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Journal of Human Growth and Development

versión impresa ISSN 0104-1282versión On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.31 no.3 Santo André sep./dic. 2021

http://dx.doi.org/10.36311/jhgd.v31.12605 

ARTIGO ORIGINAL

 

Mortalidade e letalidate da COVID-19 no Estado do Pará, Amazônia legal, Brasil

 

 

Célia Guarnieri da SilvaI, II; Luiz Vinicius de Alcantara SousaIII; Laércio da Silva PaivaIII; Tassiane Cristine MoraisII, V; Mariane Albuquerque Lima RibeiroI, IV; Maura Regina RibeiroII; Carlos Bandeira de Mello MonteiroII, VI

IPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brazil
IILaboratório de Delineamento de Estudo e Escrita Científica, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brazil
IIILaboratório de Epidemiologia e Análise de Dados, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brazil
IVCentro de Ciências da Saúde e do Desporto, Universidade Federal do Acre - Rio Branco, Acre, Brazil
VDepartamento de Educação Integrada em Saúde, Universidade Federal do Espírito Santo - Vitória, Espírito Santo, Brazil
VIEscola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Departamento de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação - São Paulo, São Paulo, Brazil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: o crescimento dos índices do coronavírus na região Norte evidencia as desigualdades sociais históricas da região e os problemas no acesso à cidadania.
OBJETIVO: analisar a mortalidade e letalidade da COVID-19 no estado do Pará, Brasil.
MÉTODO: trata-se de um estudo ecológico com delineamento de série temporal de dados secundários. Foram consideradas todos os casos registrados e óbitos notificados por COVID-19 no período de março de 2020 a junho de 2021, no estado do Pará, Brasil. Foi utilizado a taxa de incidência, mortalidade e letalidade. Estimou-se a variação percentual diário e seus respectivos intervalos de 95% de confiança,
RESULTADO: o total de casos confirmados e óbitos por COVID-19 no estado do Pará foi de 552.937 e 15.469, respectivamente, no período de março de 2020 a junho de 2021. As taxas de incidência e mortalidade do período de março de 2020 a junho de 2021 foram, respectivamente, 6.407,9 e 179,3 por 100.000 habitantes e a letalidade foi 43,3. Com relação à análise de tendência diária das taxas no período de março de 2020 a junho de 2021 tanto a mortalidade quanto a incidência foram crescentes,
CONCLUSÃO: constatou-se que o comportamento da tendência das taxas na primeira onda foi crescente na incidência de casos confirmados e a letalidade decrescente e, na segunda onda, as taxas de mortalidade e letalidade foram crescentes,

Palavras-chave: COVID-19, SARs-CoV-2, mortalidade, letalidade, lockdown, quarentena.


 

 

Síntese dos autores

Por que este estudo foi feito?

A finalidade do estudo é analisar as variações temporais da mortalidade e letalidade da COVID-19 do estado do Pará, região Norte, Brasil.

O que os pesquisadores fizeram e encontraram?

A tendência das taxas no primeiro período (março a novembro de 2020) foi crescente na incidência de casos confirmados e a letalidade decrescente e no segundo período (dezembro de 2020 a junho de 2021), as taxas de mortalidade e letalidade foram crescentes.

O que essas descobertas significam?

A contribuição desta análise subsidia ações preventivas, controle e tratamento, redução da mortalidade e definições de prioridades dentro área da saúde pública.

 

INTRODUÇÃO

No ano de 2020, um surto novo do Coronavírus na China tornou-se um problema de saúde pública internacional. Em um curto período, foi declarada a pandemia com diferentes impactos sinalizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A COVID-19 levou a impacto notável no desenvolvimento econômico global, prejudicou os sistemas de saúde, o campo político e social1.

Aproximadamente tem-se o registro de 180 milhões de casos pelo mundo. A América do Sul recentemente foi declarado pela Organização Mundial de Saúde como um novo epicentro da pandemia do SARS-CoV-22.

O Sistema Único de Saúde (SUS) apesar da crise hospitalar e sanitária, garante acesso a milhões de habitantes, presencialmente e digitalmente, desenvolvendo um sistema de inteligência artificial para atendimento não presencial. Apesar de todas as medidas, a pandemia impactou profundamente a população brasileira, principalmente sua população em situação vulnerável, agravando pela alta taxa de desemprego3. Com registros de óbitos passando de 500 mil vítimas da doença, o descontrole da pandemia no país é preocupante4. Iniciou-se em 2021 ainda sem medidas de intervenções estratégias eficazes para promoção em saúde e combate ao vírus, sobrecarregando o sistema hospitalar, leitos gerais e de unidades de terapia intensiva (UTI)5.

Uma das preocupações ligadas à pandemia da COVID-19 se refere à capacidade da estrutura do sistema de saúde suportar a demanda por atendimento e tratamento de pessoas acometidas por esta doença6.

O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia de COVID-19, dados de mortalidade não refletem a real cifra de óbitos pela doença. Entre 23 de fevereiro e 8 de agosto de 2020, foram registradas 46.028 mortes por causas respiratórias nas oito cidades (Rio de Janeiro, São Paulo, Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Cuiabá e Curitiba). O elevado e heterogêneo percentual de mortes respiratórias excedentes sugere alta subnotificação de óbitos por COVID-19, reforça as desigualdades regionais e a necessidade de revisão das mortes associadas a sintomas respiratórios6,7.

O crescimento dos índices do coronavírus na região Norte evidencia, portanto, as desigualdades sociais históricas da região e os problemas no acesso à cidadania8.

Com poucos estudos epidemiológicos da região Norte do Brasil, as lacunas de informações sobre a epidemiologia da COVID-19 verificam-se as maiores taxas de incidência de COVID-19 nessa região9,10. A região Norte ficou em terceiro lugar logo no início do surto da pandemia da COVID- 19 com um número de casos confirmados aproximadamente em 16% na data de 05 de maio de 202011.

No Estado do Pará, houve o registro de 4.756 casos com uma taxa de incidência de 788 casos em 49 dias após a confirmação da primeira infecção da COVID-19. O primeiro caso confirmado da doença foi notificado no dia 18 de março de 2020, na cidade de Belém, capital do estado. A primeira notificação de óbito ocorreu em 1º de abril de 2020, e desde então a curva de casos novos e incidência de óbitos tem sido frequente e registrada com altas taxas na região11.

A investigação e a caracterização de aspectos epidemiológicos, analisando as variações temporais da mortalidade e letalidade da COVID-19 na região Norte para compreensão do comportamento da doença na população do Estado do Pará, pode levar a intervenções oportunas e adequadas para a prevenção de piores desfechos.

Por isto, o objetivo é analisar a mortalidade e letalidade da COVID-19 no estado do Pará, Brasil.

 

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico conduzido de acordo com o protocolo elaborado por Abreu, Elmusharaf e Siqueira (2021)12, utilizando séries temporais de dados públicos e oficiais disponíveis no site da Secretaria de Saúde do Estado do Pará, Brasil (https://www.covid-19.pa.gov.br/#/).

A Amazônia Legal é composta por nove estados, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão totalizando 772 municípios. Sua extensão territorial corresponde a cerca de 59% do território brasileiro, sua população equivale 13% do total de habitantes do Brasil e 60% da população indígena do país vivem na região12,13. O Pará tem uma população estimada de 8.777.124 habitantes, IDH de 0.64614 (figura 1).

Os dados foram classificados de acordo com a data de notificação e os óbitos de acordo com a data de encerramento. Foram consideradas todos os casos registrados e óbitos registrados por COVID-19 no período de março de 2020 a junho de 2021, no estado do Pará, Brasil. Extraídos por dois pesquisadores de forma independente, a fim de minimizar o viés de coleta e garantir a qualidade e confiabilidade dos dados obtidos.

Foram consideradas todas as notificações de casos e óbitos referentes ao COVID-19, utilizando a Classificação Internacional de Doenças, 10ª edição (CID-10), do "U07.1 COVID-19, vírus identificado", associada ao diagnóstico da doença, confirmado por diagnóstico clínico e / ou laboratorial.

Os dados coletados foram distribuídos em planilha Excel. Foram calculadas as incidências (casos / população x 100.000) e taxas de mortalidade (óbitos / população x 100.000) expressas por 100.000 habitantes, e letalidade (total de óbitos / total de casos x 100), expressa em porcentagem. Também foram calculadas as taxas de mortalidade em todo o período, estratificadas por sexo e idade.

Para análise de tendências, os períodos foram divididos em primeira onda (1ª onda - março a novembro de 2020) e segunda onda (2ª onda - dezembro de 2020 a junho de 2021), para definir o final da primeira onda, mês com menor taxa de mortalidade foi considerado, o que sugeriu o fim de uma primeira onda na curva.

As tendências foram analisadas pelas diretrizes metodológicas de Antunes e Cardoso15. O modelo de regressão de Prais-Winsten para taxas de mortalidade populacional foi utilizado para construir séries temporais, o que permitiu a correção da autocorrelação de primeira ordem na análise dos valores das séries temporais organizadas. Foram estimados os seguintes valores: probabilidade (p) e Variação Percentual Diária - DPC, considerando um nível de significância de 95%. Esse procedimento permitiu classificar a mortalidade e letalidade, avaliando se aumentou, diminuiu ou foi plana.

As análises estatísticas foram realizadas usando o software STATA 14.0 (College Station, TX, U.S. 2013).

Devido a utilização de dados de domínio público, não houve necessidade de submissão do trabalho à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e de análise do sistema Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).

 

RESULTADOS

O total de casos confirmados e óbitos da COVID-19 no estado do Pará foi de 552.937 e 15.469, respectivamente, no período de março de 2020 a junho de 2021. Os meses que apresentaram maiores frequências de casos confirmados para a COVID-19 foram junho de 2020 (65.245/11,8%), abril de 2020 (54.036/9,77%) e março de 2021 (52.880/9,56%). Com relação ao óbito, foram maio de 2020 (2.715/17,55%), abril de 2021 (2.555/16,52%) e junho de 2021 (1.997/12,91%). As taxas de incidência e mortalidade do período de março de 2020 a junho de 2021 foram, respectivamente, 6.407,9 e 179,3 por 100.000 habitantes e a letalidade foi 43,3% (tabela 1).

Com relação à análise de tendência diária das taxas no período de março de 2020 a junho de 2021 tanto a mortalidade quanto a incidência foram crescentes. Com a divisão em dois períodos, verificou que a incidência permaneceu crescente e a letalidade decrescente na primeira onda e na segunda onda a taxa de mortalidade e letalidade crescente (tabela 2).

 

DISCUSSÃO

No estado do Pará, foram notificados 552.937 casos confirmados e 15.469 óbitos da COVID-19 de março de 2020 a junho de 2021. Houve a caracterização de duas ondas da incidência da doença (classificada por 1ª onda e 2ª onda). Os meses que apresentaram maiores frequências de casos confirmados para a COVID-19 foram junho de 2020 (65.245/11,8%), abril de 2020 (54.036/9,77%) que coincide com a primeira onda e a próxima maior elevação foi na segunda onda em março de 2021 (52.880/9,56%).

Com relação ao óbito, houve uma maior frequência no primeiro período que foi em maio de 2020 (2.715/17,55%) e no segundo período concentrou-se nos meses de abril de 2021 (2.555/16,52%) e junho de 2021 (1.997/12,91%). O comportamento da tendência das taxas no primeiro período foi que a incidência permaneceu crescente e a letalidade decrescente e no segundo período apresentou um agravante, tanto a taxa de mortalidade e letalidade foram crescentes.

Estudos recentes foram realizados observando a incidência da COVID-19 em municípios brasileiros e verificaram fluxos específicos em cada região16-20. E possivelmente, estas variações podem ser influenciadas por aspectos relacionados as desigualdades socioeconômicas, culturais e de saúde, desta forma, pode-se compreender que a COVID-19 apresenta uma natureza sindêmico21. O termo sindemia significa a interação biológicas e sociais para que se possa estabelecer um prognóstico, tratamento, política pública e proteção social, e estes determinantes podem interferir na incidência da COVID-19, e isto caracteriza como se comporta esta doença no Brasil22,23.

No Norte do Brasil, os estados mais afetados em 5 de maio de 2020, em casos notificados da COVID-19 e mortalidade por 1 milhão de habitantes, foram Amazonas (2.327,5 e 251,7) e Pará (627,4 e 49,5). A capital paraense apresenta a maior incidência (1.816,4 / 1.000.000 habitantes) e mortalidade (240/1.000.000 habitantes) com uma taxa de mortalidade de 9,9% tais índices permanece após um ano da pandemia no estado do Pará, corroborando com o presente estudo11.

Com relação a distribuição espacial da incidência e mortalidade, o norte e o nordeste estão entre as regiões com maiores taxas. Ambas as regiões apresentaram municípios com taxas de incidência duas a 10 vezes maiores do que as taxas de incidência dos municípios das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, e essa heterogeneidade da doença corrobora para validar a hipótese de que a incidência e mortalidade por COVID-19 estão associadas a uma combinação de fatores geográficos, econômicos, sociais e culturais que expressam o modo de vida da população24.

Na região do Norte, a alta taxa de mortalidade pode estar vinculada à presença da população indígena25. Todas as pessoas são imunologicamente suscetíveis ao COVID-19, entretanto, essa população é mais vulnerável a epidemias devido às piores condições sociais, econômicas e de saúde, aumentando a disseminação de doenças26. Além disso, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, distância geográfica, escassez de recursos humanos nas áreas de saúde e linguística, e um estilo de vida que os permita estar mais expostos a doenças infecciosas, como morar em casas coletivas e compartilhar utensílios pessoais são todos fatores favoráveis. Muitos indígenas já foram vítimas do COVID-19, mas a dificuldade em diagnosticar e notificar os moradores de áreas indígenas contribui para a subnotificação do número de casos e óbitos25-27.

As taxas de leitos de unidade de terapia intensiva no território brasileiro por 10.000 habitantes, é um outro fator com relação a capacidade do sistema de saúde, o qual a região norte apresenta um índice muito inferior a demais regiões, sendo 0,9 leitos27. A alta da incidência da mortalidade pode ser justificada por condições relacionadas à atenção à saúde, condições socioeconômicas e demográficas, e fatores peculiares à população (idade, presença de comorbidades e hábitos de vida)28-31.

Para minimizar o aumento de novos casos e mortalidade, e a propagação ao interior, o governo do Pará instituiu decreto de bloqueio na capital e mais nove municípios. Esta medida teve objetivo de impor o isolamento social pois havia municípios que apresentavam incidência superior a Capital11.

A insuficiência na capacidade do atendimento hospitalar e das unidades de pronto atendimento, de profissionais de saúde e de leitos adultos, leitos de UTI e ventiladores, e a falta de teste rápido colaboraram possivelmente para o avanço da COVID-19 no estado do Pará tanto para aumento de casos e óbitos11,32.

O estado do Pará iniciou a vacinação no dia de 19 de janeiro de 2021 e até a data de 24 de setembro de 2021 tem-se um total de doses aplicadas de 7.036.152 que representa 46,04% de cobertura vacinal para a primeira dose e 29,02% para segunda dose ou dose única33. Sabe-se que a vacinação para atingir a maior parte da população precisará de mais tempo, por isto o distanciamento social, isolamento, o uso de máscaras faciais e quarentena, ainda são as melhores formas de prevenir transmissão do vírus.

Este estudo apresentou algumas limitações: os métodos e análises aplicados não podem inferir causalidade34; a análise de dados secundários pode ser limitada pela incompletude do conjunto de dados; não consideram variáveis de nível individual como idade / sexo / raça e, portanto, limitam as conclusões.

 

CONCLUSÃO

Constatou-se que o comportamento da tendência das taxas no primeiro período foi crescente na incidência de casos confirmados e a letalidade decrescente e no segundo período tanto as taxas de mortalidade e letalidade foram crescentes. A contribuição desta análise subsidia ações preventivas, controle e tratamento, redução da mortalidade e definições de prioridades dentro área da saúde pública.

Contribuições dos Autores

Todos os autores participaram de todas as etapas do trabalho, delineamento do estudo e delineamento do manuscrito. Todos os autores concordaram com a versão final do manuscrito.

Agradecimentos

Agradecemos à Secretaria de Estado da Saúde do Acre (SESACRE), Acre - Brasil, à Universidade Federal do Acre (UFAC), Acre - Brasil e ao Centro Universitário FMABC, Santo André, São Paulo - Brasil. Todos os pesquisadores, alunos de graduação, mestrado e doutorado do Laboratório de Delineamento de Estudos e Escrita Científica do Centro Universitário FMABC, Santo André, São Paulo.

Conflito de Interesse

Não há conflitos de interesse.

 

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Endereço para correspondência:
celiaguarnieris@gmail.com

Manuscrito recebido: julho 2021
Manuscrito aceito: setembro 2021
Versão online: novembro 2021

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