SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.7 número3Estudos conceituais na análise do comportamentoDesafios para a implantação dos novos currículos de psicologia à luz das diretrizes curriculares índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Temas em Psicologia

versão impressa ISSN 1413-389X

Temas psicol. vol.7 no.3 Ribeirão Preto dez. 1999

 

Rotinas: implicações para a vida e para o ensino1

 

Routines: implications for life and training

 

 

Joseph E. Spradlin

University of Kansas

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este artigo conceptualiza muito do comportamento humano em rotinas, ou seqüências repetidas de comportamento. Certas rotinas são exibidas por muitos membros da comunidade, o que facilita previsões sobre comportamentos observando uma pessoa desconhecida. Outras rotinas são idiossincráticas. No entanto, observações repetidas da pessoa nessas rotinas tornam possíveis as previsões individuais. Rotinas convencionais são objetivos para o ensino de pessoas que não as exibem. Rotinas possuem características marcantes. Quando a rotina é iniciada, é comumente concluída. Atrasos para completar a rotina possuem três características de estímulos aversivos. Primeiro, a introdução de um atraso na conclusão da rotina irá suprimir comportamentos que produziram o atraso. Segundo, atrasos evocam comportamento emocional. Terceiro, comportamentos que reduzem atrasos para completar a rotina são fortalecidos. Ao ensinar novas rotinas, pode-se apenas iniciar a pessoa na rotina e introduzir os suportes necessários para completá-la. Este suporte pode ser gradualmente retirado conforme a pessoa começa a demonstrar competência nas habilidades.

Palavras-chave: rotina, seqüências comportamentais, estímulos aversivos, atraso.


ABSTRACT

This paper conceptualizes a great amount of human behavior as routines, or repeated sequences of behavior. Certain routines are shared by a lot of members of a community hence it is often easy to predict the behavior simply by observing an unknown person in a certain situation. Other routines are idiosyncratic, however repeated observations of the person in situations involving these routines can make possible individual predictions. Conventional routines often serve as targets for teaching people who do not exhibit them. Routines have marked characteristics. Once started, the routine is usually completed. Delays in completing routines have three aversive stimuli characteristics. First, the introduction of delay in the completion of a routine will suppress the behavior which caused that delay. Second, delays evoke emotional behavior. Third, any behavior that reduces a delay in completing a routine is strengthened. When teaching new routines, one can often simply engage the person in the routine and provide the support needed to complete it. This support can be withdrawn gradually as the person begins to demonstrate the component skills.

Key words: routine, behavior sequences, aversive stimuli, delay.


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Barton, E. S. (1970). Inappropriate speech in a severely retarded child: A case study in language conditioning and generalization. Journal of Applied Behavior Analysis, 3, 299-307.         [ Links ]

Barton, E. S.; Guess; D.; Garcia, E. e Baer, D. M. (1970). Improvements of retardates' mealtime behaviors by timeout procedures using multiple baseline techniques. Journal of Applied Behavior Analysis, 3, 77-84.         [ Links ]

Goetz, L.; Gee, K. e Sailor, W. (1985). Using a behavioral chain interruption strategy to teach communication skills to students with severe disabilities. The Journal of the Association for Per sons with Severe Handicaps, 70,21-30.         [ Links ]

Halle, J. W.; Baer, D. M. e Spradlin, J. E. (1981). Teachers' generalized use of delay as a stimulus control procedure to increase language use in handicapped children. Journal of Applied Behavior Analysis, 14, 398-409.         [ Links ]

Halle, J. W.; Marshall, A. e Spradlin, J. (1979). Time delay: A technique to increase language use and facilitate generalization in retarded children. Journal of Applied Behavior Analysis, 12, 431-439.         [ Links ]

Keller, F. S. e Schoenfeld, W. S. (1950). Principies of psychology. New York: Appleton-Century-Crofts.         [ Links ]

Pyles, D. A. M. e Bailey, J. S. (1990). Diagnosing severe behavior problems. Em A. C. Repp e N. N. Singh (eds.), Perspectives on the use of nonaversive and aversive interventions for per sons with developmental disabilities (pp. 381-402). Sycamore, IL: Sycamore Publishing.         [ Links ]

Sigafoos, J.; Reichle, J.; Doss, S.; Hall, K. e Pettitt, L. (1990). "Spontaneous" transfer of stimulus control from tact to mand contingencies. Research in Developmental Disabilities, 11, 165-176.         [ Links ]

Skinner, B. F. (1953). Science and human behavior. New York: Appleton-Century-Crofts.         [ Links ]

Wolf, M.; Risley, T. e Mees, H. (1964). Application of operant conditioning procedures to the behavior problems of an autistic child. Behavior Research and Therapy, 7,305-312.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência:
Schiefelbush Institute for Life Span Studies
3144 Campfire Drive
Lawrence, KS 66049
(785)749-4107

Recebido em: 30/10/99
Aceito em: 15/02/01

 

 

1. Trabalho apresentado em Conferência Rotinas: Implicações para a vida epara o ensino, XXIX Reunião Anual de Psicologia da Sociedade Brasileira de Psicologia, Campinas - SP, outubro de 1999. Tradução para o português de Marcelo Caeta no, Thiago Bonfim, Desirré Cassado e Celso Goyos

Creative Commons License