕES

No presente estudo, foi identificado que o aumento de triglicerídeos esteve associado ao aumento do IMC, da circunferência abdominal e da dobra cutânea tricipital. Há também prevalência de 13,9% de sobrepeso e 24,6% de obesidade, índices altos considerando indivíduos na faixa etária pediátrica.

 

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Manuscript submitted: Feb 10 2016
Accepted for publication Feb 15 2016.

 

 

* Corresponding author: Patrícia Casagrande Dias de Almeida E-mai: casagrandepatricia@yahoo.com.br

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