SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.11 issue11Historical construction of adolescence and its redefinition in a psychoanalytical clinic author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Imaginário

Print version ISSN 1413-666X

Imaginario vol.11 no.11 São Paulo Dec. 2005

 

EDITORIAL

 

 

Maria de Lourdes Beldi de Alcântara*

 

 

A partir de 2005, a revista Imaginário passará a ser semestral. Essa iniciativa responde à necessidade de maior espaço para a publicação dos PART I, aprovados pela comissão editorial, que crescem a cada ano.

A complexidade do tema Imaginário e Juventude proporcionou-nos uma gama de PART I, compostos inteiramente com o caráter interdisciplinar da revista, e, ao mesmo tempo, um desafio de composição. A tessitura destes e das imagens tem que ser harmônica, e essa melodia traz, necessariamente, a visão do grupo que a concebe.

Dessa forma, os PART I aqui apresentados constroem a visão e a complexidade dos estudos do grupo imaginário.

Cabe lembrar que nosso desafio está em conciliar a teoria e a ação por meio de uma intensa discussão sobre o trabalho de campo, o pesquisador e seu interlocutor.

Deslizando os olhos sobre os PART I apresentados, podemos ver que a análise teórica do conceito de juventude está atrelada à representação que os jovens criam sobre eles próprios e como a vivenciam. Assim, experiências musicais, de trabalho e de imagem são construções identitárias que reivindicam, contestam e agem nas instituições estabelecidas, principalmente, nos modelos ocidentais.

Os diálogos constituídos passam a ser um desafio para os olhos daqueles que trabalham diretamente com jovens. Desse modo, questões de compreensão a respeito da juventude, necessariamente, têm que estar repletas de suas vozes, formando um coral que nos revela uma respeitosa sinfonia, dentro da aparente desarmonia.

O arco interpretativo de vários tons e notas é conseqüência do reconhecimento de cada instrumento e de seu valor dentro do conjunto, constatando que nenhum som é mais importante do que o outro e que, sem um instrumento que seja, a sinfonia não pode ser realizada.

Esperamos que, nessa polifonia, esteja representada a maioria das vozes que dizem respeito à complexidade desse tema.

 

 

* Editora da Revista Imaginário. Doutorada em Antropologia (USP) e Pós-doutoranda em Psicologia (USP). Coordenadora científica do NIME/LABI. Coordenadora da pesquisa: A Reserva Indígena de Dourados e seus dilemas com a sociedade abrangente.

 

Creative Commons License