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Journal of Human Growth and Development

Print version ISSN 0104-1282On-line version ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.28 no.2 São Paulo May/Aug. 2018

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.127865 

ARTIGO ORIGINAL

 

Impacto do tipo de parto sobre a mobilidade Toracoabdominal de recém-nascidos

 

 

Valéria Lidyanne Silva GomesI; Pedro Henrique Silva de FariasII; Danilo Alves Pinto NagemIII; Danielle Cristina GomesIV; Glauco Francisco de Araújo SilvaII; Cristiane Aparecida MoranV; Simone Nascimento Santos RibeiroVI; Silvana Alves PereiraIV

IUniversidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Santa Cruz, RN, Brasil
IIUniversidade Federal do Rio Grande do Norte, Setor de E-Saúde, Hospital Universitário Ana Bezerra, Santa Cruz, RN, Brasil
IIIUniversidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Bioengenharia, Natal, RN, Brasil
IVUniversidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Santa Cruz, RN, Brasil
VUniversidade Federal de Santa Catarina, Curso de Fisioterapia, Campus Araranguá, SC Brasil
VIHospital Sofia Feldman, Seção de Fisioterapia , Belo Horizonte-MG, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: Nos recém-nascidos de parto cesáreo, ocorre menor compressão torácica e pouca quantidade de líquido é drenada por ação da gravidade, o que diminui, transitoriamente, a mobilidade toracoabdominal.
OBJETIVO: O objetivo do estudo é avaliar o impacto do tipo de parto na mobilidade torácica e abdominal em recém-nascidos.
MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal com recém-nascidos de idade gestacional entre 37 a 41 semanas, de ambos os sexos, com até 72 horas de vida, respirando em ar ambiente e nascidos de parto normal ou parto cesáreo. A mobilidade torácica e abdominal foram avaliadas pela videogrametria por meio do Software MATLAB e considerada, em unidades métricas (cm2), como a diferença da maior e menor expansibilidade toracoabdominal para cada ciclo respiratório.
RESULTADOS: Foram inclusos 26 recém-nascidos 11 do sexo masculino e 50% nascidos de parto cesáreo. A idade gestacional média foi de 39 ± 0,9 sem e tinham 28 ± 18 horas de vida. A mobilidade, diferença entre a maior e menor expansibilidade, da área torácica no parto vaginal e cesáreo foi 6 ± 3 cm2 e 7 ± 5 cm2 e da área abdominal foi de 29±22 cm2 e 21± 14 cm2, respectivamente. Esta diferença não foi estatisticamente significante entre os dois tipos de parto para a área torácica, mas mostrou-se diferente estatisticamente para a área abdominal (p = 0,01). E para os recém-nascidos de parto cesáreo, quanto maior a frequência respiratória, menor a mobilidade abdominal (r= -0,57; p = 0,02).
CONCLUSÃO: Os dados indicam que o tipo de parto parece influenciar a mobilidade abdominal e a frequência respiratória. Na amostra estudada os recém-nascidos de parto cesáreo apresentaram menor mobilidade abdominal.

Palavras-chave: mecânica respiratória, fotogrametria, recém-nascido, trabalho de parto.


 

 

INTRODUÇÃO

Para sustentar a vida, ao nascimento os pulmões sofrem uma transição rápida de um órgão cheio de líquido incapaz de realizar troca suficiente por um órgão cheio de ar que é capaz de realizar toda troca gasosa1.

Entretanto, vários mecanismos trabalham juntos para reduzir e eliminar a quantidade desse líquido pulmonar. Nessa transição, a maior parte do líquido é eliminada através das vias aéreas superiores e cavidade oral, e o restante, pelo processo do trabalho de parto e a passagem pelo canal vaginal. O líquido residual, que fica nos pulmões, é absorvido por intermédio dos capilares pulmonares2.

Nos recém-nascidos de parto cesáreo ocorre menor compressão torácica e pouca quantidade de líquido é drenada por ação da gravidade, persistindo assim, grandes volumes de líquido intersticial e alveolar nas primeiras horas de vida, diminuindo transitoriamente a mobilidade toracoabdominal3.

Estima-se que a não absorção desse líquido no parto cesáreo, pode levar ao desconforto respiratório e ocasionar uma alteração na mobilidade toracoabdominal, com maior gasto de energia e piora clínica progressiva. No entanto, muitos destes estudos se limitam a dados retrospectivos, o que pode comprometer a avaliação da progressão do desconforto e mobilidade respiratória4-6.

Em recém-nascido com quadro de desconforto respiratório, a alteração da mobilidade toracoabdominal é um achado comumente perceptível7. Frequentemente, avalia-se esse desconforto respiratório por meio do número de incursões respiratórias e qualidade da expansibilidade torácica, quanto menor a mobilidade toracoabdominal e maior a frequência respiratória, pior a condição clínica do recém-nascido5,7. Entretanto, na prática clínica, métodos não invasivos capazes de quantificar a evolução respiratória são preferíveis e também mais confiáveis, quando comparados à avaliação subjetiva da qualidade da expansibilidade torácica8-10.

Considerando que o parto cesáreo pode ser um fator dificultoso na evolução respiratória de recém-nascidos e que a mobilidade toracoabdominal tem relação direta com a condição clínica do recém-nascido, o presente estudo tem por objetivo avaliar o impacto do tipo de parto na mobilidade torácica e abdominal em recém-nascidos (RNs).

 

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal pragmático, com intuito de avaliar a inuência do tipo de parto de parto na mobilidade toracoabdominal de recém-nascidos a termo. A pesquisa foi realizada na unidade de alojamento conjunto de um Hospital Universitário e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN) - nº 851.215, seguindo as normas que regulamentam a pesquisa em seres humanos contida na resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.

O recrutamento da amostra foi não probabilístico e por conveniência realizado entre janeiro e novembro de 2015, a partir das admissões do Hospital Universitário Ana Bezerra (Santa Cruz - RN).

A amostra foi composta de recém-nascidos com idade gestacional entre 37 e 41 semanas, de ambos os sexos, com até 72 horas de vida. Todos respiravam em ar ambiente e estavam no estágio de alerta inativo (estágio 4 da escala de Brazelton). Recém-nascidos com malformação congênita, síndrome genética, insuficiência cardíaca, doenças respiratórias ou que tivessem sido alimentados em um intervalo inferior a 30 minutos, não foram incluídos no estudo, sendo excluídos da análise dos vídeos aqueles que evoluíram para o estágio 5 ou 6 da escala de Brazelton durante a avaliação.

Procedimentos para Coleta de Dados

A coleta de dados foi realizada na sala de banho da enfermaria de alojamento conjunto, com os recém-nascidos sobre uma bancada fixa, com a distância de 120 cm do chão, rotineiramente utilizada para cuidados gerais do recém-nascido. Para a captação dos vídeos foi utilizada a metodologia adaptada do artigo de Ricieri e Rosário Filho8 e apresentada no estudo de Oliveira et al.10, Gomes et al.11 e Guerra et al.12. Os recém-nascidos foram deitados em posição supina sobre uma bancada de apoio com a superfície revestida de uma folha de EVA na cor preta, hipoalérgica e descartável de aproximadamente 50 cm de comprimento e 0,2 mm de espessura (Figura 1). Após o posicionamento, foram alocados marcadores adesivos nos seguintes pontos: (1) espinhas ilíacas ântero-superiores; (2) nível da linha axilar anterior e (3) processo xifoide deslocado lateralmente. Tais referências serviram de âncora para a delimitação geométrica do compartimento torácico e abdominal nas imagens adquiridas durante a realização dos videograma, como representado na Figura 1.

 

 

Aquisição dos Vídeos

Para a captação dos vídeos, foi utilizada a câmera fotográfica digital (Sony Cyber-shot DSC-H20® 10.1 Megapixels), fixada por um tripé com altura de 120 cm e posicionada em uma distância de 30 cm do recém-nascido. Após os ajustes dos marcadores, o recém-nascido foi filmado durante 120 segundos. O tempo de captação de 120 segundos foi determinado para garantir a análise do ciclo respiratório em 1 minuto, visto que os recém-nascidos têm frequentes pausas na respiração.

Interpretação dos Vídeos

Os vídeos foram tratados pelo Software MATLAB e a mobilidade foi considerada em unidades métricas (cm2), como a diferença da maior e menor expansibilidade para área torácica e abdominal10.

Análise dos Dados

Os dados estatísticos foram analisados no programa SPSS 20. Para o teste de normalidade foi utilizado o Shapiro-wilk, teste t-student para avaliação das médias da mobilidade toracoabdominal entre os dois tipos de parto e o teste de correlação por postos de Spearman, para avaliar a correlação dos tipos de partos com as características individuais dos recém-nascidos; significância aos resultados para p<0,05.

 

RESULTADOS

Dos 26 recém-nascidos inclusos, 18 são do sexo masculino e 50% nascidos de parto cesáreo. Os dados descritivos da amostra e a homogeneidade entre os grupos estão apresentados na Tabela 1. Nesta análise apenas a frequência respiratória foi diferente entre os grupos (p = 0,03). Recém-nascidos de parto cesáreo apresentaram uma frequência respiratória maior, quando comparado ao parto normal (Tabela 1).

A mobilidade, diferença entre a maior e menor expansibilidade, da área torácica no parto vaginal e cesáreo foi 6 ± 3 cm2 e 7 ± 5 cm2 e da área abdominal foi de 29±22 cm2 e 21± 14 cm2, respectivamente. Esta diferença não foi estatisticamente significante entre os dois tipos de parto para a área torácica, mas mostrou-se diferente estatisticamente, para a área abdominal (p = 0,01). A Figura 2 apresenta esta análise.

 

 

A correlação da mobilidade com o peso de nascimento, notas de Apgar, comprimento, frequência respiratória e horas de vida não apresentou diferença significativa, exceto para a mobilidade abdominal com a frequência respiratória. Nessa análise verificou-se que, quanto maior a frequência respiratória, menor a mobilidade abdominal. A tabela 2 apresenta esse resultado.

 

DISCUSSÃO

Os dados indicam que o tipo de parto parece influenciar a mobilidade abdominal e a frequência respiratória. Na amostra estudada os recém-nascidos de parto cesáreo apresentaram menor mobilidade abdominal.

Estudos que investigam os tipos de partos cesáreos e normais de gestantes secundigestas demonstram que os recém-nascidos de parto cesáreo necessitaram com mais frequência dos cuidados intensivos neonatais, em virtude de terem apresentado maior ocorrência de taquipneia transitória, disfunções respiratórias inespecíficas e sepse11-13. Um estudo retrospectivo, com mais de 3000 cesarianas eletivas realizadas com idade gestacional superior ou igual a 37 semanas, demonstra que o parto cesáreo com progressão eletiva, mesmo no período a termo, aumenta o risco de morbidade respiratória13.

Os recém-nascidos por parto cesáreo com progressão eletiva tiveram uma maior prevalência de taquipneia transitória neonatal, quando comparados a recém-nascidos por parto cesáreo com progressão espontânea (12,3%), o que pode justificar nossos resultados14.

Este estudo inclui recém-nascidos provenientes de um hospital escola que incentiva o parto cesáreo apenas com a gestante já em progressão espontânea, peculiaridade importante para interpretação de nossos resultados.

Outros dois estudos15,16 demonstram, por modelos retrospectivos, que o parto cesáreo é um complicador na transição do feto para a vida extrauterina no que reflete a adaptação respiratória.

Em nossa amostra, apesar de apresentarmos um modelo algoritmo (MATLAB) para quantificar a mobilidade toracoabdominal não demonstramos essa variação para a área torácica. Acreditamos que esse resultado se resume ao processo de parturição pertinente ao perfil do hospital. Além disso, nossa idade gestacional média para o parto cesáreo foi de 39 semanas, o que possibilita uma maturação pulmonar, pois a condição de parto cesáreo tardia, realizado com 39 semanas, diminui as admissões de recém-nascidos por complicações respiratórias17.

Vários outros estudos15-18 têm mostrado que a incidência de disfunção respiratória é inversamente proporcional à idade gestacional. Entretanto, estas pesquisas têm concluído suas hipóteses, a partir de dados retroativos ou subjetivos, o que pode comprometer sua interpretação.

Em nosso estudo apresentamos um modelo claro e objetivo de avaliação da mobilidade torácica e abdominal em recém-nascidos. Este método foi anteriormente usado para inferir comportamentos mecânicos respiratórios de relevante utilidade clínica para a fisioterapia respiratória10-12, e em todos os estudos têm apresentado resultados numéricos sobre a variação do movimento do tórax e do abdômen.

O método é objetivo e configurado dentro de uma sequência matemática no software MATLAB, o que demonstra objetividade e precisão na análise dos resultados. Demonstrou ser um recurso útil na avaliação de pacientes que não controlam voluntariamente a sinergia do trabalho muscular durante a respiração12.

O emprego da fotogrametria para análise do movimento respiratório permite estabelecer evidências relacionadas a cinética torácica e abdominal, esta informação pode ser utilizada para inferir comportamentos mecânicos respiratórios mesmo em pacientes que não controlam voluntariamente a respiração, como nos recém-nascidos8-12.

Entretanto, algumas limitações devem ser consideradas. Apresentamos um estudo transversal sem um grupo de partos cesáreos com progressão eletiva, ausência do perímetro torácico e perdemos 25% da nossa amostra durante a fase de interpretação das imagens. Precisaríamos acompanhar longitudinalmente um grupo maior de recém-nascidos de partos cesáreos com progressão eletiva (sem o processo de parturição) e com idade gestacional diferente das que incluímos nesse estudo.

Apesar de ser imprescindível às adaptações descritas como limitações nesse estudo, a avaliação da mobilidade torácica e abdominal pelo MATLAB nos diferentes tipos de parto apresentou-se efetiva em recém-nascidos, demonstrando eficiência na quantificação das mudanças na mecânica respiratória, o que pode servir como uma ferramenta objetiva e prática, para uso dos diferentes profissionais de uma equipe assistencial, além de ser um método avaliativo de baixo custo e fácil aplicabilidade.

 

CONCLUSÃO

Os dados indicam que o tipo de parto parece influenciar a mobilidade abdominal. Na amostra estudada os recém-nascidos de parto cesáreo apresentaram menor mobilidade abdominal.

 

REFERÊNCIAS

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Endereço para correspondência:
Valéria Lidyanne Silva Gomes
apsilvana@gmail.com

Manuscrito recebido: Março 2018
Manuscrito aceito: Abril 2018
Versão online: Junho 2018

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