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Revista Brasileira de Psicanálise

versão impressa ISSN 0486-641X

Rev. bras. psicanál v.41 n.2 São Paulo jun. 2007

 

PRÊMIOS DO XXI CONGRESSO DE PSICANÁLISE

 

A prática clínica e a ética freudiana em tempos de corrupção1

 

Clinical practice and the freudian ethics in corruption times

 

La práctica clínica y la ética freudiana en época de corrupción

 

 

Laura Ward da Rosa2

Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

A autora examina o tema da corrupção, tão presente no momento atual brasileiro e mundial, tomando os elementos apresentados por Freud em O mal-estar na civilização como um dos motivos de infelicidade na convivência social. Enfatiza a importância fundamental do analista na preservação do lugar ético da verdade do inconsciente do analisando, que será revelada pelo tratamento psicanalítico, desde que o setting ofereça a segurança e a consistência para a sua revelação. Por outro lado, cita o pensamento de diferentes autores sobre o tema, entre filósofos, sociólogos e psicanalistas, e salienta a importância da prevenção das manifestações anti-sociais através da detecção precoce dos pequenos delitos do dia-a-dia, desde a infância até a idade adulta, dos deslizes de conduta que podem passar despercebidos na vida comum.

Palavras-chave: Corrupção; Ética; Mal-estar; Analista; Verdade; Inconsciente; Civilização.


ABSTRACT

The author looks for to examine the subject of the corruption, so present at the Brazilian and world-wide current moment, making a linking with the elements cited for Freud, in Civilization and its Discontents, as one of the reasons of misfortune in the social life. She emphasizes the basic importance of the analyst as preserving the ethical place of the truth of the unconscious one of analyzing, that it will be disclosed by the psychoanalytic treatment, since the setting offers the security and the consistency for its revelation. On the other hand, it is cited the thought of different authors on the subject, as philosophers, sociologists and psychoanalysts and salient the importance of the prevention of the antisocial manifestations through the precocious detention of the small delicts of day-by-day, since infancy until the adult age, of the slips of behavior that can pass unfurnished in the common life.

Keywords: Corruption; Ethics; Misfortune; Analyst; Truth; Unconscious; Civilization.


RESUMEN

La autora trata de examinar el tema de corrupción, por demás presente en el momento brasileño y mundial, haciendo una ligación con los elementos citados por Freud, en Mal estar en la cultura, como un de los motivos de la infelicidad en la convivencia social. Enfatisa la importancia fundamental del analista como preservando el sítio ético de la verdad del inconsciente del analisando, a ser revelado por el tratamiento psicoanalítico, desde que se le ofresca un settting seguro y consistente para su revelación. Por otro lado cita el pensamiento de diferentes autores sobre el tema, como filósofos, sociólogos y psicoanalistas, destacando la importancia de la prevención de las manifestaciones anti-sociales a través de la detección precoce de los pequeños delitos cotidianos, desde la infancia hasta la edad adulta, de los deslizes de conducta que pueden pasar desapercibidos en la vida común.

Palabras clave: Corrupción; Ética; Mal-estar; Analista; Verdad; Inconsciente; Civilización.


 

Rebelamo-nos, é um fato; e é um fato que através disso a subjetividade (não a dos grandes homens, mas a de qualquer um) introduz-se na história e lhe dá seu alento.

Michel Foucault

 

Neste início de século, nossa prática clínica vê-se permeada pela freqüência do tema corrupção no discurso dos analisandos, que trazem para a análise as notícias que a mídia registra a cada dia, acumulando-se reportagens de fatos que afrontam a sociedade pela ousadia dos métodos utilizados, bem como pelo desvio de astronômicas somas de dinheiro que implicam enorme prejuízo ao bem público. Esse momento traumático brasileiro e mundial de ataque aos princípios éticos merece de nós, psicanalistas, uma reflexão continuada. Nossa práxis tem como fundamento o compromisso com a verdade, e quanto a isso não devemos transigir, ensinou Freud. Por outro lado, o sujeito que busca o tratamento psicanalítico é aquele que certamente também dispõe de um desejo de busca de autoconhecimento, revelador da sua verdade subjetiva, que possibilitará o alívio de seu sofrimento. Desse modo, frente às turbulências sociais e ao prestígio das não-verdades, nunca antes o psicanalista necessitou tanto de consistência na sustentação desse lugar ético que permitirá a revelação do verdadeiro self do analisando.

A palavra ética deriva do grego éthiké, derivada, por sua vez, de ethos, que significa caráter, hábito, modo de vida. Classicamente a ética confundiu-se com a moral, embora tenham conceitos diferentes. A palavra moral deriva do latim moralis, termo criado por Cícero (século I a.C.) para traduzir éthiké, e significa referente aos costumes, ao conjunto de regras sociais e ao comportamento do sujeito frente a elas. Desde a Grécia, moral e ética foram consideradas sinônimas, a ponto de Aristóteles afirmar: “A moralidade não está apenas na ordem do logos (discurso), mas também no pathos (paixão) e no ethos (ética)”. A separação dos dois termos deu-se progressivamente e se afirma com Hegel (1807/1990), ao declarar que a vida ética exige o desempenho de obrigações morais, legais e éticas. Moralidade é a consciência moral de Kant que, em seu imperativo categórico, impõe-se como códigos para determinados grupos sociais, sem precisar prestar contas a ninguém. A eticidade, por outro lado, constitui-se da formação do caráter de cada indivíduo, segundo padrões de identificação do ambiente familiar e social.

Freud, em sua magistral obra O mal-estar na civilização, de 1930, alertava para o difícil convívio em sociedade e para a impossibilidade de o homem ser feliz por três motivos: pela fraqueza humana frente às forças da natureza, impossíveis de serem dominadas; pela fragilidade de nossa constituição física, que nos leva a adoecer, envelhecer e morrer; e, por fim, pelo sofrimento advindo da convivência com os outros seres humanos. É justamente dessa convivência com desvios de conduta de personagens do cenário político nacional que advém esse sentimento, misto de indignação e revolta dos cidadãos de bem, que trabalham arduamente enfrentando a grave crise econômica e pagando altos impostos, sem receber recursos de educação, saúde e segurança dignos para uma vida saudável. Embora saibamos que a corrupção existe desde o princípio dos tempos, nunca estivemos tão vulneráveis ao desfile televisivo de corruptos que seguem impunes, a desdenhar de todos os princípios éticos. Trata-se de um real que suscita uma melhor avaliação das causas do decréscimo do simbólico no mundo pós-moderno.

A ruptura da ética com a política se dá com Maquiavel em sua obra O príncipe, na qual desenvolve idéias sobre como chegar ao poder sem escrúpulos, defendendo métodos pelos quais os fins justificam os meios. Muitos políticos da atualidade parecem exímios seguidores do maquiavelismo. Sabe-se que mentir faz parte da condição humana, e que mentimos acordados, dormindo e em sonhos, como afirmava Mark Twain; porém lesar e prejudicar o outro implica um ataque ao próprio ser humano, segundo nos advertira Freud no capítulo 5 de O mal-estar na civilização:

O elemento de verdade por trás disso tudo, elemento que as pessoas estão dispostas a repudiar, é que os homens não são criaturas gentis que desejam ser amadas e que, no máximo, podem defender-se quando atacadas; pelo contrário, são criaturas entre cujos dotes instintivos deve-se levar em conta uma poderosa quota de agressividade. Em resultado disso, o seu próximo é, para eles, não apenas um ajudante potencial ou um objeto sexual, mas também alguém que os tenta a satisfazer sobre ele a sua agressividade, a explorar sua capacidade de trabalho sem compensação, utilizá-lo sexualmente sem o seu consentimento, apoderar-se de suas posses, humilhá-lo, causar-lhe sofrimento, torturá-lo e matá-lo. Homo homini lupus. Quem, em face de toda sua experiência da vida e da história, terá coragem de discutir essa asserção? (Freud, 1930/1974, p. 133).

Para alguns pensadores da psicanálise, os traços anti-sociais são resultantes de um déficit na estruturação do superego, ocorrendo nos indivíduos nos quais a consciência moral e a ética não se instalam adequadamente. Defendem a idéia baseados na constatação de que, nesses casos, as infrações expressas na conduta não carregam o sentimento de culpa. Freud adverte quanto a esse ponto:

Não devemos falar de consciência até que um superego se ache demonstravelmente presente. Quanto ao sentimento de culpa, temos de admitir que existe antes do superego e, portanto, antes da consciência também. Nessa ocasião, ele é expressão imediata do medo da autoridade externa, um reconhecimento da tensão existente entre o ego e essa autoridade (Freud, 1930/1974, p. 160).

“No início era o ato”, afirma Freud, citando o Fausto de Goethe, ao descrever o ato parricida dos filhos em Totem e tabu. A civilização originou-se, assim, de uma agressão dos filhos antes submissos, movidos pelo ódio ao chefe tirânico da horda primitiva. O crime inaugural instala o sentimento de culpa e a lei, condição indispensável para criar a falta e o laço social. Se a morte do pai instala a lei de proibição do incesto, a falta instala o desejo – condição da ética da psicanálise. Essa coincidência fundante, por sua vez, exclui radicalmente, como se pode ver, a idéia de felicidade completa no ser humano.

Alvaro Rey de Castro (2005), atual presidente da Fepal, considera que a corrupção deve ser considerada não apenas em relação aos macroacontecimentos políticos, mas que devemos considerá-la nos pequenos delitos do cidadão comum, quando paga propinas para evitar multas de trânsito ou para acelerar trâmites burocráticos. Ele participa, no Peru, do projeto Pró-Ética, capítulo peruano da Transparência Internacional, que visa investigar e implementar instrumentos de prevenção à corrupção. Descobriu-se, nessa pesquisa, que a maioria da população não tem uma correta percepção do fenômeno e considera corrupto apenas aquele que recebe o dinheiro, e não ao que o dá. O combate aos pequenos delitos, mentiras, trapaças, o levar vantagem, que no Brasil conhecemos como “lei de Gerson”, inicia-se no âmbito familiar e no processo educativo da criança, atuando de modo a bloquear identificações nefastas, na tentativa de que evoluam para os grandes delitos, configurando um transtorno de personalidade anti-social. Esses “deslizes” na vida cotidiana chegam ao psicanalista à medida que se repetem na transferência, via acting out, oportunidade única de serem compreendidos e tratados.

Lacan, no Seminário 7, “A ética da psicanálise”, pergunta de início se o que conduz Freud à teorização sobre como se instala a experiência moral seria a culpa mítica do assassinato do pai, que deu origem ao desenvolvimento da cultura, ou a introdução da pulsão de morte em 1920. Na verdade, é em O mal-estar na civilização que Freud afirma a autonomia da destrutividade em relação à sexualidade, o que leva Garcia-Roza (1997) a desenvolver a tese do “mal radical em Freud”. Seguindo Lacan, com Hegel (1807/1990), ele considera a questão dialética da positividade do negativo, já que o homem porta a morte em si mesmo, não como algo externo.

Para o filósofo Theodor Adorno (1995), da escola de Frankfurt, a maior contribuição de Freud para a sociologia foi justamente a idéia de que a civilização origina e fortalece o que é anticivilizatório. Considera, assim, desesperador o fato de que nunca venceremos totalmente a destrutividade, já que ela faz parte do processo civilizatório. Freud diz textualmente no capítulo 3 de O mal-estar na civilização:

[...] Quando consideramos o quanto fomos mal-sucedidos nesse campo de prevenção do sofrimento [referindo-se ao sofrimento social], surge em nós a suspeita de que também aqui é possível jazer [...] uma parcela de nossa própria constituição psíquica. Quando começamos a considerar essa possibilidade, deparamo-nos com um argumento tão espantoso, que temos de demorar nele. Esse argumento sustenta que o que chamamos de nossa civilização é em grande parte responsável por nossa desgraça e que seríamos muito mais felizes se a abandonássemos e retornássemos às condições primitivas. Chamo esse argumento de espantoso porque, seja qual for a maneira por que possamos definir o conceito de civilização, constitui fato incontroverso que todas as coisas que buscamos a fim de nos protegermos contra as ameaças oriundas das fontes de sofrimento, fazem parte dessa mesma civilização (Freud, 1930/1974, p. 105).

Arendt (2005), em seu livro Entre o passado e o futuro, afirma que a autoridade desapareceu do mundo moderno, considerando como sintoma mais significativo da crise de autoridade de nossos tempos o fato de ela se espalhar por áreas pré-políticas, como a educação e criação dos filhos, nas quais antes sempre fora aceita como uma necessidade natural, devido ao desamparo da criança. Diz Arendt que atualmente a obediência que é demandada pela autoridade é confundida com poder e violência, quando na verdade o exercício justo da autoridade exclui a utilização de meios externos de coerção. “Quando a força é usada, a autoridade fracassou”, conclui Hannah Arendt.

Justamente coincidindo com a perda da autoridade, indispensável como atributo da função paterna, instala-se na sociedade pós-moderna o autoritarismo de um poder hegemônico de uma única nação, mais rica e mais tecnológica, a impor normas, “democracia”, comportamentos, sanções econômicas, além de guerras e métodos bárbaros de tortura, culminando com a obrigatoriedade do estudo do criacionismo nas escolas, violência explícita ao progresso científico e à teoria de Darwin da evolução das espécies. Constata-se, assim, a instalação de um novo império, designação dada por Michael Hardt, professor de literatura da Duke University (EUA), e Antonio Negri, cientista político e filósofo italiano.

Esses dois renomados autores contemporâneos, que escreveram o livro Império (2001), entre outros, desenvolvem a concepção do momento atual como uma era imperial em que um poder absoluto, favorecedor da corrupção, reina acima de todas as nações, impondo seu domínio por meio de pressões econômicas, chantagens, espionagem, ameaças e efetivas guerras, caracterizadas pelo extermínio cruel de populações civis e, mesmo assim, chamadas de “guerras justas”! Esses dois autores baseiam-se no pensamento de Michel Foucault (2004), que concebeu a evolução social em dois tipos de sociedade: a sociedade disciplinar, regida por parâmetros bem definidos, com normas e dispositivos que regulam os costumes, os hábitos e as práticas produtivas, que caracterizava o tempo de Freud; e a sociedade de controle, que domina o mundo na pós-modernidade. Nesse paradigma do controle, os mecanismos de comando tornam-se cada vez mais “democráticos”, mas são dominados por sistemas de comunicação. O poder é exercido por máquinas que monitoram toda a vida do sujeito, impondo-lhe uma normatização de hábitos e costumes, semelhantes para todas as culturas. Essa uniformização não só não respeita as diferenças culturais, como bloqueia a criatividade. Borra a hierarquia e a disciplina institucional. Como afirma Foucault, “a vida torna-se objeto de poder”. Segundo Negri, esse novo paradigma do poder funciona como o aspecto central do que ele denomina “império”. Por esse mesmo motivo, as organizações internacionais se enfraquecem e a ONU deixa de ser respeitada em suas deliberações. No contexto da globalização, aparece um estado imperial a comandar não mais países, mas todo o planeta e, mais do que isso, todo o universo, rompendo de vez as especificidades de cada cultura.

Essa é uma transformação radical que revela a relação não mediada entre poder e subjetividades, assim demonstrando a impossibilidade de mediações prévias e a incontornável variedade temporal do evento. Através dos ilimitados espaços globais, até as profundezas do mundo biopolítico, o novo direito supranacional deve ser definido para que o império possa se estabelecer e provar sua eficácia (Hardt & Negri, 2001, p.45).

Quando se fala em biopoder, entendemos uma coletividade humana agindo segundo seu desejo na produção de bens de consumo e bens científico-tecnológicos, mas ao mesmo tempo exercendo seu poder político, em defesa do que os autores chamam “geração”. Esta consiste no ato criativo centrado no desejo. O biopoder implica justamente em sempre se recriar para sobreviver. No pólo oposto ao da geração está a corrupção, que nada cria, sendo a própria negação da criatividade. A corrupção rompe a cadeia do desejo, originando buracos negros e vazios representacionais que se refletem na cultura da superficialidade e do descartável, submundo do espetáculo de temas fúteis, na ideologia do “quanto pior, melhor”. A corrupção é, assim, o ponto central, a pedra angular do regime imperial. Ela está nos lobbies dos burocratas, nas classes emergentes ansiosas por ascensão social, nas religiões fundamentalistas, nas terapias alternativas enganadoras, que bloqueiam a subjetividade. Além disso, a corrupção está sempre presente no mundo da política, contaminando, como uma epidemia por vírus mortal, as estruturas mais diversas da sociedade. Ela é um ataque ao poder gerador da vida e um insulto aos valores éticos da comunidade produtiva.

Bauman (1993/2003), em seu livro Ética pós-moderna, estabelece a diferença entre o mundo moderno, no qual existe a crença e a busca perseverante de regras e normas, no sentido de manter um código de ética não ambivalente, e o estado pós-moderno, que se caracteriza por não ter capacidade nem vontade de liderar princípios éticos na convivência social, simplesmente “deixando correrem” as forças contra-estruturais da sociedade, de propósito ou por omissão.

Pensamos que a corrupção se apresenta como sintoma social contemporâneo que se alimenta do caldo de cultura da destrutividade e da pulsão de morte, como é bem descrito em O mal-estar na civilização. Concluímos citando o último parágrafo dessa obra:

A questão fatídica para a espécie humana parece-me ser saber até que ponto seu desenvolvimento cultural conseguirá dominar a perturbação de sua vida comunal causada pela pulsão de agressão e autodestruição [...]. Os homens adquiriram sobre as forças da natureza um tal controle que, com sua ajuda, não teriam dificuldades em se exterminarem uns aos outros, até o último homem. Sabem disso e é daí que provém grande parte de sua atual inquietação, de sua infelicidade e de sua ansiedade. Agora só nos resta esperar que o outro dos dois “poderes celestes”, o eterno Eros, desdobre suas forças para se afirmar na luta com seu não menos imortal adversário. Mas quem pode prever com que sucesso e com que resultado? (Freud, 1930/1974, p. 170).

 

Referências

Arendt, H. (2005). Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva.        [ Links ]

Adorno, T. W (1995). Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.        [ Links ]

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____ (2005). Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Rio de Janeiro: Forense Universitária.        [ Links ]

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Tugendhat, E. (1993). Lições sobre ética. Rio de Janeiro: Vozes.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Laura Ward da Rosa
Rua Coronel Bordini, 865/204 – Moinhos de Vento
90440-001 – Porto Alegre – RS
E-mail: lauraros@terra.com.br

Recebido em 18.12.2006
Aceito em 8.5.2007

 

 

1 Artigo “Tema livre” do XXI Congresso Brasileiro de Psicanálise, Porto Alegre 2007, Prêmio Mario Martins para Membros Associados.
2 Membro associado da SBPdePA.

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