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Interações

versão impressa ISSN 1413-2907

Interações v.7 n.14 São Paulo dez. 2002

 

EDITORIAL

 

 

É sempre com satisfação que oferecemos ao leitor um novo número da Interações. Mas a satisfação é ainda maior quando constatamos que este número de fato concretiza algumas das diretrizes traçadas em 2002 com o objetivo de inaugurar uma nova etapa na história da revis­ta. Algumas dessas conquistas talvez passem despercebidas do público mais amplo: o crescente aperfeiçoamento do projeto gráfico, o cuida­do redobrado na produção editorial (que resulta em textos melhor re­visados e normatizados), o acompanhamento criterioso da trajetória de cada artigo a partir do momento em que tem início o processo editorial &– tudo isso visa produzir uma melhora significativa, embora gradual e “silenciosa”, de nosso periódico. Estamos dando início, igual­mente, à reestruturação do Conselho Editorial; este número já conta com a participação de novos membros, representantes dos melhores quadros da psicologia brasileira e internacional; a eles, agradecemos o aceite da parceria e desejamos cordiais boas-vindas!

Este número é bastante representativo da rica diversidade rei­nante no campo da psicologia. Abrimos com uma reflexão sobre ex­periências desalojadoras do eu, examinadas à luz de conceitos de Heidegger e Winnicott. Em seguida, um artigo sobre as cartas endereçadas por fãs de telenovelas para seu ídolo, tema instigante e complexo o suficiente para mobilizar referências provenientes da psicologia social, sociologia e co­municação de massa. O ensaio seguinte examina a constituição do dis­curso pedagógico moderno, localizando suas raízes no pensamento de Kant, Rousseau e Herbart. A interação mãe-criança em contextos de brinquedo livre é o alvo do próximo estudo, com destaque para os estilos lingüísticos que caracterizam as situações observadas. Também tem caráter empírico o artigo sobre as crenças e valores societais em trabalhadores sem-terra, analisados a partir da psicologia política de Sandoval e da teoria social do self, de G. H. Mead. Os artigos se encer­ram com uma reflexão crítica sobre a traumática (e politicamente in­quietante) experiência vivida pela equipe de um Hospital-Dia paulistano quando de seu fechamento. Por fim, em tempos de grandes transfor­mações político-sociais, aqui e alhures, julgamos interessante acolher e divulgar o eloqüente testemunho de um psicólogo argentino acerca da recente e profunda crise pela qual passou seu país. O número contém ainda uma resenha e, na sessão “notícias”, a listagem das dissertações defendidas em nosso Programa no ano de 2002.

Chegamos, pois, ao fim de mais esse número convictos de que Interações continua a ser um mostruário fidedigno da variedade &– mas também da qualidade &– que vem se tornando uma marca da pesquisa em psicologia realizada entre nós.

 

COMISSÃO EDITORIAL