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Nova Perspectiva Sistêmica

Print version ISSN 0104-7841On-line version ISSN 2594-4363

Nova perspect. sist. vol.29 no.66 São Paulo Jan./Apr. 2020

 

EDITORIAL

 

 

A revista Nova Perspectiva Sistêmica começa o ano com ares renovados. Realizamos a atualização do sistema on-line para o novo OJS (Open Journal Sistem), trazendo mais recursos e layout mais atrativo para a Revista. Além disso, a NPS foi aceita em dois novos indexadores: PSICODOC e REBID, aumentando sua difusão e credibilidade. Mas o novo ano ainda está se iniciando e temos metas e objetivos diversos de aprimoramento, de forma que a revista possa estar mais bem qualificada academicamente e continue também sendo um importante fórum de reflexões e discussões das práticas sistêmicas contemporâneas, do construcionismo social, terapias narrativas, generativas e colaborativas, assim como também continue sendo um espaço de divulgação de importantes pesquisas qualitativas dos centros de pesquisa dos vários estados do país, além, também, de relatos de práticas e estudos de casos clínicos úteis para nossos leitores e leitoras.

Nossa seção de artigos inicia-se na seção Fronteiras, com o texto Processos reflexivos na sala de aula: ampliando perspectivas e incentivando melhores relações, de Valéria Nicolau Paschoal. Neste escrito, a autora relata uma pesquisa-ação com processos reflexivos em um colégio particular envolvendo alunos, pais e professores. O objetivo foi criar um espaço de conversação dialógica para promover melhores relações entre estes diferentes atores que compõem o contexto escolar.

O segundo artigo titula-se Responsividade Reflexiva: um conceito para meios criativos de transformação em práticas colaborativas-dialógicas, com a autoria de Bruno Lenzi. O autor discute, a partir de sua experiência e estudos, o conceito de responsividade reflexiva, descrevendo experiências no âmbito da terapia colaborativa dialógica. Busca trazer questões que transformem a construção de respostas úteis para os relacionamentos e a prática clínica.

O terceiro artigo tem como título Tecendo redes, construindo pontes: atendimento a uma família migrante na clínica de famílias do Instituto Noos, das autoras Adriana Scoz da C. Lima e Leonora F. Corsini. Discute-se a experiência de um atendimento familiar com uma família de migrantes em uma clínica social. As autoras se instrumentalizam no construcionismo social e nas práticas colaborativas para desenvolver o trabalho e ampliar a escuta e o acolhimento diante de dores e dilemas tão singulares relacionados a este contexto.

O quarto artigo intitula-sePráticas Restaurativas e os conflitos cotidianos, de Letícia Trombini Vidotto e Camila Martins Lion. Trata-se e um ensaio teórico onde são apresentadas noções de conflito como construção social, o desenvolvimento da justiça e de práticas restaurativas e reflexões sobre os efeitos destas práticas para nossas relações cotidianas.

O quinto texto, com o título Repensando práticas: Delegacias da mulher enquanto espaço dialógico de prevenção à violência conjugal, é de autoria de Camila Maffioleti Cavaler e Samira Mafioletti Macarini. O objetivo das autoras foi discutir o papel das delegacias especializadas no atendimento a mulheres, sob um olhar reflexivo, de gênero e sistêmico. Enfatizam a Delegacia como um espaço de fortalecimento de medidas pensadas também para a prevenção de violências, a partir da perspectiva de segurança cidadã, sem esquecer a complexidade deste fenômeno.

O sexto artigo titula-se Conflitos entre pais e filhos batem à porta do Conselho Tutelar, de Érica dos Santos Vieira e Leila Maria Torraca de Brito. As atoras refletem sobre a perda de autoridade parental, a partir de relatos de país e mães que procuram o conselho tutelar. Circunscrevem fatores contemporâneos que podem colaborar para este fenômeno, destacando os entendimentos e desentendimentos das leis de proteção à infância, medicalização da vida, estreitamento de fronteiras geracionais e meios de comunicação em massa.

O último texto desta edição, com o título A construção da parentalidade após a dissolução conjugal e as oficinas de parentalidade, é escrito por Liniker Douglas Lopes da Silva, Cibele Alves Chapadeiro e Luciana Maria da Silva. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que descreve a percepção de pais e filhos sobre a construção do exercício parental após a dissolução conjugal, a partir de oficinais de parentalidade.

Por fim, vamos às seções desta edição. Em Conversando com a Mídia temos o texto de Ivânia Jann Luna e Gabriella Renuncio Bodanese sobre o filme “Os vingadores – O ultimato”. As autoras nos convidam a pensar o tema do luto, trazendo interlocuções possíveis para nossas práticas clínicas. Nesta edição também teremos o texto de Ana Luisa de Almeida Prado de Andrade Coutinho e Maria Gabriela Mantaut Leifert. Elas nos incitam a ver o Documentário “Longe da árvore”. Este documentário, baseado em um livro, busca refletir sobre como as famílias reagem ao ter um filho diferente do esperado. Traz histórias narradas por seus próprios intérpretes e seus familiares, que nos convidam a refletir sobre nosso estar no mundo.

Em Ecos, Maitá Figueiredo nos convida à leitura ou à releitura do artigo “Pelos Caminhos do Diálogo Aberto: reflexões sobre aprender, praticar e formar profissionais no contexto da saúde mental no Brasil”, de autoria de Cecília Villares, de nossa edição anterior da NPS. Em Estante de Livros, Marilene A. Grandesso nos convoca a ler o livro organizado em 2019 por Ana Luiza Novis, sob o título Dando Asas às Narrativas – O encontro das histórias de vida com as narrativas literárias em diferentes contextos. E, por fim, em Família e Comunidade em Foco, Anita Machado e Leonora Corsini entrevistam Isabela Valent sobre seu tema de doutoramento relacionado a comunidades heterogêneas, coletivos culturais e artísticos. Estes coletivos, segundo poderão ver na entrevista, formam redes de cuidado e ajuda mútua que auxiliam a cidadania, direito à cidade, acolhimentos e respeito por tudo o que é incomum, singular, expressão de diferença.

Sem mais, a Equipe Editorial da NPS deseja uma excelente leitura. Esperamos suas contribuições, comentários, divulgação dos materiais para colegas e envio de manuscritos para as próximas edições.

Cordialmente,

 

Adriano Beiras
Coordenador Editorial

 

 

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