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Revista Brasileira de Psicanálise

versão impressa ISSN 0486-641X

Rev. bras. psicanál v.43 n.1 São Paulo mar. 2009

 

DIÁLOGO

 

Somos todos tradutores. Comentário à entrevista de Boris Schnaiderman

 

Somos todos traductores

 

We are all translators

 

 

Bernardo Tanis,1 São Paulo

Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

Endereço para correspondência

 

 


Resumo

Este texto é um comentário da entrevista concedida pelo Prof. Boris Schnaiderman à Revista Brasileira de Psicanálise no dia 15 de outubro de 2008. Focaliza principalmente as ideias de Boris Schnaiderman em torno da tarefa do tradutor assim como tece algumas considerações em torno da tradução em psicanálise. Especificamente leva em consideração o modelo do recalque formulado por Freud e as modalidades de tradução intersemiótica como apontadas por Jakobson e exercitadas na prática da clínica psicanalítica.

Palavras-chave: Tradução; Recalque; Interpretação.


Resumen

Este texto es un comentario de la entrevista concedida por el Profesor Boris Schnaiderman a la Revista Brasileira de Psicanálise el día 15 de octubre de 2008. Coloca en foco las ideas de Boris Schnaiderman al respecto de la tarea del traductor y teje algunos comentarios sobre el tema de la traducción en el psicoanálisis. Específicamente aborda el tema de la represión (Verdrängung) como fue formulado por Freud y los diferentes tipos de traducción intersemióticos como fueron caracterizados por Jakobson y que se ponen en juego en la clínica psicoanalítica.

Palabras clave: Traducción; Represión; Interpretación.


Abstract

This article is a comment on the interview given by Prof. Boris Schnaiderman to the Revista Brasileira de Psicanálise on October 15th, 2008. It focuses mainly on the ideas of Boris Schnaiderman around the role of the translator. It also presents some thoughts regarding translation in Psychoanalysis. It specifically considers the model of repression formulated by Freud and the types of intersemiotic translation as pointed out by Jakobson and exercised in the practice of the psychoanalytic clinic.

Keywords: Translation; Repression; Interpretation.


 

 

Inversamente proporcional à honra que experimentei ao ser convidado pela equipe editorial da Revista Brasileira de Psicanálise para comentar a entrevista com o Ilustre professor tradutor e escritor Boris Schnaiderman é a minha sensação de estar capacitado para esta tarefa. N ão sou formado em letras nem meu campo de exercício profissional e de pesquisa está diretamente vinculado ao exercício direto da tradução, tenho certeza de que há colegas muito mais capacitados do que eu, foi isso que disse inicialmente em resposta ao convite. N o entanto, ao indagar os colegas sobre o porquê do convite disseram-me que a minha condição de imigrante de fala espanhola, e de falar também, algumas outras línguas, aliada ao exercício da psicanálise me habilitaria a escrever sobre diferentes questões da tradução em psicanálise e dialogar com o campo da tradução na literatura no qual Boris é um de nossos maiores expoentes. Fazia parte da justificativa do convite ter vivenciado experiências de análise pessoal numa língua que não é a minha língua materna e analisar pacientes nesta mesma condição. A questão tornara-se um instigante desafio e, não sem certa dose de irresponsabilidade, sucumbi à sedução do convite.

Não pretendo estabelecer analogias apressadas, caminho que muitas vezes vemos trilhar o psicanalista quando dialoga com outros campos da cultura, pois penso ser este um método redutor que se apega apenas às semelhanças e perde a riqueza das contribuições singulares de cada campo. Mais ainda neutraliza o efeito de estranheza e atrito que comporta o contato com a alteridade do Outro que questiona nossas crenças, provoca surpresa e pode, sem lugar à dúvida, potencializar novos avanços e reflexões. Assim, deixemos que a leitura da entrevista e um exercício de intertextualidade inspirem o leitor e a nós e que da evocação de certos temas, surjam algumas conexões que possam enriquecer diferentes vetores que constituem o complexo e fascinante campo da tradução, seja na literatura ou na psicanálise.

Dos vários assuntos abordados nesta entrevista, fruto de uma vida rica e plena de experiências e interesses, optei por focar meu comentário em torno das questões inerentes à tradução, atendendo à solicitação do convite e por enxergar neste contexto importantes possibilidades de contato com a teoria e a prática psicanalítica. Ficará para outra oportunidade transitar pelas interessantes trilhas que Boris indica a partir dos temas: imigração, ficção/testemunho, literatura e ideologia (a obra e as crenças do autor) e tantos outros.

Boris comparte com viva sinceridade seu percurso como tradutor que se inicia num exercício quase espontâneo de “um trabalho autodidata” assinado com pseudônimo para, num segundo tempo, experimentar-se tomado pelo rigor em relação ao conteúdo. Ainda confessa que não se sentia “preparado para abordar a sofisticada e complexidade do estilo”. A constatação do indissociável entre forma e conteúdo o conduz a “um modo mais natural, que ao mesmo tempo procura manter-se fiel ao estilo do autor”. O tradutor em pleno exercício de sua maturidade criativa conclui que “traduzir é um ato desmedido” e que “sem ousadia, arrojo, não existe um bom tradutor”. É claro que este percurso não é apenas intuitivo, mas fruto da sua longa experiência e permanentes interlocuções com os maiores expoentes no campo dos estudos linguísticos seja no Brasil ou no exterior. Percurso que o aproxima do artista, do músico que progressivamente vai dominando a técnica da interpretação e, que para além da fidelidade à partitura, imprime com liberdade sua sensibilidade deixando para o ouvinte uma indiscutível marca autoral. Assim a perspectiva autoral também faz parte da atividade criativa do tradutor. Já distante da ilusão do apagamento do sujeito diante do texto, a tradução, dirá Schnaiderman, não é um fazer mecânico, é uma arte!

Ora, seja na prosa ou na poesia, a tarefa do tradutor envolve o encontro com a singularidade no uso da linguagem, e dos recursos que esta propicia, em cada autor. “O estilo é o próprio do homem” diria Gorge Buffon. Schnaiderman fala-nos do estilo do autor. Sabemos que a estilística é um dos principais campos dos estudos literários que procura investigar as propriedades da linguagem quando realiza uma função estética. Definido2 como desvio do uso costumeiro da linguagem (por Spizer) ou como escolha original de elementos linguísticos procurando destacar o conteúdo da mensagem (por Martinet e outros) o estilo singulariza o autor. Sua negligência reduz a personalidade do texto, achata sua textura e minimiza o potencial estético da obra.

Sem dúvida a psicanálise tem se beneficiado muito do avanço e da reflexão em torno da complexidade do ato de traduzir da qual Schnaiderman nos fala. A começar pela necessidade de tradução da obra fundadora de Freud, já que o alemão está distante de ser a língua falada pela maioria dos analistas no planeta. Para além de purismos sabemos hoje a limitação de muitas traduções que enviesaram o texto freudiano, seja numa direção cientificista como já apontara Bettelheim (1982) ou numa tentativa de eliminar uma linguagem alusiva buscando instaurar conceitos em momentos em que seu estilo demandava uma linguagem mais fluida e literária. Tomemos como exemplo deste segundo problema a ideia de Mahony (1989/1900, p.13) assinalada por Susemihl (2006), uma das tradutoras da Nova Edição das Obras Completas de Freud em português. Resumidamente, Mahony constata a presença de dois modelos de argumentação no texto freudiano: um, que chama de dogmático, no qual Freud expõe argumentos, deduz conclusões, levando o leitor a estar diante de um todo completo; o outro modelo, mais exploratório, expõe o leitor à sua própria via de investigação e a compartilha com o leitor, convidado a acompanhá-lo nesta aventura.Caso o tradutor imprima o gênero3 científico ao corpus do texto freudiano como um todo estará negligenciando a singularidade estilística do autor (irredutibilidade do texto a um único gênero) contribuindo para criar uma imagem do texto pouco fiel à do inventor da psicanálise.

Neste sentido o texto Mahony (1999) ilustra, por meio de vários e documentados exemplos, a opção feita pela tradução da Standard Edition, coordenada por Jones Brill e Strachey, que visava nas palavras de Mahony (p. 53) “Reparar a linguagem freudiana, latinizá- la e grecizá-la para que, assim enobrecida ela fosse agraciada com maior credibilidade científica”. Para além da crítica ou defesa ao viés cientificista da tradução inglesa o fato sinaliza o aspecto autoral de qualquer tradução e que no caso, com diz Mahoney, afeta nossa compreensão da natureza da psicanálise. Ainda mais quando a linguagem escolhida por Freud se vale da metáfora e do figurativo como modo particular de transpor/traduzir para o campo da representação verbal a dimensão inconsciente da subjetividade humana. Cabem aqui as contundentes palavras de Schnaiderman na entrevista: “A preocupação apenas com a fidelidade ao conteúdo, com a transmissão fiel deste conteúdo, sem a consideração com as questões de estruturação da obra em questão, leva, na realidade, a uma deturpação deste original. Gera um estilo castigado, um estilo muito severo, de muita fidelidade gramatical, que não permite nenhum deslize da linguagem, nenhum coloquialismo. E isso é um absurdo.”

Ainda hoje e por diferentes motivos que não cabe analisar neste espaço, quando determinadas revistas de psicanálise exigem como critério de publicação de um artigo a fidelidade a um gênero que se aproxima daquele utilizado pelas ciências duras, reproduz o mesmo dano, reduzindo e limitando a complexidade do objeto e método psicanalítico.

Deixemos neste ponto o tema fartamente discutido na literatura psicanalítica da tradução da obra de Freud. E debrucemo-nos sobre a interrogação quase retórica de Schnaiderman: “O procedimento analítico não é uma tradução?” Convoca com esta pergunta a fecundidade da relação entre a psicanálise e a tradução, tanto na origem do recalcamento como nas suas múltiplas expressões no processo analítico.

Freud colocara a pedra inaugural para uma ampliação da compreensão da subjetividade humana a partir de um modelo tradutivo das inscrições psíquicas, dos lugares e da mobilidade entre os mesmos na famosa carta 112 (52 na antiga edição) a Fliess datada de 6 dezembro de 1896. N esta carta aparece o rudimento do modelo do aparelho psíquico que será apresentado no sétimo capítulo de A interpretação dos sonhos (1900). A problemática do recalcamento é tratada na referida carta como uma dificuldade de tradução/versão (Ubersetzung) de uma modalidade de inscrição do traço mnêmico para outra. Questão retomada, entre outros, por Laplanche (1988) quando propõe ampliar o modelo “tradutivo” do aparelho psíquico formulado por Freud levando em consideração e ressignificando a contribuição de Ferenczi (1933) no clássico trabalho “Confusão de línguas entre adultos e crianças”.

Assim, para Laplanche (1988, p. 94), o traço originário de percepção passivamente registrado no encontro do infans com o outro materno assume um estatuto de um significante enigmático (herdeiro do recalque materno). “O intraduzível, o recalcado que se depositará em cada estágio ulterior, é apenas o eco, o resíduo, desse intraduzível da própria mensagem.” A própria transferência é entendida como uma reedição desta ausência originária de simbolização. Convivemos com o intraduzível da mensagem originária que nos constitui e da qual ensaiamos ao longo de nossa existência novas versões para não ficarmos presos a uma cristalização petrificante.

A retomada do modelo tradutivo como constitutivo da vida psíquica permite-nos retomar outra parte da entrevista que evoca o importante papel de Boris Schnaiderman na visita do linguista Roman Jakobson ao Brasil e na divulgação do seu pensamento. Jakobson (1959), num breve, mas seminal, trabalho de fundamental importância para o psicanalista, como assinala Mahoney, nos fala de três espécies de tradução que podem ser identificadas:

a) tradução intralingual, trata-se da interpretação de signos verbais por outros signos verbais;

b) tradução interlingual ou tradução propriamente dita, transposição de uma língua para outra;

c) tradução intersemiótica ou transmutação que consiste na interpretação de signos verbais por não verbais ou vice-versa.

Schnaiderman nos fala principalmente da complexidade e riqueza da tradução interlingual, foco de sua tarefa como tradutor. Para o psicanalista a terceira espécie ou tradução intersemiótica, mencionada por Jakobson, alude ao campo de atuação por excelência do fazer psicanalítico. A transposição do conteúdo latente no processo de formação do sonho, a dimensão icônica do mesmo e a passagem para a representação de palavra através do processo secundário são um exemplo vivo desta tradução sígnica de uma semiose inesgotável.

A entrevista traz um interessante diálogo em torno das características particulares de certas línguas e a maior ou menor capacidade de expressar através das mesmas pensamentos e emoções, como por exemplo: “O português é um língua muito rica do ponto de vista poético…, riquíssima para expressão de sentimentos”, “o inglês, o francês e o alemão são línguas que foram muito trabalhadas em termos de pensamento” Diz, no entanto, Schnaiderman: “O que acontece é que falamos em pensamentos e sentimentos, mas estas coisas não estão desligadas, fazem parte de um todo só, nos somos quem as desliga, separa…” Mais uma vez o tradutor, conhecedor profundo das armadilhas e recursos da linguagem, remete-nos ao modelo do sonho, que por meio do processo de deslocamento e condensação, não somente trabalha com signos imagéticos complexos, mas movimenta investimentos e afetos em determinadas direções incrementando, deste modo, a complexidade dos processos de significação e tradução. Como analistas sabemos o quanto a operação de recalque na neurose obsessiva separa representação e afeto e como na histeria o corpo ganha significação sintomática, quem não se lembra (Estudos sobre a histeria) do sintoma de neuralgia facial de Elizabeth Von R. que escuta as agressões verbais do seu marido como “um tapa no rosto”. Assim, um dos aspectos do trabalho da tradução em psicanálise busca religar afeto e representação, o que tinha sido, por efeito do recalque, separado. Se na neurose falamos do que tinha sido separado em outras configurações psíquicas nas quais predominam a não integração da experiência psicossomática, nas personalidades borderline ou nas clivagens do eu encontradas em configurações psicóticas entramos em contato com a impossibilidade da criação de signos mais complexos nas quais predominam a dimensão indicial e icônica do signo. A contribuição de Bion em torno da função alfa, função precursora do universo sígnico do sonhar enriquece a nossa compreensão da dimensão tradutiva intersemiótica na sessão de análise e dos caminhos que podem conduzir à simbolização e ao pensamento.

Toda esta complexidade sígnica do processo tradutivo reforça as palavras de Schnaiderman de que a tradução está muito distante de ser uma tarefa automática. Durante um tempo circulou um jargão crítico sobre a interpretação psicanalítica dizendo que esta não passava de uma “tradução simultânea”. Como se o analista fosse o detentor de um código/crivo tradutivo a priori e a partir de sua teoria traduzisse o discurso manifesto para “sua linguagem inconsciente” que o determinava, fruto de alguns excessos, e de uma época. A psicanálise hoje está distante desse tipo de prática, reconhecendo cada vez mais a complexidade da produção dos efeitos de sentido no contexto transferencial. Dentro desta perspectiva a interpretação psicanalítica só pode ser compreendida no espaço criado entre analista e analisando por meio do qual um sentido que não necessariamente pré-existia ao encontro pode ter lugar.

Desde que viemos ao mundo, a psicanálise nos mostra, estamos empenhados na fascinante tarefa de traduzir nas três dimensões assinaladas por Jakobson. Fomos o bebê que procurava decodificar os cheiros, barulhos, gostos enfim um mundo sensorial; mas, também, através por meio de intenções, desejos e fantasias desse ser primordial que chamamos mãe que nos gerou no seu ventre. Buscamos por meio da função nominativa e denotativa da linguagem uma clareza frente à dimensão inconsciente da nossa subjetividade que permanentemente nos escapa e que se faz presente fugazmente nas falhas de um trama que almejamos ilusoriamente coerente. Transitamos do ideal de completude para uma dimensão de finitude e limite que um terceiro nos impõe o que nos obriga ao desenvolvimento de uma nova função tradutiva. Quando procuramos uma análise buscamos o auxílio de uma escuta que nos aproxime do intraduzível de nós mesmos e do outro. Dos efeitos desta experiência nos lançamos a ocupar este lugar dispostos a sermos suportes de uma nova experiência transferencial que poderá apontar novos sentidos para aqueles que nos procuram. A multiplicidade das línguas, as confusões de línguas, são outros tantos elementos que se conjugam no exercer criativo e ético de abertura para o outro. Assim, como bem disse Julia Kristeva somos sempre estrangeiros para a dimensão inconsciente de nossa subjetividade. Assim o Bernardo tradutor, o Bernardo analisando ou analista seja em espanhol, português ou em qualquer outra língua, esteve e estará às voltas com a permanente tarefa de significar este enigmático e complexo estilo próprio, singular e que, como disse metaforicamente Christopher Bollas, é o idioma pessoal de cada um de nós; tão lindamente expresso na poesia de Ferreira Gullar com a qual Boris Schnaiderman nos presenteou.

 

Referências

Bakthin, M. (2003). Os gêneros do discurso. In Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo. Martins Fontes. (Trabalho original de 1992)        [ Links ]

Bettelheim, B. (1982). Freud e a alma humana. São Paulo: Cultrix.

Jakobson, R. (1959). Aspectos linguísticos da tradução. In Linguística e Comunicação. Trad. Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. São Paulo. São Paulo: Cultrix.

Laplanche, J. (1988). Traumatismo, tradução, tardução e outros trans(ES). In Teoria da sedução generalizada e outros ensaios. Trad. Doris Vasconcellos. Porto Alegre: Artes Médicas.

Mahony, P. J. (1987). Para a compreensão da tradução em psicanálise. In: Mahony, P. J. Psicanálise e discurso. Rio de Janeiro: Imago.

_____ (1999). Uma tradução Psicanalítica de Freud. In Ornston Jr., Darius Gray, org. Traduzindo Freud.Rio de Janeiro: Imago.

Susemihl, E. V. K. P. (2006). Traduzindo Freud. Revista Brasileira de Psicanálise; v. 40, n.1, p. 139-50.

 

 

Endereço para correspondência
Bernardo Tanis [Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo SBPSP]
Rua Capote Valente 432, conj. 142
05409-001 São Paulo, SP
Tel: 11 3062-1855
E-mail: tanis@uol.com.br

Recebido em 18.3.2009
Aceito em 28.3.2009

 

 

1 Psicanalista. Membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo SBPSP. Doutor em Psicologia Clínica PUC-SP.
2 Considerações a partir do texto de George Mounin, Estilística In: Introdução à linguística.
3 Os gêneros do discurso, segundo Bakthtim (2003/1992), estão determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação e compreendem conteúdo temático, o estilo e a construção composicional. Por exemplo: gêneros literários, jurídicos científicos, etc.

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