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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.27 no.1 São Paulo jan./abr. 2017

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.127651 

ORIGINAL ARTICLE

 

Crescimento e estado nutricional de adolescentes da rede pública estadual de ensino

 

 

Janine Pereira da SilvaI; Valmin Ramos da SilvaI; Patrícia Casagrande Dias de AlmeidaII; Gustavo Carreiro PinascoII, III; Tiago Pina BernardesIV; João Guilherme Ribeiro Jordão SassoIV; Natanna Siqueira SpalenzaIV; Cláudio LeoneIII; Joel Alves LamounierV

IMestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local. Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM) - Vitória (ES), Brasil
IIDepartamento de Pediatria. Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM) - Vitória (ES), Brasil
IIILaboratório de Delineamento de Estudos e Escrita Científica. Departamento de Saúde da Coletividade. Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) - Santo André (SP), Brasil
IVGraduando em Medicina. Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM) - Vitória (ES), Brasil
VDepartamento de Pediatria. Universidade Federal São João Del Rey (UFSJ) - São João Del Rey (MG), Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: A prevalência de obesidade em crianças e adultos tem aumentando de modo exponencial nas últimas duas décadas, configurando-se como importante problema de saúde pública global.
OBJETIVO: Descrever o crescimento e o estado nutricional de adolescentes frequentadores de escolas públicas.
MÉTODO: Estudo epidemiológico, transversal, com amostra representativa de estudantes (dez a 14 anos) da rede pública estadual da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), ES, Brasil. Obtidos dados referentes ao sexo, idade, cor/raça, estádio puberal, classe socioeconômica, peso e estatura. Na avaliação nutricional, foram considerados os índices de estatura para idade (E/I) e índice de massa corporal para idade (IMC/I), em escore z, do referencial da OMS (2007). Para análise estatística, utilizou-se o teste Qui-quadrado e t de Student (Mann-Whitney para distribuição não normal), e nível de significância de p < 0,05. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional.
RESULTADOS: Avaliados 818 adolescentes, média de idade da amostra de 12,8 ± 1,1 anos, predomínio do sexo feminino (58,3%), cor/raça parda (41,7%), estádio pós-púbere (53,4%) e classe socioeconômica C (59,5%). Identificou-se muito baixa estatura em 0,4% e baixa estatura em 1,8% dos adolescentes. O excesso de peso foi diagnosticado em 227 (27,7%) estudantes, representado por sobrepeso (18,7%), obesidade (8,4%) e obesidade grave (0,6%); enquanto 0,2% e 2,7% deles apresentaram magreza acentuada e magreza, respectivamente. A média do escore z de estatura das meninas (p = 0,024) foi superior ao referencial da OMS, assim como a do escore z do IMC das meninas (p=0,0001) e dos meninos (p = 0,0002).
CONCLUSÃO: Os adolescentes da rede pública estadual da RMGV já alcançam um crescimento adequado, inclusive superior, em média, ao proposto pela OMS (2007). Contudo, também apresentam prevalência elevada de excesso de peso, indicando que a Região está em fase avançada de transição nutricional.

Palavras-chave: crescimento, estado nutricional, adolescente, transição nutricional.


 

 

INTRODUÇÃO

A prevalência de obesidade em crianças e adultos tem aumentado de modo exponencial nas últimas duas décadas, configurando-se como importante problema de saúde pública global1. Neste sentido é preocupante a associação da obesidade com as doenças crônicas não transmissíveis, que podem levar a um aumento do risco cardiovascular e da síndrome metabólica em fases precoces da vida, resultando, ainda, em riscos substanciais para alterações no metabolismo glicolipídico, hipertensão arterial, diabetes melitus tipo 2 e doença cardiovascular prematura2-4.

A rapidez com que todas essas alterações vêm ocorrendo tem sido atribuída à transição nutricional que é caracterizada por mudanças recentes no estilo de vida e nos padrões alimentares da população, resultantes da industrialização, urbanização, desenvolvimento econômico e globalização. De um modo geral, este processo caracteriza-se pela quase ausência de desnutrição energético-proteica grave, presença de baixa estatura (possível sequela de desnutrição crônica nos primeiros anos de vida), e pelo aumento do sobrepeso e da obesidade em escalas populacionais alarmante, que, de modo progressivo, atingem também as camadas socioeconômicas mais baixas5.

O Brasil, seguindo tendência mundial, vem apresentando elevação expressiva da prevalência de sobrepeso e obesidade nas últimas quatro décadas, inclusive em sua população jovem6, contudo, seus valores ainda não estão bem definidos por estado ou regiões metropolitanas, principalmente entre os adolescentes mais jovens, como consequência do reduzido número de estudos populacionais nesta faixa etária. Estudos nacionais têm evidenciado prevalências elevadas de excesso de peso em adolescentes, variando entre 15,3% e 30,6%, com redução da prevalência de baixa estatura, entretanto, em geral, avaliam diferentes populações e nem sempre com os mesmos critérios e diagnósticos7-10. Assim, o objetivo deste estudo é descrever o crescimento e o estado nutricional de adolescentes escolares.

 

MÉTODO

Trata-se de estudo epidemiológico, transversal, em amostra probabilística e representativa da população, constituída por adolescentes de dez a 14 anos de idade, de ambos os sexos, frequentadores de escolas da rede pública estadual de ensino fundamental localizadas em área urbana da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), ES, Brasil, realizado no período de agosto de 2012 e outubro de 2013. A RMGV é composta pelos municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória, e concentra quase metade (48%) da população total do Estado, a qual é constituída por 3.514.952 habitantes, com taxa de urbanização de 98,3%11.

O cálculo do tamanho amostral foi realizado a partir de margem de erro de 3%, nível de confiança de 95% e prevalência de excesso de peso de 20%6. O tamanho da amostra de 822 sujeitos foi calculado a partir da equação proposta por Triola12, tendo como referência 27.787 adolescentes matrículados de 5ª à 8ª série na rede pública estadual de ensino da RMGV, ES, Brasil13.

Os adolescentes foram selecionados por meio de amostragem aleatória, estratificada por conglomerados de tamanhos desiguais, em dois estágios, sendo a escola a unidade primária e a classe escolar a unidade secundária. Foram considerados elegíveis estudantes de dez a 14 anos, com ausência de deficiência física que impossibilitasse a avaliação antropométrica, de obesidade secundária, de doenças inflamatórias agudas ou crônicas ou do uso de corticosteroide e/ou antiinflamatório.

O peso dos adolescentes foi obtido em balança eletrônica portátil Tanita® UM-080 (Arlington Heights, Illinois, EUA), com capacidade máxima de 150 kg e graduação de 100 g, com o avaliado descalço e trajando roupas leves. A estatura foi aferida com estadiômetro portátil Alturaexata® (Belo Horizonte, MG, Brasil), com extensão máxima de 214 cm e precisão de 1 mm, com o avaliado descalço e sem adornos na cabeça. Os procedimentos para obtenção das medidas antropométricas foram realizados conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde14. Para classificação do estado nutricional, foram considerados o índice de massa corporal para idade (IMC/I) e estatura para idade (E/I), em escore z, do referencial da OMS15, utilizando-se o software WHO AnthroPlus versão 1.0.316.

A autoavaliação da maturação sexual foi aplicada expondo-se pranchas ao participante de pesquisa contendo fotogramas específicos para o sexo (mamas e pelos pubianos para meninas; genitais e pelos pubianos para meninos) dos diferentes estádios puberais de Tanner17 para que o indivíduo indicasse qual o seu estádio atual de maturação sexual.

Os dados socioeconômicos foram obtidos considerando o Critério Padrão de Classificação Econômica Brasil18, através de um sistema de pontuação associado à capacidade de consumo de um domicílio e pontos de corte para segmentação em classes (A1, A2, B1, B2, C1, C2, D, E). Adotou-se o sistema classificatório proposto pelo IBGE19 que emprega cinco categorias de "cor" ou "raça" (branca, preta, amarela, parda ou indígena) e utiliza o método da heteroatribuição de pertença para identificação racial.

Para a análise estatística, utilizou-se comparações e/ou associações com teste Qui-quadrado (x2) e o t de Student (Mann-Whitney para distribuição não normal). Adotou-se nível de significância de p<0,05. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (protocolo CAAE - 0301.0.203.000-11) e do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória de Vitória (protocolo 41/2012).

 

RESULTADOS

Dos 822 adolescentes elegíveis, obtiveram-se dados completos de 818 (resposta de 99,5%) frequentadores de 13 escolas da rede pública estadual de ensino fundamental da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), ES, Brasil. A média de idade da amostra foi de 12,8±1,1 anos (mediana de 12,9 anos e amplitude de 10 a 14,9 anos), com predomínio do sexo feminino (58,3%). As variáveis demográficas e as classificações de crescimento e de estado nutricional estão apresentadas nas Tabelas 1 e 2, respectivamente.

No conjunto, os adolescentes apresentavam um escore z médio de E/I de 0,092, superior à média do referencial (p = 0,0121) e um escore z médio de IMC de 0,2821, também acima da média do referencial (p < 0,0001).

As Figuras 1 e 2 evidenciam que os valores de escore z de estatura e de índice de massa corporal dos adolescentes, como um todo, apresentam maiores fre- quências, em relação ao esperado pelo referencial da OMS15, nos valores à esquerda da mediana, isto é, entre os valores de escore z mais elevados.

Não houve diferença significante da mediana de idade e da média do escore z de E/I e do IMC/I entre os sexos (Tabela 3). Observou-se, ainda, que a média do escore z de E/I das meninas (p = 0,024) foi superior ao referencial da OMS15, assim como a média do escore z do IMC/I das meninas (p = 0,0001) e dos meninos (p = 0,0002).

 

DISCUSSÃO

A prevalência de muito baixa estatura e baixa estatura foi, respectivamente, de 0,4% e 1,8% (Tabela 2) em uma amostra probabilística e representativa de adolescentes, de dez a 14 anos de idade, frequentadores de escolas da rede pública estadual de ensino da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), ES, Brasil. Esses resultados evidenciam que a população jovem da Região já alcança crescimento adequado, independente do nível socioeconômico, uma vez que, 65,4% dessa população pertence às classes C e D Tabela 1).A média do escore z de E/I das meninas foi de 0,10 (±0,967) e dos meninos foi de 0,08 (±1,154), sem diferença significante entre os sexos (p=0,823) (Tabela 3). A distribuição dos adolescentes, segundo escore z de E/I, demonstra que o grupo, como um todo, apresentou crescimento acima do esperado, com uma mediana de E/I deslocada em direção a valores superiores do referencial OMS15, em especial, no sexo feminino (p=0,024). A relevância destes resultados está no fato de que o crescimento estatural, principalmente nos países em desenvolvimento, pode representar um avanço nas condições de saúde de crianças e jovens, pois constitui um dos indicadores de qualidade de vida de um país. Essa tendência secular de crescimento tem sido observada em algumas regiões do Brasil, a partir do final da década de 1990, podendo ser interpretada a partir da ótica da melhoria dos determinantes sociais da saúde e pode, ainda, integrar o processo de transição nutricional, inclusive fora das grandes regiões metropolitanas20.

Amorim et al21 avaliaram o crescimento de 13.216 adolescentes, de dez a 18 anos de idade, matriculados na rede pública estadual do Paraná e verificaram baixa prevalência de déficit de estatura para o total de escolares, por sexo, representada por 1,3% e 1,4% superiores aos 2,3% esperados na população de referência22, para meninas e meninos, respectivamente, com distribuição normal dos valores do escore z E/I, para ambos os sexos (p>0,2).

Na avaliação do estado nutricional, o excesso de peso foi diagnosticado em 227 (27,7%) estudantes, representado por sobrepeso (18,7%), obesidade (8,4%) e obesidade grave (0,6%) (Tabela 2). Neste estudo, a prevalência de 27,7% de excesso de peso é maior que a relatada para o país (25,4%)6 e a identificada em outro trabalho com adolescentes das cinco regiões geográficas do Brasil (20,1%)7, mas encontra-se abaixo da faixa observada por Cabrera et al.10 (30,6%).

Estudos internacionais corroboram este resultado23-25, considerando critério para o diagnóstico nutricional similar.

De modo global, os trabalhos relatam alta prevalência de excesso de peso entre populações jovens, com resultados que variam de 14,7% a 38,6%7-10,26-29. Essa discrepância nas prevalências pode ser explicada pela utilização de diferentes critérios para o diagnóstico nutricional, tamanho das amostras, ampla faixa de idade e características sociais e ambientais dos grupos estudados, limitanto, portanto, a comparação dos resultados aqui encontrados. Esses dados são alarmantes, tendo em vista que a obesidade na infância e adolescência tende a manter-se na vida adulta, e as consequências do excesso de peso estão associadas ao maior risco de dislipidemia, resistência à insulina, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, síndrome metabólica e à manutenção das doenças crônicas não transmissíveis30-31.

No presente estudo, a média do escore z do IMC/I das meninas foi de 0,30 (±1,175) e dos meninos foi de 0,26 (±1,285), sem diferença significante entre os sexos (p=0,597) (Tabela 3). A distribuição dos estudantes, segundo escore z do IMC/I, evidencia ganho de peso acima do esperado, com uma mediana do IMC/I deslocada em direção a valores superiores do referencial OMS15, tanto nas meninas (p=0,0001), quanto nos meninos (p=0,0002).

Houve baixa prevalência de magreza acentuada (0,2%) e de magreza (2,7%) nesta amostra, com taxa similar à relatada para a Região Sudeste (3,0%) e inferior à média nacional (3,4%)6, indicando, assim, frequência exígua de quadros atuais de desnutrição energético-proteica grave na população adolescente da RMGV, ES, Brasil.

Esses achados evidenciam que esta Região se encontra em fase avançada de transição nutricional, caracterizada por mudanças no estilo de vida e nos padrões alimentares da população, com redução progressiva da prática de atividade física, aumento do consumo de gorduras saturadas, açúcares e alimentos refinados e diminuição do consumo de fibras, sendo resultante da industrialização, urbanização, desenvolvimento econômico e globalização.

O estudo apresenta como limitação avaliar apenas adolescentes frequentadores de escolas públicas estaduais localizadas em áreas urbanas (cobertura de 93,1% das escolas da gestão pública estadual13), o que impede a extrapolação dos resultados para a população brasileira. Contudo, estes resultados provocam reflexões acerca da necessidade de existir uma política de vigilância do crescimento e, como consequência, do estado nutricional, enquanto instrumento de avaliação periódica e continuada das condições de vida, bem-estar e nutrição de uma população32,33. Além disso, o estudo apresenta dados epidemiológicos ainda não analisados na Região, os quais podem ser úteis na formulação de políticas públicas para prevenção e controle da obesidade, contribuindo, ainda, para diminuir de forma racional e menos onerosa a incidência de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta.

Em conclusão, os adolescentes de escolas da rede pública estadual de ensino fundamental da Região Metropolitana da Grande Vitória, ES, Brasil, já alcançam um crescimento adequado. Contudo, também apresentam prevalência elevada de excesso de peso, diagnosticada em 27,7% da amostra, indicando, assim, que a população jovem da Região está em fase avançada de transição nutricional.

 

 

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Endereço para correspondência:
Janine Pereira da Silva
E-mail: janine.silva@emescam.br

Manuscript submitted in 2016
Accepted for publication in Sep 2016

 

 

Trabalho baseado na tese intitulada "Prevalência de excesso de peso e sua associação com os fatores de risco cardiovascular e síndrome metabólica em adolescentes da rede pública estadual de ensino da Região Metropolitana da Grande Vitória - ES", apresentada por Janine Pereira da Silva ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Área de Concentração em Saúde da Criança e do Adolescente, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2014.

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