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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.27 no.3 São Paulo set./dec. 2017

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.125095 

ARTIGO ORIGINAL

 

Nível de satisfação dos profissionais médicos quanto ao seu ambiente de trabalho em organização social de saúde de assistência ao sistema único de saúde do Brasil

 

 

Fabio PegorariI; Flávio MorgadoII; Beatriz da Costa Aguiar AlvesI; Ligia Ajaime AzzalisIII; Virginia Berlanga Campos JunqueiraIII; Maria Teresa André VicenteIV; Fernando Luiz Affonso FonsecaI

ILaboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Medicina do ABC
IICiências Médicas da PUC, R. Jouberte Wey
IIIDepartamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP
IVMinistério da Saúde de Angola

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: A avaliação de um sistema de trabalho se dá a partir da capacidade de adaptação do trabalho ao homem e do homem ao trabalho. Um dos aspectos que interferem na capacidade de adaptação é a satisfação no trabalho como a integração, a autonomia, a motivação, o envolvimento e a utilização das capacidades físicas e mentais.
OBJETIVO: Analisar nível de satisfação dos profissionais médicos quanto ao seu ambiente de trabalho em Organização Social de Saúde de assistência ao sistema único de saúde do Brasil.
MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo. Para coleta de dados, utilizou-se um instrumento contendo 36 questões acerca dos indicadores: material, pessoal, qualidade e social, enviado por meio da plataforma Google Docs.
RESULTADOS: Participaram da pesquisa 51 médicos. Verificou-se a existência de associações significativas entre satisfação quanto ao ambiente do trabalho do médico e relacionamento com a equipe de trabalho, gerência da unidade e reconhecimento profissional.
CONCLUSÃO: A satisfação no ambiente de trabalho do profissional médico na Organização Social de Saúde (OSS) esteve associada aos fatores internos, assim como a necessidade do seu reconhecimento profissional pela política de gestão da OSS.

Palavras-chave: satisfação, ambiente de trabalho, organização social de saúde, médico


 

 

INTRODUÇÃO

A avaliação de um sistema de trabalho se dá a partir da capacidade de adaptação do trabalho ao homem e do homem ao trabalho1,2. Um dos aspectos que interferem na capacidade de adaptação é a satisfação no trabalho como a integração, a autonomia, a motivação, o envolvimento e a utilização das capacidades físicas e mentais3.

A satisfação laboral é definida como o resultado da avaliação que o colaborador tem sobre o seu trabalho e a realização de seus valores por meio dessa atividade, sendo uma emoção positiva de bem-estar. Essas necessidades de sobrevivência e sentir-se bem são considerações comuns a todos, porém os valores diferem de pessoas4.

O conceito de satisfação no trabalho se dá a uma atitude geral de uma pessoa em relação ao seu trabalho, envolvendo suas relações no local, até mesmo as relações de poder; o ambiente; a organização do trabalho; as políticas e programas de gestão da empresa; suas tecnologias; metas, objetivos e interesses; seu ambiente econômico-financeiro; sua história e os desejos dos colaboradores no sentido singular e coletivo5.

A expressão satisfação deriva do julgamento de um indivíduo entre sua vida profissional e sua profissão. A satisfação com a vida implica contentamento ou aceitação por parte dos indivíduos e as condições de sua existência que está associada à maneira como percebem a realização daquilo que desejam ou precisam. A desigualdade percebida pode contribuir substancialmente para a insatisfação profissional6.

A frase "funcionários felizes são funcionários mais produtivos" geralmente é verdadeira. Essa especulação iniciou-se nos anos de 1930 e 1940, principalmente pela contribuição dos estudos de Hawthorne orientados por pesquisadores na Western Eletric. A partir desses resultados os gestores passaram a concentrar-se nas condições e ambiente de trabalho para que seus funcionários fossem mais felizes. Na década de 1980, alguns autores realizaram a revisão da análise dessa pesquisa rotulando-a como 'ilusória', pois indicaram que a relação entre a satisfação no trabalho e o desempenho não era consideravelmente alta. Porém, mais recentemente, foram feitos mais de 300 estudos sobre essa mesma análise, corrigindo erros da revisão anterior e, assim, instigando a correlação da satisfação e o desempenho no trabalho como razoavelmente alta7.

Para as empresas bem-sucedidas tornou-se essencial fazer do ambiente de trabalho um local agradável, pois ele torna mais fácil o relacionamento interpessoal e melhora a produtividade. Ainda reduz acidentes, doenças, absenteísmo e rotatividade do pessoal8.

Trabalhar envolve relações, as quais podem resultar em satisfação ou podem causar sofrimento. O trabalho na saúde é um trabalho especial de cuidado humano e desenvolvido, majoritariamente, na forma de trabalho coletivo. Um trabalho deste tipo implica em relações entre profissionais e usuários dos serviços e seus familiares, assim como em relações entre os componentes das equipes e entre profissionais e gestores8,9.

Estudo realizado sobre os efeitos moderadores da satisfação no trabalho e a motivação dos médicos para aderir às diretrizes de prática clínica, relata que os profissionais insatisfeitos com o trabalho foram menos dispostos a aderir às diretrizes quando trabalham sob pressões sociais para cumpri-las, em contraponto aos médicos satisfeitos que não houveram mudanças negativas comportamentais. A satisfação profissional dos médicos pode ajudar na identificação e elaboração de intervenções, se esses estiverem satisfeitos com sua prática10.

Ao longo das duas últimas décadas do século passado, assistiu-se a um intenso debate sobre a crise fiscal do Estado, suas implicações sobre o processo de financiamento das políticas públicas e as possíveis alternativas ao problema. No limite, este debate expressou o enfrentamento entre concepções sobre o papel do Estado e os padrões de intervenção sobre a sociedade. A partir do debate iniciado nos anos 1990 no Brasil, quanto à necessidade de uma dada reestruturação do Estado, uma grande quantidade de energia e de produção teórica foi mobilizada em relação ao tema11.

No Brasil, a expressão concreta deste debate está representada no Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), proposto pelo Ministério da Administração e Reforma do Estado (MARE) do governo FHC12.

Na área de saúde do governo do Estado de São Paulo, fez-se uma opção por experimentar um novo modelo de gestão para algumas de suas unidades hospitalares, com a implantação de Organizações Sociais de Saúde (OSSs), gerenciadas por entidades públicas não estatais, submetidas a contratos de gestão, que são acompanhados e avaliados por estrutura da Secretaria Estadual de Saúde, criada especificamente para este fim13.

As OSSs são definidas como entidades de interesse e de utilidade pública, associações sem fins lucrativos, surgidas da qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, nas atividades de ensino, pesquisa tecnológica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente14,15.

A satisfação de médicos no ambiente de trabalho em uma Organização Social de Saúde pode contribuir para uma assistência qualificada, possibilitando menor índice de eventos adversos à saúde dos pacientes.

Portanto, o objetivo é analisar o nível de satisfação dos profissionais médicos quanto ao seu ambiente de trabalho em organização social de saúde de assistência ao sistema único de saúde do brasil.

 

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, prospectivo, exploratório e descritivo. Tendo como lócus uma OSS localizada em São Paulo, Brasil. Utilizou-se como base para análise dos dados um questionário referente à satisfação no trabalho dos médicos, aplicado via endereço eletrônico. O mesmo foi composto por 36 questões a todos os profissionais médicos (n=64) de diferentes especialidades. As questões foram divididas com os indicadores: material, pessoal, qualidade e social.

A coleta de dados foi realizada mediante aplicação de um questionário, enviado para os profissionais médicos por meio da plataforma Google Docs. Esse instrumento é composto por questões acerca da satisfação médica no ambiente de trabalho, com as opções de resposta "concordo", "discordo", "não concordo e nem discordo". Os e-mails foram enviados aos (n=64) médicos por oito tentativas. Após a oitava tentativa sem respostas, os profissionais que não responderam foram excluídos, havendo, portanto 13 perdas amostrais. O contato com os profissionais ocorreu de abril de 2014 a julho de 2016.

A análise estatística descritiva foi apresentada com resultados em tabelas e frequência absoluta e relativa, associando a satisfação do profissional médico segundo o tempo laboral, número de locais de trabalho, relacionamento com a equipe e gerência da Unidade de Saúde e seu reconhecimento profissional, foi utilizado o teste qui-quadrado, sendo que para todas as análises utilizou-se nível de confiança de 95%, utilizando o programa de estatística Stata versão 11.0.

 

RESULTADOS

Participaram do estudo 51 médicos vinculados à OSS. Após a coleta dos dados, realizou-se a tabulação e foram apresentadas cinco tabelas com descrições específicas e os principais resultados da pesquisa (Tabela 1, Tabela 2, Tabela 3, Tabela 4 e Tabela 5).

 

DISCUSSÃO

Em relação à satisfação dos profissionais médicos quanto aos seus ambientes de trabalho em uma Organização Social de Saúde (OSS) observa-se que houve associações significativamente positivas, no tocante à satisfação do profissional no relacionamento com a equipe de trabalho, gerência da Unidade de Saúde e reconhecimento profissional, corroborando com estudos sobre a satisfação dos médicos britânicos em clínica geral, no qual relata-se que são mais satisfeitos com o ambiente harmonioso e bom relacionamento interpessoal, entretanto insatisfeitos com a falta de autonomia e uso de suas habilidades no campo laboral16.

Estudo realizado com profissionais médicos do setor público em Belo Horizonte, Brasil, verificou-se que as estratégias para aumentar a autonomia, sobre suas atividades laborais são possíveis ações fundamentais para estabelecer a satisfação desses profissionais17. Observa-se a ampla cooperação e políticas de promoção com apoio social e laboral, como condições importantes para que os profissionais médicos estejam satisfeitos quanto ao seu ambiente de trabalho.

Quando se analisa as condições de trabalho e transtornos mentais mais comuns em médicos no Brasil, verificou-se que a maioria dos profissionais estudados está mais satisfeita em relação ao seu ambiente de trabalho quando os mesmos são apoiados pela equipe de trabalho, o que também se observou nesse estudo18. Mas, em contrapartida, destaca que o apoio social modula o impacto do estresse sobre a saúde do indivíduo e satisfação no trabalho19.

Com isso, observa-se que as relações das condições de trabalho ofertadas e o apoio da gestão ao profissional médico são componentes fundamentais para que esse profissional tenha satisfação quanto a atuação de sua profissão.

Destaca-se que um dos principais fatores que podem culminar para que um profissional deixe a organização em que trabalha é seu nível de insatisfação com seus afazeres. A relação entre a satisfação do médico com o trabalho e ainda a rotatividade- fluxo de entrada e saída de pessoal, não pode ser inteiramente compreendida sem que se analise o contexto no qual estão inseridos esses profissionais, de maneira que se considerem fatores como a cooperação, trabalho em equipe, modelo de gestão e a infraestrutura organizacional18.

Atualmente uma das maiores dificuldades em relação à continuidade do profissional médico ao local de trabalho é a rotatividade. Entretanto, os resultados apresentados aqui mostraram expressivo tempo no local de trabalho, o que pode relacionar-se com a satisfação nas relações laborais. Portanto, o incentivo contribui positivamente para redução dos altos níveis de insatisfação no ambiente de trabalho15.

O incentivo a melhoria de relações interpessoais possa auxiliar gestores de outras instituições como forma de aumentar a fixação do profissional médico no seu ambiente de trabalho20.

Uma pesquisa realizada pela British Medical Association com 15.560 respostas de médicos em clínica geral do Reino Unido, relatou que 34% dos profissionais estavam dispostos a renunciar à prática, relatando que experimentaram alto nível de estresse consequente ao trabalho e 16% disseram que seu estresse era significativo e incontrolável21.

Períodos prolongados de excesso de trabalho podem afetar negativamente o bem-estar dos médicos, levando-os a manifestações de doenças mentais, problemas nas relações pessoais e depressão22. Observa-se que o bom relacionamento interpessoal e o fato do profissional médico gostar do seu trabalho, são fatores principais associados à satisfação, bem como a permanência há mais de dez anos no serviço de saúde local.

Há uma relação entre a satisfação do médico com o trabalho e a rotatividade não pode ser inteiramente compreendida sem que se analise o contexto no qual estão inseridos os profissionais. Devem-se considerar aspectos como a cooperação e o trabalho em equipe, os modelos de gestão empregados e a infraestrutura municipal23. Mesmo quando há uma ampla jornada de trabalho fracionado, verifica-se nos resultados uma elevada satisfação por parte do profissional médico, pois o mesmo revela possuir uma relação de trabalho satisfatória.

Analisando equipes de serviços psiquiátricos públicos e avaliando a satisfação no trabalho foi possível observar que os funcionários relataram maior satisfação e qualidade no serviço quando se relacionam bem no trabalho, em relação à participação no serviço e condições de trabalho24. Percebe-se que o monitoramento da satisfação mostra a utilidade na perspectiva de desenvolvimento da qualidade dos serviços. Também é verificado a insatisfação no trabalho de médicos estrangeiros nacionais na Saxônia - Alemanha, sobre as relações humanas com seus colegas no ambiente de trabalho, relatando menor satisfação25.

Uma elevada quantidade de locais de trabalho e tempo de labuta na instituição promove associação dessas variáveis com a satisfação dos profissionais estudados na pesquisa. O relacionamento pessoal no ambiente de trabalho com outros profissionais de saúde contribui para altos níveis de satisfação em relação ao bom relacionamento com colegas e apoio de superiores e subordinados26.

No campo da gestão, as contribuições do estudo implicam em indicar uma maior observação nas relações interpessoais para uma oferta de treinamentos adequados para capacitação contínua dos gestores e profissionais médicos, bem como a relevância da conjuntura econômica do país sobre a demanda de postos de trabalho e escassez de médicos atuantes. O cenário que reforça a importância da gestão em observar os fatores supracitados, assim como a sensibilidade de identificar os elementos motivadores que podem gerar impactos como a descontinuidade do profissional no serviço de saúde, no qual abrange o usuário e a própria organização gera questões reflexivas para o campo da saúde pública.

Essa análise mais agrangente traz os fatores influenciadores da satisfação nos quais ações mínimas de gestão, como o profissional sentir-se reconhecido e apoiado no seu ambiente de trabalho, bem como ser ouvido em suas indagações e questionamentos assertivos, podem gerar ao serviço de saúde maior retenção e motivação desses, compreendendo, dessa forma, micro para atividades e condiçoes de trabalho, e macro em sua satisfação profissional. Além disso, sabe-se que a satisfação no trabalho pode refletir diretamente na qualidade do serviço prestado e tais informações podem ser usadas como importante ferramenta de gestão de serviços de saúde26,27.

As hierarquias de valor e os chamados caráter dinâmico de valor também são pontos a serem considerados no que se refere a satisfação e insatisfação com o trabalho. Apresentam relação com a emoção e avaliação que é realizada em alguns contextos relacionados ao trabalho e que influenciam, inclusive, no modo como essas relações são discutidas4.

Esse nível de satisfação com o trabalho pode afetar o nível de cuidado que é direcionado para os pacientes. Em um grande estudo realizado por Xiáng et al.6, mostrou que associado ao fato de influenciar na assistência, profissionais da atenção primária tem mais satisfação com o trabalho quando comparado a outros profissionais. Muitos fatores, como o desenvolvimento de fadiga, pode ser considerado para influenciar na satisfação21.

 

CONCLUSÃO

Assim, a satisfação no ambiente de trabalho do profissional médico na Organização Social de Saúde (OSS) esteve associada aos fatores internos, assim como a necessidade do seu reconhecimento profissional pela política de gestão da OSS.

 

REFERÊNCIAS

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Endereço para correspondência:
profferfonseca@gmail.com

Manuscrito recebido: Setembro 2017
Manuscrito aceito: Novembro 2017
Versão online: Dezembro 2017

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