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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.28 no.3 São Paulo set./dez. 2018

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.152194 

ARTIGO ORIGINAL

 

Avaliação do desempenho das ações e serviços de controle da Tuberculose pela estratégia saúde da família

 

 

Fábia Maria de SantanaI, I, II; Ana Paula de Araújo MachadoIII; Patrícia Poleto MonholIII; Ligia Ajaime AzzalisIV; Virginia B. C. JunqueiraIV; David FederIV; Leela MorenáV; Fernando Luiz Affonso FonsecaII, IV

ISanitary Physiotherapist by the School of Government in Public Health of the State of Pernambuco, Master's Degree in Health Sciences by ABC Medical School, Santo André, SP, Brazil
IICommission for Postgraduate, Research and Innovation. Postgraduate Program in Health Sciences. Faculty of Medicine of ABC, Santo André, SP, Brazil
IIISchool of Sciences of Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM), Laboratory of Scientific Writing - Nursing
IVDepartment of Pharmaceutical Sciences, Federal University of São Paulo, UNIFESP, Diadema, SP. Laboratory of Clinical Analysis, ABC Medical School, Santo André, SP, Brazil
VFederal University of the Valley of the São Francisco - Collegiate of Medicine, Petrolina, Pe, Brazil. Laboratory of Study Design and Scientific Writing, ABC Medical School, Santo André, SP, Brazil

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: A atenção básica é resultado do desenvolvimento e consolidação do SUS através do programa de Estratégia Saúde da Família. Diante do quadro de persistência da tuberculose em vários municípios do País, o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu o Plano Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) cujas metas eram integrar 100% dos municípios brasileiros na luta contra a doença Quadro 1: Facilitadores e dificultadores no processo de coletas de dados.
OBJETIVO: Avaliar o desempenho das ações e serviços de controle da tuberculose (TB) da Estratégia Saúde da Família no município de Salgueiro-PE
MÉTODO: Trata-se de estudo transversal, quantitativo e descritivo de inquérito que avaliou serviços de saúde na cidade de Salgueiro-PE, envolvendo 40 participantes. Os dados foram coletados através de questionário com perguntas específicas para cada componente organizacional essencial da atenção básica para as ações de controle da TB, além de perguntas sobre o perfil do paciente, informações clínicas epidemiológicas e estado atual de saúde. A fim de conhecer as políticas realizadas no controle da TB no município em estudo, foi também elaborado um roteiro com perguntas direcionadas ao gestor
RESULTADOS: Houve predominância do sexo masculino com 28 (70%), com ensino fundamental incompleto 15 (37,5%) e com faixa etária de 34 a 59 anos de idade. Quanto ao local do diagnóstico, o hospital teve maior prevalência de casos diagnosticados com tuberculose com 62,5%, os que realizavam tratamento supervisionado foram 85,0%. As médias das ações avaliadas demonstraram que o município de Salgueiro-PE não desenvolve ações de educação em saúde e busca ativa de sintomáticos respiratórios, obtendo médias favoráveis apenas para realização da baciloscopia de diagnóstico, consultas mensais de controle e acompanhamento medicamentoso
CONCLUSÃO: Houve fragilidades no desempenho das ações e serviços pela estratégia saúde da família no munícipio de Salgueiro, com prejuízos ao controle e ao tratamento, sendo necessário o fortalecimento das ações e serviços no combate à doença.

Palavras-chave: Tuberculose, atenção primária à saúde, avaliação dos serviços de saúde.


 

 

INTRODUÇÃO

A atenção básica é resultado do desenvolvimento e consolidação do SUS através do programa de Estratégia Saúde da Família (ESF). Criada em 1994, a ESF, abrangia no ano de 2015, 63% da população brasileira e vem demonstrando associação com redução na mortalidade infantil e no número de hospitalizações evitáveis1. Em estudo realizado em Belo-Horizonte-MG com uma amostra de 7,778 adultos demonstrou-se que indivíduos atendidos pela ESF tiveram melhor desempenho em utilização em saúde quando comparados com não usuários do SUS. Neste contexto a Estratégia Saúde da Família tem se demonstado como ferramenta importante no manejo de doenças prevalentes na epidemiologia nacional, como, por exemplo a tuberculose (TB)2.

A TB é uma doença infectocontagiosa, considerada um problema de saúde pública, pontuando com alta magnitude, transcendência e vulnerabilidade nos critérios para seleção de doenças e agravos prioritários à vigilância epidemiológica3.

Em 1993, a OMS declarou a TB um estado de emergência mundial. Em reflexo, o Brasil elaborou estratégias dentro das ESF sinalizando seu posicionamento através da criação do Plano Emergencial para Controle da Tuberculose, primeira estratégia do Ministério da Saúde no combate a tuberculose4. Em pouco tempo outra estratégia foi definida, a Política Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) resultado da necessidade de aumentar considerações sobre o problema da tuberculose, na perspectiva de realizar intervenções á nível do sistema de saúde no Brasil e sobre as possíveis contribuições que a incorporação de novas tecnologias podem trazer ao sistema de vigilância da doença5.

A PNCT compreende o tratamento da TB como uma responsabilidade de todos os serviços do SUS e reconhece a necessidade de integrar a atenção básica, incluindo os programas de agentes comunitários e de saúde de família, visando maior acesso no manejo desta doença. Logo, a atenção básica é estruturada como primeiro ponto de atenção e principal porta de entrada do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cuidado e atendendo às suas necessidades de saúde. O Decreto nº 7.508, de 28 de julho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8.080/90, define que "o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas portas de entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada"6.

Entre as atividades executadas pela atenção básica além do diagnóstico e tratamento da TB estão: busca ativa de sintomáticos respiratórios (pessoas com tosse e expectoração há mais de 3 semanas), supervisionar o controle dos contatos de pacientes bacilíferos na comunidade, notificar ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), acompanhar os casos em tratamento, assegurar a realização dos exames diagnósticos, participar da operacionalização do tratamento diretamente observado no município e acompanhar as medidas de controle profiláticas7.

A definição da TB como prioridade na agenda pública de saúde em nível local perpassa por obstáculos operacionais e políticos, como a distribuição de recursos priorizando outras situações como atenção às urgências/emergências e dengue. Existe uma lacuna na política de financiamento para a TB e um padrão de gestão municipal pouco comprometido com o controle da doença, sendo fundamental o envolvimento do gestor no sentido de incorporar, investir e apoiar o gerenciamento das ações de controle da TB, assumindo a doença como prioridade na agenda de saúde do município8.

Assim, o objetivo é analisar o desempenho das ações e serviços de controle da tuberculose das Estratégia da Saúde da Família.

 

MÉTODO

Tipo de estudo

Trata-se de um estudo descritivo, de inquérito para avaliação de serviços de saúde, de natureza quantitativa e caráter transversal.

Procedimento de seleção de amostra

A pesquisa utilizou a estrutura das 18 Estratégias Saúde da Família (ESF) do município de Salgueiro-PE para localização do endereço dos doentes de TB. O rastreamento dos dados foi realizado nos domicílios de cada paciente que teve ou ainda estava em tratamento da TB, através do pesquisador participante junto aos agentes comunitário de saúde (ACS). Durante o período de coleta alguns elementos foram facilitadores e outros dificultadores desse processo (Quadro 1).

O estudo seguiu os princípios em consideração os aspectos éticos que regulamentam a pesquisa envolvendo seres humanos, normatizados pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), pela resolução n°. 466, de dezembro de 2012.

Todos os pacientes selecionados leram ou foram informados sobre o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da Faculdade de Medicina do ABC (nº do parecer 1.893.761).

Participantes

A fim de selecionar a amostra da pesquisa realizou-se uma análise junto a vigilância epidemiológica sobre a quantidade de casos descritos no livro de registro e acompanhamento do tratamento de pacientes com tuberculose no período de janeiro/2014 a setembro/2016. Foi obtida uma população de 84 pacientes com TB cadastrados na estratégia saúde da família. Foram usados como critério de inclusão: Com idade igual ou superior a 18 anos, ter boa-cognição, residentes no município de Salgueiro/PE, que realizem ou realizaram tratamento nas ESF e consentimento da realização da pesquisa através da assinatura do TCLE. Critérios de Exclusão: Doentes de TB que estão no sistema prisional.

Instrumento de coleta de dados

Os dados da pesquisa foram coletados através de um questionário elaborado para doentes de TB do Primary Care Assessment Tool9, validado e adaptado para atenção à TB10. O instrumento contém 86 perguntas específicas para cada componente organizacional essencial da atenção básica voltadas para as ações de controle da TB, além de perguntas sobre o perfil do paciente, informações clínico epidemiológicas e estado atual de saúde.

Nesse questionário utilizou-se a escala de Likert que avalia o nível de concordância em pesquisas de opinião. Foi atribuído um valor de 0 a 5. "Zero" identificava a resposta "não sei ou não se aplica" e os valores de 1 a 5 registram o grau de relação de preferência (ou concordância) das afirmações.

Para melhor identificar quais as políticas existem no município de Salgueiro-PE para o controle da TB foi elaborado um roteiro de entrevista para o principal ator (gestor) envolvido no processo de reorganização dos serviços de saúde.

Análise estatística

Para descrever as características das variáveis qualitativas foram utilizados valores absolutos e relativos; para as variáveis quantitativas, mediana e percentis. Para todas as análises utilizou-se nível de confiança de 95%. O programa estatístico utilizado foi o Data Analysis and Statistical Software for Professionals (Stata) versão 11.0®. Depois de obtido as médias, estas foram relacionadas à escala de Likert.

Os principais aspectos e variáveis analisadas foram:

- Quanto à caractezição sociodemográfica: Sexo, idade e escolaridade.

- Quanto à educação em saúde: realização de educação em saúde sobre outros temas além da TB, Participação dos doentes de TB em grupos nos serviços de saúde, Trabalhos educativos realizados pelos profissionais de saúde na comunidade.

- Quanto ao controle de medicação: Acesso ao atendimento médico se mal-estar devido medicação, ausência de medicação durante o tratamento para TB.

- Quanto ao diagnóstico prévio e acompanhamento no tratamento da TB: Oferecimento pelos serviços de saúde do pote para exame de escarro mensal; Visita de profissionais de saúde para entrega do pote para coleta de escarro; Ações com igrejas, associações de bairros, para entrega do pote para coleta de escarro; Realização do teste de pele pelos serviços de saúde; Consulta mensal oferecida pelos serviços de saúde.

 

RESULTADOS

Dos 84 casos registrados de tuberculose, 16 (19%) dos sujeitos mudaram para outro município, 49 (58%) com alta por cura, 5 (6%) no sistema prisional, 3 (4%) mudança de diagnóstico, 2 (2%) TB + doenças associadas como pneumonia e derrame pleural, 1 (1%) TB + HIV, 5 (6%) óbitos e 3 (4%) andarilhos(sem residência fixa). Desse modo a amostra pesquisada consistiu em 40 pacientes. A figura 1, a seguir, apresenta o processo de localização dos casos de tuberculose (Figura 1).

 

 

 

DISCUSSÃO

A taxa de incidência de TB no Brasil é alta11-13. Em 2013, o Brasil registrou 71.123 novos casos de tuberculose, equivalente a uma taxa de incidência de 35,4 casos por 100 mil/hab, o que indica queda de 20,3% em relação a 2003, quando a taxa era 44,4 casos por cada 100 mil pessoas. Foram notificados, em 2013, 4.406 óbitos por TB, a taxa de 23 óbitos para cada 100 mil/hab. O Brasil ocupa a 16ª posição, entre os 22 países com maior carga de TB e a 111ª posição em taxa de incidência. De acordo com o Ministério da Saúde em 2011, foram estimados 9 milhões de novos casos da doença no mundo, além de, 1,4 milhões de mortes12,14.

Em Pernambuco ocorrem, em média, 4.230 novos casos de tuberculose por ano. O Estado apresentou em 2010 o 4° lugar em taxa de detecção da doença e 2° lugar em mortalidade no país e 1° lugar em número de casos no Nordeste, sendo Recife a capital brasileira com maior taxa de incidência (48,2%) e um dos municípios integrantes da I Gerência Regional de Saúde (GERES), que detém 70% dos casos de tuberculose dentre as 12 GERES do estado15.

No Brasil o número de casos de tuberculose no sexo masculino é o dobro do feminino, cerca de 50 por 100 mil habitantes11. Nesse estudo a característica sócio demográfica revelou que, dos 40 doentes de TB, houve predominância do sexo masculino com 70%28, compactuando com as informações nacionais16. Essa tendência pode ter relação com a maior exposição do homem fora do lar e ainda, pelo fato de que, culturalmente, o homem recorre menos aos serviços de saúde17.

A caracterização sociodemográfica evidência na amostra dos 40 pacientes aptos a participarem da pesquisa, houve predominância do sexo masculino com 70% (28) em relação ao sexo feminino, 30% (12) possuíam ensino fundamental incompleto e 37,5% (15) estavam entre a faixa etária de 34 a 59 anos de idade (Tabela 1).

Quanto questionados sobre o local de diagnóstico primário, o ambiente hospitalar teve maior prevalência de casos diagnosticados com tuberculose com 62,5% (25) contra 37,5% (15) de diagnósticos dentro das ESF.

Os participantes também foram questionados quanto ao tratamento diretamente observado (TDO), estratégia estabelecida pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) para regulamentar e viabilizar a qualidade da assistência ao doente de TB, tendo como ação primordial a supervisão da tomada da medicação, feita por um profissional ou pessoa adequadamente habilitada para este fim, e devendo ser realizado em qualquer ambiente, o qual seja mais cômodo para o usuário10,11. O TDO ajuda a reduzir as possibilidades de resistência à medicação, abandono do tratamento e incentivando à adesão à terapia.

Entre os doentes de TB entrevistados 85,0% (34) realizaram o TDO, sendo apenas 15,0% (6) aqueles que não realizaram (Figura 2) . Em relação ao local de atendimento, 27,5% (11) realizavam tratamento supervisionado na ESF e 72,5% (29) em domicílio. A tabela 2 revela que, em relação às variáveis: "atividade de educação em saúde sobre outros temas, além da TB", "participação dos doentes de TB em grupos nos serviços de saúde", obtiveram uma média não favorável indicando que o maior número de sujeitos responderam não realizar nenhuma das atividades. Entretanto a variável: "Trabalhos educativos realizados pelos profissionais de saúde na comunidade", obteve uma média de 45% indicando um nível regular (Tabela 2).

 

 

Os resultados encontrados quanto as variáveis: "acesso ao atendimento médico quando intercorrência ocasionada por uso de medicação no prazo de 24 horas" obteve média regular indicando que os pacientes em estudo comumente conseguem acesso ao serviço de saúde. Os dados coletados em escala de Likert referentes à "falta de medicação", obteve um média de 100% para à resposta "quase nunca", apresentando um nível favorável, ou seja, quase nunca falta medicação (Tabela 3).

A média alcançada nas quatro variáveis: "oferecimento pelos serviços de saúde do pote para diagnóstico de TB"; "oferecimento pelos serviços de saúde do pote para exame de escarro mensal"; "consulta mensal oferecida pelos serviços de saúde"; "visita de profissionais de saúde para entrega do pote para coleta de escarro", nos serviços das ESF foram favoráveis, ou seja, sempre era ofertado o pote para diagnóstico e exame assim como consulta mensal de controle e visita dos profissionais de saúde.

Todavia nas variáveis "realização do teste de pele pelos serviços de saúde"; "ações com igrejas, associações de bairros, para entrega de potes para coleta de escarro"; obtiveram média não favoráveis, nunca estas atividades são realizadas pelas ESF.

Caracterização Sociodemográfica

No que diz respeito à escolaridade o estudo demonstrou maior frequência entre pacientes com o ensino fundamental incompleto, com 37,5% (15). Em pesquisa realizada no Rio de Janeiro, referente à distribuição das consultas mensais de tuberculose segundo variáveis demográficas e clínicas dos usuários, quase 40% corresponderam a indivíduos sem escolaridade ou com ensino fundamental incompleto18.

De acordo com Lindoso et al.19 e Santos et al.20, pessoas com baixo nível de escolaridade têm menor aderência ao tratamento da TB, pois possuem percepção errônea da doença e acabam não procurando os serviços de saúde, retardando o diagnóstico e tratamento, além de aumentar o número de abandono19,20.

Os entrevistados em estudo encontravam-se dentro da faixa etária economicamente ativa, estavam entre 34 a 59 anos de idade. Estes dados corroboram com estudo realizado por Ferrer et al.21, em Santa Catarina, onde as maiores taxas encontradas foram nas faixas etárias de 30-44 e 45-59 anos e com estudo realizado no município de Teresina-PI, que a incidência foi entre a faixa etária a partir dos 50 anos22,23.

Em relação ao local do diagnóstico o hospital teve maior prevalência de casos diagnosticados com tuberculose com 62,5%, assim como apresentado em pesquisas realizado por Silva Sobrinho23 e Pontes et al.24 onde esta realidade reflete uma inversão do fluxo de atendimento e diagnóstico da tuberculose, já que se preconiza a atenção primária à saúde como porta de entrada preferencial ao sistema único de saúde, desse modo nota-se a dificuldade da rede básica em identificar e atender as necessidades da comunidade, o que causa uma superlotação do setor de urgência com problemas que poderiam ser resolvidos em outros níveis de atenção23,24.

Tratamento Diretamente Observado

O Ministério da Saúde junto com o PNCT torna o controle do tratamento medicamentoso primordial na luta contra a tuberculose, tendo como um dos pilares do TDO, a distribuição da medicação, para que se tenha maior controle no uso das drogas utilizadas no Brasil19.

O abandono à terapêutica é um dos maiores entraves para a cura da TB e é considerado um problema multifatorial. Segundo estudo feito por Chirinos et al.25, os fatores sociodemográficos são os que mais se relacionam com esse abandono, por isso recomenda-se que esta equipe tenha um controle efetivo e vigilante acerca da terapia medicamentosa. Para Souza et al.26, as maiores dificuldades no controle da TB estão na demora em procurar o serviço de saúde, devido ao medo do diagnóstico, além do medo da discriminação pela sociedade, portanto faz-se necessário que os usuários estejam familiarizados com a equipe de saúde da ESF.

Entre os doentes de TB entrevistados 85% realizaram tratamento supervisionado e apenas 15% não realizaram o TDO. Quanto ao local de atendimento, 27,5% realizavam tratamento supervisionado na ESF e 72,5% em caráter domiciliar. Pesquisas feitas em diversos municípios do país constatam que atenção primária realiza efetivamente o TDO, mas ainda assim não consegue atingir o total de 100% dos doentes4.

Educação em Saúde

As variáveis: "atividade de educação em saúde sobre outros temas, além da TB", "participação dos doentes de TB em grupos nos serviços de saúde", obtiveram uma média não favorável indicando que o maior número de sujeitos respondeu que não realizaram nenhuma das atividades. Entretanto a variável: "Trabalhos educativos realizados pelos profissionais de saúde na comunidade", obteve uma média de 45% indicando um nível regular. Estes dados revelam que a concepção do processo saúde doença ainda está muito ligado a clínica propriamente dita, mostrando uma discrepância com o que é proposto pelos princípios e diretrizes do SUS, que tem na educação em saúde uma base conceituada pela promoção da saúde27-30.

Ademais, o estudo demonstra que o serviço avaliado não desenvolve ações de educação em saúde no controle da TB, principalmente no indicador "participação dos doentes em grupos", mesmo sendo estas ações consideradas pelo Ministério da Saúde e preconizadas no PNCT, como uma estratégia primordial ao controle e adesão ao tratamento da TB.

A educação em saúde deve ser desenvolvida com o trabalho organizado e em equipe, sendo utilizada como estratégia para o controle da TB, desenvolvendo o empoderamento do paciente, além de promover o diálogo entre profissionais de saúde e usuários, a autonomia cidadã e o incentivo a uma postura ativa desses sujeitos em seus ambientes políticos e sociais, desenvolvendo oportunidades para ampliar a compreensão dos problemas e refletir a respeito da intervenção sobre a realidade em que vive, privilegiando a promoção da sua autonomia31,32.

O trabalho em equipe foi codificado pelo grupo como ponto primordial para o desempenho da estratégia de saúde da família. Durante a descodificação/problematização, as maiores contribuições dos sujeitos se mostraram através da perspectiva de que o objetivo comum do cuidado e da promoção da saúde da população, somente pode ser alcançado com o trabalho organizado em equipe.

Estudo realizado por Sá et al.31, corrobora com nossos achados, onde as práticas de educação em saúde são incipientes e pouco expressivas no processo de trabalho dos profissionais da atenção básica.

Em uma das estratégias consideradas prioritárias pelo PNCT está predito o aumento da detecção de casos nos diferentes cenários socioeconômicos e clínico epidemiológicos, por meio do fortalecimento do sistema de serviços de atenção primária à saúde (APS). É de extrema importância a atuação da equipe de saúde da família (ESF) na realização de ações de vigilância, prevenção e controle da doença33-35.

Acesso ao Serviço de Saúde

Os resultados encontrados nesse estudo mostram que o atendimento médico no prazo de 24 horas foi regular, indicando acesso ao serviço de saúde. Este aspecto diminui a incidência do abandono ao tratamento de tuberculose, já que os profissionais de saúde estão acessíveis para orientar, avaliar e acompanhar o estado de saúde do portador de TB. De acordo com Santos et al.20 e Rodrigues et al.34, a percepção das relações com o serviço de saúde e o campo institucional podem ser fatores que contribuam ou não para o abandono do tratamento, já que os efeitos colaterais apresentados pelos pacientes podem ocasionar consultas extras a fim de tratar as queixas20,34.

Os dados referentes à "falta de medicação" obteve uma média de 100%, apresentando um nível favorável, ou seja, nunca ou quase nunca falta medicação. A entrega da medicação é exclusividade dos serviços de saúde, pois os mesmos não podem ser vendidos em farmácias, e o mau uso da medicação é um dos fatores de maior risco para que o doente se torne resistente à droga, por isso, o tratamento não pode ser interrompido. O PNCT quando se refere em controle da TB, visa primordialmente romper a cadeia de transmissão e o principal meio para atingir esse objetivo é realizar o diagnóstico e tratamento precoce, para que bacilos não sejam disseminados, tendo como desfecho a cura da doença11,13.

Estudo realizado por Lafaiete et al.35 atesta que os resultados são favoráveis com atendimento médico no prazo de 24 horas, com acesso aos medicamentos para tratamento da TB. Esse fato revela um adequado planejamento e distribuição dos medicamentos pela equipe que coordena o programa de controle do tratamento no município, pois incluem etapas essenciais na seleção, obtenção, distribuição e o uso apropriado.

Diagnóstico

A baciloscopia é utilizada na saúde pública para confirmação do diagnóstico da TB, por ser uma técnica simples e segura, ela tem duas importantes finalidades no controle da TB: detecção dos casos bacilíferos, responsáveis pela cadeia de transmissão, e o controle do tratamento e eficácia do mesmo. Por essa razão é recomendado que em todo diagnóstico de TB fosse solicitado a baciloscopia para confirmação e que esta seja realizada todo mês, que os comunicantes e demais cidadãos realizem o teste de pele (PPD), para um diagnóstico precoce11,36.

O acompanhamento de tratamento da TB foi avaliado através de controles de periódicos de baciloscopia nas variáveis: "oferecimento pelos serviços de saúde do pote para diagnóstico de TB"; "oferecimento pelos serviços de saúde do pote para exame de escarro mensal"; "consulta mensal oferecida pelos serviços de saúde"; "visita de profissionais de saúde para entrega do pote para coleta de escarro". Os resultados demonstraram que tal acompanhamento tem sido prioritário no município de Salgueiro, apresentando níveis percentuais favoráveis. Corroborando com estudo realizado por Lima et al.37 que apresentou resultados positivos quanto a realização da baciloscopia de acompanhamento.

As ações de controle como: "a realização do teste de pele pelos serviços de saúde" e "ações com igrejas, associações de bairros, para entrega do pote para coleta de escarro", tiveram resultados não favoráveis, o que determina que o município não tem cumprido com todas as metas do PNCT, que apenas tem sido feito ações clínica, e no que se refere a promoção e ações de prevenção, como a busca ativa e exames para diagnósticos precoce como o PPD, não tem sido realizada no município em estudo. Estes dados corroboram com estudos realizados por Oliveira38 em Ribeirão Preto - SP, mostrando o mesmo perfil onde se realiza a baciloscopia de diagnóstico, mas não se faz a busca ativa.

A oferta de pote para exame de escarro na comunidade e o PPD tem sido as ações prioritárias na busca ativa de sintomáticos respiratórios, passando a ser parte da rotina dos serviços e principalmente da atenção primária em saúde, a fim de obter a detecção precoce dos casos de TB, por ter como instrumento de trabalho a família e o domicilio, a ESF possuem um espaço privilegiado para estas ações39,40.

Repercussões no Campo da Saúde Pública

Em relação à política de controle da TB estabelecida no município de Salgueiro, a educação em saúde e a busca ativa de sintomáticos respiratórios, nas variáveis "Participação dos doentes de TB em grupos nos serviços de saúde", "ações com igrejas, associações de bairros, para entrega de potes para coleta de escarro", não obtiveram médias favoráveis, ou seja, o município não realiza essas atividades, podendo ser justificado como mostra a pesquisa realizada por Silva et al.41 à inexistência de uma política de educação permanente, coerente com a situação epidemiológica existente e a rotatividade dos profissionais de saúde está relacionada à descontinuidade político-partidária no município, que podem prejudicar a manutenção de equipes de saúde qualificada para lidar com a TB nos serviços de atenção básica.

Desse modo é importante ressaltar o estudo realizado por Queiroz et al.42 e Terra et al.43 sobre a identificação de problemas relacionada à adesão terapêutica e controle da TB, na qual destacaram que questões relacionadas à qualificação das equipes precisam alcançar maior discussão e execução, uma vez que a maioria dos profissionais que atuam na atenção básica já vivenciou o processo de formação centrado no modelo curativista e não na promoção da saúde.

Para Samico et al.44, a avaliação em saúde tem se tornado uma alternativa eficaz para dar respostas a respeito das ações planejadas e executadas, fornecendo informações sobre o modo de funcionamento, qualidade, efetividade, segurança e satisfação dos usuários dos sistemas de saúde. Assim, este estudo permitiu a verificação de ações, como a educação em saúde e a busca ativa dos sintomáticos respiratórios, que, mesmo não ocorrendo, o gestor relata serem executadas. Isto acaba por gerar informações que despertem nos gestores e profissionais de saúde a necessidade de refletir e intervir nesses indicadores para assim, modificar o quadro epidemiológico apresentado pelo agravo da doença, sinalizando a necessidade de investigações e pesquisas que produzam resultados positivos no processo de doença e melhora da qualidade de saúde da população45,46.

Observa-se que os doentes de TB são em sua maioria adultos jovens, de baixa escolaridade e do sexo masculino, o que gera um problema econômico social para as famílias, pois a doença muitas vezes deixa esse grupo impossibilitado para o trabalho, tirando do provedor da família a condição do sustento.

Apesar do município apresentar condições favoráveis para realizar as ações de controle da tuberculose na atenção básica, percebe-se a existência de uma grande concentração de diagnósticos identificados pela rede hospitalar do município, ocasionando uma inversão do fluxo de atendimento e diagnóstico da tuberculose. Houve desempenho satisfatório em relação às atividades relacionadas à oferta de ações para tratamento, como: atendimento médico, exames de baciloscopia e medicações. Em decorrência da não execução de alguns indicadores de saúde como busca ativa de sintomáticos respiratórios e educação em saúde as ações de controle da TB se mantêm em nível favorável, não favorável e regular o que determina que não há linearidade nas ações de controle da TB nas ESF.

Portanto os achados deste estudo apontam para a necessidade na execução de políticas voltadas para a educação em saúde e busca ativa de sintomáticos respiratórios, tendo ações direcionadas não somente aos enfermos, como também aos familiares e comunidade. Para isso, é imprescindível o comprometimento da gestão nas ações estabelecidas no controle de TB no município, assim como os profissionais da saúde e população envolvida, devendo conhecer suas reais atribuições, para assim cumprirem as metas sugeridas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e MS no combate à doença.

 

CONCLUSÃO

A avaliação do desempenho das ações e serviços de controle da tuberculose da estratégia saúde da família no município de Salgueiro-PE apontou fragilidades no diagnóstico de TB, visto inversão do fluxo de atendimento e diagnóstico da tuberculose, ausência nas ações de educação em saúde e busca ativa de sintomáticos respiratórios, o que acaba por acarretar prejuízos ao controle e ao tratamento da tuberculose.

 

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Manuscrito recebido: Abril 2018
Manuscrito aceito: Outubro 2018
Versão online: Novembro 2018

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