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Revista Brasileira de Psicodrama

versão impressa ISSN 0104-5393versão On-line ISSN 2318-0498

Rev. bras. psicodrama vol.22 no.2 São Paulo  2014

 

EDITORIAL

 

 

A publicação deste 22º volume da Revista Brasileira de Psicodrama representa o terceiro ano de minha responsabilidade editorial. A experiência tem sido muito enriquecedora. Nesse período pude testemunhar o desenvolvimento da clareza e da objetividade de colegas competentes, que registram suas práticas, a ampliação da equipe editorial, com jovens promissores que darão continuidade ao movimento, culminando agora com a descontinuidade da Revista impressa, substituída pela versão on-line (ISSN 2318-0498).

Desde 2009 (volumes 17 a 22), os artigos estão disponíveis nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), que inclui 27 países, no portal PePSIC (Periódicos Eletrônicos de Psicologia) e na Redalyc (Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal), atingindo profissionais e estudantes de toda a América Latina. Futuramente, vamos disponibilizar a coleção completa.

Agradeço à Diretoria Executiva e ao Fórum Gestor da Federação Brasileira de Psicodrama (Febrap) pelo privilégio de estar acompanhando nossa produção científica. Desde o início há consenso entre os representantes das Federadas de que a Revista é um veículo para a visibilidade do Psicodrama. Com a melhor distribuição dos artigos publicados, impõe-se uma definição mais precisa do quadro que queremos trazer à luz.

Publicamos um relatório anual com a descrição quantitativa do processo editorial em 2014. A temática prevalente dos artigos publicados é relacionada ao Psicodrama Psicoterápico (38,9%). Metade dos artigos (50,0%) são das áreas socioeducacional, organizacional e comunitária, cabendo 11,1% ao ensino e à teoria. Essa distribuição atende à nossa meta, visto que a maioria dos artigos inclui uma pesquisa com discussão e avaliação de resultados baseada em fundamentação teórica.

Analisando os descritores (que ainda não estão sendo escolhidos segundo critérios que visem facilitar a localização dos artigos pelos interessados de outras abordagens teóricas), a maioria dos artigos versa sobre intervenções grupais, muitos pesquisando a aplicação do Sociodrama em diferentes contextos e populações.

Neste volume, os artigos descrevem o Psicodrama na clínica psicoterápica e institucional, nas intervenções sociais, nas organizações e no ensino. O método Matriz do Sonhar Social, associado ao Sociodrama por autores brasileiros, ilustra avanços criativos em andamento no país, enquanto a apresentação por autores europeus da psicoterapia transgeracional e do Sociodrama com enfoque na transmissão transgeracional do trauma coletivo podem inspirar novas perspectivas de compreensão teórica.

Um dos principais ganhos com os procedimentos adotados para a revisão dos manuscritos por pares foi a possibilidade de trocas científicas. Por exemplo, para a avaliação de um manuscrito procuramos especialistas na área de outras regiões do país, buscando diferentes olhares sobre as práticas que vêm sendo desenvolvidas. Se por um lado as diferentes tendências no Psicodrama geram, algumas vezes, estranheza nos avaliadores, por outro criam espaço para nossos Especialistas analisarem objetivamente essa diversidade.

Convido todos os psicodramatistas para um esforço coletivo na garimpagem de artigos que reflitam a competência e a criatividade da nossa comunidade no desenvolvimento teóricometodológico em diferentes áreas de aplicação. Faço um convite especial aos gestores da Febrap para a valorização de monografias e textos, para o próximo Congresso Brasileiro de Psicodrama, que sigam diretrizes similares às propostas pela Revista.

Quero manifestar também meus agradecimentos a todos os especialistas de diferentes estados do país que contribuíram na avaliação dos manuscritos, à Dra. Marcia de Almeida Batista, que veio enriquecer o grupo de coeditores, à assessoria da professora Dra. Maria Imaculada Cardoso Sampaio, bibliotecária-chefe do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora técnica da BVS-Psi, à equipe editorial, aos leitores e principalmente aos autores, que rechearam nossos sonhos de maior visibilidade do Psicodrama com artigos que confirmam competência e poderão fazer parte da pesquisa bibliográfica de estudantes e profissionais que atuam em áreas e com populações semelhantes.

Heloisa Fleury
Editora