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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.27 no.1 São Paulo jan./abr. 2017

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.127655 

ARTIGO ORIGINAL

 

Ganho de densidade mineral óssea relacionado à prática de basquetebol em meninos: estudo de coorte

 

 

Mário Antônio Rodrigues JúniorII; Ricardo Ribeiro AgostineteII; Rafael Luiz de MarcoII; Igor Hideki ItoII; Marcelo Rodrigues Ribeiro dos SantosII; Rômulo Araújo FernandesI, II

IPost-Graduate Program in Physical Therapy, São Paulo State University - UNESP, Presidente Prudente, Brazil
IILaboratory of Investigation in Exercise - LIVE, Department of Physical Education. Sao Paulo State University - UNESP, Presidente Prudente, Brazil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: Ao longo das últimas décadas, a prevalência de osteoporose tem aumentado de forma significativa, impactando de maneira relevante nos custos com a saúde em todo o mundo.
OBJETIVO: Analisar o efeito da prática de basquetebol na densidade mineral óssea de adolescentes do sexo masculino.
MÉTODO: Coorte de 9 meses de seguimento realizado com 27 adolescentes (n = 13 controles [11,9 ± 2,2 anos] e n = 14 jogadores [13,4 ± 1,2 anos]). Densidade mineral óssea foi mensurada em diferentes regiões do corpo (membros superiores, membros inferiores, espinha e total) por meio da técnica de absortiometria de raio-x de dupla energia. Consumo de vitamina D, idade cronológica, maturação somática, massa livre de gordura e estatura foram adotados como fatores de confusão. Análise estatística foi composta pelo teste t de Student, análise de covariância e correlação de Pearson e parcial
RESULTADOS: Independentemente dos fatores de confusão, houve relação positiva entre maior tempo de prática do basquetebol e ganhos de densidade nos braços e corpo total (r = 0.487 [IC95% = 0.131 a 0.732]; r = 0.162 [IC95% = - 0.232 a 0.511].
CONCLUSÃO: A prática do basquetebol parece impactar significativamente os ganhos de densidade mineral óssea de adolescentes.

Palavras-chave: densidade óssea, medicina do adolescente, medicina esportiva, basquetebol.


 

 

INTRODUÇÃO

Ao longo das últimas décadas, a prevalência de osteoporose tem aumentado de forma significativa, impactando de maneira relevante nos custos com a saúde em todo o mundo. Estima-se que no ano de 2000, aproximadamente um por cento de todas as aposentadorias relacionadas a doenças não transmissíveis foram atribuídas a fraturas osteoporóticas1. Na adolescência, a ocorrência de fraturas ósseas é um evento comum2,3, porém decorrente de traumas, não osteoporose. De fato, existem casos de osteoporose na infância e adolescência, mas em condições muito incomuns4.

Cerca de 70% do fenótipo de variância óssea é determinada por variáveis genéticas4, ao passo que o restante da variação é explicado por fatores como nutrição, pratica de exercício físico dentre outros2. No caso da prática de exercícios físicos, as recomendações para melhora da saúde óssea na infância e adolescência são baseadas em exercícios que gerem sobrecarga mecânica no osso e que sejam realizadas em intensidades moderadas/vigorosa5.

Nesse sentido, diferentes modalidades esportivas englobam essas características, como é o caso do basquetebol. O basquetebol é uma atividade esportiva coletiva dinâmica, a qual engloba significativo impacto mecânico nos ossos (corridas, saltos, mudanças rápidas de direção, etc.) e é realizado predominantemente em intensidade moderada e vigorosa (característica intermitente)6.

Por outro lado, embora amplamente praticado em todo o mundo, existe escassez de estudos científicos identificando seu possível impacto benéfico no crescimento e desenvolvimento ósseo de crianças e adolescentes. A grande maioria desses estudos foca em populações internacionais e em modalidades como o futebol, tênis, natação e ginástica7-10 e, dessa forma, muito pouco se sabe sobre as adaptações ocorridas no esqueleto de jovens expostos a prática de basquetebol.

Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos da prática de basquetebol sobre a densidade mineral óssea (DMO) de adolescentes do sexo masculino.

 

MÉTODO

Amostra

Trata-se de um estudo longitudinal, pertencente ao estudo de coorte intitulado "A prática de diferentes modalidades esportivas e o ganho de massa óssea: coorte de 9 meses", o qual foi realizado entre outubro de 2013 (primeira coleta de dados) a agosto de 2014 (segunda coleta de dados), na cidade de Presidente Prudente. Este estudo foi previamente aprovado pelo comitê de ética da instituição (Processo: 216.939/2013). Todos os jovens envolvidos no presente trabalho foram avaliados no início do estudo e seguidos por nove meses, momento no qual foram reavaliados.

O cálculo de tamanho amostral foi realizado por meio de equação com base na comparação de duas médias (teste t de Student) levando em conta uma diferença mínima de DMO (corpo inteiro) de 0.10 g/cm2 entre os grupos controle e esporte11, desvio padrão de 0.14 g/cm2 para esportistas e 0.10 g/cm2 para controles, poder de 80% e alfa de 5% (Z= 1,96). Assim, a amostra mínima estimada foi de 11 adolescentes por grupo. Este número mínimo de adolescentes deveria ser mantido até o final do seguimento para viabilizar as análises estatísticas. Foram adotados como critérios de inclusão: (I) a idade cronológica entre 11 e 17 anos, (II) autorização prévia dos pais para participar do estudo, (III) autorização prévia dos treinadores para participar do estudo, (IV) um mínimo de seis meses a prática na modalidade de esporte (grupo basquetebol) ou a ausência de qualquer prática esportiva organizada nos três meses anteriores (grupo controle), (V) sem uso de medicações que poderiam afetar o metabolismo ósseo e (VI) Assinatura do termo de consentimento pelos responsáveis.

Ao final do seguimento de nove meses, a amostra do grupo controle foi composta 13 adolescentes escolares matriculados nas redes: pública (unidades escolares mantidas por entidades sem fins lucrativos também foram consideradas) e privada de ensino da cidade. O grupo de basquetebol foi composto por 14 adolescentes pertencentes à equipe de base do município, competidores em nível estadual, totalizando uma amostra final de 27 indivíduos avaliados em ambos os momentos do estudo.

Composição corporal e variáveis ósseas

A DMO (em g/cm2), conteúdo mineral ósseo (CMO, em gramas[g]), massa livre de gordura ([MLG] Kg) e gordura de tronco (GT [%]) foram avaliados através da absortiometria de raio-x de dupla energia (DXA-Lunar DPX-NT; General Electric Healthcare, Little Chalfont, Buckinghamshire, Reino Unido) com software Sistema Médico GE Lunar (versão 4.7). A qualidade do scanner foi testada por um técnico capacitado antes de cada dia de medição, seguindo as recomendações do fabricante. Em ambos os momentos do estudo, as medidas foram feitas pelo mesmo avaliador. Os participantes foram orientados a trajar roupas leves e sem sapatos, bem como, permanecer em decúbito dorsal e imóveis na máquina (aproximadamente 15 minutos). A densidade mineral óssea foi mensurada em corpo inteiro, na qual possibilita a verificação dos valores de membros superiores, inferiores e coluna.

Antropometria e pico de velocidade de crescimento

O peso corporal foi mensurado em balança de leitura digital (marca Filizola, modelo Personal Line 200, Filizola Ltda., Brasil), com precisão de 0,1 kg, a estatura e estatura sentado foram determinados através da utilização de um estadiômetro de madeira fixo na parede (marca Sanny, modelo Professional, Sanny®, Brasil) com precisão de 0,1 cm, de acordo com procedimentos descritos na literatura12. A maturação biológica foi estimada pelo pico de velocidade de crescimento (PVC), a partir de modelos matemáticos baseados em medidas antropométricas, descritos por Mirwald et al, 200213. Estas equações apresentam o tempo (em anos) que falta (valores negativos) ou já passado (valores positivos) para o PVC, o qual se caracteriza como importante evento biológico presente no processo de maturação humana. O pico de velocidade de crescimento apresenta forte relação com a liberação de hormônios importantes durante a puberdade14.

Escore de vitamina D

Embora não existe acompanhamento nutricional neste coorte, com o auxílio de uma nutricionista, foi criado um questionário com grupos de alimentos ricos em Vitamina D. Utilizando uma escala Likert de frequência, os adolescentes reportaram a frequência com que consumiram estes alimentos na semana anterior a avaliação. A somatório do escore gerado (todos os alimentos) foi considerado como indicador do consumo de vitamina D. No presente estudo, a somatória dos escores de ambos os momentos foi utilizado como indicador de consumo de vitamina D.

Anáise estatística

A estatística descritiva foi composta de média, desvio padrão (DP) e intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Análise de covariância (ANCOVA) comparou os ganhos de DMO após nove meses de seguimento em adolescentes engajados e não engajados na prática do basquetebol. Em todos os modelos ANCOVA, homogeneidade da variância foi avaliada pelo teste de Levene, ao passo que medidas de tamanho de efeito foram fornecidos pelo Eta-Squared (tamanho de efeito Pequeno: 0,010, tamanho do efeito Médio: 0.060 e tamanho de efeito grande: 0.140). Correlação parcial analisou o relacionamento entre os ganhos de DMO após nove meses de seguimento, o volume de treinamento semanal e tempo prévio de engajamento na modalidade (ajustado por idade, estatura, MLG, PVC e escore de vitamina D). A significância estatística (p-valor) foi estabelecido em p < 0,05 e o software estatístico BioEstat (versão 5.0) foi usado para realizar análises.

 

RESULTADOS

A amostra total foi composta por um grupo de 27 adolescentes do sexo masculino, os quais foram acompanhados por um período de nove meses (Tabela 1). No momento inicial do estudo (baseline), os adolescentes engajados na prática do basquetebol eram mais velhos (p-valor = 0,047), mais pesados (p-valor = 0,001), mais altos (p-valor = 0,001), mais próximos de alcançar o PVC (p-valor = 0,018) e com maior quantidade de massa muscular (p-valor = 0,001). A gordura de tronco e o escore de vitamina D não diferiram entre os grupos, porém, todos os indicadores de DMO foram superiores para o grupo engajado na prática esportiva (p-valor = 0,001 para todos).

Ambos os grupos analisados apresentaram ganhos significativos de DMO após nove meses de seguimento em todas as regiões corporais avaliadas, bem como, embora similar no momento inicial para ambos os grupos, o escore de consumo de vitamina D diferiu entre os jovens praticantes e não praticantes de basquetebol após nove meses de seguimento (Basquetebol 5,5 ± 1,5 e Controle 4,1 ± 1,7; p-valor = 0,026).

Ao longo da coorte nove meses, os ganhos percentuais na DMO foram similares entre engajados e não engajados na prática do basquetebol para a região das pernas (p-valor = 0,642) e coluna (p-valor = 0,748). Por outro lado, para a região dos braços (p-valor = 0,001) e corpo total (p-valor= 0,008) houve aumentos significativos de DMO para o grupo de adolescentes engajados na prática do basquetebol.

No segundo momento das análises, os ganhos percentuais após nove meses de seguimento na DMO foram comparados sob o ajuste de potenciais fatores de confusão (Tabela 2). No que se refere a região dos braços, embora sem significância estatística sobre os ganhos de DMO, a prática do basquetebol apresentou tamanho de efeito moderado sobre tais modificações (ES-r = 0,083). Neste mesmo modelo, as variáveis de ajuste não foram significativas e apresentaram baixo/trivial tamanho de efeito.

Os ganhos na região dos membros inferiores não foram afetados pela prática do basquetebol (ES - r = 0,006 [efeito trivial]), mas a estatura (ES - r = 0,178 [efeito elevado]) e MLG (ES - r = 0,292 [efeito elevado]) foram os principais determinantes dos ganhos na DMO dessa região do corpo. Na região da coluna, a prática esportiva não afetou os ganhos de DMO, bem como, nenhuma variá- vel de ajuste se destacou. Por fim, prática de basquetebol (ES - r = 0,074 [efeito moderado]), estatura (ES - r = 0,100 [efeito moderado]) e consumo de alimentos ricos em vitamina D (ES - r = 0,150 [efeito elevado]) destacaram-se no efeito sobre as modificações totais de DMO após nove meses de seguimento.

Com base nos parâmetros fornecidos pelo teste de homogeneidade das variâncias, com exceção para a DMO total (Total; p-valor = 0,001), todos os demais modelos multivariados criados apresentaram-se adequadamente ajustados (Braços; p-valor = 0,111/Pernas; p-valor = 0,225/Coluna; p-valor = 0,482).

Por fim, testou-se o relacionamento linear entre mudanças nos indicadores ósseos, tempo prévio de prática do basquetebol (em meses) e volume semanal de treinamento (minutos por semana) (Tabela 3). Foi possível observar que, mesmo após os ajustes, houve relação positiva entre maior tempo de prática do basquete e ganhos de densidade nos braços (r = 0.578 [IC95% = 0.254 a 0.785]), bem como, entre maiores ganhos de densidade nos braços e o volume semanal de treinamento (r = 0.442 [IC95% = 0.074 a 0.704]). No modelo, no qual o tempo prévio de prática esportiva e volume de treinamento foi inserido simultaneamente, apenas a prática prévia de treinamento manteve-se significativa (r = 0.487 [IC95% = 0.131 a 0.732]).

 

DISCUSSÃO

Adolescentes praticantes de basquetebol apresentaram maior DMO e MLG já no início do seguimento. Esses achados corroboram com investigações anteriores, as quais demonstram que jovens engajados em atividades esportivas apresentam maior estatura, bem como maior massa muscular e óssea15-18. Por outro lado, esses achados podem refletir não apenas os efeitos fisiológicos decorrentes da prática do basquetebol (deformações ósseas ocasionadas por vibrações decorrentes do impacto com o solo durante corridas e saltos, bem como o estímulo da contração muscular)19, mas também o processo de seleção existente na modalidade, o qual absorvem jovens mais altos e mais fortes que têm maior probabilidade de avançar na prática esportiva.

Os ganhos na DMO dos praticantes de basquetebol foram significantemente mais altos comparados aos do grupo controle. De fato, a prática do basquetebol agrega diferentes componentes biomecânicos e fisiológicos (intensidade moderada/vigorosa, saltos, corrida, mudanças rápidas de direção)6,20, os quais são identificados pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte como osteogênicos5. A interleucina-6 é um agente inflamatório que afeta o funcionamento do eixo GH-IGF-1 e também o processo de diferenciação de células tronco em osteoclastos e osteoblastos21. Por outro lado, o basquetebol além de ser realizado em intensidades consideradas importantes para ativar mecanismos anti-inflamatórios ligados ao exercício físico21, também auxilia no controle da gordura corporal (importante produtora de interleucina-6 no organismo)22. Estas vias fisiológicas oferecem, ao menos em parte, suporte para o entendimento de como a prática do basquetebol pode afetar positivamente a formação óssea, mas carecem de maior investigação.

Vale destacar o fato do maior efeito osteogênico da prática do basquetebol ter ocorrido nos membros superiores. A esse respeito, Tenforde e Fredericson23 identificam que a densidade mineral óssea é aumentada mais efetivamente nos locais que são diretamente afetados pelo estresse mecânico. Nesse sentido, o manuseio da bola e a comum utilização dos braços para proteção durante a partida podem ser caracterizados como estímulo osteogênico, os quais não são observados no grupo controle e assim justificariam as diferenças. A mesma teoria23 poderia ser aplicada para justificar a ausência de diferenças nos membros inferiores, uma vez que a marcha humana é um comportamento com características osteogênicas assumido diariamente, independentemente de envolvimento na prática esportiva.

Variáveis afetadas pela maturação biológica demonstraram-se importantes atores no desfecho analisado. Maturação biológica afeta de maneira importante tanto o ganho de massa óssea quanto o ganho de estatura e massa muscular24. Nesse sentido, o papel da maturação biológica (e consequentemente as variáveis afetadas por ela) sobre o desfecho analisado não é surpresa e ratifica a importância de serem controladas.

Vale salientar um importante achado deste estudo, o qual aponta que quanto maior o tempo engajado na prática do basquetebol (em anos), maiores foram os ganhos de DMO. Em termos de promoção da saúde em populações pediátricas, esta informação tem importante peso, pois ratifica a necessidade de se incentivar a prática esportiva regular entre jovens25,26, principalmente em uma sociedade na qual o sedentarismo e obesidade são problemas de saúde pública entre crianças e adolescentes27,28. De mesma forma, a prática esportiva pode assumir papel protagonista em ações de combate ao sedentarismo e obesidade, pois caracteriza-se como um importante componente da atividade física habitual de crianças e adolescentes em todo o mundo.

Embora o presente estudo destaque-se pela ausência de experimentos similares realizados no Brasil, suas principais limitações precisam ser destacadas. Inicialmente, devido ao fato da amostra envolver apenas adolescentes do sexo masculino, cautela é necessário na inferência de tais achados para o sexo feminino. Como segunda limitação, destaca-se o curto tempo de seguimento, o qual poderia produzir maiores diferenças entre os grupos analisados caso compreendesse um tempo maior de acompanhamento. Um terceiro ponto a ser destacado, seria a ausência de supervisão dos parâmetros de treinamento (intensidade do treino), os quais podem impactar liberação hormonal. Por fim, destaca-se a ausência do controle da ingestão de cálcio e exposição a luz solar dos participantes.

Em resumo, conclui-se que a prática do basquetebol parece impactar significativamente os ganhos de densidade mineral óssea de adolescentes, porém destaca-se o forte efeito de variáveis relacionadas ao crescimento e maturação biológica nesse processo. Por fim, destaca-se também que quanto maior o tempo de prática da modalidade, maiores parecem ser os ganhos na estrutura óssea.

 

AGRADECIMENTOS

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP [Processo 2013/06963-5 e Processo 2015/13543-8]) por financiar o estudo.

 

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Endereço para correspondência:
Mario Antonio Rodrigues Junior
e-mail: mario_edf@outlook.com

Manuscript submitted: 12 May 2016
Accepted for publication 16 Jun 2016

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