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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.30 no.3 São Paulo set./dez. 2020

http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.v30.11060 

ARTIGO ORIGINAL

 

Panorama sobre as recomendações para amamentação em tempos de COVID-19

 

 

Helaine Jacinta Salvador MocelinI; Cândida Caniçali PrimoII; Mariana Rabello LaignierIII

IUniversidade Federal do Espírito Santo (UFES). Zip Code: 29047-105, Vitória, Espírito Santo, Brazil. orcid.org/0000-0001-9789-9670
IIUniversidade Federal do Espírito Santo (UFES), Programa de Pós-graduação em Enfermagem (PPGENF), Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), Departamento de Enfermagem. Zip Code: 29047-105, Vitória, Espirito Santo, Brazil. orcid.org/0000-0001-5141-2898
IIIUniversidade Federal do Espírito Santo (UFES), Programa de Residência Multiprofissional em Saúde. Departamento de Enfermagem. Zip Code: 29047-105, Vitória, Espírito Santo, Brazil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: A infecção humana causada pelo novo Coronavírus é uma emergência de saúde pública de importância internacional, cujo espectro clínico varia de sintomas leves à síndrome respiratória aguda grave. Destaca-se que há informações fragilizadas sobre as apresentações clínicas do Coronavírus em recém-nascidos e crianças
OBJETIVO: Descrever as recomendações acerca da amamentação durante a infecção por SARS-CoV-2
MÉTODO: Estudo de revisão de escopo
RESULTADOS: A discussão sobre a transmissão viral via amamentação é controversa e as recomendações variam de acordo com especialistas em diferentes países do mundo
CONCLUSÃO: O conhecimento científico atualmente disponível não permite informar com precisão a melhor conduta no processo de amamentação, fazendo com que cada país decida a estratégia que melhor se adapta a sua realidade. Implicações para a prática: É importante que a equipe de saúde tenha um olhar atento para identificação de sinais e sintomas atípicos durante esse processo para agir preventivamente frente às possíveis intercorrências

Palavras-chave: Aleitamento Materno, Infecções por Coronavirus, Coronavirus, Vírus da SARS, Enfermagem Materno-Infantil.


 

 

Síntese dos autores

Por que este estudo foi feito?

O estudo foi realizado para descrever as recomendações acerca da amamentação durante a infecção por SARS-CoV-2 e prover a visão de diferentes autores sobre o processo de amamentação ao redor do mundo na vigência da pandemia de COVID-19.

O que os pesquisadores fizeram e encontraram?

Realizou-se uma revisão de escopo sobre as estratégias e recomendações adotadas pelos diferentes países em relação à amamentação durante a pandemia por Coronavírus. Assim, os resultados encontrados abordam um panorama global a respeito de mães confirmadas/suspeitas de COVID-19. Países como a China, por exemplo, contraindicam a amamentação, enquanto países como o Brasil incentivam, desde que a mãe queira e esteja apta a amamentar, seguindo as medidas de prevenção e higiene adequadas.

O que essas descobertas significam?

Os achados apontam que as evidências a respeito da amamentação em tempos de COVID-19 são frágeis e pouco claras até o momento. A comunidade científica passa a adotar diferentes orientações à medida em que novos dados se tornam disponíveis e a experiência é acumulada.

Identificou-se que há contradições em relação à indicação da amamentação no âmbito internacional. Vale destacar, a importância da equipe de saúde preparada, independente das orientações de cada país, para que acompanhe atentamente o binômio mãe-filho e sua família nesse processo, com o propósito de evitar possíveis intercorrências, muitas vezes determinantes da interrupção da amamentação.

 

INTRODUÇÃO

A infecção humana causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2) ou COVID-19 é uma emergência de saúde pública de importância internacional, cujo espectro clínico é diverso, variando de sintomas leves à síndrome respiratória aguda grave. A letalidade varia conforme cada país, mas está evidenciado que os idosos e as pessoas com comorbidades crônicas são as que mais apresentam complicações. No momento, não foram desenvolvidas vacinas ou medicamentos com comprovada evidência científica para seu tratamento definitivo e, atualmente, o manejo clínico é voltado para suporte e controle de sintomas1.

O número de infectados por SARS-CoV-2 no mundo é impactante. Até 30 de agosto de 2020, foram relatados aproximadamente 25 milhões de casos e 800 mil mortes desde o início do surto2. A taxa de mortalidade está entre 0,2% e 0,4% para as faixas etárias entre 10 e 49 anos, 1% para os idosos entre 50 e 59 anos, 3,6% para pessoas entre 60 e 69 anos e 8% para maiores de 703.

Diante do ineditismo da doença e mesmo com avanços científicos para melhor compreensão do curso natural da enfermidade, existem poucas informações sobre as apresentações clínicas do Coronavírus em recém-nascidos e crianças. De acordo com alguns estudos, a condição das crianças infectadas pelo Coronavírus é leve ou moderada4-6, embora os recém-nascidos apresentem reconhecida imaturidade do sistema imunológico, o que sugere que possam estar mais susceptíveis à infecção pelo vírus7.

Atualmente, não há evidência consolidada sobre a transmissão vertical do SARS-CoV-2, já que não foi encontrado o vírus em amostras de líquido amniótico, cordão umbilical, swab da garganta de neonatos e no leite humano4,8. Estudo realizado na China identificou que, especificamente, com relação ao Coronavírus, as crianças menores de um ano têm taxas mais altas de complicações graves do que as mais velhas5.

Desde 18 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que mulheres com COVID-19 estão aptas a amamentar, com base na ideia de que por meio do leite materno, os bebês obtém anticorpos e fatores anti-infecciosos que ajudam a protegê-los contra diversas infecções9.

Neste sentido, a amamentação é vital para saúde e pode salvar a vida de mais de 820 mil crianças com menos de cinco anos a cada ano. Nas primeiras horas de vida do bebê, deve-se iniciar o aleitamento materno, que possui uma infinidade de propriedades protetoras, inclusive imunológicas, diminuindo o risco de infecções por vírus ou bactérias e reduzindo a mortalidade neonatal. Da mesma forma, fornece nutrientes adequados para o desenvolvimento saudável da criança. Na mãe, reduz o risco de depressão pós-parto, anemia e diferentes patologias10.

Por se tratar de uma patologia recente, a transmissão do Coronavírus via amamentação ainda é um assunto limitado e bastante controverso, já que as recomendações variam em diferentes países do mundo. Cabe ressaltar que, no decorrer da pandemia, as decisões frente à amamentação são constantemente reavaliadas pela comunidade científica que pode passar a adotar diferentes orientações à medida em que novos dados se tornam disponíveis e a experiência é acumulada. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo descrever as recomendações acerca da amamentação durante a infecção por SARS-CoV-2.

 

MÉTODO

Estudo de revisão de escopo, que, segundo Peterson11 e colaboradores, permite identificar lacunas de conhecimento, mapear as evidências disponíveis em determinada área de interesse, definir o escopo de um corpo de literatura, esclarecer conceitos e investigar condutas de pesquisa, reunindo vários desenhos de pesquisa.

Para o desenvolvimento desta revisão foram seguidas as etapas: (1) identificar a questão de pesquisa; (2) identificar os estudos relevantes; (3) seleção dos estudos; (4) mapeamento dos dados; (5) compilar, resumir e relatar os dados11. A partir da questão de pesquisa "Quais as recomendações para amamentação durante a pandemia de COVID-19?", foram definidos os seguintes elementos de acordo com o mnemônico P - População, C - Conceito e C - Contexto P (mulheres e recém-nascidos); C (amamentação) e C (COVID-19/ SARS-CoV-2).

Buscou-se revisar as estratégias e recomendações adotadas pelos diferentes países em relação a amamentação durante a pandemia por Coronavírus em protocolos, diretrizes, sites governamentais e busca de artigos científicos publicados nas bases de dados: National Library of Medicine (MEDLINE/PubMed) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Em seguida, para assegurar uma busca criteriosa, definiram-se os descritores controlados [Descritores em Ciência da Saúde (DeCS), Medical Subject Headings (MeSH)]: "Aleitamento materno" e "Coronavirus" e seus correspondentes em inglês "Breast Feeding" e "Coronavirus", conjugados de dois em dois, utilizando o operador boleano and. Como critério de inclusão, a seleção abarcou artigos científicos disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e espanhol, que abordaram a questão da amamentação no contexto do SARS-CoV-2. Foram excluídos: artigos de opinião, bem como os artigos repetidos nas bases de dados. Não houve recorte temporal para a busca das publicações.

Os artigos foram mapeados mediante indicadores de coleta de dados designados por título, tipo do estudo, país de origem e recomendações sobre amamentação. Os resultados foram submetidos à análise descritiva do conteúdo, a partir de quadros analíticos que sintetizaram as informações chave dos estudos, interpretando e comparando as produções, para descrever as evidências disponíveis que respondiam à questão norteadora.

 

RESULTADOS

O quadro 1, a seguir, descreve e resume os resultados encontrados sobre as recomendações relacionadas à amamentação durante a pandemia de COVID-19, em diferentes países. Destaca-se que, das publicações encontradas, 11 são artigos científicos e 11 são documentos como protocolos, diretrizes e sites governamentais.

 

DISCUSSÃO

A partir da síntese dos resultados, os autores apontam que as recomendações sobre a amamentação em tempos de COVID-19 apresentam-se controversas, tendo em vista que os países adotam diferentes protocolos com base nas experiências de surtos anteriores e nas questões econômicas, sócio-político-culturais.

Especialistas chineses, desencorajam a amamentação12-14 e não descartam a possibilidade de transmissão vertical do vírus e, por isso, contraindicam a amamentação, mesmo em casos apenas suspeitos12. Eles afirmam que o vírus deve ser pesquisado no leite de mães suspeitas ou diagnosticadas e, só com a negativa do resultado, os bebês podem ser amamentados ou alimentados com leite humano. Ainda, descrevem que o leite humano de doadoras hígidas também deve ser triado quanto à presença viral, pois, afirmam que o vírus pode ser excretado no leite durante período de incubação da doença12. Ademais, relatam 2 casos de infecção neonatal por Coronavírus e, suspeita-se que ambos foram infectados no pós-natal a partir do contato com a mãe infectada15. Outro estudo chinês, sugere práticas distintas às práticas supracitadas e declaram que a amamentação pode ser praticada, desde que, se cumpra um período de isolamento16.

De forma análoga, Portugal, por meio do Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos desaconselha a amamentação em mães infectadas ou suspeitas de COVID-19 e, quando possível, estimulam a extração do leite humano, com bomba17. Desse modo, nota-se que a China e Portugal adotaram medidas mais preventivas e desaconselham a amamentação mesmo em mães infectadas sem sintomas15-17.

Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu orientações incentivando a amamentação18, mesmo em mulheres infectadas com Coronavírus, desde que se pratique alguns cuidados de higiene respiratória, a fim de impedir a contaminação do recém-nascido. Desta forma, é necessário lavar as mãos antes de amamentar ou antes de extrair o leite humano, usar máscara facial (cobrindo completamente nariz e boca) durante as mamadas, evitar falar ou tossir durante esse processo, além de seguir rigorosamente as recomendações para limpeza das bombas de extração de leite após o uso. Caso a mãe não se sinta confortável para amamentar diretamente a criança, a OMS orienta que o leite humano seja ordenhado, utilizando as medidas de higiene e oferecido ao RN por um cuidador saudável18.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, coaduna com as recomendações da OMS e acrescenta que, a decisão de iniciar ou continuar a amamentação deve ser feita pela mãe conjuntamente com a família e a equipe de profissionais que a cuidam13. Também o Royal College of Obstetricians & Ginecologists (RCOG), no Reino Unido, compartilha as informações dadas pela OMS20.

Na Itália, a Sociedade Italiana de Neonatologia recomenda a amamentação nas mães com infecção confirmada assintomática ou com sintomas leves. Considera necessária a separação do binômio nos casos de mães sintomáticas, com infecção confirmada ou suspeitas, até obter os resultados das amostras. Em casos de separação, a Sociedade Italiana recomenda que uma pessoa assintomática oferte o leite humano para o recém-nascido21,22.

Nas situações clínicas em que a mãe não estiver em condições de amamentar, recomenda-se a extração do seu leite e a oferta para o RN por meio de copinho ou colher. Caso a mãe utilize acessórios para a extração do leite, deve-se desinfetar as superfícies do equipamento com álcool 70%, e os acessórios devem ser lavados e fervidos por 15 min a contar do momento de ebulição da água18,23.

Por outro lado, a Sociedade Espanhola de Neonatologia reconhece que ainda não há dados suficientes para fazer recomendações seguras e, inicialmente, não apoiou a indicação para permitir a amamentação. Entretanto, nos seus protocolos mais recentes, e considerando os benefícios para o binômio, aconselha manter a amamentação desde o nascimento, se as condições clínicas do recém-nascido e mãe permitirem24.

Na mesma direção, a França, por meio da La Leche League Internacional, incentiva as famílias a reconhecerem a importância do leite humano no fornecimento de proteção imunológica para a criança e acrescenta que, é importante não interromper a amamentação, mesmo se a lactante adoecer. A Liga explica que o bebê já foi exposto ao vírus pela mãe e/ou família e se beneficiará mais com a amamentação direta e contínua25.

No Brasil, o Ministério da Saúde é favorável à manutenção da amamentação em mulheres portadoras ou suspeitas de Coronavírus, desde que, a mulher e a criança estejam em condições clínicas satisfatórias e sigam as recomendações de higienização da OMS a fim de evitar a disseminação viral para o recém-nascido18,23.

Há de se destacar que, duas revisões internacionais publicadas abordaram esse assunto e enfatizam que, os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de transmissão do vírus através do leite humano26-27. Outrossim, demais estudos defendem que a amamentação em mulheres no pós-parto com SARS-CoV-2 é altamente recomendada para o recém-nascido, se a saúde da mãe e do recém-nascido permitir28,29,30.

Diante desse cenário, nota-se que o conhecimento científico atualmente disponível, não permite informar com precisão a melhor conduta no processo de amamentar31,32,33. Essas incertezas fazem com que cada país decida, por analogia, através de experiências limitadas de surtos anteriores e pela interpretação dos benefícios da amamentação já consolidados na literatura e as possíveis intercorrências que a infecção pode causar, a estratégia que melhor se adapta a sua realidade.

Com o curso da doença, as diretrizes de cuidados estão sendo normatizadas, mas para tal, dados completos sobre infecções de Coronavírus durante o ciclo gravídico, puerperal e amamentação devem ser coletados e disponibilizados ao público. As condutas evoluirão à medida em que mais dados estiverem disponíveis, servindo assim, como base para descrever a experiência da epidemia atual em vez de basear-se em circunstâncias anteriores de diferentes tipos de vírus corona, pois sua epidemiologia, curso clínico e resposta ao tratamento podem diferir.

As limitações desta revisão estão relacionadas aos estudos observacionais, com amostras pequenas e limitadas, o curto período de observação e pesquisas ainda incipientes no tocante a temática. Optou-se por incluir a literatura cinzenta para garantir maior possibilidade de discussão e conhecimento, contemplando orientações advindas do Ministério da Saúde e das demais instituições de saúde do Brasil e do mundo.

Diante do cenário epidemiológico, esta revisão torna-se essencial por mapear junto à literatura as recomendações sobre amamentação durante a pandemia por COVID-19, as quais podem nortear a assistência prestada pelos profissionais de saúde e subsidiar pesquisas futuras. As estratégias e recomendações encontradas nesta revisão direcionam-se à assistência à mulher e à criança desde a sala de parto, até o retorno à sua residência, seja durante a hospitalização seja durante o acompanhamento pela Atenção Primária à Saúde. Dentre as principais orientações encontradas, apontam-se o uso de máscaras, a higienização das mãos antes e após cada mamada e a limpeza dos utensílios utilizados na ordenha das mamas. Todos estes cuidados são fundamentais e devem ser realizados em parceria com as famílias.

Considerando as diferentes recomendações sobre o processo de amamentar durante a pandemia de COVID-19 em todo o mundo, é importante que a equipe de saúde, independente das orientações de cada país, acompanhe atentamente o binômio mãe-filho e sua família nesse processo. Cabe ao profissional que assiste a essas mulheres, transmitir orientações adequadas frente aos fatores ideológicos, culturais, sociais e econômicos do ambiente em que vivem, além de ouvi-las a fim de detectar e corrigir precocemente possíveis dificuldades e/ou intercorrências, como mastite e ingurgitamento mamário que possam favorecer o desmame precoce.

 

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Endereço para correspondência:
Mariana Rabello Laignier
mariana.laignier@ufes.br

Recebido: Maio 2020
Analisado: Setembro 2020
Aceito: Setembro 2020

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