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Revista Brasileira de Psicodrama

versão impressa ISSN 0104-5393versão On-line ISSN 2318-0498

Rev. bras. psicodrama vol.24 no.1 São Paulo jun. 2016

http://dx.doi.org/10.15329/0104-5393.20160006 

ARTIGOS INÉDITOS

 

Sociodrama de projeção de futuro com jovens assentados: encontros e despedidas11

 

Sociodrama about planning the future with young settlers: meetings and farewells

 

Sociodrama de proyección de futuro con jóvenes asentados: reuniones y despedidas

 

 

Denise Zakabi

Instituto de Psicodrama e Máscaras (IPM) - e-mail: denise-z@usp.br

 

 


RESUMO

Este trabalho apresenta a análise de uma projeção de futuro sociodramática realizada com jovens de um assentamento localizado no litoral do Ceará. Foi formado um grupo sociodramático, em uma escola de ensino médio do campo. Os jovens almejavam continuar seus estudos e exercer profissões que lhes possibilitassem maior renda, mas para isso precisariam estudar em outras cidades. Chamou atenção o enraizamento desses jovens no local onde moram e com as pessoas com quem convivem, pois todos manifestaram o desejo de retornar, depois de concluídos os estudos. As políticas públicas podem ampliar ou limitar os projetos de futuro de jovens, ao possibilitar condições de permanência nas áreas rurais. Particularmente, este estudo traz reflexões sobre a contribuição do sociodrama para as comunidades.

Palavras-chave: grupos sociais, role playing, adolescentes, migração humana, ambientes rurais


ABSTRACT

This paper presents the analysis of a sociodramatic projection of the future with young people from a settlement located on the North East coast of Brazil. This sociodramatic group occurred in a rural high school. The young people longed to continue their studies and graduate, entering professions that would give them good salaries. This however meant they would have to migrate to bigger cities to study. They had a strong feeling of being rooted to the place where they belong and to the people who live there, and all expressed a desire to return after completing their studies. Public policies have the potential to broaden or narrow the future projects of young people, by creating opportunities for them to remain in rural areas. In particular, this study contributes to reflect how sociodrama can contribute to works in the community.

Keywords: social groups, role playing, adolescents, human migration, rural environments


RESUMEN

Este trabajo presenta el análisis de una proyección futura de sociodrama con jóvenes de un asentamiento situado en el litoral de Ceará, Brasil. Se ha formado un grupo de sociodrama en una escuela secundaria rural. Los jóvenes deseaban continuar sus estudios y ejercer una profesión que les permita mayores ingresos. Para eso, tienen que estudiar en otras ciudades. Lo que llamó la atención fue el arraigo de que estos jóvenes tienen con el lugar donde viven y con las personas que conviven, porque a ellos les gustaría volver después de completar sus estudios. Las políticas públicas pueden ampliar o limitar los proyectos futuros de los jóvenes, ofreciendo condiciones de permanencia en las zonas rurales. En particular, este estudio contribuye a la reflexión sobre cómo el sociodrama puede ayudar las comunidades.

Palabras-clave: grupos sociales, rol de tocar, adolescentes, migración humana, ambiente rural


 

 

INTRODUÇÃO

O Assentamento Maceió é o primeiro de reforma agrária na Zona Costeira do Estado do Ceará (Lima, Cajado & Esmeraldo, 2010), conquistado pela união de seus moradores, mobilizados pelas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), movimento relacionado à Igreja católica.

Em 1985, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) desapropriou uma área de 5.844 hectares para formar o assentamento, localizado a cerca de 140 quilômetros de Fortaleza e a 50 quilômetros do centro de Itapipoca. Sua população é estimada em mil famílias (Soares, n.d.). As principais atividades econômicas da comunidade são: pequenos comércios, agricultura, pecuária, pesca e confecção de artesanato, todos de base familiar.

Atualmente, há ameaças ocasionadas pela implantação de energia eólica e de produção de pescados em escala industrial, os quais estão em desacordo com o modo de vida da comunidade e, como forma de resistência, há parcerias com ONGs, como o Terramar, e organizações religiosas, como a Congregação de Notre Dame, que realizam ações de conscientização sobre esses problemas com as comunidades.

 

PROJEÇÃO DE FUTURO SOCIODRAMÁTICA COM JOVENS

A partir deste ponto do artigo, optei por escrever na primeira pessoa do singular, por considerá-lo uma "pesquisa encarnada", no sentido em que Merengué (2006) a emprega, a qual se contrapõe a uma escrita burocrática: "a experiência me ensinou a não brigar com as paixões e os desejos humanos, mas tentar integrá-los no projeto como uma mola propulsora, motivadora da pesquisa" (p. 69). Inseri-me na escola de ensino médio do assentamento, em um processo de observação participante, como atividade de pesquisa de doutorado sobre os jovens do assentamento, durante cerca de um ano, com idas semanais ao assentamento.

Ao final desse período, como parte de uma monografia de especialização em Psicodrama, elaborei a seguinte questão de pesquisa, a ser apresentada neste artigo: Como os jovens assentados projetam seu futuro, em um contexto de luta e resistência para manter seus direitos fundamentais, como o direito à moradia, à permanência na terra e a seu modo de vida? Além de enfatizar seus direitos fundamentais, diante de poucas oportunidades de trabalho no local de origem, esta pesquisa visou analisar se os jovens se imaginavam trabalhando no próprio assentamento, nas atividades econômicas ali existentes, ou migrando em busca de outras oportunidades que lhes possibilitassem melhorar sua condição financeira.

Segundo Weil (2001), o enraizamento é uma das necessidades mais importantes do ser humano: "um ser humano tem raiz por sua participação real, ativa e natural da existência de uma coletividade que conserva vivos certos tesouros do passado e certos pressentimentos de futuro" (p. 43). Nas assembleias no acampamento da comunidade, acompanhei, como pesquisadora e psicóloga, a preocupação dos adultos de que os jovens se desligassem da terra conquistada.

Para responder às questões sobre como os jovens projetavam seu futuro, escolhi realizar um grupo sociodramático na escola de ensino médio do assentamento. A atividade em grupo com os jovens tem sido relatada como favorecedora da espontaneidade e da criatividade (Gonçalves & Gomes, 2013; Hadler, 2010; Leão, 1999; Mazzotta, 2010; Pitzele, 1992; Vale, 2009).

A origem do sociodrama teve motivações sociais, conforme ações de Moreno (1997), descritas por ele mesmo, por exemplo, quando realizou um trabalho com um grupo de trabalhadoras do sexo, em que problematizava a dificuldade para o exercício da cidadania, pela ausência de direitos civis, discurso em consonância com os debates atuais na área de direitos humanos, conforme mencionado por Zakabi (2014).

Buchbinder (1996) considera a adolescência uma zona de transição e que a atitude de cada sociedade pode ampliar ou limitar a criatividade do jovem. Esse autor cita como exemplo os anos de ditadura em seu país: "Os anos de ditadura limitaram, na Argentina, esse lugar de transição e de criatividade que, para sobreviver, precisou procurar saídas particulares" (p. 215).

Moreno (1959) descreve o método da projeção do futuro, a qual considera frutífera na época da juventude, quando as fantasias de futuro existem mais intensamente. Autores contemporâneos do Psicodrama desenvolveram o método de projeção do futuro e o adaptaram para sua experiência clínica (Bannister, 1992; Crelier, 1993; Cukier, 1992).

Buchbinder (2005), em sua experiência clínica, observa com mais frequência três estilos de dramatização, os quais denominou "happy end", "trágicas" e "becketianas". O estilo happy end remete às comédias musicais norte-americanas e à busca da ilusão em relação aos problemas. No estilo trágico, que se contrapõe à busca incessante pela alegria, característica da sociedade de consumo, aparentemente tudo se destrói. O estilo becketiano remete às peças de teatro de Becket, as quais são desestruturantes e ambíguas.

O convite para participação no grupo sociodramático sobre projeção de futuro, descrito e analisado neste artigo, estendeu-se a todos os estudantes da escola do campo mencionada. Com duração aproximada de uma hora, o grupo disponibilizou esse tempo na hora do almoço, em um dia de aula durante período integral. Esse grupo se aproximou do que Moreno (1959) nomeava como ato terapêutico, ou seja, com início, meio e fim em apenas uma sessão. O registro dessa sessão foi realizado em diário de campo, logo após sua finalização. Os dados de caracterização dos estudantes estão descritos na Tabela 1. Os nomes dos estudantes são fictícios para manter seu sigilo.

 

 

Atenderam ao convite sete pessoas: seis estudantes e uma estudante egressa, que no momento da pesquisa trabalhava como funcionária da escola. Os participantes tinham entre quinze e dezenove anos e a maioria deles - cinco - era do sexo feminino.

Para a realização desta projeção de futuro, foi escolhida a técnica de retramatrização, criada por Arnaldo Liebermann, segundo Sergio Perazzo (1999). A retramatrização é uma técnica sociodramática que visa trabalhar com o coinconsciente grupal, de maneira que seus conteúdos possam emergir e serem trabalhados por todos. Para isso, o grupo de participantes é dividido em subgrupos e há três momentos de criação desses subgrupos. O primeiro momento consiste em uma "chuva de ideias", em que cada subgrupo escreve livremente as associações de palavras e ideias relacionadas a determinado tema. No segundo momento, os subgrupos trocam as anotações dessas palavras e criam uma cena a partir delas. Por fim, como terceiro momento, os subgrupos encenam a cena criada por outro subgrupo. Assim, pretende-se que os subgrupos possam trabalhar com os conteúdos criados pelos outros subgrupos.

Originalmente, por haver três momentos, essa técnica é trabalhada em três subgrupos. Essa técnica é intermediada pelo que é comumente usado no Psicodrama: aquecimento, dramatização e compartilhamento. Como no grupo havia poucas pessoas, a divisão foi feita apenas em dois subgrupos e a técnica foi adaptada, resultando em um momento criativo e espontâneo dos jovens, atendendo aos objetivos da pesquisa.

Para o aquecimento inespecífico, a coordenadora pediu para os participantes se apresentarem e anotou somente os dados de caracterização. Foi perguntado a eles quais eram suas expectativas, e basicamente a resposta foi: "Ouvir os outros e receber orientações para decidir melhor e ter um bom futuro". Em seguida, foi pedido que cada um segurasse uma bola imaginária, aquecimento baseado nos jogos apresentados por Yozo (1996), seguindo a primeira fase da matriz, eu-eu. Como estavam acanhados e retraídos, pediu-se que imaginassem uma bola de energia e a levassem de um lado para o outro, adaptação segundo a experiência da própria coordenadora, praticante de tai-chi-chuan. Espontaneamente, os participantes começaram a jogar a bola de energia uns nos outros, como os ataques de um filme ou desenho animado, o que indicava que já passavam para a segunda fase da matriz, quando é possível alguma interação com o outro, eu-tu.

Passou-se para o aquecimento específico, com um exercício novamente da primeira fase da matriz, eu-eu: "Caminhem como se estivessem em 2019", cinco anos à frente: "Como andam? O que mudou? Aonde meus pés pisam em 2019? Quem está à minha volta? Estou com as mesmas roupas?". Depois desse momento, pediu-se que andassem como se estivessem em 2024, dez anos depois. Uma das jovens, Beatriz, andou como se estivesse grávida, mostrando que estava realmente se imaginando no futuro.

A seguir, dividi os jovens em dois grupos - um com quatro e outro com três integrantes. Os jovens foram convidados a se sentarem no chão e foram distribuídas folhas de papel madeira e pincéis atômicos. Pedi que escrevessem no papel: "Quando penso em meu futuro, o que vem à minha cabeça?". Os jovens ficaram pensativos, então pedi que escrevessem a primeira ideia que viesse à mente. Em seguida, pedi que trocassem as anotações entre os grupos e que escrevessem uma cena para ser encenada, a partir das palavras que tinham recebido. Após uns cinco minutos, pedi que trocassem novamente as anotações: "Agora eu gostaria que vocês dramatizassem a cena que vocês receberam".

Os dois grupos dramatizaram as filhas se despedindo dos pais para estudarem em outras cidades: uma para cursar universidade e outra para ingressar na Marinha.

Eis a dramatização da primeira cena:

Personagens: Pai, mãe e filha.

Cenário: casa.

Primeiro ato: A filha fala aos pais que quer estudar na universidade. Muda-se para outra cidade.

Segundo ato: A mãe pergunta ao pai o que tem para o almoço e o pai lhe responde: "Galinha". Os dois almoçam, a mãe se engasga e passa mal.

Fim da cena.

Perguntei ao grupo que criou e assistiu à cena: "Vocês que criaram a cena, gostariam de modificar algo?". Uma das espectadoras, Charlene, falou que a filha voltaria quando soubesse que a mãe estava doente. Pedi então que fizesse o papel da filha.

A filha telefona para os pais para perguntar se estava tudo bem. O pai fala que sim e a mãe grita: "Não é pra preocupar nossa filha!" A filha responde que estará sempre disponível e, caso precisem, é só chamar que ela voltará.

Novo fim da cena.

Perguntei a quem assistia: "Há algo que vocês queiram comentar? E perguntar aos personagens?". Como ninguém queria falar mais, falei: "Vamos para a segunda cena?".

Personagens: Pai, mãe e filha.

Cenário: casa.

Ato 1: A filha fala aos pais que quer estudar na Marinha.

Ato 2: A filha muda de cidade, uma professora a recebe e pergunta se realmente deseja entrar para a Marinha. Ela responde que sim.

Ato 3: Passam-se alguns anos, a filha recebe o diploma, volta para a casa dos pais e mostra o diploma a eles.

Fim da cena.

Assim como para o primeiro grupo, perguntei ao grupo que criou e assistiu à cena se gostaria de modificar algo. Responderam que não.

Ambas as personagens dessas cenas pensavam em voltar depois de formadas. Ainda, nas cenas, manifestou-se a preocupação de os pais ficarem doentes e os filhos estarem distantes para socorrê-los - uma posição de inversão de papéis de quem habitualmente cuida e de quem é cuidado. Esse é um indicativo de que os filhos, nessa comunidade, zelam pela saúde de seus pais ou responsáveis, o que também pude ouvir em conversas com jovens durante minha estadia na escola.

Passou-se para o último momento do grupo, o compartilhamento. Perguntei: "Como foi para vocês participar desse grupo?". Os participantes gostaram muito de saber que tinham projetos e preocupações em comum. Alguns relataram que puderam refletir mais sobre o que gostariam de realizar no futuro e os desafios que enfrentariam. Os participantes foram cuidadosos uns com os outros, elogiando aqueles que expuseram seus projetos.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As imagens trazidas nesse grupo demonstram o potencial do sociodrama para trazer cenas que, em sua plasticidade e força estética, sintetizam experiências vividas individual e coletivamente e, em especial, da técnica de retramatrização. Essa experiência retratou a matriz, conforme discorrem Amato (2002) e Bustos (2005), a resposta existencial dos sujeitos, relacionada a seus sentimentos, a situações comunitárias vividas e espelham a forma como a sociedade é estruturada.

A maior presença feminina no grupo mencionado pode ter decorrido por identificação comigo, coordenadora, como também por esta atividade ser intimista e as mulheres serem culturalmente socializadas para compartilhar a intimidade, enquanto os homens para ocuparem oespaço público, conforme também foi observado em atividades realizadas em umacomunidade de baixa renda, por Figueiredo e Ayres (2002).

Embora a dramatização no grupo sociodramático tenha se associado ao trágico, conforme as modalidades expostas por Buchbinder (2005), considero que os finais das cenas se aproximaram mais do teatro de Brecht, conforme analisa Gonçalves Filho (2004). Segundo este autor, o teatro brechtiano não oferece um final, quando a situação não está resolvida na vida real, dessa forma, não oferece uma resposta fácil e ilusória e possibilita um potencial transformador e criativo da própria realidade. Vislumbrar um projeto de futuro pode ser difícil pelo sofrimento imaginado ocasionado pelo afastamento do jovem de seu lugar de origem e de sua família para estudar fora e alcançar melhores condições de vida.

Bessa (2010) relata que jovens oriundos de classes pobres de Fortaleza se preocupam em ajudar financeiramente os pais, o que contraria a visão de senso comum de jovens despreocupados e irresponsáveis.

A saudade e a preocupação sentida pelos pais ou responsáveis pelos jovens que estudam em outras cidades, por outro lado, apareceram em estudos em comunidades rurais (Albuquerque, Coelho & Vasconcelos, 2004; Schapuiz & Hadler, 2013).

Conforme citado anteriormente, segundo Buchbinder (1996), a sociedade pode ampliar ou limitar a criatividade dos jovens nessa fase de transição entre infância e vida adulta. No caso dos jovens estudados, há o medo de perderem a propriedade de sua terra e degradação do meio ambiente ao seu redor, o que forçaria sua migração definitiva.

O que chamou mais a atenção neste grupo sociodramático foi o grau de enraizamento dos jovens em sua comunidade de origem e em suas famílias. Mesmo quando pensam em se formar em outras cidades e atuar em áreas diferentes da de seus pais, pensam na possível contribuição que poderão trazer para sua comunidade, a qual consideram extensão de sua casa, no sentido que Gonçalves Filho (1998) traz: "estar em casa é estar nos outros, é estar em si mesmo estando nos outros" (p. 3).

Cabe destacar que a compreensão ampliada de um único ato terapêutico só foi possível pela inserção na comunidade, em uma pesquisa durante certo período de tempo, cerca de um ano, no qual me dispus a transformar e ser transformada pela convivência contínua, em uma relação de interlocução, conforme reflexões éticas de Schmidt (2006). Esta análise pode contribuir para a formação de psicólogos, fortalecer e orientar as ações realizadas por organizações governamentais, não governamentais e instituições religiosas, ao fornecer um olhar psicológico e reflexivo sobre os projetos de futuro dos jovens assentados e de comunidades próximas.

Para finalizar este estudo, cito o trecho de um cordel criado por uma militante do Assentamento Maceió, Maria da Paz dos Santos (n.d.), que ilustra o processo de luta e resistência e de que essa história seja rememorada e reconstruída. Ainda, ressalto a importância de pessoas atuantes em diversas áreas, como a acadêmica, para fortalecer a comunidade: "Vejam bem, caros ouvintes, como termino a história, não há conquista sem luta, não há luta sem vitória, não há guerra sem batalha, às vezes a mente falha, mas guarde isso na memória." (p. 17).

 

AGRADECIMENTOS

Aos colegas e aos professores do Instituto de Psicodrama e Máscaras, aos estudantes e aos profissionais da Escola do Campo Nazaré Flor e às Irmãs da Congregação de Notre Dame.

 

REFERÊNCIAS

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Recebido: 15/06/2016
Aceito: 31/08/2016

 

 

Denise Zakabi. Psicóloga pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). Especialista em Psicodrama pelo Instituto de Psicodrama e Máscaras (IPM). Mestra em Ciências pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Doutoranda em Psicologia pelo Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). Rua Prof. Paulo Lopes, 232, Henrique Jorge, CEP 60510-395. Fortaleza, CE. Tel.: (85) 8787-7477.

 

 

11 Texto apresentado no 20º Congresso Brasileiro de Psicodrama - 2016.

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