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Nova Perspectiva Sistêmica

Print version ISSN 0104-7841On-line version ISSN 2594-4363

Nova perspect. sist. vol.26 no.59 São Paulo Dec. 2017

 

EDITORIAL

 

 

O número 59 da revista Nova Perspectiva Sistêmica chega com muita diversidade de experiências e reflexões nos artigos propostos para esta edição. Seguimos mantendo os princípios de divulgar boas práticas e relatos que sejam úteis ao leitor ou leitora em seu cotidiano de práticas clínicas, sociais e comunitárias. Além disso, seguimos na difusão do construcionismo social no contexto brasileiro, divulgando experiências teóricas e práticas neste âmbito.
Dito isso, começamos nossa edição com o artigo Visão quádrupla na prática: dados, teoria, intuição e a arte da terapia, de Hugh Palmer. Este texto descreve uma abordagem terapêutica que se inspira em Gregory Bateson e William Blake. Apresenta um estudo de caso para oferecer pistas sobre o conceito utilizado de visão quádrupla na prática da terapia. A abordagem exposta neste artigo permite ao terapeuta incorporar sua experiência interna e intuição no processo de forma coerente.
O segundo artigo intitula-se Polifonias: canções para conversar, de José Luís Rodríguez Fiestas, Carlos Expósito Afonso e Juan Báez García. Trata-se de um relato de experiência com adolescentes onde foi construída uma metodologia de trabalho com música e ideias derivadas do construccionismo social, práticas colaborativas e terapia narrativa. O artigo apresenta os diálogos entre a metodologia usada e as histórias derivadas de forma a gerar novas conversações e reflexões.
O terceiro artigo desta edição chama-se O Especialista Relacional na Terapia Familiar de Fundamentação Epistemológica Construcionista Social, de Giovanna Cabral Doricci, Laura Ferreira Crovador e Pedro Pablo Sampaio Martins. Centra-se no tema da postura do não saber na terapia colaborativa. As autoras e autor fazem importantes perguntas e reflexões sobre essa temática, descrevendo diferentes sentidos dados ao tema e  implicações na terapia familiar.
O quarto artigo intitula-se Intervenção Grupal com Mulheres cuja Gravidez decorreu de Violência Sexual: uma Leitura Construcionista Social, de Silvia Renata Magalhães Lordello e Liana Fortunato Costa. Trata-se de um tema complexo, em que se discute sobre a maternidade nos casos de violência sexual e os impactos da violência na gravidez, o processo de tornar-se mãe, a separação entre agressor e bebê e elaboração de vivências traumáticas. A maternidade é vista como um processo de construção com diversos desafios.
O quinto artigo é Perspectivas de Profissionais sobre Acolhimento de Crianças e Adolescentes e Reintegração Familiar, de autoria de Joselma Regilda dos Passos e Isabela Machado da Silva. Por meio de entrevistas com profissionais, discute-se o acolhimento institucional de crianças e adolescentes tomando por base a teoria sistêmica e a psicologia positiva. As autoras destacam fatores como vulnerabilidade social, repetição transgeracional da violência e a permanência dos motivos que levaram ao abrigamento, assim como a necessidade de uma atuação multidisciplinar qualificada.
O sexto texto desta edição chama-se Tecendo Histórias, Fortalecendo Vínculos: A Experiência com Genogramas em um Grupo Multifamiliar, de Maitá Seixas de Figueiredo. Discute o uso de genogramas em grupos multifamiliares por meio de um relato de experiência em um serviço de saúde mental de um hospital público. O construcionismo social é o referencial-base. O genograma é destacado como recurso generativo e transformador no grupo estudado. O sétimo e último artigo intitula-se Relações Colaborativas – Práticas colaborativas no trabalho, de Cristina Villaça. Trata-se de um texto relacionado ao desenvolvimento organizacional em ambiente corporativo. Descreve recursos das práticas colaborativas com o objetivo de buscar o aumento de produtividade e inovação, assim como aprimoramentos nos relacionamentos e práticas no ambiente da empresa.
Por fim, relatamos sobre as seções desta edição. Conversando com a Mídia traz o texto de João Bosco Alves de Sousa sobre o filme Monsieur & Madame Adelman, película que instiga diversas reflexões pertinentes para nossas práticas profissionais. Na seção Ecos, a convite de Paulo Fernando Pereira de Souza, revisitamos  o artigo “Obesidade, Família e Transgeracionalidade: uma revisão Integrativa da Literatura”, da edição anterior da NPS.  Estante de Livros nos convida a conhecer a obra: “O cérebro da criança: 12 estratégias revolucionárias para nutrir a mente em desenvolvimento do seu filho e ajudar sua família a prosperar”, de Daniel Siegel e Tina Bryson, resenha escrita por Edith Rubinstein. Para finalizar, temos na seção Família e Comunidade um breve relato de pesquisa escrito por Marina Sidrim Teixeira. Trata-se de uma pesquisa realizada pelo Instituto Noos em parceria com SECONCI e Instituto Avon sobre o tema gênero e violência na construção civil. A pesquisadora relata as percepções dos trabalhadores da construção civil do Rio de Janeiro sobre as questões de gênero. Tema pertinente que pode instigar o leitor a conhecer mais sobre a pesquisa e pensar suas práticas em diversos âmbitos.
Considerando que esta é a última edição de 2017, desejamos aos leitores e leitoras um excelente novo ano, cheio de desafios, novos horizontes e reflexões. Continuem enviado textos e divulgando a NPS em diversos contextos. Agradecemos a parceira, colaboração e leituras e esperamos que a NPS continue sendo um fórum importante de discussões, avanços e reflexões no campo da sistêmica, prática colaborativas, construcionismo social e terapias narrativas.



Adriano Beiras - Editor Coordenador NPS

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