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Revista Brasileira de Psicodrama

versão impressa ISSN 0104-5393versão On-line ISSN 2318-0498

Rev. bras. psicodrama vol.24 no.1 São Paulo jun. 2016

http://dx.doi.org/10.15329/2318-0498.20160009 

COMUNICAÇÕES BREVES

 

O cuidado com a saúde dos professores por meio do Sociodrama e com o uso de objetos intermediários

 

Caring for the health of teachers through Sociodrama and the use of intermediate objects

 

El cuidado de la salud de los maestros a través del sociodrama y del uso de objetos intermedios

 

 

Andréa Claudia de SouzaI; Isabella Taeda CassaneII

IPotenciar Consultores Associados (Potenciar) e Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) - e-mail: andreapotenciar@terra.com.br
IIUniversidade Presbiteriana Mackenzie - e-mail: isabellacassane@gmail.com

 

 


RESUMO

O artigo aborda como tratar da saúde do profissional da Educação por meio do Sociodrama e de objetos intermediários. Considerando o sujeito biopsicossocial, em que a saúde não se concentra apenas no físico, ressalta-se o âmbito relacional, por ser de grande influência no cotidiano do trabalhador. Apresenta-se o resultado do estudo com escolas da rede pública de ensino de São Paulo. Foi aplicada uma escala que possibilitou posterior discussão de tópicos considerados importantes, encerrando-se com um objeto intermediário facilitador da interação grupal.

Palavras-chave: role playing, identidade profissional, atitudes do professor, sociodrama, objeto intermediário


ABSTRACT

The article discusses how to treat the health of education professionals through Psychodrama and the use of intermediate objects. Considering the subject as a biopsychosocial model where health focuses not only on the physical, but emphasizes the relational context of the individual as a result of the great influence it assumes in the worker's daily life. The word presented is the result of a study at public schools in São Paulo. A questionnaire was carried out that enabled the further discussion of important topics and which ended with the use of an intermediate object that facilitated interaction within the group.

Keywords: role playing, professional identity, teacher attitudes, psychodrama, intermediate object


RESUMEN

El artículo discute cómo tratar la salud del profesional de la educación a través de objetos intermedios y del sociodrama. Teniendo en cuenta el sujeto biopsicosocial, donde la salud se centra no sólo en lo físico, se destaca el ámbito relacional, que ejerce gran influencia en la vida diaria del maestro. Se presentan los resultados del estudio de las escuelas públicas de São Paulo. Se aplicó una escala que ha permitido mayor discusión de temas que se consideran importantes, concluyendo con un objeto intermedio facilitador de la interacción del grupo.

Palabras-clave: rol de tocar, identidad profesional, actitudes del profesor, sociodrama, objeto intermedio


 

 

INTRODUÇÃO

Na atuação profissional do professor, notam-se diversos fazeres que se sobrepõem à sua função primordial, como cuidados com a saúde do aluno, o exigir constante por material e políticas com órgãos superiores e as relações com a comunidade escolar. Assim como os alunos, oprofissional da educação deve ser cuidado em todas as dimensões, inclusive em relação àsaúde biopsicossocial (Organização Pan-Americana da Saúde, 2001).

Na vivência deste projeto, com escolas públicas, encontramos alguns pontos principais para pensar como a saúde deste profissional tem sido construída e mantida. Como principais queixas desses profissionais, enquadram-se a percepção de abandono e sobrecarga decorrente de um conteúdo que transcende sua atividade, além do baixo reconhecimento salarial, que o levam a ampliar sua jornada de trabalho. Ambos os fatores compreendem a questão da saúde do trabalhador, física, emocional, financeira ou social.

A proposta deste trabalho é atingir maior integração entre os grupos de profissionais da escola e, com isso, ampliar o entendimento de que o reconhecimento e a realização podem ser estimulados nas próprias instituições, promovendo-se a saúde relacional. A metodologia proposta para cuidar da saúde biopsicossocial do professor em seu ambiente de trabalho foi o Sociodrama organizacional e o uso dos objetos intermediários. Foi aplicada a escala EEPS de Souza (2016) como disparador de questões reflexivas sobre o conceito de saúde - baseada na Psicologia da Saúde e no conceito de Escola Promotora de Saúde -, promulgado pela documentação brasileira a partir de acordos com a Organização Mundial de Saúde (Souza, 2008). Foram utilizados objetos simbólicos para intermediar as relações, facilitando-as no âmbito interpessoal (Larios, 2013; Rojas-Bermúdez, 1997).

 

DESENVOLVIMENTO

Analisando o parâmetro atual da educação e relacionando a experiência vivida, nota-se que é necessária uma mudança de olhar entre esses profissionais. O objetivo é a integração deles para a produção de trabalhos coletivos, o desenvolvimento da escuta ativa e aberta para o outro, observando as competências, organizando planos de ação coletivos. Trata-se de trabalhar os aspectos que envolvem a comunicação, pensando sempre na diminuição das barreiras que tensionam o campo grupal.

O objeto intermediário, introduzido por Rojaz-Bermúdez com pacientes psicóticos, entra neste cenário, então, como um facilitador da comunicação. Não é visto em si como uma técnica, mas sim como um recurso, e a prova dessa eficácia é apresentada pelo autor em seu trabalho, que, com o intuito de reestabelecer a comunicação com pacientes, fez uso do objeto intermediário e assim possibilitou melhoras na comunicação verbal dos pacientes.

Segundo Larios (2013), o objeto intermediário antecede a comunicação face a face, propiciando um campo relacional menos aversivo ao indivíduo que já demonstrou resistência. No universo organizacional, o objeto intermediário facilita a comunicação e permite a liberação da subjetividade do sujeito, que, sentindo-se confortável num ambiente mais relaxado, consegue superar os seus medos e liberar sua espontaneidade (Schmidt, 2006).

Uma vez que a escola é também um ambiente organizacional, com dificuldades na comunicação, o objetivo deste trabalho foi auxiliar na quebra dessas resistências entre os profissionais e, consequentemente, criar um ambiente de maior interação grupal. Isso posteriormente resulta em uma comunicação mais clara e objetiva, que se espelha na eficácia e na melhora da produtividade.

A teoria e a metodologia usadas neste trabalho referem-se ao Sociodrama, que tem como uma de suas bases a teoria de papéis, e para Moreno (1997), criador da Socionomia e dos métodos Psicodrama e Sociodrama, o papel de professor é entendido como um papel social, sendo este apenas uma das facetas do indivíduo. A forma como ele representa e atua é outra faceta dos papéis, que se apresenta nos momentos em que interage com seus contrapapéis (alunos, diretores, funcionários). É com base neste papel que ele atua como educador. Quando um profissional chega a seu ambiente de trabalho, ele não consegue se apresentar apenas por um dos papéis, incluindo, assim, em sua bagagem todos os outros: sua forma de ver o mundo, seus valores, suas crenças, suas preferências etc. O Psicodrama visa trabalhar esses papéis de maneira concreta na ação, no momento em que eles ocorrem, e o Sociodrama trabalha na forma como esses papéis atuam na relação grupal. Com isso, há uma reflexão a respeito de todas essas facetas.

No estudo, o uso do recurso do objeto intermediário foi aplicado para que os participantes vivenciassem os vínculos grupais e a complementaridade de seus papéis com os demais profissionais. Martins (2005) entende que o método psicodramático aplicado ao contexto organizacional estimula a coparticipação e propõe reflexões e mudanças comportamentais a partir do potencial criativo dos participantes. Trata-se de não negligenciar a subjetividade humana, que é uma das mais importantes variáveis do complexo mundo das organizações.

Trabalhar em organizações tem então este principal objetivo, o de emancipação dos grupos para que atinjam os próprios objetivos. Os grupos organizacionais em sua maioria possuem metas e buscam por resultados. A escola é uma organização diferenciada, mas também se encontra à procura de metas e resultados. A melhoria na qualidade de vida pode se dar em todos os níveis, com empregados, chefes e colaboradores, por exemplo. A empresa que ganha qualidade de vida ganha inclusive qualidade financeira (Drummond & Souza, 2008).

O Psicodrama (nome genérico para a abordagem socionômica) com foco socioeducacional, conforme a orientação da Febrap (Federação Brasileira de Psicodrama), possibilita o entendimento de novos conceitos de forma vivencial. O principal conceito a ser trabalhado e atingido com esses profissionais é ode Escola Promotora de Saúde (EPS). Este conceito é caracterizado pela saúde biopsicossocial de todos os envolvidos em uma escola, isto é, profissionais, alunos e a comunidade em seu entorno. Portanto, um dos principais pilares é a saúde não apenas física, mas também emocional e relacional.

Amostra

Para o presente estudo foram usadas dez escolas dos municípios de São Bernardo do Campo e Barueri, na Grande São Paulo. Contamos com profissionais professores, gestores e alguns funcionários de apoio. Foram realizados três encontros quinzenais em cada escola, que se encerravam com o recurso do objeto intermediário.

Procedimentos

O primeiro encontro - objeto intermediário: pérola. Objetivo: melhoria das relações pessoais e profissionais dos participantes do grupo através do reconhecimento das competências de cada um e dos outros. Usa-se da metáfora sobre a capacidade da ostra em produzir uma pérola quando sente dor pela entrada de um elemento estranho em sua concha. Cada participante pensa em silêncio sobre as próprias forças internas e o desenvolvimento de suas competências profissionais, e em seguida, usando a pérola que distribuímos como objeto intermediário, troca, com pelo menos três outros profissionais, o que acredita ser a maior competência desses companheiros de trabalho. O exercício leva à reflexão da importância de reconhecimento profissional e pessoal.

Segundo encontro - objeto intermediário: um minipingente em forma de pé. Objetivo: se corresponsabilizar por um plano de ação. A ação realizada (procurar uma pessoa do grupo e contar seu plano de ação) auxilia na concretização da proposta, que, na medida em que é compartilhada com outra pessoa, adquire força dentro do próprio indivíduo.

Terceiro encontro - objeto intermediário: marcador de livros com a frase já impressa "É se colocando no lugar do outro que o entende e é retornando ao seu, que o ajuda". A tarefa era escrever uma nova frase no verso do marcador e escolher alguém do grupo para entregar a frase. Evidencia um momento em que aproveitam para colocar os próprios valores de forma mais espontânea.

 

RESULTADOS

Através dessas atividades os profissionais envolvidos puderam entrar em contato uns com os outros e a comunicação fluiu com facilidade e organização, tal como retrata Rojas-Bermúdez (1997). Não foram pesquisados nem levantados dados sobre a relação grupal e o status sociométrico, como indicam alguns autores como Kipper e Shemer (2006). Contudo, como o conceito de relacionamento interpessoal foi mais bem compreendido, as relações tornaram-se mais fortalecidas, incluindo uma melhoria da autoestima dos profissionais ao receberem feedbacks positivos dos seus parceiros de trabalho.

O primeiro encontro, com a atividade da pérola, foi considerado em todas as escolas o mais marcante - de acordo com os relatos dos participantes, que, nos encontros seguintes, assim se referiram a ele -, provocando reflexões posteriores, a ponto usarem a mesma atividade com outros grupos, em outros contextos. Uma professora, por exemplo, declarou ter usado essa atividade com seus adolescentes e gestores, que, por sua vez, replicaram em outros grupos de professores. Foi relatado por uma das gestoras que a saúde do grupo havia de fato melhorado e que atentariam para este aspecto com maior frequência no cotidiano da escola. A atividade da pérola foi utilizada também em sala de aula por uma das professoras, com um grupo mais tenso de profissionais, e mostrou o quanto isso foi significante para ela, que incorporou o recurso. Em grupos em início de constituição, o trabalho também foi considerado um marco, pois abriu a possibilidade para um bom começo de convívio e de integração. Vários grupos usaram a palavra "oportunidade" para descrever a sensação que tiveram.

O ponto principal da segunda atividade foi assumir com palavras, diante da equipe, a responsabilidade e o desejo de participação. Trata-se do compromisso com as próprias atitudes, e não com as do próximo.

A terceira atividade, refletir sobre a frase do marcador, foi considerada importante, pois isto remeteu a outros momentos que vivenciaram a inversão de papéis. O espaço para novas frases com valores pessoais proporcionou um momento de entrega e de abertura das próprias crenças, como doação de si mesmo para o grupo, o compartilhar.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os encontros foram realizados sempre com as mesmas propostas, porém cada escola deu mais ênfase a determinados temas e se comportou de diferentes maneiras, assim como a metodologia propõe. Como dizia J. L. Moreno (1997), cada resposta provocou outras centenas de perguntas, e então as conversas abriram portas para inúmeras reflexões. Como dito por Monteiro (2014), o trabalho com uma equipe não pode se restringir ao âmbito individual, deve-se analisar como o grupo se constrói e se inter-relaciona, ou seja, as intervenções planejadas devem focar-se neste mérito.

Este trabalho é, então, como já explicado, facilitado por métodos psicodramáticos que proporcionam a coesão grupal (Monteiro, 2014). O trabalho nas organizações ocorre em grupo e requer "adequada integração da interdependência instrumental e relacional pela sua natureza grupal" (Laneiro, 2011, p. 16). Neste caminho, no entanto, também nos encontramos com mais um fator que influencia no fazer do professor, que é o social. Nesse contexto, encaixam-se o peso da profissão de educador em questões mais abrangentes que apenas o lecionar, como o salário e o reconhecimento.

Ganson (2011), estudando o conflito nas organizações, discute os vários contextos dos conflitos e enfatiza as habilidades individuais, as capacidades organizacionais e os mecanismos interorganizacionais. Três questões são orientadoras: avaliar o nível dos conflitos, como melhorar e como avaliar. Quanto maior enfoque se der às questões sociais, melhores serão os frutos colhidos nas questões empresariais. Ou seja, a intersetorialidade dentro das empresas também é importante para a resolução de conflitos, não podendo se restringir ao âmbito individual ou grupal e deve ampliar o foco para o contexto social, criando um ambiente de paz e pacificador.

A relevância desta análise e do cuidado com pontos que influenciam na saúde do profissional é objetivamente o fato de haver uma intervenção que pode não apenas melhorar a saúde do trabalhador, mas também desenvolver um ambiente mais promotor de saúde, assim como a EPS descreve. Um educador é visto como o criador das bases para o desenvolvimento humano e, portanto, deve estar num ambiente em que possa compartilhar desse desenvolvimento saudável, para consequentemente transmiti-lo a seus alunos.

Este trabalho revela que, ao possibilitar o espaço de acolhimento e reflexão que estes profissionais raramente têm, é possível que eles se reconheçam no grupo e por este sejam reconhecidos, o que proporciona a sensação de pertença e promoção de saúde para o ambiente.

 

REFERÊNCIAS

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Recebido: 21/07/2016
Aceito: 13/09/2016

 

 

Andréa Claudia de Souza. Doutora em Psicologia pela Universidade Autónoma de Lisboa. Mestre em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo. Psicóloga pela Universidade Metodista de São Paulo. Psicodramatista Didata Supervisora pela Potenciar Consultores Associados. Av. Wallace Simonsen, 1127, Nova Petrópolis, CEP 09771-211. São Bernardo do Campo, SP. Tel.: (11) 3815-8877 e (11) 99932-8747.
Isabella Taeda Cassane. Graduanda pela Universidade Mackenzie. Estagiária em Psicologia. Rua Municipal, 516, Centro, CEP 09710-212. São Bernardo do Campo, SP. Tel.: (11) 4330-3753 e (11) 99469-6666.

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