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Revista Brasileira de Psicodrama

versão On-line ISSN 2318-0498

Rev. bras. psicodrama vol.18 no.2 São Paulo  2010

 

EDITORIAL

 

Na contemporaneidade, diz o discurso pós-moderno, todos invejam o adolescente e o jovem. A tese pressupõe uma enorme idealização de uma fase de transição entre a infância e a vida adulta. Sabemos bem como todas as tais fases da existência humana se modificam no decorrer da história da humanidade. No começo do século XXI o jovem invejado é detentor de beleza, liberdade, certa irresponsabilidade que fariam do período a ‘melhor fase da vida’. Será que esse discurso se sustenta, se dermos voz aos adolescentes e jovens?

No presente volume da Revista Brasileira de Psicodrama, na sua Seção Temática, os artigos apresentam recortes da experiência de psicodramatistas no trabalho com estes jovens. Perpassam classes sociais, encontramnos na instituição ou na clínica, nos grupos ou individualmente, para perceber a mesma inquietude, o desejo de um lugar para se conformar ou se transformar. A idealização é, pois, problematizada, desconstruída.

No Diálogo Eletrônico, o mesmo tema reaparece em outras facetas, outras questões e outras dores.

Na Seção Livre, uma diversidade sempre surpreendente: questões teóricas, técnicas e históricas se mesclam apresentando um enorme painel de interesses. As Resenhas apontam para as amplas possibilidades da produção psicodramática, e encontramos desde uma nova edição de uma obra de J. L. Moreno, em inglês, até uma interessante publicação de artigos de psicodramatistas brasileiros, em alemão.

Em meio a toda essa produção, lembramos o aniversário de 40 anos do Congresso realizado no Masp, Museu de Arte de São Paulo, em um artigo que retoma a história do Psicodrama no Brasil e um livro sobre a história do mesmo Congresso.

Que a inquietude tome também o leitor, e que a adolescência que dorme em nós empurre para a criação de novas intervenções e novas narrativas, de cunho científico ou não.

Boa leitura!

 

Devanir Merengué Editor