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PsicoUSF

versão impressa ISSN 1413-8271

PsicoUSF v.6 n.1 Itatiba jun. 2001

 

EDITORIAL

 

Este número da Psico-USF é o primeiro após a inserção da revista no Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia, dando início a uma nova estruturação no funcionamento e organização da revista.

Toda mudança indica a necessidade de rever o passado. Nesse olhar, não se pode deixar de agradecer ao trabalho realizado pelo antigo Editor, Prof. Dr. Konrad Lindmeier, OFM. Não se pode, também, deixar de relembrar a figura do Prof. Dr. Luiz Fernando de Lara Campos, batalhador apaixonado pela psicologia, que viveu entre nós e despendeu muitas horas de trabalho para que a produção de psicologia pudesse ter sua vazão e chegasse a público.

É uma honra assumir como Editor da PSICO-USF. Acho que devo agradecer à Comissão de Pós-Graduação pela indicação de meu nome, na esperança de dar mais alguns passos adiante. Espero estar a altura.

Não seria capaz de assumir tal tarefa se não pudesse contar com um Conselho Editorial que sei que me apoiará no dia a dia do fazer a revista. Quero agradecer aos professores doutores Acácia Aparecida Angeli dos Santos, Ricardo Primi, Rita Aparecida Romaro, Claudette Maria Medeiros Vendramini, pela possibilidade de trabalharmos juntos nessa organização. Aos membros do Conselho Consultivo os quais, por motivos vários, não poderei mais contar com sua valiosa colaboração, o agradecimento da Revista. Aos que ficaram e aos que passaram a trabalhar conosco em esta nova fase, sejam bem vindos e obrigado por partilhar deste trabalho cujo primeiro produto ora apresentamos.

Este número oferece ao público da psicologia artigos selecionados, abarcando uma variedade de temas e posturas teóricas, com vistas a um enriquecimento da cultura psicológica.

Joaquim Armando Ferreira, Leandro S. Almeida e Ana Paula C. Soares em seu estudo analisam as vivências de estudantes universitários, cujas oscilações encontradas em razão de curso freqüentado, gênero, situação de estudante são atribuídas a políticas e práticas universitárias. Também preocupados com o âmbito universitário, Soely A. J. Polydoro, Ricardo Primi, Maria de Nazaré da F. Serpa, Margarida M. Hoeppner Zaroni, Kelly Cristina Pereira Pombal apresentam o desenvolvimento de uma Escala de Integração ao Ensino Superior, informando uma boa consistência interna da escala e comprovações de sua validade por análise fatorial.

Preocupados com a comunicação mediada por computador em situação de tomada de decisão em grupo, Jorge R. Vivas e Nancy Terroni, em seu estudo, relatam as variações da percepção de sua influência contrapondo a comunicação por computação ou presencial. As diferenças são interpretadas como produto da presença social e restrições impostas pelo tipo de canal mediador que pode ou não permitir a construção de uma representação ajustada das influências mútuas.

Personalidade e habilidades sociais foram o tema do estudo de José Maurício Haas Bueno, Sandra Maria da Silva Sales Oliveira e José Carlos da Silva Oliveira. As relações encontradas permitiram aos autores afirmarem a possibilidade de relacionar as habilidades sociais por traços de personalidade, caracterizando uma possibilidade de validade concorrente.

Há dois estudos relacionados à situação de trabalho, ainda que com formas e abordagens diferenciadas. Ana Magnólia Mendes e Álvaro Tamoyo se propuseram a estudar as relações entre valores organizacionais e as vivências de prazer-sofrimento nessa situação. Seus resultados indicam uma preponderância das vivência de prazer, sendo o sofrimento vivenciado moderadamente. Por sua vez, Nelson Aleixo da Silva Júnior estudou o nível de satisfação de trabalhadores da rede hoteleira, referenciando-se na teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg. Suas conclusões indicam que os funcionários estão satisfeitos no trabalho.

Lílian Miranda Bastos Pacheco se voltou para uma análise das influências da história e da cultura, entremeadas por aspectos metodológicos, na construção do campo de estudo da psicologia da infância. Defende que a dispersão e diversidade de abordagens existentes hoje nesse campo podem ser melhor compreendidas se contextualizadas socioculturalmente.

Em uma busca de compreensão das motivações e da vivência dos andarilhos de estrada, Rodrigo Sanches Peres relata um estudo em que os fatores psicológico e socio-econômico são considerados motivadores do nomadismo. A situação psicológica dessas pessoas passa por incerteza, insegurança e isolamento.

Finalmente, são apresentadas duas resenhas. A Profa. Dra. Geraldina Porto Witter faz uma interessante apreciação do livro Classroom strategies for interative learning (Newark: IRA), e a Prof. Ms. Alicia Maria Hernandez Munhoz comenta com muita perspicácia o livro Contextos e Questões da Avaliação Psicológica (Editora Casa do Psicólogo).

Itatiba, junho de 2001.

 

Fermino Fernandes Sisto

Editor

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