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Nova Perspectiva Sistêmica

Print version ISSN 0104-7841On-line version ISSN 2594-4363

Nova perspect. sist. vol.28 no.64 São Paulo Aug. 2019

 

EDITORIAL

 

 

Com satisfação, iniciamos o editorial número 64 da revista Nova Perspectiva Sistêmica com a notícia de aceite em mais um indexador, o DOAJ – Directory of Open Access Journals. Seguimos no projeto de maior consolidação de nossa revista no meio acadêmico e entre as revistas científicas na atualidade, sempre atentos em manter nossa qualidade, relação teoria-prática-pesquisa e proposta de seguir trazendo textos úteis para as práticas diversas de nossos leitores e leitoras.

Nesta edição, seguimos com sete artigos originais. O primeiro tem como título O estado da arte: construcionismo social e a performance terapêutica no Brasil, de autoria de Taffarel Ramires Fernandes e Vinícius Amarante Nascimento. Trata-se de uma revisão de literatura que busca mapear a produção de artigos referentes à prática clínica construcionista social no Brasil.

O segundo artigo intitula-se “O menino e a abóbora”: a arte de um encontro, de autoria de Marcia Zalcman Setton. A autora relata a experiência de prática terapêutica realizada com uma criança, explorando a postura do “não saber”. A terapeuta descreve seu próprio processo de reflexão e conversas internas no processo terapêutico, baseado nas práticas colaborativas.

O terceiro artigo intitula-se Narrativas de homens viúvos diante da experiência de luto conjugal, de Ivania Jann Luna. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que explora narrativas de homens que vivenciaram luto conjugal. As narrativas apresentadas mostram a reconstrução de um sistema de significados na direção de manter viva a relação que havia com a esposa e de construir novos significados ao self, em um ambiente familiar e também social em transformação.

No quarto artigo, As Violências Sofridas por Mulheres que Ofenderam Sexualmente, de Cassia de Freitas Teixeira Passarela, Lucy Mary Cavalcanti Stroher e Liana Fortunato Costa, são discutidas histórias de vitimização sofridas por mulheres ofensoras sexuais de forma a contribuir para atendimentos psicossociais. São relatadas histórias de violência, incesto, abandono, negligência, violência sexual, entre outros aspectos. Estas vivências trouxeram consequências graves para o desenvolvimento de afetividade e para as relações vinculares.

O quinto texto desta edição tem o título O atendimento psicológico ao adolescente e o caráter terapêutico da orientação de pais: estudo de caso em terapia sistêmica individual, com a autoria de Etiene Oliveira Silva de Macedo e Analice de Sousa Arruda Vinhal Carvalho. Neste texto temos um estudo de caso com uma adolescente e sua família, baseada na terapia sistêmica individual e orientações aos pais. Foram usadas metáforas, perguntas circulares e jogos terapêuticos para explorar a dinâmica relacional do grupo familiar e as ressonâncias no desenvolvimento da adolescente.

O sexto texto intitula-se Intervenção psicossocial com adolescentes que cometeram ofensa sexual e suas famílias: o Grupo Multifamiliar, de Andrea Schettino Tavares, Neulabihan Mesquita e Silva Montenegro. O texto relata a experiência de intervenção psicossocial com adolescentes que cometeram ofensa sexual, focada em grupos familiares. Participaram 10 famílias onde foram discutidos temas tais como: proteção, sexualidade, abuso sexual é crime, transgeracionalidade, autoestima e projeto de namoro e de futuro. A intervenção enfocou potencialidades, valorizou vínculos afetivos, papéis filiais e parentais e busca de autonomia do adolescente, entre outros aspectos. Avaliou-se também a necessidade de encaminhamentos para rede de proteção.

O sétimo e último texto intitula-se O conceito de ressonâncias no processo de formação do terapeuta: descobrindo potencialidades e limitações na prática terapêutica, de Giovania Mitie Maesima, Monica Barreto e Adriano Beiras. Este artigo revisita e explora conceitualmente o termo ressonâncias na teoria sistêmica, buscando trazer questões relacionadas a seu uso especialmente como recurso na formação do terapeuta iniciante. Alguns casos foram explorados para elucidar o conceito na prática clínica de formação.

Por fim, seguimos para as seções desta edição. Temos, em Conversando com a Mídia, o convite de Adriana Mattos Fráguas para apreciar os ensinamentos possíveis do filme Cafarnaum, dirigido por Nadine Labaki. A seção Ecos foi escrita por Anita da Costa Pereira Machado, que nos instiga à leitura do artigo - Contribuições e implicações da perspectiva dialógica: o self do(a) terapeuta na terapia familiar/casal, da edição 63. Em Estante de Livros temos o chamado de Janice Rechulski para a leitura do livro “O paraíso são os outros”, de Valter Hugo Mãe. E, por fim, em Família e Comunidade, Maria Gabriela Mantaut Leifert entrevista Cristina Ruffino, do ConversAções Instituto de Facilitação de Diálogos, de Ribeirão Preto, SP. O tema da entrevista é a experiência desenvolvida em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental de Ribeirão Preto com adolescentes, a partir de um pedido de auxílio da escola para tratar do tema de automutilações, depressão, histórico de tentativa ou ideações suicidas.

A equipe da NPS deseja uma excelente leitura e convida os leitores e leitoras a colaborar com textos derivados de suas pesquisas, experiências e também das seções temáticas da revista.

 

Adriano Beiras - Editor Coordenador NPS

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