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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.27 no.1 São Paulo jan./abr. 2017

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.119236 

ARTIGO ORIGINAL

 

Repercussão displasia broncopulmonar na função pulmonar durante infância: revisão sistemática

 

 

Janaina Cristina ScalcoI; Rafaela Coelho MinskyII; Francieli Camila MuchaIII; Camila Isabel Santos SchivinskiIV

IM.A., Professor of the Department of Physiotherapy at the State University of Santa Catarina, Florianopolis/SC/Brazil
II. Physiotherapist, Master´s Degree in Physiotherapy from the State University of Santa Catarina, Florianopolis/SC/Brazil
III. Physiotherapist, Graduate Student in the Graduate Program for Physiotherapy at the State University of Santa Catarina, Florianopolis /SC/Brazil
IV. Ph.D., Full Professor of the Department of Physiotherapy at State University of Santa Catarina, Florianopolis/SC/Brazil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: A displasia broncopulmonar (DBP) é uma doença pulmonar crônica multifatorial que interrompe o desenvolvimento pulmonar, podendo repercutir em comprometimento da função pulmonar na primeira infância, que pode perdurar durante a idade escolar, adolescência, até a idade adulta.
OBJETIVO: Analisar, através de uma revisão sistemática, as repercussões da DBP na função pulmonar de crianças na primeira infância.
MÉTODO: Foram realizadas buscas sistematizadas em três bases de dados eletrônicas (Medline, SciELO e PEDro). Dois examinadores independentes analisaram sistematicamente os títulos, resumos e textos na íntegra, considerando os seguintes critérios de inclusão: estudos que avaliaram a função pulmonar de crianças com até 5 anos de idade que apresentaram diagnóstico de DBP no período neonatal.
RESULTADOS: Inicialmente foram identificados 1789 artigos, sendo que a amostra final foi composta de 22 artigos. Evidenciou-se que crianças com DBP apresentam na primeira infância limitação dos fluxos expiratórios e redução da capacidade residual funcional. Estas alterações podem ser normalizadas ou minimizadas com o crescimento e adequação de peso, porém, a função pulmonar das crianças com história de DBP continua reduzida em comparação a crianças hígidas nascidas a termo. Ainda, a maioria delas não apresenta respostas positivas nos valores de função pulmonar com o uso de broncodilatadores.
CONCLUSÃO: Crianças com DBP apresentam alterações na função pulmonar, podendo melhorar com o crescimento, sendo que a maioria não responde positivamente ao broncodilatador.

Palavras-chave: displasia broncopulmonar, doenças pulmonares, lactente, testes de função respiratória, criança. function testing, child.


 

 

INTRODUÇÃO

A doença pulmonar crônica neonatal, também conhecida como displasia broncopulmonar (DBP), é determinada pela necessidade de oxigênio suplementar e/ou suporte ventilatório nos primeiros 28 dias de vida1-4. Crianças que desenvolveram a doença no período pós-natal podem apresentar anormalidades na função pulmonar5.

Atualmente, a avaliação da função pulmonar na primeira infância, definida pela idade de 0 a 6 anos na qual abrange lactentes e pré escolares, pode ser realizada por exames como a compressão torácica rápida, oclusão única da respiração, pletismografia e diluição de gás hélio6. Estudos indicam que lactantes com DBP apresentam função pulmonar comprometida nos primeiros anos de vida, com importante limitação dos fluxos expiratórios, tanto do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), quanto do fluxo expiratório médio (FEF25-75%), bem como redução da complacência pulmonar, aumento da resistência pulmonar, maior frequência respiratória, redução da capacidade residual funcional (CRF) e do volume resi- dual7-24.

Esses dados caracterizam alterações ventilatórias e funcionais, cujo conhecimento pode proporcionar um maior entendimento da doença e, consequentemente, uma melhora nas estratégias de tratamento e prevenção envolvidas em seu manejo. Sendo assim, o objetivo deste estudo é analisar as repercussões da displasia broncopulmonar na função pulmonar de lactentes e pré-escolares de 0 a 5 anos de idade.

 

MÉTODO

Estratégia de busca

Para a elaboração desta revisão, realizaram-se buscas sistematizadas em três bases de dados eletrônicas: SciELO (Scientific Eletronic Library Online), PEDro (Physiotherapy Evidence Data base) e Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online via Ovid. Foram selecionados artigos publicados até a data de busca, setembro de 2016, independentemente do idioma.

Os autores elaboraram uma estratégia de busca original para o Medline (via OVID web) e PEDro apresentados na (Figura 1), devido à ausência deste tipo de publicação sobre o tema. Para a base de dados SciELO foram utilizadas as seguintes palavras chaves: displasia broncopulmonar, bronchopulmonary dysplasia.

Estratégia de seleção

O método de triagem dos estudos envolveu 2 examinadores, que analisaram os resultados da pesquisa de forma independente na busca de estudos potencialmente elegíveis. Foram selecionados os trabalhos que respeitaram os critérios pré-estabelecidos, sendo discutidos os casos duvidosos. Inicialmente foi conduzida uma análise por títulos, com base nestes, os avaliadores resgataram os resumos e fizeram uma segunda análise. Os estudos finalmente eleitos tiveram seus manuscritos adquiridos na íntegra, para estruturação dessa revisão, a qual baseou-se na recomendação dos Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta-análise (PRISMA) 25,26 (Figura 2).

Análise de dados

Foram considerados critérios de inclusão ensaios clínicos que avaliaram a função pulmonar de lactentes e pré-escolares de 0 a 5 anos de idade, que tiveram diagnóstico de DBP no período neonatal. O diagnóstico de DBP foi definido como a necessidade de oxigênio suplementar acima de 21% por 28 dias ou mais24. Estudos não disponíveis para acesso através do Programa de Comutação Bibliográfica (Comut), pelo website do jornal ou pelo banco de dados Ovid, não fizeram parte do material analisado.

 

RESULTADOS

Identificou-se um total de 1789 artigos, destes, 61 títulos foram selecionados para análise de seus resumos. Em seguida, 33 foram elencados para a leitura na íntegra, sendo 11 excluídos por não se enquadrarem aos critérios de inclusão. A amostra final foi composta de 22 trabalhos como mostra o fluxograma (figura 2).

Dos 22 artigos incluídos (quadro 1), 12 avaliaram as crianças com história de DBP em momentos diferentes (longitudinais)7-16,27,28 sendo que o acompanhamento máximo foi do período de internação hospitalar neonatal até os cinco anos de idade. Os outros dez artigos analisados realizaram a prova de função pulmonar em um único momento (transversais)17,22,29-32.

 

Tabela 1

 

DISCUSSÃO

Sabe-se que a manutenção da integridade do sistema respiratório nos primeiros dois anos de vida é essencial e vai determinar a melhora da troca de gases e da reserva respiratória após a fase de lactente33, pois este é o período de maior crescimento alveolar34. Os estudos apresentados na presente revisão sugerem que, com o crescimento e desenvolvimento da criança com história de DBP, os sintomas respiratórios e a função pulmonar parecem melhorar na primeira infância7,8,10,12,27. Farstad et al.12 verificaram que, com 50 semanas de idade corrigida (IC), 80% das crianças com DBP de sua amostra apresentaram obstrução periférica grave, contra 58% das prematuras sem DBP. Na reavaliação (120 semanas de IC), apenas 38% das crianças com DBP apresentaram obstrução grave, contra nenhuma criança prematura. Segundo Sanchez et al.35 a progressiva melhora dos valores fluxos e capacidades pulmonares nesta população é proporcional ao aumento de peso e comprimento dos lactentes. Já Hjalmarson et al.13 observaram que a função pulmonar de lactentes broncodisplásicos continua reduzida, mesmo após a normalização do peso, em comparação a de lactentes saudáveis. No entanto, essas alterações podem não ser significativas considerando-se os valores de normalidade dos parâmetros de função pulmonar12,17. Ainda nesta linha, alguns autores7,8,10 apontam que a melhora na função pulmonar durante a primeira infância é mais evidente em crianças com DBP moderada/grave, em comparação aquelas com doença leve, ou a prematuros sem DBP28.

Sabe-se que algumas complicações na primeira infância advindas da DBP podem favorecer as altas taxas de infecções respiratórias, sibilância recorrente e reinternação hospitalar12,28,33,34,36. De acordo com o estudo de Tepper et al.14 55% dos lactantes com DBP necessitaram de reinternação durante o primeiro ano de vida, devido a doenças do trato respiratório inferior. A incidência de morbidade respiratória e reinternação tem se apresentado inferior em lactantes saudáveis que nasceram a termo28, bem como em prematuros que desenvolveram síndrome da angustia respiratória12, quando comparados aos broncodisplásicos. Contudo, Mahut et al.29 observaram que não há diferença na função pulmonar entre lactentes broncodisplásicos que apresentam sintomas freqüentes e aqueles que manifestam pouco ou nenhum sintoma, sendo que ambos apresentam redução da CRF. Esse comportamento sugere que, outros fatores além da função pulmonar, podem estar envolvidos na alta suscetibilidade a infecções respiratórias presente nesta população.

Outro tópico identificado na corrente revisão é a resposta de crianças com DBP ao broncodilatador. Os trabalhos selecionados demonstram que não há diminuição da resistência inspiratória e expiratória após a utilização de broncodilatadores na maioria das crianças com história DBP, sendo que as crianças que respondem à administração destas medicações apresentam maiores anormalidades nos parâmetros de função pulmonar que os não-respondedores22,32. Segundo Fakhoury et al.23 até os 3 anos de idade apenas 20 a 30% das crianças com DBP moderada a grave apresentam resposta broncodilatadora. Deste modo, a administração dessa droga não deve ser indicada para todos pacientes com DBP, mas apenas para aqueles respondedores ou que apresentam piora da sibilância durante exacerbações respiratórias agudas22,32.

Artigos e revisões atuais tem apresentado limitação da função pulmonar, capacidade funcional e qualidade de vida de escolares Scalco et al.37 e adultos Gough et al.38 com DBP, no entanto a repercussão da doença em lactantes e pré-escolares não tem sido frequentemente discutida, sendo assim esta revisão consegue abarcar resultados de estudos atuais a respeito do tema nesta faixa etária. A ausência de classificação da qualidade metodológica, por meio de instrumentos validos, dos artigos incluídos é considerada uma limitação da presente revisão.

Em síntese, crianças com história de DBP normalmente apresentam alterações na função pulmonar nos primeiros três anos de vida, que parece melhorar com o crescimento e não ser significativa após a adequação do peso corporal. Contudo, ao comparar crianças broncodisplásicas com aquelas que nasceram a termo, esta limitação ainda pode ser evidenciada. Observa-se ainda, que a maioria das crianças com DBP não apresentam respostas positivas na função pulmonar após o uso de broncodilatadores inalatórios, mas as respondedoras apresentam função pulmonar comprometida.

Cientes deste comportamento de melhora gradual da função pulmonar nos primeiros anos de vida, os profissionais da saúde pública que atuam nos cuidados desta população, devem considerar a importância dos aspectos nutricionais e de prevenção de infecções respiratórias neste período. A fim de garantir condições que predisponham o adequado crescimento e desenvolvimento pulmonar, o que poderá atenuar as alterações da função pulmonar decorrente da lesão neonatal. Além disso, a identificação precoce de possível comprometimento da função pulmonar poderá direcionar a atuação do pediatra e/ou pneumologista para prevenção de complicações da doença, por meio de estratégias como a motivação da prática de atividades físicas na rotina da criança, o mais cedo possível, e até mesmo o encaminhamento para acompanhamento fisioterapêutico na vigência de doenças respiratórias agudas ou prevenção destas.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Evidenciou-se que crianças diagnosticadas com DBP no período neonatal apresentam limitação dos fluxos expiratórios e redução da CRF, quando avaliadas na primeira infância, em comparação a crianças nascidas a termo e prematuros sem a doença. A maioria das crianças apresenta uma melhora nos parâmetros da função pulmonar com o crescimento e com a normalização de peso.

 

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Endereço para correspondência:
Camila I. S. Schivinski
E-mail: cacaiss@yahoo.com.br

Manuscript submitted Nov 2015
Accepted for publication Jan 2016

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