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Revista Brasileira de Psicanálise

Print version ISSN 0486-641X

Rev. bras. psicanál vol.51 no.3 São Paulo July/Sept. 2017

 

INTERFACES

 

Nostalgia e morte: a estratégia romântica para viver1

 

Nostalgia and death: the romantic strategy to live

 

Nostalgia y muerte: la estrategia romántica para vivir

 

La nostalgie et la mort: une strategie romantique de vie

 

 

Antonio Vargas

Graduado em artes pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), doutor em artes pela Universidade Complutense de Madri, com pós-doutorado em antropologia e filosofia pela Universidade de Barcelona e pela Universidade do País Basco. Artista plástico com exposições coletivas e individuais no Brasil, na Espanha, em Portugal, na Alemanha e nos EUA. Professor de graduação e pós-graduação na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) desde 1993. Autor de diversos artigos e capítulos de livros na linha de investigação de teoria e história da arte. Atualmente é pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Udesc

Correspondência

 

 


RESUMO

Este artigo apresenta uma introdução às principais relações entre o Romantismo e os conceitos de nostalgia e morte, bem como seus desdobramentos e heranças nas concepções de arte e artista. O autor procura evidenciar que as singulares relações que os românticos elaboraram entre esses conceitos sobrevivem em sua influência, devido à permanência de determinadas condições sociais, cuja origem se encontra justamente na aurora desse movimento artístico e filosófico, transcendendo o território da arte para habitar o da cultura ocidental.

Palavras-chave: morte, vida, nostalgia, Romantismo, pulsões


ABSTRACT

This paper is a result of a lecture which was given at the Journey of Culture of Death/Culture of Life Journey, in Florianópolis, sc, in 2017, as a preparatory activity for the XXVI Brazilian Congress of Psychoanalysis. The author presents an introduction to the main relations between romanticism and the concepts of nostalgia and death. He also studies their outcomes and contributions to the way art and artist have been conceived up until today. The author's purpose is to show that these unique relations, which the romantic idea elaborates on these concepts, survive in their influence because of the permanence of certain social conditions. These conditions precisely are originated in the dawn of this artistic and philosophical movement; they transcend the field of art and take place in the western culture.

Keywords: death, life, nostalgia, romanticism, drives


RESUMEN

El presente artículo, resultado de una conferencia en 2017 en la Jornada Cultura de muerte/Cultura de vida, organizada en Florianópolis, sc, como una actividad preparatoria para el XXVI Congreso Brasileño de Psicoanálisis, presenta una introducción a las principales relaciones entre el romanticismo y los conceptos de nostalgia y de muerte, así como sus desdoblamientos y herencias en las concepciones de arte y artista hasta nuestros días. El autor procura evidenciar en estas singulares relaciones que la concepción romántica elaborada sobre estos conceptos sobrevive en su influencia debido a la permanencia de determinadas condiciones sociales cuyo origen se encuentra justamente en la aurora de este movimiento artístico y filosófico trascendiendo el territorio del arte para habitar en el interior de la cultura occidental.

Palabras clave: muerte, vida, nostalgia, romanticismo, pulsiones


RÉSUMÉ

Cet article, résultat d'une conférence en 2017 lors de la Journée de la Culture de mort/Culture de vie, organisée par Florianópolis, sc, comme une activité préparatoire pour le XXVI Congrès Brésilien de Psychanalyse, présente une introduction aux principales relations entre le romantisme et les concepts de la nostalgie et de la mort, ainsi que ses conséquences et héritages dans les conceptions d'art et d'artiste jusqu'à nos jours. L'auteur cherche à montrer que ces relations singulières que la conception romantique développe sur ces concepts survivent à son influence en raison de la permanence de certaines conditions sociales dont les origines se situent, précisément, à l'aube de ce mouvement artistique et philosophique, au-delà du territoire de l'art pour habiter dans celle de la culture occidentale.

Mots-clés: mort, vie, nostalgie, romantisme, pulsions


 

 

Gostaria de agradecer o convite para fazer algumas considerações sobre o tema desde uma perspectiva das artes, ao falar da influência da visão romântica sobre o artista e a arte, pois, tanto como docente quanto como pesquisador, pude comprovar que essa visão ainda exerce uma significativa influência nos dias atuais sobre o entendimento do senso comum sobre o que é arte e o que é artista. Essa presença, porém, não se mostra apenas no senso comum.

Na concepção artística de inúmeros profissionais reconhecidos pelo sistema das artes e pelo mercado, a visão romântica continua reconhecível. A primeira pergunta que nos fazemos é: por que uma concepção de arte e de artista elaborada há mais de 200 anos segue exercendo tamanha influência em nossa forma de entender a arte e seu autor, o artista? A resposta para essa questão é paradoxalmente simples e complexa. Simples porque se afirma que as causas históricas que possibilitaram o surgimento do Romantismo ainda estão, de certa forma, bastante presentes. Complexa porque essas causas encontraram no Romantismo uma furibunda resistência, que se manifestou através de representações temáticas extremamente amplas e contraditórias. Essa é a razão pela qual os historiadores e especialistas no período sustentam que o Romantismo é um movimento cultural impossível de ser definido facilmente, pois em seu seio abrigaram-se visões de mundo que, apesar de contrárias, afirmavam a mesma resistência aos valores que os românticos de forma geral combateram: o racionalismo, a massificação do ser humano e o autoritarismo. Nas palavras do grande Isaiah Berlin:

O que podemos dizer que devemos ao Romantismo? Muita coisa. Devemos ao Romantismo a noção de liberdade do artista e o fato de que nem ele nem os seres humanos em geral podem ser explicados por noções simplistas, como as que predominavam no século XVIII e como ainda são enunciadas por analistas excessivamente racionais e científicos, seja em relação aos seres humanos, seja em relação aos grupos. Também devemos ao Romantismo a ideia de que uma resposta unificada quanto aos assuntos humanos provavelmente será ruinosa; que, se você realmente acreditar que há uma única solução para todos os males humanos e que você deve impor essa solução a qualquer custo, você provavelmente se tornará um tirano violento e despótico em nome de sua solução, pois seu desejo de remover todos os obstáculos a ela vai acabar destruindo as criaturas que você pretende beneficiar ao oferecer a solução. A visão de que há muitos valores e que eles são incompatíveis; toda a noção de pluralidade, de inesgotabilidade, da imperfeição de todas as respostas e arranjos humanos; a ideia de que nenhuma resposta que afirme ser verdadeira, seja na arte, seja na vida, pode, em princípio, ser perfeita ou verdadeira - tudo isso devemos aos românticos. (2015, p. 216)

O Romantismo surge no final do século XVIII e se consolida na primeira metade do XIX. Nos dois séculos anteriores, o cientificismo, aliado ao capital econômico, deu origem à Revolução Industrial e à elaboração de uma visão de mundo que se oferecia como portadora da realização de uma promessa de felicidade nunca antes existente, a saber: acesso geral aos bens de consumo, equilíbrio social, saúde (De Paz, 1986; Guinsburg, 2002; Neumann, 1992), ideário que desembocou na emblemática imagem da Revolução Francesa e seu slogan “Liberdade, igualdade e fraternidade”. Essa revolução exerceu influência e fascínio nos primeiros românticos do Círculo de Jena, na Alemanha, fascínio que rapidamente se converteu em desencanto. Esta é a grande palavra romântica: desencanto. Soma-se a ela outra, que a antecede: dúvida.

O Romantismo exprime a dúvida que parte da população manteve durante dois séculos sobre a visão de mundo cientificista e industrial. O final do século XVIII e o início do XIX revelaram os primeiros sinais de que essa dúvida era justificada. Para citar apenas alguns: pobreza nas cidades, em razão dos que migravam do campo para trabalhar nas fábricas; jornadas laborais desumanas, até mesmo para crianças; perda e desaparecimento de profissões artesanais, que conferiam identidade social (Sennett, 2009). Da confirmação da dúvida surgiu o desencanto social e, como consequência dele, a nostalgia romântica.

Os românticos representaram essa nostalgia pelo enaltecimento da natureza e da vida simples do campo; pela idealização de uma Idade Média repleta de amor ao próXImo, de comportamentos cavalheirescos e de relações de trabalho carregadas de afeto nas corporações de ofícios; pela idealização da criança, lamentando a perda de sua pureza e da infância; pela valorização do folclore e da cultura popular, afirmando o nacionalismo; pela valorização do primitivo, que na visão romântica é representado pelas culturas norte-africanas; pela valorização da introspecção e pela busca de uma espiritualidade intensa.

De fato, no Romantismo reverberam não apenas o catolicismo e o protestantismo, mas também, e com muita força, o pietismo, as práticas gnósticas com um maniqueísmo acentuado, em que o mundo físico é sempre um lugar de sofrimento, e todo um conjunto gigantesco de crenças oriundas da tradição hermética, que sobreviveram de forma subterrânea na Europa apesar das constantes perseguições da Igreja (Vargas, 2011). A influência do misticismo hermetista de Jakob Bohme foi imensa no Romantismo alemão. Toda essa espiritualidade acentuada é um elemento essencial para a compreensão, no Romantismo, dos conceitos de artista apostólico e de sublime. Esse último, embora tenha sua formulação em épocas anteriores, é no Romantismo que adquire papel central na significação estética. A importância do desejo romântico de união com o divino pode ser vista em autores como Schelling e Schlegel, que, apoiados por outros, defenderam que a filosofia deveria aliar-se com a poesia para criar uma nova mitologia, capaz de promover a unidade que o homem perdeu com o transcendente quando deixou de crer e viver o mito (Schelling, 2005; Schlegel, 1994).

Mas o Romantismo não se caracteriza apenas pela passividade nostálgica. Ele também é afirmativo. Afirma e defende a liberdade e a subjetividade. Identifica-se com o excluído social, o marginal. No Romantismo, a oposição entre burguesia e proletariado se faz contundente. Ao mesmo tempo que o romântico se identifica com o Cristo sacrificado, associa o burguês com o fariseu. Essa é uma metáfora recorrente no período. Dessa forma, o romântico valoriza o desempregado, o pobre, o louco, a prostituta, o viciado, a homossexualidade e o sexo livre.

No entanto, apesar de renegar o autoritarismo, o romântico não é um ser combativo. O idealismo romântico não vislumbra uma possibilidade efetiva de mudar a realidade que se impõe - daí a estratégia romântica de ver a morte como um retorno ao útero materno da terra. O romântico não age. Sua forma de luta é uma resistência passiva, na qual a morte comparece como o fim desejado e positivo, que condiciona muito do seu comportamento, convidando-o aos excessos sexuais, alimentícios, alcoólicos e entorpecentes. A melancolia é o estado de espírito almejado e desfrutado, que, juntamente com o sentimento cultuado de uma intensa experiência do sublime e da espiritualidade, banha a alma do romântico. Tamanha é a força que o imaginário romântico criou para valorizar o sofrimento, que Prometeu - um dos patronos das artes - emerge como imagem de referência com a ordem dos mitemas que compõem seu mito alterada. Se na versão tradicional Prometeu é castigado por Zeus por haver feito a ação heroica de roubar e entregar o fogo aos homens - ou seja, o sofrimento vem depois -, no ideário romântico o sofrimento antecede a ação heroica. Quanto mais o romântico sofrer, maior e melhor será sua obra artística (Neumann, 1992).

É preciso lembrar ainda que, se nas primeiras manifestações o Romantismo busca um equilíbrio entre razão e sensibilidade (Duarte, 2011), aos poucos ele ganha contornos mais radicais, repudiando veementemente todas as formas de racionalismo e defendendo a exacerbação da emoção e da subjetividade, o que conduz à negação de toda possibilidade de afirmação da verdade, visão essa que, mal compreendida, vai influenciar, no ensino da arte, toda uma corrente da livre expressão, que muito prejuízo causou no Brasil.

Feita essa breve introdução a algumas características do Romantismo, retornamos à afirmação que justifica a sua presença ao longo dos séculos XIX e XX e ainda nos dias atuais. Se considerarmos que um dos principais fatores detonantes do Romantismo foi a constatação de que a promessa do ideário científico-industrial de acesso geral aos bens de consumo, equilíbrio social e saúde era uma falácia e não se realizaria, poderemos facilmente entender a sobrevivência desse movimento: se a primeira revolução (científico-industrial) não foi capaz de cumprir a promessa, a segunda revolução (científico-energética), a terceira (elétrica) e a quarta (digital) tampouco cumpriram ou parecem capazes de cumpri-la; se essas três últimas revoluções produziram efeitos diversos dos da primeira, causaram outros semelhantes, como o desaparecimento de profissões, a alteração da organização social e comercial e o surgimento de uma incerteza generalizada, com uma consequente angústia em relação ao futuro. Tudo isso nos ajuda a entender por que o nacionalismo - um dos aspectos negativos do Romantismo, mas perfeitamente compreensível no contexto das invasões napoleónicas -, que emergiu no século XIX e se manteve na primeira metade do XX, surge novamente com força no início do XXI. Grosso modo, pode-se afirmar que o conflito entre a crença e a descrença na promessa de felicidade proclamada pela união entre o capital e a ciência permanece até os dias de hoje.

Outro fato que contribui para a permanência do ideário romântico é a manutenção da relação entre o artista e o mercado. O surgimento do Romantismo coincide com o ocaso político e financeiro da Igreja e da aristocracia. Desde o século XI, o artista produzia para a Igreja e para a corte, vivendo às suas expensas (Warnke, 2001). Com o declínio de ambas e o fim das demandas e do apoio financeiro, o artista passa a ter que produzir e vender o seu trabalho no nascente mercado de arte burguês, fator essencial para compreender a identificação do artista romântico com o proletariado, bem como a imagem social do artista como pobre e marginal. Essa relação do artista com o mercado, embora tenha sofrido uma significativa mudança na segunda metade do século XX, ainda perdura.2

Está claro, pois, que o ideário romântico se mantém no aqui e agora. Entretanto, isso não significa que todos os valores, imagens e representações elaborados pelo Romantismo permaneçam, nem que os que permanecem não tenham sofrido modificações ao longo do tempo.

A afirmação positiva do excluído, tão bem representada nos poemas de As flores do mal, de Baudelaire, foi influenciada pelo marxismo - que por sua vez também recebeu influência das ideias românticas -, e da segunda metade do século passado até os dias de hoje é perfeitamente identificável nas práticas artísticas e culturais de denúncia e crítica social, nas quais as condições de vida dos indivíduos e setores marginalizados são registradas e expostas em fotografias, performances e videoinstalações. Também é preciso assinalar que a Revolução Russa de 1917 imprimiu uma mudança importante no ideário romântico, permitindo e estimulando o surgimento de um Romantismo mais combativo e ativo, representado pela figura do artista revolucionário. Da primeira metade do século XX até a queda do muro de Berlim, um número imenso de artistas ocidentais esteve vinculado a um partido comunista.

O enaltecimento da natureza e o retorno à vida simples e coletiva no campo, que já haviam sido recuperados pelo movimento hippie nos anos 1960 (movimento que ainda exerce fascínio no imaginário), ganham novo impulso no ambientalismo e no ecologismo, o que ocorre devido à deterioração visível do meio ambiente, causada justamente pelo casamento entre capital e ciência. Nas artes, visualizamos essa concepção em obras da chamada estética relacionai.

Ainda que na arte contemporânea os conceitos românticos de autor e gênio sejam fortemente criticados, e mesmo negados ou banidos, o valor mais caro aos românticos - a questão da subjetividade - permanece inalterado e se desdobra na valorização e exposição da intimidade do autor em diversas formas artísticas, sem falar na exacerbação dessa exposição nas redes sociais.

E a morte? A morte no ideário romântico não é negação da vida; é antes condição para a vida. Vimos que a nostalgia, a melancolia e a fuga são as formas desse viver - um viver que não vislumbra no futuro uma perspectiva concreta, crível, de enfrentamento e mudança das condições impostas por uma sociedade que se move nas rodas da união entre capital e ciência e que exige do sujeito um comportamento altamente competitivo e combativo, que o romântico não tem, ou acredita não ter, ou não quer ter. O romântico, ao contrário do racionalista, cultiva um simbolismo lunar. Idolatra a noite, busca a descida à introspecção e ao recolhimento, e não os símbolos ascensionais. Por outro lado, essa forma de viver melancólica, nostálgica e fugitiva encontra pleno sentido na contemplação e na criação artística. Nostalgia e morte encarnam uma relação dinâmica da qual o romântico extrai temas de criação.

Como condição para a vida, a morte não é temida, o que permite ao romântico aventurar-se por um processo criativo que, mesmo repleto de riscos e perigos, é de suma importância cultural, pois somente aquele que não teme a morte enquanto busca um sentido de beleza é que se dispõe a caminhar na borda dos abismos da alma. É exatamente essa a causa pela qual o artista influenciado pelo ideário romântico logra produzir imagens tão poderosas e paradoxais, que nos permitem ver beleza na dor, na angústia, na tristeza e na desilusão, e consequentemente conhecer um pouco mais a maravilhosa complexidade do ser humano. Isso naturalmente não o isenta do sofrimento e da dor. Ao contrário. Como já afirmei antes, o romântico busca o sofrimento (ainda que não possa admitir essa busca), pois é o sofrimento que dá valor ao ato criativo. Sob essa perspectiva, o romântico encarna o modelo heroico do autossacrifício, da autoimolação em benefício da humanidade. Assim se vê e assim muitos o reconhecem. A obra artística resultante desse viver conflituoso e intenso, quando verdadeira, é de grande impacto e emoção.

Em síntese, nostalgia e morte são mecanismos criativos que o romântico encontra para dar sentido a sua vida. Não são uma forma de enfrentamento social, e sim de resistência, ainda que nos herdeiros românticos influenciados pelo marxismo a morte possa ser tanto uma forma de resistência como de enfrentamento social. De qualquer modo, a morte é um fim que o exercício de uma espiritualidade, de um misticismo exacerbado não permite enxergar como trágico. A morte não é negada; é esperada, desejada, valorizada - um caminho inexorável que o romântico não se importa em trilhar se este puder não apenas conduzi-lo para os lugares recônditos da alma humana, mas permitir a ele iluminar as flores que nascem do mal.

Essa visão persiste porque, no final, já somos todos um pouco românticos.

 

Referências

Berlin, I. (2015). As raízes do Romantismo (I. M. Lando, Trad.). São Paulo: Três Estrelas.         [ Links ]

De Paz, A. (1986). La revolución romántica. Madrid: Tecnos.         [ Links ]

Duarte, P. (2011). Estio do tempo. Rio de Janeiro: Zahar.         [ Links ]

Guinsburg, J. (Org.). (2002). O Romantismo. São Paulo: Perspectiva.         [ Links ]

Neumann, E. (1992). Mitos de artista (M. Salmerón Infante, Trad.). Madrid: Tecnos.         [ Links ]

Schelling, F. W. J. (2005). Sistema del idealismo trascendental (J. Rivera de Rosales & V. López Domínguez, Trads.). Barcelona: Anthropos.         [ Links ]

Schlegel, F. (1994). Poesía y filosofía (D. Sánchez Meca, Trad.). Madrid: Alianza.         [ Links ]

Sennett, R. (2009). O artífice (C. Marques, Trad.). Rio de Janeiro: Record.         [ Links ]

Vargas, A. (2011). Considerações sobre a visão mística na arte. Porto Arte, 30,103-116.         [ Links ] Warnke, M. (2001). O artista da corte (M. C. Cescato, Trad.). São Paulo: Edusp.         [ Links ]

 

 

Correspondência:
Antonio Vargas
Rodovia Haroldo Soares Glavan, 1093, casa 6
88050-005 Florianópolis, SC
acvargass@gmail.com

Recebido em 15.08.2017
Aceito em 29.08.2017

 

 

1 Palestra ministrada, a convite de Dra. Ana Julia Menuci, em 1.° de abril de 2017, na jornada Cultura de Morte/Cultura de Vida, organizada em Florianópolis (SC), numa parceria entre a Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi), a Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA), a Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre (SBPdepa), o Núcleo Psicanalítico de Santa Catarina (Nupsc) e o Núcleo Psicanalítico de Florianópolis (NPF), como atividade preparatória para o 26.° Congresso Brasileiro de Psicanálise.
2 Embora o artista contemporâneo seja um profissional perfeitamente integrado ao sistema económico, a imagem cultural do artista boêmio, pobre, doente, marginalizado e rebelde é uma criação romântica que infelizmente sobrevive no imaginário atual, e que molda tanto a visão de muitos jovens que escolhem as profissões artísticas como a de muitas famílias que enxergam com horror a escolha de seus filhos. A nós, professores, nos custa muito trabalho nos cursos de arte alterar essa concepção sem tolher os processos criativos.

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