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Journal of Human Growth and Development

Print version ISSN 0104-1282On-line version ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.28 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2018

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.134374 

ARTIGO ORIGINAL

 

Características do desenvolvimento neuropsicomotor de lactentes filhos de mães que fizeram uso de drogas durante a gestação

 

 

Roberta Elian de LimaI; Andrezza Aparecida AleixoII; Lúcio Borges de AraújoIII; Camila Piqui NascimentoIV; Vivian Mara Gonçalves de Oliveira AzevedoV

IFisioterapeuta, Programa de Residência em Área Profissional da Saúde, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil
IIFisioterapeuta, Hospital de Clínicas, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil
IIIEstatístico, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Faculdade de Matemática. Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, Minas Gerais, MG, Brasil
IVEnfermeira, Pesquisadora em Saúde Coletiva, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil
VFisioterapeuta, Doutora, Docente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: O uso de drogas de abuso durante a gestação, em decorrência dos seus efeitos deletérios à saúde do lactente, pode acarretar implicações clínicas para o desenvolvimento neuropsicomotor
OBJETIVO: Analisar as características do desenvolvimento neuropsicomotor de lactentes filhos de mães usuárias de drogas de abuso na gestação.
MÉTODO: Estudo retrospectivo transversal, que analisou 51 prontuários de lactentes nascidos com peso inferior a 1500 gramas, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC/UFU), entre janeiro de 2014 a dezembro de 2015. A avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor foi realizada por meio do teste de Triagem do Desenvolvimento Denver II aos 6 ou 9 meses de idade corrigida. A análise estatística incluiu variáveis quantitativas que foram descritas por meio de médias, medianas e desvios-padrão e grupos comparados pelo teste t ou Mann-Whitney. As associações das variáveis qualitativas foram avaliadas por meio do teste de razão de verossimilhança.
RESULTADOS: Dos 51 prontuários analisados, 39,2% pertenciam ao grupo de filhos de mães usuárias de drogas de abuso e 60,8% ao grupo de filhos de mães não usuárias. O desenvolvimento neuropsicomotor foi predominantemente anormal e com diferença significante na classificação geral de desempenho (p<0,001) e, especificamente, na área motor grosseira (p=0,003) do grupo de lactentes filhos de mães usuárias de drogas de abuso.
CONCLUSÃO: Lactentes filhos de mães usuárias de drogas de abuso apresentaram maior atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

Palavras-chave: drogas Ilícitas, lactentes, desenvolvimento infantil, gestantes.


 

 

INTRODUÇÃO

A exposição a substâncias como o tabaco, o álcool ou drogas ilícitas pode comprometer o desenvolvimento do indivíduo em todas as fases da vida, desde o período intrauterino1. O uso de drogas de abuso por mulheres durante o período fértil vem crescendo mundialmente, tornando-se um problema de saúde pública2.

Nos Estados Unidos, a prevalência do uso de drogas de abuso durante a gravidez em mulheres com idade entre 15 e 44 anos foi de 10,8% para o uso álcool, 3% de tabaco e 4,4% de drogas ilícitas, sendo o consumo mais frequente entre as mulheres de menor idade3. No Brasil, existem poucos estudos sobre o tema. No entanto, uma análise realizada no município de São Luís, com 1447 gestantes, concluiu que o uso de substâncias psicoativas na gestação foi de 22,3% no que concerne ao uso de álcool, 4,2% de tabaco e 1,4% de algum tipo de droga ilícita4.

O uso de drogas de abuso durante a gestação pode ser devastador, visto que resulta, em alguns casos, em consequências irreversíveis ao binômio mãe-feto5. E isso porque a droga pode ultrapassar a barreira placentária e hematoencefálica, sem metabolização prévia, atuando principalmente no sistema nervoso central do feto. Em decorrência dos seus efeitos deletérios à saúde do lactente, essas drogas podem ainda apresentar implicações clínicas para o desenvolvimento neuropsicomotor, além do impacto social e econômico para a para a saúde6.

Assim, faz-se de suma importância a utilização de técnicas de triagem e monitoramento materna e neonatal de filhos expostos à droga de abuso na fase intrauterina, com o objetivo de promover, prevenir e intervir precocemente, evitando complicações no pós-natal e no decorrer do desenvolvimento infantil7.

Diante disso, o objetivo é analisar as características do desenvolvimento neuropsicomotor de lactentes filhos de mães usuárias de drogas de abuso na gestação.

 

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal com análise de prontuários dos lactentes da Unidade Neonatal do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC/UFU), no período de 1º de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2015.

Foram incluídos 51 prontuários de recém-nascidos pré-termo com peso abaixo de 1500 gramas ao nascimento e com 6 e 9 meses de idade gestacional corrigida. Os lactentes foram distribuídos em dois grupos: Grupo 1-(20 lactentes) filhos de usuárias de drogas de abuso; e Grupo 2-(31 lactentes) filhos de mães não usuárias.

As variáveis maternas obtidas foram: idade gestacional, realização do pré-natal, idade materna, escolaridade, uso de drogas de abuso ilícitas e/ou lícitas, diabetes mellitus gestacional, hipertensão arterial crônica, hemorragia peri-parto, uso de esteroide neonatal, corioamnionite e tipo de parto.

Quanto às variáveis neonatais foram analisadas: sexo, comprimento, peso e perímetro cefálico ao nascimento, escore de apgar no 5° minuto de vida, infecção neonatal, infecção congênita, uso de surfactante, tempo de oxigenoterapia, tempo de ventilação mecânica invasiva, displasia broncopulmonar, hemorragia periventricular, leucomalácia, persistência do canal arterial, enterocolite, escala de SNAP-PE e tempo de internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

O desenvolvimento neuropsicomotor dos lactentes foi avaliado pelo Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver II e comparados os grupos: Grupo 1 - filhos expostos à drogas de abuso na gestação e Grupo 2 - filhos não expostos a drogas de abuso na gestação. O teste avalia o desenvolvimento infantil de 0 a 6 anos e consiste em 125 itens, os quais são divididos em quatro áreas: pessoal-social, motor fino-adaptativo, linguagem e motor amplo ou grosso. Cada um dos itens avaliados é classificado em: atraso, cautela ou atenção e passa. O percentil 90 é o ponto de corte utilizado no teste de Denver II para definir o atraso, quando a criança falha em um item ou prova, e fica totalmente à esquerda da linha de idade, isto é, além do p90; cautela ou atenção, quando a criança falha em uma prova que era interceptada pela linha da idade entre p75 e p90 e passa quando a criança realiza a prova com sucesso8-10.

O desempenho de cada lactente foi classificado de acordo com o número de falhas (atraso e cautela) e classificado como: anormal - quando o lactente apresentava dois ou mais atrasos independente da área ou setor; questionável - quando o lactente avaliado apresentava apenas um atraso ou duas ou mais cautelas; normal - quando o lactente não apresentava nenhum atraso e no máximo uma cautela8,9.

A análise estatística incluiu variáveis quantitativas, as quais foram descritas, dentro de cada grupo, em médias, medianas e desvios-padrão. Aplicou-se o teste de normalidade Shapiro-Wilk, sendo que às variáveis que apresentaram distribuição normal nos dois grupos aplicou-se o t-Student para a comparação entre eles, caso contrário, foi aplicado o teste de Mann-Whitney. As associações das variáveis qualitativas foram avaliadas por meio do teste razão de verossimilhança (teste G). Utilizou-se a regressão logística univariada para avaliação dos fatores de risco para ocorrência do atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Para a elaboração do banco de dados e análise estatística foi utilizado o programa SPSS, versão 20.0 e foi adotado o nível de significância de 5%.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia (Protocolo 1628014) e obedeceu às normas para a realização de pesquisa com seres humanos, conforme a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Os pacientes foram identificados por números a fim de preservar sua identidade.

 

RESULTADOS

Foram analisados 51 prontuários, 20 (39,2%) pertencentes ao Grupo 1 (filhos de usuárias de drogas de abuso)e 31(60,8%) ao Grupo 2 (filhos de mães não usuárias)

As características maternas são apresentadas na Tabela 1. O consumo de drogas lícitas (álcool e tabaco) foi de 27,5% e 11,8% de drogas ilícitas (maconha, crack, cocaína) concomitante com drogas lícitas. Com relação à escolaridade, 72,5% estudaram de 8 a 11 anos e, quanto ao pré-natal, 92,2% realizaram as consultas.

Ao comparar os grupos, percebeu-se que a população neonatal exposta às drogas no período gestacional (Tabela 2) apresentou dados significativos para a infecção neonatal (p<0,001) e ocorrência de displasia broncopulmonar (p=0,001). Os filhos expostos a drogas de abuso na vida intrauterina permaneceram por um maior período de tempo internados na UTIN quando comparados aos filhos de mães não usuárias (p=0,027) (Tabela 3).

Na avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor dos lactentes (Tabela 4), evidenciou-se diferença estatisticamente significante na classificação geral do desempenho (p<0,001), sendo a área motora grosseira (p=0,003) a mais afetada e com o maior número de atrasos nos lactentes expostos a drogas de abuso no período gestacional.

A regressão logística univariada permitiu comparar o uso de drogas de abuso com outras variáveis neonatais como fatores de risco que podem aumentar as chances de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor (Tabela 5). Foi possível observar que o tempo de uso de oxigênio (OR= 1,06; IC95% 1,02-1,10), o tempo de internação (OR= 1,05; IC95% 1,02-1,08) e, principalmente, a presença do canal arterial patente (OR= 7,00; IC95% 1,86-26,36) foram fatores que também aumentaram o risco para o atraso do desenvolvimento neuropsicomotor.

 

DISCUSSÃO

Neste estudo, lactentes cujas mães fizeram uso de drogas de abuso durante a gestação apresentaram maior atraso no desenvolvimento neuropsicomotor quando comparados aos lactentes filhos de não usuárias.

Nos achados de Miller-Loncar et al.11, ao avaliarem o padrão de desenvolvimento motor ao longo dos primeiros 18 meses de vida de crianças com exposição in utero à drogas de abuso, observaram que os lactentes com exposição à cocaína apresentaram baixas habilidades motoras com 1 mês de idade, mas tiveram um aumento significativo dessas habilidades ao longo do tempo. Além disso, os autores relataram que tanto os níveis mais altos quanto os mais baixos de consumo de tabaco relacionaram-se com o pior desempenho motor em média.

Belcher et al.12 também observaram uma maior prevalência no atraso do desenvolvimento motor grosso de lactentes expostos a drogas ilícitas na vida intra-uterina quando comparados aos lactentes não expostos. A aquisição de marcos motores, como rolar e andar, foram adiados e apresentaram padrões anormais de tônus.

No Reino Unido, em um estudo longitudinal que avaliou lactentes, filhos de mulheres que fizeram uso de drogas recreativas (ecstasy) durante a gravidez, desde o nascimento até os 4, 12, 18 e 24 meses de idade, evidenciou-se que a exposição mais intensa (maior uso de comprimidos por semana) acarretou um pior desenvolvimento motor, mas sem afetar o desenvolvimento mental. Esses lactentes com exposição mais intensa foram duas vezes mais propensos a demonstrar pior qualidade do desempenho motor do que os não expostos13.

A exposição pré-natal à cocaína e ao crack tem sido associada a um amplo espectro de anormalidades estruturais no cérebro infantil. Um estudo retrospectivo em crianças filhas de mulheres que fizeram o uso de crack no período gestacional e que foram submetidas a imagens transfontanelares durante os primeiros dias de vida, revelou anormalidades em 34,9% da população estudada14. As alterações detectadas foram cistos subependimais em 24 crianças (18,6%), doença vascular lentículo em 18 crianças (14%), hemorragia subependimal em 9 crianças (7%) e cistos do plexo coróide em 9 crianças (7%)13. Dixon e Bejar15, em estudo realizado com recém-nascidos a termo, expostos a cocaína e metanfetamina e avaliados por meio de ultrassonografia craniana, também identificaram lesões como hemorragia intraventricular, necrose e lesões cavitárias nos gânglios basais, lobos frontais e fossa posterior. Ressaltamos que testes comportamentais focalizados e medidas psicofisiológicas podem ajudar a identificar áreas específicas afetadas pela exposição pré-natal a drogas, o que é essencial para auxiliar nas medidas de intervenção16,17.

Ao analisar o índice de consumo de drogas de abuso, observou-se um maior número de drogas lícitas (Tabela 1). Assim como o levantamento realizado no munícipio de Maringá (Paraná) em 2012, com 394 gestantes assistidas em unidades básicas de saúde, que identificou a maior taxa de uso de drogas lícitas nessa região, sendo 6,09% para o uso de álcool, 9,14% para o de cigarro e 1,02% para drogas ilícitas18.

Todas as gestantes, neste estudo, que faziam uso de drogas ilícitas durante a gestação faziam uso concomitante de drogas lícitas. Drogas lícitas, como o álcool ou a nicotina, podem ser igualmente ou mais prejudiciais ao feto em desenvolvimento do que drogas ilícitas19. Além disso, a maioria das mulheres grávidas que usam substâncias ilegais durante a gravidez também usam drogas legais. O estudo multicêntrico, realizado por Bauer et al.20 com 10.000 mulheres grávidas, evidenciou que 93% de todas as mulheres que usaram cocaína ou opiáceos durante a gravidez também usaram álcool e tabaco.

A exposição da gestante ao álcool e ao cigarro acarreta efeitos deletérios ao desenvolvimento fetal no período pré e pós-natal. Dentre eles destacam-se o aumento das taxas de natimortalidade, disfunções do sistema nervoso, dos casos de aborto, anomalias congênitas21, síndrome do alcoolismo fetal e atraso do desenvolvimento22, transtornos do crescimento fetal, baixo peso ao nascer e a síndrome da morte súbita do lactente23.

O uso de drogas de abuso é um importante problema de saúde pública que carece de estudos epidemiológicos no Brasil, não sendo fácil observar a ocorrência desse desfecho em mulheres gestantes que estejam em atendimento pré-natal, em virtude da baixa adesão ao atendimento24. Neste estudo, foi possível observar uma menor adesão às consultas de pré-natal das mães usuárias de drogas de abuso quando comparado ao grupo de mães não usuárias, talvez por isso também o maior número de partos vaginais. Corroborando com este resultado, Oliveira et al.25, ao analisarem 166 mulheres (83 usuárias e 83 não usuárias), verificaram que a metade do grupo de usuárias também não fizeram nenhuma consulta de pré-natal.

Em geral, as drogas ilícitas agem sobre o sistema cardiovascular materno, causando hiperestimulação adrenérgica e vasoconstrição. Há um aumento da frequência cardíaca e pressão arterial materna com a consequente diminuição do fluxo sanguíneo para o útero e risco de restrição de crescimento fetal26. Contudo, nos achados deste estudo, observou-se maior prevalência de hipertensão arterial em mães não usuárias. A hipertensão arterial na gravidez está associada com os desfechos perinatais desfavoráveis27. Segundo Carvalho et al.28, a hipertensão arterial apresenta um risco significativamente aumentado para o parto prematuro, restrição de crescimento intrauterino e admissão em UTIN. Uma vez que a população do presente estudo era composta por recém-nascidos pré-termo, todos apresentavam características semelhantes às descritas acima.

Os recém-nascidos de ambos os grupos (Grupo 1 - filhos de usuárias de drogas de abuso e Grupo 2- filhos de mães não usuárias) apresentaram condições clínicas similares ao nascerem. Contudo, entre as variáveis relacionadas às complicações neonatais verificadas no atual estudo, destacamos a displasia broncopulmonar, a infecção e o tempo de internação na UTIN com diferença estatisticamente significante entre os grupos. Ressaltamos, no entanto, que as possíveis complicações clínicas no decorrer do desenvolvimento neuropsicomotor apresentadas por crianças expostas na vida intrau¬terina a drogas, lícitas ou ilícitas, é dependente do tipo de droga, do tempo de exposição e da quantidade usada29.

Observou-se também que a infecção neonatal foi mais prevalente nos filhos de mães usuárias de drogas de abuso. Resultados semelhantes foram identificados em estudos que envolveram lactentes diagnosticados com sepse neonatal. Segundo os autores, a sepse neonatal é um fator de risco para o desenvolvimento motor30,31, mas não, necessariamente, para o cognitivo30.

Além do uso de drogas lícitas e/ou ilícitas, outras variáveis apresentaram maior risco para o atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, como o tempo de internação e de uso de oxigenoterapia e, especialmente, a presença de canal arterial patente. Sabe-se que as condições clínicas no nascimento e na internação, os riscos sociais, psicossociais e comportamentais também podem interferir no desenvolvimento desses lactentes32.

Faz-se necessário ressaltar algumas limitações deste estudo como a não avaliação do período gestacional em que a droga em questão foi utilizada, uma vez que este período poderia também afetar o desenvolvimento neuropsicomotor.

 

CONCLUSÃO

Sendo assim, conclui-se que os lactentes filhos de mães usuárias de drogas de abuso apresentaram maior atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

 

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Endereço para correspondência:
vivian.azevedo@ufu.br

Manuscrito recebido: Julho 2017
Manuscrito aceito: Dezembro 2017
Versão online: Março 2018

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