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Nova Perspectiva Sistêmica

versão impressa ISSN 0104-7841versão On-line ISSN 2594-4363

Nova perspect. sist. vol.26 no.58 São Paulo ago. 2017

 

EDITORIAL

 

 

Com muita satisfação, apresento a edição número 58 da Revista Nova Perspectiva Sistêmica. Iniciamos nossa leitura pelo artigo O bullying como um fenômeno social-relacional. Só estamos bem se estivermos todos bem, de Sylvia London. Esse texto apresenta o trabalho de consultoras escolares na criação de comunidades de aprendizagem. Compartilha a experiência de abordar o tema bullying e assédio escolar, apresentando ideias úteis para seu enfrentamento.
O seguinte texto leva o título Obesidade, família e transgeracionalidade: uma revisão integrativa da literatura, de Aline Orlandi Coradini, Carmen Leontina Ojeda Ocampo Moré e Alessandra d’Ávila Scherer. As autoras revisam as produções científicas nacionais e internacionais sobre obesidade, família e transgeracionalidade, buscando a compreensão dos fatores familiares influenciadores da obesidade. Destacam a escassez de estudos que tratem da relação entre a história dos vínculos afetivos familiares e o desenvolvimento da obesidade.
Seguimos com o artigo Fortalecendo a rede de apoio de mães no contexto da Síndrome Congênita do Vírus Zika: relatos de uma intervenção psicossocial e sistêmica, de Sibelle Maria Martins de Barros, Pedro Augusto Lima Monteiro, Mariany Bezerra Neves e Glória Tamires de Sousa Maciel. Nesse texto é relatada a experiência de intervenção grupal com mães de crianças acometidas pela Síndrome Congênita do Vírus Zika, no âmbito de extensão universitária. Segundo o artigo, a intervenção possibilitou o fortalecimento de vínculos e autonomia.
Na sequência desta edição, temos o texto Construcionismo Social: em direção à assistência social, de David Tiago Cardoso. O autor procura articular de forma crítica o discurso do construcionismo social com a política pública de proteção social brasileira, a partir de sua experiência de atuação nesse setor. Enfatiza que esta relação permite transformações sociais nas relações do cotidiano do trabalho social realizado com famílias.
Ainda no âmbito da assistência social, temos o artigo Genograma no contexto do SUS e SUAS a partir de um estudo de caso, de Monica Barreto e Maria Aparecida Crepaldi. As autoras relatam as diferentes possibilidades de uso da técnica do genograma exemplificando com um estudo de caso demonstrando suas potencialidades para evidenciar problemas e recursos da família, em especial no contexto de políticas públicas sociais e de saúde, pensando estratégias para os atendimentos no setor.
Na sequência desta edição, temos o artigo Processos reflexivos: ampliando possibilidades para terapeutas que atendem sem equipe, de Mayara Schinch Labs e Marilene Grandesso. Nesse texto, as autoras discutem sobre o uso de processo reflexivo por terapeutas que trabalham sozinhos, ou seja, sem equipes. Trata-se de uma pesquisa com quatro terapeutas, onde foi possível discutir as dificuldades e estratégias utilizadas por estes para a produção de processos de reflexão nos atendimentos.
Finalizando, temos o artigo de relato de experiência Terapia familiar com crianças: a importância da interlocução teórico-prática para a superação dos desafios no processo de formação do terapeuta, de Francieli Tholl e Adriano Beiras. Esse texto descreve a experiência de uma terapeuta iniciante no atendimento de famílias com crianças em uma clínica escola universitária, abordando suas dificuldades e estratégias de superação e aprendizado. As reflexões e mudanças trabalhadas com toda a equipe permitiram melhor segurança no manejo do atendimento pelas terapeutas e conexão com a família, transformando o sistema e o setting terapêutico.
No que se refere aos textos das seções desta edição, começamos apresentando Conversando com a Mídia. Nesta seção, Janice Rechulski discute os filmes “Um Homem Chamado Ove” e “Eu, Daniel Blake”. Traz reflexões sobre os processos de perdas, principalmente quando elas se somam à falta de um refúgio seguro. Na seção Ecos, temos Carla Guanaes-Lorenzi revisitando o texto de J. Shotter, da edição anterior, intitulado "Momentos de referência comum na comunicação dialógica: uma base para colaboração clara em contextos únicos". A autora disserta sobre os principais pontos do texto e os ecos causados por sua leitura, assim como aproveita para homenageá-lo, considerando seu falecimento em dezembro de 2016.
Na seção Estante de Livros, Anna Beatriz Alves Lopes apresenta o livro “Homens e violência contra mulheres: pesquisas e intervenções no contexto brasileiro”, recentemente lançado pela editora do Instituto Noos (RJ/SP). Trata-se de uma coletânea de capítulos derivados de dissertações e teses de doutorado de diferentes regiões do Brasil, que apresenta o contexto de pesquisas e reflexões derivadas da intervenção sobre a atenção grupal para homens autores de violência contra mulheres. O livro foi editado pelos professores e pesquisadores Adriano Beiras (UFSC) e Marcos Nascimento (IFF- Fiocruz/RJ) e está disponível para vendas no site do Instituto Noos. A autora apresenta os principais tópicos discutidos no livro, a partir de sua experiência de pesquisa e intervenção neste campo. Finalizando a parte de seções desta edição, temos a contribuição de Bruno Lenzi e Carla Fernanda Bastos Ferrari na seção Família e Comunidade em Foco. O autor e autora contam suas experiências de discussão e reflexão com famílias e adolescentes sobre o tema do suicídio, inspirados, principalmente, na repercussão da série produzida pela Netflix "13 reasonswhy", tema de atualidade, urgência e importância.
Em nome da equipe editorial da NPS, desejamos a todos e todas uma excelente leitura! Convidamos os leitores e leitoras a contribuírem com o envio de novos artigos para avaliação e publicação nesta revista, assim como textos para as seções. Pedimos, também, a divulgação da revista online e impressa entre os pares e interessados, para que possamos continuar produzindo reflexões importantes e ampliando a comunidade de diálogos nos temas foco da NPS!



Adriano Beiras - Coordenador editorial

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