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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.28 no.1 São Paulo jan./mar. 2018

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.127411 

ARTIGO ORIGINAL

 

Estágios maturacionais: comparação de indicadores de crescimento e capacidade física em adolescentes

 

 

Vanessa Carla Monteiro Pinto; Petrus Gantois Massa Dias dos Santos; Rafaela Catherine da Silva Cunha de Medeiros; Francisco Emílio Simplício Souza; Thaisys Blanc dos Santos Simões; Renata Poliane Nacer de Carvalho Dantas; Breno Guilherme de Araújo Tinôco Cabral

Federal University of Rio Grande do Norte, Department of Physical Education - Av. Sen Salgado Filho, 3000, Campus Universitário Lagoa Nova Natal/Rio Grande do Norte- Brazil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: A identificação da capacidade física se apresenta como importante marcador relacionado ao comportamento saudável durante a infância e adolescência, no qual alguns fatores aparentam contribuir para o desempenho motor como a maturação e níveis hormonais
OBJETIVO: Comparar indicadores de crescimento, capacidades físicas e marcadores hormonais de acordo com o sexo e estágio maturacional em adolescentes
MÉTODO: Participaram do estudo 89 adolescentes de ambos os sexos de 10 a 13 anos. Foram avaliados a maturação sexual, obtida através do método de autoavaliação de Tanner, capacidades físicas (força explosiva de membros superiores e inferiores, velocidade de membros superiores e agilidade) e marcadores hormonais (testosterona e estradiol) através do método de quimiluminescência
RESULTADOS: Na comparação pelo sexo, as meninas obtiveram maiores valores para o peso (p=0,023), estatura (p=0,018) e percentual de gordura (p=0,001), enquanto que os meninos apresentaram melhor rendimento motor para a força explosiva de membros superiores (p=0,005) e inferiores (p=0,011), agilidade (0,018) e velocidade de membros superiores (p=0,014). Em relação ao estágio maturacional os meninos não apresentaram diferenças em nenhuma variável analisada; enquanto as meninas em estágio maturacional mais avançado apresentaram maiores valores para o peso (estágio V versus I), estatura (estágio III, IV e V versus I) e força explosiva de membros superiores (estágio III e IV versus I
CONCLUSÃO: Os indicadores de crescimento, peso e estatura, bem como a força explosiva de membros superiores foram mais elevados nas meninas em estágios maturacionais mais avançados e parecem ser dependentes do sexo

Palavras-chave: testosterona, estradiol, força muscular, aptidão física.


 

 

INTRODUÇÃO

A identificação dos componentes da aptidão física na infância e adolescência apresenta-se como importante marcador de comportamentos saudáveis1, visto que, elevados níveis de desempenho motor em jovens geralmente são indicativos de indivíduos ativos, devido ao engajamento em diversas atividades físicas2, sendo evidenciado uma associação entre o desenvolvimento motor e o nível de atividade física3. Logo, é necessário admitir que apesar da identificação da capacidade física ser um parâmetro essencial para a elaboração de estratégias que possibilitem de maneira mais adequada a prática de atividade física para os adolescentes, torna-se, também imprescindível verificar demais fatores que contribuam para a função motora da população pediátrica.

Recentemente, estudos verificaram que indivíduos na mesma faixa etária com estágios maturacionais diferentes, obtiveram indicadores de crescimento e desempenho motor distintos, sugerindo que a maturação é uma importante ferramenta a ser utilizada em conjunto com indicadores de crescimento, e de desempenho motor para fornecer intepretações mais adequadas do adolescente4-6.

Durante a adolescência, o estágio maturacional acelerado reflete no crescimento corporal, na força e potência em comparação com os indivíduos com desenvolvimento biológico atrasado5,7,8, entretanto, com o avanço da idade estas diferenças tendem a ser reduzidas e/ou eliminadas e podem contribuir para a redução da participação em atividades esportivas pelos adolescentes9.

A maturação somática, idade óssea e maturação sexual são métodos comumente utilizados para avaliar o estágio maturacional do adolescente9. O método de autoavaliação da maturação sexual tem sido considerado uma ferramenta de fácil aplicabilidade para a estimativa do estágio puberal de crianças e adolescentes, sendo baseado na aplicação de imagens da genitália e pelos pubianos de forma subjetiva ao avaliado10.

A modulação no processo maturação sexual é influenciada por diversas alterações no sistema endócrino, principalmente pela ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal que induz a liberação progressiva de androgênios, como a testosterona, e pela ativação do eixo hipotálamo-hipófise-ovário que resulta na produção de estrogênio9,11.

O elevado nível de concentração hormonal durante o processo puberal apresenta relação linear com desempenho motor dos adolescentes12 e deve ser analisado em conjunto com outros parâmetros associados ao crescimento e desenvolvimento motor desta população. Portanto, o objetivo do presente estudo é comparar indicadores de crescimento, capacidades físicas e marcadores hormonais em adolescentes de acordo com o sexo e estágio maturacional de ambos os sexos.

 

MÉTODO

O estudo transversal correlacional, teve a amostra constituída de forma intencional, composta por 89 escolares de ambos os sexos (45 meninos e 44 meninas), com faixa etária entre 10 e 13 anos, escolares da rede municipal de ensino da cidade de Natal- RN. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP-UFRN), sob o parecer (n°1249937/2015) respeitando a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde de 12/12/2012, assim como foi atendido os termos éticos contidos na declaração de Helsinki. Todos os responsáveis dos escolares deram o consentimento informado por escrito e os alunos assinaram o Termo de Assentimento. Foram excluídos os sujeitos que apresentaram quaisquer limitações motoras e cognitivas que inviabilizassem a realização dos procedimentos da pesquisa, bem como aqueles que estivessem realizando tratamento hormonal.

Os participantes foram avaliados em três momentos. No primeiro momento foram coletados dados antropométricos e sanguíneos, sendo realizados em três dias consecutivos, no mesmo horário. As mensurações antropométricas englobaram a massa e estatura corporal, através de uma balança eletrônica (filizola® 110, com capacidade para 150 kg e divisões de 1/10 de kg e precisão de 100 gramas) e um estadiomêtro (marca Sanny ES2020®) com escala de 0,5 cm, respectivamente, para posterior identificação do índice de massa corporal (massa corporal/estatura2). Para verificar o perímetro corrigido do braço, foi coletado o perímetro do braço sem contração + a dobra cutânea tricipital com adipômetro modelo Harpenden® (John Bull Indicators Ltd) e os diâmetros ósseos: biepicondiliano do úmero e do fêmur foram coletados por meio do paquímetro Sanny ES2020®. Para identificar o percentual de gordura foi utilizada a equação específica para crianças e adolescentes proposta por Slaughter et al.13. Todos os procedimentos foram realizados por um único avaliador e seguiram rigorosamente as diretrizes da International Society for Advancement in Kinanthropometry - ISAK.

Para analisar a dosagem hormonal foi realizada uma punção venosa na região antecubital sendo retirado aproximadamente 10 ml de sangue periférico. A partir da amostra sanguínea, foram analisadas as dosagens hormonais de testosterona e estrógeno do tipo estradiol, através do método de quimiluminescência. As coletas e análises foram realizadas por profissionais e laboratórios especializados.

Para identificar o estágio de maturação sexual recorreu-se aos critérios adotados por Tanner14, em que, o sujeito realiza sua autoavaliação das características sexuais secundárias, baseado no diagnóstico dos pelos púbicos. Neste método, o estágio puberal dos adolescentes foi classificado em cinco estratos representados através de fotografias. Modelo validado para jovens brasileiros por Duke et al.15.

Os testes motores englobaram a avaliação da força explosiva de membros superiores e inferiores, velocidade de membros superiores e agilidade. Os testes foram avaliados em dois dias não consecutivos, com intervalo mínimo de 24 horas, sendo distribuídos da seguinte forma: no primeiro dia (força explosiva de membro superior + agilidade) e no segundo dia (força explosiva de membro inferior + velocidade de membro superior). A força explosiva de membros inferiores foi coletada através do salto de contra movimento16, numa plataforma de contato (Cefise®) conectada ao software Jump Test Pro 2.10; a força explosiva de membros superiores foi identificada pelo teste de arremesso de medicineball 2kg, no qual, o avaliado com as duas mãos contra o peito foi solicitado a arremessar o mais longe possível17, com fidedignidade de r= 0,84; a velocidade de membros superiores (VMMSS) foi através do golpeio de placas da bateria de testes EUROFIT18, onde foi registrado o menor tempo de execução em duas tentativas, participando dois avaliadores, um para contagem dos ciclos e outro para cronometrar o tempo14,19, por fim, para a agilidade foi utilizado o teste de 30 metros, no qual, o sujeito foi orientado a correr em velocidade máxima num percurso de três metros de um ponto a outro20. Nesse teste foram realizadas duas tentativas com intervalo de 5 minutos e registrado o melhor tempo, com fidedignidade de r= 0,88.

Análise Estatística

A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorv-Smirnov, sendo rejeitada a hipótese de normalidade dos dados. Os dados foram reportados em mediana e intervalo interquartil (IQR). Para comparar as características, capacidades físicas e marcadores hormonais de acordo com o sexo foram utilizados o teste não paramétrico de Mann- Whitney e a comparação de acordo com os estágios de maturação sexual foram realizadas através do teste de Kruskal-Wallis seguido do Post Hoc de Dunn's. As análises foram realizadas pelo Software Statiscal Package for the Social Sciences - SPPS versão 20.0. O nível de significância estabelecido foi de p< 0,05.

 

RESULTADOS

Dentre os resultados apresentados na tabela 1, destacam-se maiores valores nas medidas relacionadas ao crescimento (massa, estatura e percentual de gordura), enquanto que os meninos apresentam melhor desempenho nos testes motores.

Na tabela 2 os resultados apontam diferenças significativas para a massa e estatura corporal das meninas de acordo com o estágio maturacional (III, IV e V), demonstrando um comportamento de aumento nestes atributos quando comparados com estágio I.

As figuras 1 e 2 apresentam a comparação dos testes físicos de acordo com os estágios maturacionais dos meninos e meninas, respectivamente. Não foi verificado diferença no desempenho em nenhum teste físico de acordo com os estágios de maturação sexual dos meninos (p>0,05). Por outro lado, as meninas no estágio maturacional III (FEMS = 1,94 + 0,59 m) e no estágio maturacional IV (FEMS= 2,01 + 0,39 m) alcançaram melhores desempenhos na força explosiva dos membros superiores do que as meninas classificadas no estágio maturacional I.

 

 

 

 

A figura 3 ilustra a comparação dos marcadores hormonais, testosterona e estradiol, de acordo com o estágio maturacional dos meninos e meninas, respectivamente. Não foram observadas diferenças significativas entre o nível de concentração de testosterona e estradiol pelos estágios maturacionais (p>0,05).

 

DISCUSSÃO

Os principais achados do presente estudo apontaram diferenças significativas nas variáveis antropométricas e força explosiva de membros superiores de acordo com os estágios de maturação sexual das meninas. Por outro lado, não foram observadas diferenças significativa em nenhuma variável dependente para os meninos;

Na comparação entre os sexos observou-se que as meninas apresentaram maior massa, estatura corporal e %G em relação aos meninos. De fato, é bem estabelecido que durante o processo as meninas são afetas mais precocemente (~11 anos) do que os meninos (~13 anos)21, e que o estrogênio, hormônio responsável pelo desenvolvimento das características sexuais femininas promove o alargamento da pelve, desenvolvimento das mamas e aumento dos estoques de gordura para a menarca, o que resulta no aumento da massa corporal22. Por outro lado, foi encontrado maior desempenho para os meninos em todos os testes físicos avaliados no presente estudo (força explosiva de membros superiores e inferiores, velocidade de membros superiores e agilidade).

É possível atribuir este maior desempenho à ação da testosterona, a qual exerce importante papel no desempenho dos testes físicos, principalmente nos testes relacionados a força23. Além disto, especula-se que estas diferenças entre os sexos também possam estar relacionadas ao contexto social e cultural, nos quais, indicam que as meninas participam de menos atividades físicas (intensidades moderadas/ vigorosas) e desportivas do que os meninos, podendo assim, refletir os menores desempenhos nos testes físicos nas meninas, contrariamente, aos melhores gestos motores nos meninos2.

Contrário à nossa hipótese inicial, não foi observada diferença no desempenho dos testes físicos dos meninos e na concentração hormonal em ambos os sexos de acordo com o estágio maturacional. Partindo da premissa que o processo maturacional é guiado pelo aumento da circulação de hormônios testosterona e estrogênio nos meninos e meninas, respectivamente21, seria razoável supor que os estágios de maturação sexual mais avançados iriam apresentar maior concentração destes hormônios, e consequentemente maior desempenho nos testes físicos24.

Contudo esta premissa não foi suportada em nosso estudo e diverge de estudos prévios, os quais têm demonstrado que em estágios maturacionais mais avançados o desempenho físico é superior em relação aos seus pares com estágio maturacional atrasado5,6, assim como os níveis de concentração hormonal25. Vidal-Linhares et al.6, observaram uma tendência significativa para o aumento das capacidades físicas paralelamente ao avanço do estágio maturacional em adolescentes do sexo masculino. Ao verificar o desempenho da força explosiva de membros superiores e inferiores de jovens praticantes de voleibol foi observado melhor desempenho nestes atributos em adolescentes de ambos os sexos com estágio maturacional acelerado em relação aos seus pares com maturação atrasada, estimada através de modelo preditor da idade óssea. Recentemente, estudo conduzido por Pinto et al.25, demonstrou maior desempenho físico e concentração de testosterona e estradiol em adolescentes com maior estágio maturacional, também estimado por modelo preditor da idade óssea.

Diante destes achados, especula-se que apesar da autoavaliação da maturação sexual ser um método validade e amplamente utilizado, ocorre uma discrepância na identificação dos estágios intermediários (II, III e IV), podendo resultar em informações superestimadas. Na literatura também existem indícios de baixa associação entre o método autoavaliado e objetivo (realizado por especialistas), apresentando uma baixa concordância entre a autoavaliação e a avaliação por especialistas10.

Além disto, Fidelix et al.26, sugerem que este método pode sofrer influências culturais no que diz respeito as escolhas dos estágios. Partindo desta premissa é possível explicar a ausência de aumento no nível de testosterona dos meninos, tendo em vista que o pico de testosterona dos meninos ocorre por volta dos 13 anos de idade21 e a média de idade da nossa amostra é de ~11 anos (dados não apresentados). Em relação as meninas, uma possível justificativa para essa estabilização da concentração do estradiol durante o avanço maturacional possa estar associada ao percentual de gordura, no qual, apresenta altos valores a partir do estágio I. Por exemplo, Zhai et al.27, argumenta que os estoques de gordura são capazes de influenciar os níveis de estradiol através de mecanismos de conversão. Logo, sugere-se que paralelamente aos métodos subjetivos sejam aplicados também métodos mais objetivos para a estimativa do estágio maturacional dos adolescentes.

No presente estudo, identificaram-se diferenças, apenas nas meninas, na força explosiva de membros superiores para aquelas que se avaliaram nos estágios III e IV, sendo observado maior desempenho em relação àquelas com ausência de sinais puberais (estágio I). Esses dados corroboraram com a afirmação que a maturação pode acarretar mudanças na produção de força de membros superiores25,28.

Assim, a maturação sexual deve ser considerada em atividades que englobam a força explosiva de membros superiores, principalmente, nas práticas esportivas, e não apenas a idade cronológica dos jovens, pois como observado em nosso estudo, os sujeitos que apresentam a mesma idade podem obter desempenho distinto na força de membros superiores. Por outro lado, não foi identificado diferenças para a força explosiva de membros inferiores nas meninas, e tal resultado, também foi encontrado na literatura, quando não identificou modificações nessa capacidade física em sujeitos classificados como púbere e pós-púbere25,29. Nesse sentido, o desempenho da força explosiva em membros inferiores aparenta não ser influenciado pela maturação sexual, e que durante a puberdade não há incremento deste atributo em adolescentes do sexo feminino que não se encontram engajadas em treinamentos com este propósito28.

Este fato foi suportado pelo estudo de Quatman et al.29, que em estudo longitudinal de dois anos com adolescentes do sexo feminino, não reportou melhorias significativa na altura do salto vertical, mesmo com mudança no estágio maturacional das adolescentes. Estes dados sugerem que outros fatores estão associados com a melhoria da força explosiva de membros inferiores que não necessariamente envolva o processo maturacional, e que treinamento específicos se façam necessários para a melhoria da sincronização das unidades motoras, maior aproveitamento da energia elástica nos músculos extensores do joelho proveniente da eficiência do ciclo alongamento-encurtamento30.

Diante do exposto, vale destacar que o presente estudo apresenta informações relevantes para a ciência do exercício e na população pediátrica, principalmente no que diz respeito, à avaliação da maturação como parâmetro para a elaboração de estratégias para a prática de atividade física, já que sujeitos com mesma idade cronológica podem apresentar melhor desempenho na força de membros superiores.

Logo, a identificação da maturação pode subsidiar o desenvolvimento de estratégias que promovam uma maior aderência dos praticantes na atividade física, levando em consideração suas potencialidades e limitações motoras. Apesar disto, é importante destacar que o método de autoavaliação da maturação sexual, mesmo sendo amplamente utilizado e validado, pode sofrer influências externas e de consciência corporal por parte dos avaliados, o que pôde superestimar as respostas dos adolescentes e assim ser considerado uma possível limitação do estudo.

 

CONCLUSÃO

Em conclusão, os indicadores de crescimento, peso e estatura, bem como a força explosiva de membros superiores foram mais elevados nas meninas em estágios maturacionais mais avançados. Sendo assim, os dados sugerem que os profissionais da educação física devem levar em consideração, durante a elaboração dos programas de exercício físico, o desenvolvimento biológico do indivíduo e não utilizar somente a idade cronológica como padrão avaliativo, sendo ainda necessário considerar outros aspectos como o sexo. Além disto, não foi observada diferenças nos meninos em nenhuma das variáveis analisadas, o que pode estar relacionado com possíveis influências externas inerentes a um método de autoavaliação.

 

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Endereço para correspondência:
vanecmpinto@gmail.com

Manuscrito recebido: Setembro 2017
Manuscrito aceito: Dezembro 2017
Versão online: Março 2018

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