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Interações

Print version ISSN 1413-2907

Interações vol.9 no.18 São Paulo Dec. 2004

 

EDITORIAL

 

 

No ano em que comemora seus dez anos de existência, Interações traz novamente boas notícias a seus leitores. Em primeiro lugar, comunicamos que a revista acaba de obter indexações internacionais nas bases Red ALyC –Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal (http://www.redalyc.com) e CLASE – Citas Latinoamericanas en Ciencias Sociales y Humanidades (http://ahau.cichcu.unam.mx:8000/ALEPH). Tais indexações atestam a qualidade do periódico e aumentam em muito sua visibilidade no cenário internacional. Também fomos beneficiados com auxílio financeiro do CNPq (Programa de Apoio a Publicações Científicas – 2004). No momento nossa equipe trabalha intensamente no sentido de viabilizar a revista em formato eletrônico.

Conforme anunciado em editorial anterior, a revista tem buscado ajustar sua forma de organização ao significativo aumento no fluxo de artigos recebidos. A partir dos números referentes a 2005, Interações contará com a colaboração de editores adjuntos, e a editoria passa às mãos competentes da professora Lucia Ghiringhello. Além de ser uma praxe quando vigoram princípios democráticos de gestão, o rodízio na editoria representa uma salutar renovação nas formas de conceber e gerenciar o periódico. Nossas boas-vindas, pois, à professora Lucia – que seu trabalho dinamize ainda mais a Interações nesse início de um novo ciclo de vida!

O número que o leitor tem em mãos inicia com um artigo de Alexandre Mantovani e Miguel Bairrão, que partem da noção antropológica de pessoa para examinar a idéia de pessoa em performance em uma perspectiva multidisciplinar. Em seguida, Roberta Romagnoli lança mão do pensamento de Deleuze e Guattari para refletir sobre o sintoma familiar como excesso disruptivo. Segue-se o ensaio de Vânia Sequeira sobre um tema bastante polêmico, qual seja, o tratamento segregatório que a sociedade contemporânea despende aos criminosos. Passando do crime à loucura, Fuad Kyrillos Neto propõe uma interlocução crítica com a obra de Basaglia, questionando a noção de subjetividade nela contida. Ainda no terreno do sofrimento psíquico, o artigo de Martha Traverso-Yepes e Luciana Medeiros explora a categoria “doença dos nervos”, de uso corrente no linguajar da população usuária dos serviços públicos de saúde. Já o trabalho de Maria Juracy Toneli e Mariana Vavassori levanta e discute as práticas sexuais e alguns valores ligados à sexualidade de jovens homens da região Sul do Brasil. Paula Scortegagna e Daniela Levandowski examinam os encaminhamentos de crianças com queixas escolares, detectando os vários tipos de queixas neles incluídos, e apontando para a necessidade de esclarecer o papel do psicólogo junto às instituições de ensino. Por fim, um artigo de cunho histórico – Lílian Margotto analisa artigos sobre o uso de testes na avaliação psicológica em alunos de São Paulo na década de 20.

Uma vez mais, Interações aposta na rica diversidade que caracteriza a Psicologia brasileira; variedade nas abordagens teóricas e metodológicas, nos interesses prospectivos e históricos, nas diretrizes que apontam para uma crescente especialização ou para uma abertura interdisciplinar. Em tempos de unidimensionalização, só podemos saudar a exuberância de um campo em que o pensamento prolifera e se complexifica sem cessar. Ao completar uma década de vida, Interações orgulha-se des participar ativamente de tal movimento.

 

COMISSÃO EDITORIAL