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Revista Brasileira de Psicodrama

versão On-line ISSN 2318-0498

Rev. bras. psicodrama vol.21 no.2 São Paulo  2013

 

COMUNICAÇÕES BREVES
Brief Communications

 

 

Florescer: psicodrama em comunidades rurais

 

Flourishing: psychodrama in rural communities

 

 

Júlia SchapuizI; Oriana H. HadlerII

IEstudante de Psicologia da Sociedade Educacional Três de Maio (Setrem).
II
Psicóloga, mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), psicodramatista pelo Instituto de Desenvolvimento Humano do Rio Grande do Sul (IDH-RS), Doutoranda em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e docente pesquisadora do Centro Universitário Metodista do Sul (IPA – Porto Alegre).

Endereço para Correspondência

 

 


RESUMO

Este trabalho é produto de uma experiência de estágio em Psicologia com um grupo localizado em uma comunidade rural na região noroeste do Rio Grande do Sul. O principal objetivo deste artigo é pôr na mesa reflexões acerca de sociopsicodramas temáticos ocorridos durante 2012. Como principais contribuições encontram-se o tensionamento da prática psicodramática como abordagem que vem provocar transformação social e ação coletiva, o potencial dos grupos e a criação na diferença.

Palavras-chave: Psicodrama. Comunidade rural. Políticas públicas.


ABSTRACT

The present paper is the result of an experiential Psychology internship carried out with a group in a rural community in the North-West region of Rio Grande do Sul. The main objective of this article is to offer reflections on thematic socio-psychodramas that took place during 2012. The main results consist in the tensioning of psychodramatic practice as an approach that can lead to social transformation and collective action, and to the fulfillment of the potential of groups and that of creating a difference.

Keywords: Psychodrama. Rural community. Public policies.


 

 

PLANTANDO A SEMENTE: PSICODRAMA E POLÍTICAS PÚBLICAS

A história do criador da Teoria Socionômica é atravessada pela luta pelos direitos dos povos. A Revolução Criadora de Moreno (1975) aparece como estratégia de resistência que busca instigar a potência criadora e acreditar na centelha divina inata em cada indivíduo. O Psicodrama faz parte da história das comunidades, dando vozes aos indivíduos antes não ouvidos ou, muitas vezes, tomados com indiferença no cenário sócio-histórico.

Em solo brasileiro não foi diferente: o Psicodrama chega aqui provocando mudanças em paradigmas cristalizados. Nesse palco, as últimas décadas foram marcadas por diversos movimentos sociopsicodramáticos na agenda política do país, desde Psicodramas públicos, no Centro Cultural de São Paulo, até sua utilização como estratégia de intervenção em situações de conflito em comunidades "em situação de vulnerabilidade". O Psicodrama brasileiro, assim, faz ressurgir a implicação social da criação de Moreno, escrevendo e transformando a história onde as pessoas estão: nos parques, nos contos com crianças, no trabalho com refugiados... Ao encontro dos povos.

É com essa veia moreniana que adentramos nas Políticas Públicas de Assistência Social, mais especificamente em um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS). Promovendo uma ruptura com paradigmas higienistas e assistencialistas beneméritos de uma Psicologia Comunitária anterior à década de 1980, o trabalho desenvolvido nesses centros preconiza uma ótica interdisciplinar, que priorize o fortalecimento dos vínculos, o olhar às singularidades e a conscientização dos direitos de todos (BRASIL, 2013). Nesse espaço, há uma práxis ampliada da Psicologia, um compromisso social que refere: "É preciso ir onde o povo está" (CREPOP, 2008, s/p). Eis um primeiro encontro do Psicodrama com as Políticas Públicas.

A partir desse cenário, surge o convite a mais um encontro: a assistente social do CRAS sugere à estagiária de Psicologia, sob orientação de uma professora formada em Psicodrama, que ambas desenvolvam um trabalho com uma comunidade muitas vezes esquecida na rede socioassistencial. A partir da necessidade de trabalhar a inclusão de um grupo cujos participantes não tinham como se deslocar para o atendimento, a ideia proposta é priorizar a singularidade de cada membro envolvido no grupo em questão, buscando potencializar o papel de protagonista social e aproximá-lo da rede. O convite é aceito: a estrada que percorre o caminho de terra nos chama.

Imersas pelos encontros desenvolvidos nesse local, este artigo traz considerações sobre a prática psicológica e as políticas públicas, através de reflexões sobre Sociopsicodramas realizados nessa comunidade, buscando contribuir com possibilidades de intervenção com comunidades rurais, sob o enfoque psicodramático.

 

O GRUPO FLORESCER: SOCIOPSICODRAMAS1 NA COMUNIDADE

O carro da assistente social foi se aproximando do local. Havia chovido na noite anterior e da janela se observava a lama na estrada que nos guiava. O local, um centro comunitário de parede azul, era cercado por um colorido diferente: rosas e animais do sítio, um lugar distante do asfalto das cidades, onde a simplicidade constitui a vida de cada um de seus habitantes.

Entramos em uma sala cujo assoalho rústico rangia sob nossos pés, o ventilador velho fazia uma leve brisa e dispersava a fumaça da água quente do chimarrão que circulava naquele espaço, como um gesto de amizade e acolhimento. Ao examinar os arredores, vê-se que ao lado direito da antiga escola há uma igreja, também bastante avelhantada, com poucos bancos e alguns santos, suas paredes de madeira denunciam as marcas que o rio da comunidade deixou durante a enchente, trazendo barro para dentro da igreja e levando com suas águas correntes os rastros dos fiéis que já haviam pisado ali. Na correnteza de água agora estava um pouco da história de cada um dos moradores daquela comunidade, seus sonhos, seus medos, suas saudades, sua fé.

O grupo, composto por uma heterogeneidade cativante – cerca de vinte participantes entre homens, mulheres, idosos, adolescentes, jovens mães, avós e filhas –, situa-se em uma comunidade de um município localizado no noroeste do Rio Grande do Sul, na rota do Rio Uruguay. Após o primeiro encontro, dedicado à apresentação da estagiária e da proposta psicodramática, seguiram-se outros três, os quais são narrados a seguir.

Os encontros aconteciam mensalmente, tendo em vista a dificuldade para chegar ao local, e tinham a duração de três horas (das 14 às 17 horas). O trabalho a ser desenvolvido partia dos temas de interesse do grupo, bem como de certos acontecimentos que permeavam a vida dos participantes. Durante todos os encontros buscou-se respeitar as etapas do processo grupal conforme o enfoque psicodramático: aquecimento, dramatização (sociopsicodrama sob forma de teatro espontâneo ou multiplicação dramática) e compartilhamento. No que tange à equipe, esta era composta pela assistente social do CRAS, pela secretária da Assistência Social e pela estagiária de Psicologia que, sob supervisão de uma professora psicodramatista, dirigia as sessões.

PERMITINDO OLHARES

Este foi tomado como o primeiro contato da comunidade com o Psicodrama. Nesse dia, preparamos o cenário com um pano de chita colorido sobre o chão, logo depois circulava entre o grupo uma caixa com vários objetos de tamanhos e utilidades diferentes, em que cada integrante escolhia um objeto e apresentava como aquele objeto poderia falar sobre a sua pessoa. Após esse momento, convidamos os participantes do grupo a levar seus objetos ao chão sobre o pano de chita e caminhar ao seu redor observando-os. Um mapa de canetas, pente, batom, espiga de milho, escumadeira, entre outras singularidades, foi se montando. Em seguida, foi pedido que eles escolhessem o objeto mais desigual ao seu, olhando para a pessoa referente à escolha. Após as escolhas entre os "diferentes", as duplas se unem e são convidadas a pensar e criar uma imagem sobre o que buscam e o que trazem para esse encontro.

Surgem, então, imagens de mãos dadas e olhares distintos, entre pessoas de diferentes idades, diversos gostos e modos de ser. A dramatização foi transcorrendo sob forma de cenas em imagens e, após alguns movimentos, o próprio grupo criou uma colagem de vidas: uma teia da alteridade é composta. Finalizado esse processo, no compartilhamento surgem depoimentos sobre como no encontro ficava marcada "a importância de cada um na comunidade", "a comunidade como uma família", " quanto era importante os encontros pra olhar mais uns aos outros" [sic].

Compreendemos que esse momento de escolha para temas afins surgiu a partir de alguns desassossegos tomados quando, em determinados momentos na construção das imagens, ao pedir que se colocassem em papéis totalmente distintos daqueles já desempenhados, houve um processo de ruptura com conservas naturalizadas. Dito de outra forma, ao proporcionar o contato com o "diferente de mim", foi possível encontrar acolhimento entre os participantes, uma escuta que respeitasse tanto as singularidades e as singelezas de cada um, como também permitisse olhar para o que nos é estranho e conhecê-lo sem julgá-lo.

NOMEANDO AS DORES

Nesse dia, quando o encontro teve início, foram levantadas questões sobre saúde, bem-estar, doenças que acometiam conhecidos e afins. Tomando esse assunto como iniciador para uma temática mais ampla, o grupo foi convidado a caminhar pela sala e pensar no seguinte binômio: o que me adoece/o que me cura. Caminhando e pensando em seu corpo, sua dor, seu desconforto. Foi pedido que eles colocassem a mão sobre o local de incômodo. Logo após, o grupo foi se encontrando pelas dores parecidas, e seus integrantes conversam sobre as estratégias que usam para curar essas dores. Em seguida, fechando os olhos, entram em contato com outras dores, que muitas vezes caminham conosco: as dores emocionais. E depois que cada um encontra sua dor, o grupo divide-se em dois pequenos grupos, pois as dores eram parecidas – o primeiro grupo fala da saudade, enquanto o outro aborda preocupações do dia a dia. Ocorre um momento de compartilhar nos pequenos grupos e solicita-se que eles construam imagens sobre o que foi apresentado.

Então, as imagens surgem: a imagem da "Saudade" mostra pessoas distantes umas das outras e, para lidar com esse sentimento, cada uma fazendo uma ação (ver TV, tomar chimarrão, capinar a lavoura); e a imagem das "Preocupações" mostra mães preocupadas com filhos que saíam de casa, todas com o olhar distante, preocupado. Depois de apresentarem as imagens, nota-se que o grupo estava mobilizado pela segunda imagem. Desse modo, foi pedido que esta fosse feita novamente e, quando isso aconteceu, solicitou-se ao grupo que fosse transformando a cena: ela vai transcorrendo até que as mães se unem rezando por seus filhos. Conforme as imagens vão se transformando, também a expressão facial e corporal dos participantes se modifica. Com um movimento gradual, um grande círculo é feito onde todos compartilham aquilo que sentiram na hora de vivenciar essas angústias. Algumas mulheres relatam sentir um alívio, pois havia algum tempo que guardavam esses sentimentos para si, por não terem com quem conversar, alguém para ouvi-las. Outros participantes também completaram que as dores emocionais normalmente são intocáveis, "a gente tenta ir levando, vai tentando esquecer" [sic]. E, entre estes, existem os que ficavam em silêncio, enquanto outros assistiam as cenas e narrativas com os olhos marejados.

Enquanto processamento desse encontro, compreendemos que os sociopsicodramas levantaram exatamente o retrato das relações humanas revelado em miniatura ali no campo grupal (MORENO, 1983). Da mesma forma, parece-nos importante tomar o movimento da diversidade para o sentimento de universalidade que o grupo convoca. Dali em diante não havia pessoas em um grupo, mas uma identidade comunitária. Foi possível ver o estabelecimento da corresponsabilidade, que incitava para uma ampliação no leque de possibilidades dos participantes da comunidade, que passaram a se sentir pertencentes e em afinidade com uma questão: a fé e a confiança no outro.

PANO DE FUNDO: FAMÍLIA!

Em um dos últimos encontros ocorridos, o grupo solicitou, através de contatos prévios, que fossem trabalhadas questões familiares. Nota-se aí um movimento no qual os participantes provocaram o contato com a rede socioassistencial e comunicaram seus desejos, suas potências e um protagonismo diante das mudanças que buscavam. O encontro tem início com a música Família, da banda Titãs e, escutando a letra da música, cada um é convidado a pensar em cenas do dia a dia com sua família.

Conforme os integrantes foram conversando, foi pedido que eles montassem cenas sobre essas famílias, cenas espontâneas que demonstraram a vida naquela comunidade rural, para isso, o grupo subdividiu-se. Propusemos, então, uma filmagem das dramatizações. Esse foi um momento aceito com bastante empolgação. O primeiro grupo apresentou o dia a dia na roça, onde pais e filhos trabalhavam na plantação e cuidavam dos animais do sítio. A cena ilustrou pai e filho cuidando do plantio da lavoura, enquanto a mãe ordenhava as vacas e a filha alimentava o bezerro. O segundo grupo dramatizou os preparativos para a festa de Natal em família, todos muito felizes enquanto a mãe preparava o jantar, o pai e as crianças arrumavam a casa para receber as visitas.

Em determinado momento, o grupo era uno. Em uma cena, todos dramatizavam: os pais carpindo na roça e as filhas em casa fazendo a limpeza do lar, com a chegada da noite, tios, avós e parentes se reuniram e fizeram muita festa – nesse instante, os panos eram os violões e a sanfona, e o som dos instrumentos vinha da boca dos tocadores – na sala, todos dançavam, pais com filhos, avós com netos. Um momento de muita espontaneidade, no qual foi possível a troca de papéis – técnica que proporcionou às senhoras idosas colocarem-se como crianças, brincando e dançando e às crianças que se sentissem como vovós e vovôs, andando de bengalas, usando chapéus e lenços na cabeça. Um envolvimento transgeracional foi criado.

Em seguida, apresentamos no telão as dramatizações, momento de risos incontroláveis, mas também de olhares úmidos, acompanhados de silêncio. Esse foi o fechamento que aqueceu para o compartilhamento. Nessa etapa todos estavam muito felizes, riam muito e falaram quanto foi bom dramatizar. Muitas dessas pessoas nunca haviam feito "teatro" em sua vida e, além disso, "a gente pode se ver como na TV" [sic]. Algumas disseram que se sentiam como crianças. Nesse palco, o sociopsicodrama realizado atuou em especial para a promoção da saúde, despertando a criatividade e a espontaneidade dos integrantes daquela comunidade.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS: ENTRE ROSAS E VERSOS

Apesar da curta duração da experiência (um semestre de estágio em Psicologia), compreendemos que a potência dos encontros foi marcante. No desenrolar dos encontros, os participantes entraram em contato com a capacidade de brincar em outros papéis, de vivenciar diferentes modos de enxergar a vida, acreditando em sua força criadora. Na visão moreniana, mais em especial ao tomarmos a teoria da matriz de identidade, um sujeito somente atinge a fase de inversão de papéis se ele consegue se distanciar de si mesmo e vivenciar o lugar do outro, sem perder seus limites: é transitar na brecha entre a fantasia e a realidade e beber do palco psicodramático.

A busca pela inclusão também perpassou a caminhada do trabalho. Lembrando que esse aspecto é marcante no viés psicodramático, os sociopsicodramas buscaram ressignificar o movimento inclusivo como um processo de maior amplitude e que atravessa todos os segmentos e todas as práticas sociais, "cuja potência é problematizar as condições e os critérios de pertença social que forjam processos de subjetivação e produção de identidades" (LIMA, 2011, p. 38). Dito de outra forma, a inclusão passou a acontecer na própria noção que os profissionais da rede socioassistencial detinham sobre aquela comunidade; além de, concomitantemente, movimentar os participantes como protagonistas sociais que passaram a ser vistos na rede socioassistencial não mais como uma "comunidade distante", mas como um coletivo potencialmente criador e espontâneo. Houve, assim, como coloca Mascarenhas (2008, p. 65), a transformação de "não lugares desterritorializados em lugares próprios e singulares de criação".

Sob essa ótica, a prática psicodramática no campo das políticas públicas, em especial com comunidades rurais, convoca-se como ciência política que atinge a proposta socionômica moreniana, ao abrir possibilidades para a atuação dos atores comunitários como sujeitos de direitos que podem, e devem, ter suas histórias escutadas.

Então, quando o carro virava a curva da estrada de terra, poeira e memórias, iniciava-se um novo tempo. Um tempo de sensibilidades e de sensibilizar, um tempo em que cada indivíduo tem a oportunidade de ser um transbordamento de si mesmo. A experiência marcava seu fim, porém, os olhares, os sorrisos, os afetos e a vivência no palco dramático mantinham-se em lembranças vivas.

 

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social. Brasília, DF, 2013.         [ Links ]

CREPOP. Referência Técnica para atuação do(a) psicólogo(a) no CRAS/ SUAS. Conselho Federal de Psicologia: Brasília, 2008.         [ Links ]

LIMA, N. S. Psicodrama, inclusão e singularidade. In: Motta J. M. C.; Alves L. F. (orgs.). Psicodrama: ciência e arte. São Paulo: Ágora, 2011.         [ Links ]

MASCARENHAS, P. H. Psicodrama no Centro Cultural São Paulo: Contribuições para reflexão. Revista Brasileira de Psicodrama, v. 16, n. 1, p.61- 65, 2008.         [ Links ]

MORENO, J. L. Psicodrama. São Paulo: Cultrix, 1975.         [ Links ]

______. Fundamentos do psicodrama. 2. ed. São Paulo: Summus, 1983.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Júlia Schapuiz

Av. Dona Antoninha, 1145
São José do Inhacorá - RS.
CEP: 98958-000
E-mail: psicologia.juliaschapuiz@gmail.com

Oriana H. Hadler
Rua Prof. Cristiano Fischer 818, ap. 602
Petrópolis, Porto Alegre - RS
CEP: 91410-000
Tel.: (51) 9275-5721
E-mail: orianahhadler@terra.com.br

 

Recebido: 19/7/2013
Aceito: 22/10/2013

 

 

NOTA:

1. Compreendendo que, por muito tempo, a ação dramática grupal que visava trabalhar aspectos sociais foi nomeada Sociodrama, resgatamos o sentido que Moreno invoca quando, no momento em que são trabalhados os papéis sociais e as representações destes em uma dramatização: "o Psicodrama converte-se em sociopsicodrama" (MORENO, 1975, p. 385).