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Revista Brasileira de Psicodrama

versão On-line ISSN 2318-0498

Rev. bras. psicodrama vol.17 no.2 São Paulo  2009

 

EDITORIAL

 

O Psicodrama busca definições em um mundo cada vez mais mutante. Por um lado, existe o desejo de resgate da intensidade dos primeiros tempos, algumas vezes buscada melancólica ou realisticamente na vertigem dos anos 70. Por outro, a procura por um lugar no futuro, garantindo a sobrevivência do Psicodrama através das próximas gerações.

A questão primordial é: como sobreviveremos? A produção de uma conserva cultural de qualidade diz respeito a uma prática? De intervenções na sociedade? De estudos? Da produção teórica? Do reconhecimento acadêmico? De pesquisa “de ponta”? De um retorno a J.L. Moreno? O que recai sobre nossa geração é o tempo presente que, de um modo ou de outro, pede estas definições.

A Revista Brasileira de Psicodrama encarna assumidamente a tarefa de produzir a boa conserva cultural. Talvez os psicodramatistas brasileiros (e todos os outros) possam também fotografar, filmar e ampliar as linguagens no sentido de conservar o legado. A idéia não é construir memória mofada, mas inquietudes potencialmente transformadoras: nossos conflitos, nosso sofrimento, nossas soluções precárias lançadas no tempo.

O presente volume da Revista Brasileira de Psicodrama tem como foco a Pesquisa na Seção Temática e no Diálogo Eletrônico. No Diálogo Eletrônico o espinhoso assunto é enfrentado por duas psicodramatistas que percorreram o caminho para a academia, mas não abriram mão das atividades de formação e atuação profissional no cotidiano. Os artigos da Seção Temática mostram a diversidade e a possibilidade da pesquisa acadêmica, ou feita para a obtenção de um título dentro de uma instituição de formação em Psicodrama ou, ainda, como simples necessidade pessoal por mais conhecimento. Pesquisa está sendo compreendida, portanto, em um sentido bastante amplo.

Nas outras seções da RBP estas construções se desdobram em novas leituras, em novos entendimentos e novas polêmicas. Os livros continuam sendo publicados e traduzidos em outros países. Apesar do caos, continuamos produzindo.

Como estamos realizando esta construção do futuro no presente? O leitor poderá responder ou talvez escrever outros textos, dramatizar em praça pública, inventar novas técnicas, reler o Psicodrama sob novas óticas...

Ao presente, que gera o futuro! Ao futuro, que gera o presente!

 

 

Devanir Merengué
Editor