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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

J. Hum. Growth Dev. vol.32 no.2 Santo André maio/ago. 2022

http://dx.doi.org/10.36311/jhgd.v32.13225 

ARTIGO ORIGINAL

 

COVID-19 nos municípios de Botucatu e Serrana, São Paulo, Brasil, os efeitos da letalidade e mortalidade

 

 

Alan Patricio da SilvaI; Mariane Albuquerque RibeiroII; Matheus Paiva EmídioII; Blanca Elena Guerrero DaboinII; Tassiane Cristina MoraisI; Agatha MesarochII; Ingrig Soares de SouzaII; Cláudia Inês Pelegrini de Oliveira AbreuI; Italla Maria Pinheiro BezerraI; Luiz Carlos de AbreuIII

IPrograma de politicas publicas e desenvolvimento local - Emescam- Espirito Santo, Brazil
IIPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Centro Universitário FMABC, Santo André, São Paulo, Brasil
IIIProfessor Titular da disciplina de Bioestatistica e Metodologia da Pesquisa, Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: em 2019, surgiu na cidade de Wuhan, um distrito na região da China a proliferação com a infecção de um vírus identificado como SARS-CoV-2, rapidamente espalhou-se pelo mundo ganhando status de pandemia em menos de 1 ano, suas repercussões e magnitude fizeram que os cientistas, governos e sociedade adotarem medidas severas para o combate a esta enfermidade
OBJETIVO: analisar a mortalidade, incidência e letalidade por COVID-19 nos municípios de Botucatu e Serrana, São Paulo, Brasil
MÉTODO: trata-se de um estudo ecológico com delineamento de série temporal com dados secundários. Foram consideradas todos os casos registrados e óbitos registrados por COVID-19 no período de abril de 2020 a agosto de 2021, nos municípios de Botucatu e Serrana, São Paulo, Brasil. Foi utilizado a taxa de incidência, mortalidade e letalidade. Estimou-se a variação percentual mensal e/ou semanal e seus respectivos intervalos de 95% de confiança
RESULTADOS: identificou que e 12,88% dos munícipes da cidade de Botucatu foram infectados com COVID-19 e 8,61% da população do município de Serrana foi infectada. Observou-se uma tendência estacionária de mortalidade e incidência no período entre abril 2020 a maio 2021 e decrescente em ambos os sexos na taxa de letalidade no município de Serrana, na cidade de Botucatu houve tendência de mortalidade e incidência crescentes no mesmo período observado
CONCLUSÃO: a estratégia de vacinação em massa dos munícipes das cidades de Botucatu e Serrana apresentam dados robustos para considerar que a imunização tem efeito de queda no número de casos e óbitos por COVID-19, o que contribui efetivamente no combate a pandemia e reduz a contaminação e evolução da doença para casos mais graves

Palavras-chave: COVID-19; SARs-CoV2; Mortalidade; Letalidade; Epidemiologia; Quarentena.


 

 

Síntese dos autores

Por que este estudo foi feito?

Para reportar o avanço da pandemia de COVID-19 nos municipios de Botucatu e Serrana.

O que os pesquisadores fizeram e encontraram?

Foi realizado a analise dos indicadores de mortalidade e letalidade nos periodos entre abril de 2020 e agosto de 2021, observado as curvas de evolução da doença.

O que essas descobertas significam?

observa-se que houve uma mudança importante no numero de óbitos e nos indicadores de letalidade após a intervenção de imunização e medidadas de distanciamento social aplicadas.

 

INTRODUÇÃO

Durante o ano de 2019, iniciou-se na região de Wuhan, um distrito na região da China, uma proliferação com a infecção de um vírus identificado como SARS-CoV-2, rapidamente espalhou-se pelo mundo ganhando status de pandemia e menos de 1 ano1.

A SARS-CoV -2, quando infectado no hospedeiro, possui uma rápida replicação no núcleo celular, provocando uma doença que afeta principalmente as vias respiratórias, comumente conhecida com COVID-192. Logo quando o agravo começou a acometer um número expressivo da população, rapidamente a comunidade cientifica buscou formas de identificar os sintomas da doença e até o momento é consenso que os principais sintomas são identificados entre dez e quinze dias após o contágio do vírus2.

Atualmente, a infecção por COVID-19 se espalha com grande velocidade e medidas de controle e contenção da doença são escassas, o que deixa um número de mortos jamais visto nessa magnitude3. Os dados referentes a infecção de COVID- 19 somam atualmente cerca de 148.859.866 de casos registrados e mais de 3,1 milhões de óbitos registrados no mundo3.

No Brasil, foram registrados mais de 18 milhões de casos registrados de COVID- 19 com mais de 570 mil óbitos notificados pela doença3. Estes indicadores demonstram a velocidade em que a infecção se proliferou pelo mundo com um alcance indiscriminado na população. Em países em desenvolvimento, a proliferação da doença segue uma velocidade jamais vista estabelecendo o maior desafio que a comunidade científica presenciou, superando e muito outras doenças virais conhecidas4,5.

Discutido pela comunidade científica, até o momento não há nenhum tipo de tratamento precoce da infecção e medidas de contenção que podem ser adotadas pela população referentes a ações não farmacológicas.

O distanciamento físico, uso de máscaras faciais e higienização constante, principalmente das mãos, são medidas para contenção da disseminação da infecção por COVID-19, formando estratégias que diminui o número de infectados6.

Com o avanço da proliferação da contaminação por SARS-CoV-2 e a respectiva infecção por COVID-19 durante o ano de 2020 até meados do mês de maio de 2021 observou-se um aumento no número de casos na Região Sudeste do País, em especial no Estado de São Paulo e decisões importantes para o enfrentamento da pandemia foram necessárias para evitar o colapso do sistema de saúde7.

Em meio a um aumento expressivo no número de casos de COVID-19, especialmente entre não vacinados, e diante de uma das mais baixas taxas de vacinação da Europa Ocidental, a Áustria retomou no fim do ano de 2021 o confinamento nacional, sendo o primeiro país do continente europeu a reinstaura-lo8.

Em junho, o Brasil recebeu mais de 1,5 milhão de vacinas do laboratório norte-americano. Outras 3 milhões de doses da Janssen foram distribuídas para os estados brasileiros após doação realizada pelos Estados Unidos. O Brasil aplicou 297,1 milhões de vacinas contra a COVID-19. Mais de 157 milhões receberam a primeira dose, o equivalente a aproximadamente 90% da população-alvo, conforme dados do Ministério da Saúde. "Já 127,9 milhões completaram o esquema vacinal, o que corresponde a 72,3% do público principal9.

As gerações mais jovens acreditam mais nos cientistas e abraçam cooperação internacional com mais facilidade que grupos mais velhos, crianças e jovens têm 50% mais probabilidade de confiar na melhora do mundo que pessoas mais velhas10.

A cidade de Serrana, município com cerca de 45 mil habitantes foi selecionada para ser a primeira cidade a ser submetida a vacinação em massa; uma ação que se iniciou em meados de fevereiro de 2021 e que foi possível devido a parceria com o Instituto Butantã, desenvolvedor e fabricante do imunizante CORONAVAC® que oportunizou a implementação do Projeto S, um estudo clínico de efetividade desenvolvido em parceria da Secretaria de Saúde e a Prefeitura Municipal de Serrana com o referido Instituto,o imunizante já distribuído e utilizado na população, porém devido a questões de disponibilidade do insumo farmacêutico ativo, sua produção ainda está distante do esperado para suprir a demanda da população11,12.

A cidade de Botucatu fica localizada em 235 KM de distância da Capital de São Paulo, a cidade tem entre suas diversas atividades econômicas, grandes empresas do setor industrial, com comércio e serviços diversos. A cidade foi selecionada para um estudo que buscou-se avaliar a eficácia do imunizante produzido pela fabricante Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford e a Fiocruz13.

O monitoramento dos dados epidemiológicos pode ter um efeito importante no controle da doença no país, portanto, decisões dos atores envolvidos devem ser efetiva, clara e planejada, tal relevância é importante para que o avanço na capacidade de combate à doença diminua a ameaça enfrentada pela sociedade.

Por isto, o objetivo deste estudo é analisar a mortalidade, incidência e letalidade por COVID-19 nos municípios de Serrana e Botucatu, São Paulo, Brasil.

 

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico com delineamento de série temporal a partir de dados públicos provenientes do Sistema de Informação do Departamento de Informática do estado de São Paulo, SP, Brasil.

População do estudo

O município de Serrana fica a noroeste do Estado de São Paulo, Brasil com uma população de cerca 45 mil habitantes. Esta cidade fica próximo a região metropolitana da cidade de Ribeirão Preto e tem ligação via rodovias para outras cidades como a Araraquara. O município de Botucatu fica na região na região noroeste do Estados de São Paulo tem como municípios limítrofes as cidades de Pardinho, Itatinga, Avaré entre outras. Com cerca de 148.130 habitantes de acordo com dados do ano de 2020.

 

Figura 1

 

Foram consideradas todos os casos e óbitos registrados por COVID-19 no período de abril de 2020 até agosto de 2021 nos indivíduos residentes no município de Serrana e Botucatu, São Paulo, Brasil.

Coleta de dados

A coleta dos dados foi realizada por meio dos dados disponíveis no Departamento de Informática do governo do estado de São Paulo (https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/)7, sendo finalizada em 1 de junho de 2021. Foram utilizados os dados registrados de número de casos e óbito confirmados por COVID-19 e disponíveis neste banco de dados públicos e boletins epidemiológicos do município de Serrana, São Paulo, Brasil. Os dados foram combinados entre análise por semana epidemiológica no período de 2021 e mensalmente no período de 2020.

Os dados da população foram obtidos por intermédio de estimativas realizadas pelo Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação SEADE - Sistema Estadual de Análise de Dados do Estado de São Paulo), para os anos intercensitários; e pelo censo de 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)14.

Estas informações foram coletadas por dois pesquisadores independentes para identificar possíveis divergências. Diante do registro específico dos dados referentes a infecção por COVID-19, foram selecionados para este estudo apenas o registro de óbitos notificados pela doença nos municípios de Serrana. Foram excluídos os óbitos por outras causas não consideradas ou não relacionadas à infecção por COVID-19.

As variáveis utilizadas foram sexo (masculino e feminino), faixa etária a partir de 1 ano de vida com intervalos de 5 em 5 anos até 80 anos de idade e mais, sendo apresentado da seguinte forma (1-4 anos, 5-9 anos,10-14 anos, 15-19 anos, 20-24 anos, 25-29 anos até 80 anos).

Análise Estatística

A análise descritiva dos dados foram segundo os óbitos e número de casos de COVID-19, em frequências absolutas e relativas.

Foram calculadas as taxas de incidência e mortalidade brutas segundo sexo e faixa etária. A taxa de incidência foi calculada pelo número de casos confirmados por COVID-19 dividido por pela população residente de Serrana e Botucatu, São Paulo por 100 habitantes. A taxa de mortalidade é o número de óbito por COVID-19 pela população residente por 1.000 habitantes.

A taxa de letalidade é o número de óbito por COVID-19 dividido pelo número de casos confirmados por 100 que é representada por porcentagem.

Para as análises de tendências temporais, as taxas semanais e mensais de incidência, mortalidade e letalidade por COVID-19. Foi utilizada regressão linear, pois as variáveis apresentavam distribuição normal.

Foi utilizado o modelo de regressão de Prais-Winsten para calcular as taxas de construção de séries temporais. Esse método permite que as correções de autocorrelação de primeira ordem fossem realizadas nos valores, organizados por tempo15. Assim, estimou-se os valores do coeficiente angular (β) e respectiva probabilidade (p), considerando nível de significância de intervalo de confiança de 95% (IC 95%). O processo de modelagem dos dados incluiu as taxas de transformação (variável dependente = valor Y) em uma função logarítmica de base 10. Sendo que, a variável independente (valor X) foram os meses da série histórica.

Os resultados das taxas logarítmicas (β) da regressão de Prais-Winsten permitiram estimar a variação percentual de mudança mensal ou semanal (Monthly Percent Change - MPC ou Weekly Percent Change - WPC) no município. O modelo de regressão utilizado é descrito por Kleinnbaum:

y = β0 + β1 * t,

Em que:

y = mortalidade por COVID-19 por 1.000 habitantes;

y = letalidade por COVID-19 por 1000;

y = incidência por 100

t =meses do calendário (a partir do mês de abril de 2020 até maio de 2021);

β0 = intercepto; quando x é igual a 0.

Β1 = mudança média mensal e semanal na mortalidade, letalidade ou incidência da COVID-19.

A tendência foi considerada presente quando o zero esteve contido no intervalo de confiança de 95% do MPC e WPC, e p<0,05 sendo: ascendente quando positivo e decrescente quando negativo. Na ausência de diferença estatisticamente significativa, a tendência foi nomeada estacionária. Todas as análises foram efetuadas no programa estatístico Stata (Data Analysis and Statistical Software) versão 14.0.

As análises de tendência temporal foram efetuadas em 2 períodos: o período total (abril de 2020 a agosto de 2021) no qual foi calculado o MPC; e no período de janeiro a maio de 2021 no qual foi calculado o WPC.

Aspectos Éticos e Legais da Pesquisa

Devido a utilização de dados de domínio público, não houve necessidade de submissão do trabalho à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e de análise do sistema Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).

 

RESULTADOS

O total de casos confirmados por COVID-19 no município de Serrana no período estudado foi de 3.931 que representa 8,61% da população total infectada no período de abril de 2020 a agosto de 2021. Deste total, 2.179 (55,43%) é do sexo feminino com a taxa de incidência de 9,61 por 100 habitantes. Os grupos etários com a maior taxa de incidência foram entre 35 a 39 anos (12,03%), 50 a 54 anos (12,06%) e 75 a 79 anos (12,15%), e a menor taxa de incidência entre 5 a 9 anos (1,28%) (Tabela 1).

Na tabela 2, observa-se a frequência do número de óbitos, com o total de 82 mortes por COVID-19, no período de abril de 2020 a maio de 2021. Deste total 43 (52,44%) mais frequente no sexo masculino. A taxa de mortalidade no período do estudo é 1,8 por 1.000 habitantes e a faixa etária com maior taxa de mortalidade foram indivíduos com 80 ou mais anos (29,19%), enquanto nas faixas etárias de 1 e 4 anos, 5 a 9 anos, 15 a 19 anos, 20 a 24 anos e 25 a 29 anos não houve óbito notificados.

Verifica-se que há uma predominância na taxa de letalidade no sexo masculino é de 2,45%, enquanto a maior taxa de letalidade nos grupos etários de 80 e mais anos é 26,38% (Tabela 3).

Na figura 2, pode-se observar o comportamento dos casos de letalidade e mortalidade durante o período integral analisado.

A análise temporal das tendências da letalidade no período de abril de 2020 a maio de 2021 apresenta-se decrescente no sexo masculino e no geral. E a taxa de mortalidade e incidência manteve-se estacionária, conforme tabela 4.

A tabela 5 mostra que a taxa de letalidade e mortalidade em ambos os sexos se manteve estacionária no período de fevereiro de 2021 a maio de 2021 e a taxa de incidência em ambos os sexos e no feminino foi decrescente.

A tabela 6 no período de janeiro a maio de 2021, a taxa de letalidade e mortalidade é crescente no sexo masculino, embora a taxa de incidência é decrescente em ambos os sexos.

Dados dos boletins epidemiológicos da cidade de Botucatu registrou 18,599 casos confirmados de COVID-19 até a 40° semana do ano de 2021, o que representa 12,5% da população da cidade, sua taxa de incidência da contaminação por COVID-19 até o período observado foi de 12,88%16.

Na cidade de Botucatu observou-se a distribuição de casos e óbitos no período de abril de 2020 a agosto de 2021, conforme a tabela de dados totais de casos por COVID-19, ocorreu um aumento do número de casos entre a faixa etária dos 25 a 44 anos. Embora também tenha um número elevado de casos em adolescentes, na faixa etária entre 15 a 24 anos e adultos na faixa etária entre 50 a 59 anos. Com relação ao sexo, observa-se que ocorreu mais registros de casos no sexo feminino, com total de 9920 em mulheres e 8679 em homens.

Seguindo na mesma tabela, temos o número de óbitos totais por COVID-19. Nela vemos que a faixa etária mais acometida são pessoas idosas entre 80 anos ou mais. Apesar da outra tabela informar que ocorre mais casos em mulheres, segundo a tabela o número de óbitos é maior em homens, sendo 169 para 147 em mulheres.

A tabela a seguir apresenta a distribuição por sexo e idade dos casos e óbitos registrados na cidade de Botucatu no período de abril de 2020 até agosto de 2021.

 

Tabela 7

 

O período entre maio e agosto de 2021, observa-se os efeitos da vacinação em massa dos munícipes da cidade de Botucatu, nas faixas etárias com idade mais jovem até a faixa etária entre 25 e 29 anos houve queda no número de casos e óbitos, entre os adultos de 30 a 59 anos seguiu a tendencia de queda, entretanto nota-se a ocorrência maior de casos no sexo feminino.

O numerode óbitos confirmados seguiu a tendencia de queda, em especial nos indivíduos com faixa etária superior a 65 anos, nos indivíduos com idade de 80 anos ou mais foram 25 óbitos em 3 meses. As mulheres tem o maior numero de casos com 51 óbitos.

A tabela a seguir apresenta a distribuição por sexo e idade dos casos e óbitos registrados na cidade de Botucatu, no período de maio de 2021 a agosto de 2021, período que compreende o processo de imunizaçõ em massa realizado na cidade.

 

Tabela 8

 

Obervou-se na análise temporal de tendência diária de mortalidade, letalidade e incidência na cidade de Botucatu, no período de 2020 a tendencia de letalidade apresentou-se decrescente, no ano de 2021 apresentou-se crescente, a mortalidade para o períodos de 2020 e 2021 manteve-se estacionária e a tendencia de incidência em 2020 apresentou-se crescente e no período de 2021 segue tendência decrescente, conforme apresentado na tabela a seguir.

 

Tabela 9

 

DISCUSSÃO

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o dia 23/07/2021, houve 190.671.330 casos de COVID-19 confirmados no mundo, dos quais 4.098.758 evoluíram para óbito. Nas Américas, foram confirmados mais de 80 milhões de casos e mais de 2 milhões de óbitos pela doença1,3.

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) informa que a situação dos casos no território nacional: 19.523.711 confirmados, dos quais 547.016 evoluíram a óbito16.

Os casos da região sudeste somam 7.446.464, com 255.666 óbitos. A situação no Estado de São Paulo entre a primeira confirmação até o término da Semana Epidemiológica (SE) 29 de 2021 (18/07/2021), foram confirmados, considerando-se as diferentes definições de caso empregadas no período, 3.979.102 casos 136.466 (3,43%) evoluíram a óbito7.

Da primeira confirmação até o término da SE 22 de 2021 (02/06/2021), foram confirmados 4013 casos de COVID-19, deste total 90 (2,2%) evoluíram para óbito. Identificou-se que no período integral observado, 8,61% da população do município de Serrana foi infectada com COVID-19; destes, os indivíduos do sexo feminino foram mais afetados em relação aos indivíduos do sexo masculino, sendo 9,61% e 7,65 respectivamente.

No mesmo período, indivíduos na faixa etária de 75-79 anos (12,15%) tiveram maior incidência de infecção pela doença, mas estes valores se aproximam muito em faixas etárias diferentes, entre 30 e 59 anos.

Em relação a mortalidade no período integral observado, nota-se que a taxa de mortalidade dos indivíduos do sexo masculino foi ligeiramente maior que indivíduos do sexo feminino, 1,87 e 1,71 respectivamente.

A partir da análise da mortalidade e letalidade no período integral, identifica-se que houve uma redução significativa no período que compreende a imunização em massa na cidade. Na análise estatística MPC, observa-se a tendência estacionária de mortalidade e incidência no período integral entre abril 2020 a maio 2021; houve tendência decrescente em ambos os sexos na variável letalidade. A taxa de incidência para o período de janeiro de 2021 até maio de 2021 a tendência foi decrescente.

Para diminuição do número de óbitos e das taxas elevadas de contaminação e evolução da doença, conforme resultados apontados, induzir respostas imunes pode prevenir ou limitar a doença após a infecção natural subsequente, e se sabe que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (2019)17, a vacinação é um dos meios mais eficazes para prevenção de doenças infecciosas, sendo a imunização em massa o melhor caminho para essa resposta.

A busca por uma vacina contra a SARS-CoV-2 foi o principal tema de pesquisas no mundo para ajudar a estabilidade18, com o desenvolvimento de imunizantes no mundo, em um tempo muito curto.

A vacina CoronaVac (Sinovac Life Sciences, Beijing, China), uma vacina de vírus inativado, que através da aplicação de duas doses tem a capacidade de induzir uma resposta humoral contra o Sars-Cov-2, além de possuir baixa intolerabilidade19.

Ao considerar que no período estudado houve redução da taxa de incidência da COVID-19, os resultados sugerem que os efeitos da imunização em massa da população promoveram efeito protetivo, o que confirma relatos de pesquisadores20 que afirmam em estudo sobre os desfechos da pandemia que a implantação de vacinas eficazes contra SARS-CoV-2 pode prevenir doenças e transmissão, resultando em proteção à comunidade.

A imunização em massa dos habitantes da cidade de Botucatu apresentou efeitos de redução significativa do número de casos de COVID-19 em 80% e queda de 86,7% do número de internações pela doença,estes indicadores de queda foram observados após a aplicação da primeira dose do imunizante13.

Outra medida que avança rapidamente no combate a pandemia são as vacinas, instrumento fundamental para o controle de doenças infecciosas há décadas21,22. O Brasil tem um sistema de saúde estruturado e eficiente para distribuição de vacinas, reconhecido mundialmente como modelo de gestão de saúde e vacinação23,24.

Com o avanço do desenvolvimento de vacinas para diminuir a gravidade da doença no ser humano, quando disponível em quantidade adequada, pode ter um efeito importante no controle da doença no país, portanto, decisões dos atores envolvidos no desenvolvimento de estratégias de combate de forma efetiva, clara e planejada25.

No município em estudo, concomitantemente à implementação do Projeto S de imunização, as medidas não farmacológicas como o uso de máscaras e distanciamento foram fortemente implementadas, o que potencializou o controle da transmissão da COVID-19. Contudo até o momento observado no estudo, não há disponível imunizantes em número suficiente para suprir a necessidade da população, e medidas efetivas de governos e atores envolvidos na compra e distribuição devem ser pragmáticas para dar desfecho a essa questão11.

Portanto, a boa orientação à população sobre a gravidade da doença e como evitar o contágio, adotando medidas para conter a circulação e aglomeração de pessoas e medidas não farmacológicas, dificilmente ter-se-á um desfecho favorável para a população e, consequentemente, manter-se-á a convivência com as ações de distanciamento físico e número de mortos crescente por mais tempo12,26-30.

Assim, a necessidade contínua de práticas de saúde pública com o uso de máscara de proteção facial e distanciamento social4, continuará a ser particularmente importante até que uma proporção suficiente da população seja imunizada20. Nesse contexto, mesmo com os resultados positivos do controle da COVID-19 no município, essas práticas devem continuar, o que destaca a importância de ações de educação em saúde como instrumento de empoderamento da população nesse momento em que todos devem ser corresponsáveis pela sua saúde31.

Esses resultados preliminares demonstram a importância de indicadores para o monitoramento do comportamento da pandemia apesar da constante mudança. Assim, enfatiza-se que esforços continuam sendo necessários para conter a disseminação da doença em todos os municípios analisados até que a doença não represente uma ameaça à Saúde Pública, para os quais os dados apresentados neste trabalho podem ser úteis.

Apesar da taxa de incidência ser um conceito fundamental na epidemiologia de doenças infecciosas, dado que ela descreve a frequência de casos novos da doença em determinado período, ela sofre limitações diretas decorrentes do número de testagem para detecção da infecção32. Entretanto, embora o número de dados para análise estatística é pequeno, o efeito na manipulação dos dados sofre grandes impactos no tocante ao intervalo de confiança, contudo ao observar os dados semanais não se tem o registro de novos óbitos, assim sustenta-se a hipótese de que o efeito protetivo da imunização foi eficiente32-36.

O Boletim InfoGripe da Fiocruz indica cenário de estabilidade na incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, com pequenas oscilações, na maioria das faixas etárias37. A única exceção continua sendo as crianças. Para o grupo entre zero e 9 anos, há novamente sinal de crescimento, com cerca de 1.500 casos semanais, número maior do que o registrado em julho de 2020 (1.282 casos na Semana Epidemiológica [SE] 29)37. No entanto, os resultados laboratoriais seguem indicando maior volume de outros vírus, com predominância do vírus sincicial respiratório. A análise é referente à SE 45, do dia 7 até o dia 13 de novembro de 2021. Esse aumento de casos de SRAG associados a outros vírus respiratórios em crianças se observa em diversos estados do país, uma consequência direta da maior exposição dessa população nos últimos meses37.

Estes achados indicam o padrão epidemiológico do número de casos novos e mortalidade no município estudado. Contudo, mesmo com a perspectiva otimista de eficiência da imunização, estar-se longe da efetividade para a população do país, o que mais uma vez se destacam as medidas não farmacológicas como importantes para redução do número de casos e óbitos38,39.

A cidade de Serrana, município com cerca de 45 mil habitantes foi selecionada para ser a primeira cidade a ser submetida a vacinação em massa; uma ação que se iniciou em meados de fevereiro de 2021 e que foi possível devido a parceria com o Instituto Butantã, desenvolvedor e fabricante do imunizante CORONAVAC® que oportunizou a implementação do Projeto S, um estudo clínico de efetividade desenvolvido em parceria da Secretaria de Saúde e a Prefeitura Municipal de Serrana com o referido Instituto, o imunizante já distribuído e utilizado na população, porém devido a questões de disponibilidade do insumo farmacêutico ativo, sua produção ainda está distante do esperado para suprir a demanda da população11,12.

Destaca-se que no referido município de Serrana, localizado no interior do estado de São Paulo, foi selecionado para participar do primeiro projeto de análise dos efeitos da imunização com a vacina desenvolvida pelo instituto Butantã a partir do projeto S, foi a primeira cidade do país a ser submetida à vacinação em massa de toda a população adulta11.

Considerando, pois, a importância do Projeto S como provedor de informações que irão nortear Políticas Públicas, no intuito de garantir o direito à prevenção e saúde à população brasileira e controle da disseminação da infecção pelo SARS-CoV-2, apesar de preliminares os efeitos epidemiológicos podem ser importantes para comprovar a eficácia do processo de imunização.

Apesar do subinvestimento crônico que tornou as Américas vulneráveis à COVID-19, segundo a Organização Panamericana da Saúde é essencial que os países permaneçam vigilantes e priorizem os gastos públicos com saúde para obter uma recuperação e salvar vidas40.

Com o retorno de medidas restritivas em diversos locais da Europa e com o aumento do número de casos e mortes , em especial nos locais onde a cobertura vacinal não vem progredindo, no Brasil, até o momento os dados monitorados16 apontam manutenção das tendências de queda dos indicadores (casos, óbitos e taxas de ocupação de leitos) relacionados à transmissão do Sars-Cov-216. A atual situação dos países europeus, que vêm sendo chamada de "pandemia dos não-vacinados", tem servido de alerta para a questão do avanço da vacinação nessas nações em que parcelas da população não vacinada vêm apresentando um alto número de casos de Covid-1941.

O Brasil tem hoje cerca de 60% da população com esquema vacinal completo9, com uma estimativa de 1.15 óbitos por milhão de habitantes, segundo dados disponíveis Our World In Data41. Entretanto, países como a Áustria, Lituânia e Alemanha, com percentuais maiores da população vacinada (63,7%, 65,2% e 67% respectivamente) vêm não só enfrentando um grande crescimento de internações, principalmente entre os não vacinados, mas também no indicador de óbitos por milhão de habitantes, que se encontra em 2.23 para Alemanha, 4.00 para Áustria e 10.62 para Lituânia3,41.

Rondônia é o único estado na zona de alerta intermediário3,9,16. As outras 26 unidades estão for a da zona de alerta: Acre (4%), Amazonas (27%), Roraima (29%), Pará (54%), Amapá (18%), Tocantins (15%), Maranhão (24%), Piauí (58%), Ceará (42%), Rio Grande do Norte (49%), Paraíba (24%), Pernambuco (52%), Alagoas (30%), Sergipe (17%), Bahia (35%), Minas Gerais (16%), Espírito Santo (53%) Rio de Janeiro (27%), São Paulo (23%), Paraná (31%), Santa Catarina (38%), Rio Grande do Sul (54%), Mato Grosso do Sul (30%), Mato Grosso (34%), Goiás (29%) e Distrito Federal (58%)3,9,16,41.

Foi observado que no período de contaminação acentuado apresenta maior mortalidade entre meados de junho de 2020 e setembro do mesmo ano, como uma primeira onda de infecções e óbitos por COVID-19, após um período de diminuição do numero de casos e óbitos, observou-se a segunda onda que compreende o período entre meados de fevereiro de 2021 e o do mês de maio de 2021, com aumento de mortalidade e letalidade, com tendências estacionárias em relação ao período observado.

A taxa de mortalidade, letalidade e incidência na população do município de Serrana em São Paulo no período de abril de 2020 a maio de 2021 segue padrão estacionário para COVID-19.As secretarias municipais e estaduais de Saúde registraram, em 24 horas, 12.301 casos de covid-19 e 293 mortes resultantes de complicações associadas à doença7,42.

Foram aplicados 11,5 milhões de doses de reforço. No total, foram distribuídas 360,6 milhões de doses a estados e municípios, tendo sido entregues 349,941.

Na cidade de Botucatu no ano de 2020 houve um aumento no numero de casos eóbitos, observados na primeira onda de COVID-19, com efeitos nas taxas de incidência, letalidade e mortalidade que seguiram tendencias crescentes , no período de 2021, com a vacinação e estratégias de imunização em massa do munícipes desta cidade, obsercou-se tendencia estacionára em relação a mortalidade, com tendencia de incidência em padrão decrescente.

 

CONCLUSÃO

A estratégia de vacinação em massa dos munícipes das cidades de Botucatu e Serrana apresentam dados robustos para considerar que a imunização tem efeito de queda no número de casos e óbitos por COVID-19, o que contribui efetivamente no combate a pandemia e reduz a contaminação e evolução da doença para casos mais graves.

 

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Endereço para correspondência:
Alan Patricio da Silva
alan.silva@emescam.br

Manuscrito recebido: maio 2021
Manuscrito aceito: dezembro 2021
Versão online: junho 2022

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