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Psicologia da Educação

versão impressa ISSN 1414-6975versão On-line ISSN 2175-3520

Psicol. educ.  n.22 São Paulo jun. 2006

 

COMPARTILHANDO

 

Perspectivas e dilemas na pesquisa em história da psicologia no Brasil*,**

 

Perspectives and questions on research of history of psychology in Brazil

 

Perspectivas y dilemas en investigaciones en historia de la psicología en Brasil

 

 

William B. Gomes

Doutor pela Southern Illinois University. Professor Associado do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordenador do GT História da Psicologia da Anpepp. E-mail: gomesw@ufrgs.br

 

 

Agradeço muitíssimo o convite da professora Maria do Carmo pelo privilégio de estar reunido, mais uma vez este ano, com os pesquisadores da história da Psicologia. Aproveito para agradecer a Regina H. F. Campos, por ter-me convidado para o grupo, há dez anos atrás, no VI Simpósio da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (Anpepp),1 realizado em Teresópolis, RJ. Desde então, o GT em História, como ficou conhecido, tem sido uma referência de trabalho, de solidariedade e de confraternização. No último mês de março, acompanhei com atenção os trabalhos apresentados no XXIV Encontro Anual Helena Antipoff em conjunto com o V Encontro Interinstitucional de Pesquisadores em História da Psicologia. Foi realmente um encontro memorável: pela arquitetura colonial que nos envolveu, pela carinhosa hospitalidade mineira, pelo resgate do laboratório de Psicologia dos salesianos, agora na Universidade Federal de São João Del Rey, e pela convivência altamente aprazível e estimulante. Ao sair do evento, senti saudades dos tempos em que apresentar um trabalho era levar, não um pôster, mas um texto para ser lido. Na época, as boas apresentações se caracterizavam por uma linguagem leve e direta. A idéia era claramente introduzida, havendo uma boa sustentação entre os argumentos discutidos e as conclusões finais. Apresentadores experientes sincronizavam a leitura com o tempo disponível, afastando as recorrentes intervenções que interrompem a apresentação, em benefício do tempo e da paciência dos presentes, é verdade. A linguagem das apresentações era diferente da linguagem árida de um artigo de revista. O texto era preparado para ser ouvido e trazia a riqueza coloquial dos comentários livres e improvisados, mas com a vantagem de não divagar tanto, não se prender demais a determinado ponto, não perder o rumo e não sofrer com o traiçoeiro branco de memória. Claro que havia textos bons, lidos com desleixo; e textos duvidosos, lidos com entusiasmo. Essas variações sempre existiram nas apresentações. Mas nas minhas reminiscências do evento mineiro, os textos lidos me passaram uma mensagem forte e a uma vontade incrível de retornar a eles. Lembro-me agora de dois bons exemplos de apresentadores que lêem seus textos: o Arno Engelmann,2 com sotaque metálico e enfático, ensinando sobre as diferenças entre consciência mediata e imediata; e Ronald Arendt,3com sua timidez disfarçada e um pouco de ironia, mostrando os problemas do psicologismo e do sociologismo no estudo das relações entre self e identidade.

Com o tempo, foi sendo substituída a leitura por uma conversa informal com a audiência, apoiada em recursos audiovisuais ou não. Além disso, a audiência passou a não aceitar as leituras. Certa vez, eu presidia o trabalho de uma mesa, na qual um dos participantes lia o texto de um colega que não pôde comparecer. Não é que alguém da audiência envia um bilhete, solicitando que se interrompesse a leitura e deixasse o texto no xerox, pois leitura se faz em casa. Eram outros tempos e outros modos de apresentação.

Mesmo com esses fantasmas em mente, entendi que o tema proposto pela professora Maria do Carmo Guedes, nossa anfitriã nesse colóquio, convidava-me à reflexão cuidadosa. Afinal, quais perspectivas se apresentam para a continuidade do nosso trabalho? Resolvi incluir na análise alguns desafios e colocá-la no contexto da formação, em que encontramos as condições e a cooperação necessária à pesquisa e à continuidade do nosso trabalho. Organizei a apresentação em cinco pontos: o primeiro é sobre o ensino da história. A questão é: como levar tal ensino a cursos de graduação massificados e despreparados, muito preocupados com técnicas e práticas, e pouco interessados em fundamentação teórica e em práticas sustentadas por evidências? O segundo é sobre a pesquisa em história nos cursos de Psicologia. A pergunta é: como formar o historiador sem deixar de lado a pesquisa em Psicologia? O terceiro é sobre a própria história e a pergunta é simples: para que e a que serve a história? O quarto ponto volta-se para a relação entre o historiador e o seu objeto. A questão aqui é ética e se refere ao problema da ambigüidade em pesquisa. O quinto ponto olha para frente e quer saber como se pode escrever a história do futuro.

Durante alguns anos, estive intensamente envolvido com a formação em Psicologia. Estavam comigo colegas representantes de várias das nossas universidades: Angela Feitosa (UnB), Ana Edith (UFMG), Marília Ancona (PUC-SP), Antônio Virgílio (UFBA) e a saudosa Carolina Bori (USP). Diante dos muitos pedidos da abertura de cursos, a pergunta que nos orientava era: quais as condições desejáveis para a inserção de um curso de Psicologia em uma instituição de ensino superior? Entendíamos que, por suas características, era interessante que o curso fosse implantado em uma instituição com sólidas bases acadêmicas, entre cursos das áreas biológicas e das áreas humanas. Na nossa maneira de ver, para que a Psicologia cumprisse o seu papel de interseção na hierarquia ontológica do conhecimento, deveria sim estar ocupando a mediação entre as áreas físicas e biológicas, e as áreas interativas, sociais e culturais. Esperava-se do estudante da Psicologia um perfil diferenciado, pois deveria ser hábil para lidar, tanto com códigos biofísicos quanto com códigos socioculturais, tanto com o método experimental quanto com a análise de discurso. O seu trabalho estaria voltado para um organismo biofísico dotado de um intelecto que se realizava no plano sociocultural. Se a psicologia exercia um papel de integração científica e cultural, a sustentação da conseqüente diversidade psicológica estaria na hermenêutica da sua história. Daí a necessidade de respaldo acadêmico universitário para o curso de Psicologia. O estudo da história sendo tão importante quanto o estudo do método científico.

Para nossa surpresa, esse não era o entendimento dos proponentes dos cursos. Para eles, a formação em Psicologia estava dedicada à prestação de serviços auxiliares e ao cuidado à saúde das pessoas. Seria o curso perfeito para uma instituição técnica e funcionaria muito bem junto a cursos como Enfermagem e Fisioterapia. Recentemente, resolvi verificar a situação salarial da Psicologia em uma tabela de salários publicada pela Folha de S. Paulo (23/07/2006) e preparada pelo DataFolha (valores de junho pagos em julho de 2006). Encontrei a evidência que precisava, não para mim, mas para os sábios dirigentes das instituições que buscavam os cursos de Psicologia. O salário médio do psicólogo era próximo, mas ligeiramente inferior ao salário de outras profissões da área da saúde, comparando-se ao salário de profissionais de nível médio, como o auxiliar de enfermagem.

São muitos os desafios do ensino da História na graduação. Destacaria dois desses desafios. Um seria a questão do envolvimento do aluno e do desenvolvimento de sua capacidade cognitiva para lidar com a lógica da história (ou a falta de lógica). O outro, coloco a mim como professor. Como superar a exposição das teorias e sistemas e discutir com os alunos o desdobramento temporal de ações e reações, e de métodos e teorias que caracterizam o movimento incerto e probabilístico do conhecimento? Sem a base da história, esses alunos jamais entenderão a própria área de conhecimento que tomaram como profissão.

Acontece que ensinar não é tudo para nós. Queremos mais. Queremos atrair alguns desses alunos, unzinho que seja, à pesquisa em história. Como invejo colegas que vivem em regiões cercadas de história, tesouros escondidos a espera da descoberta por um diligente pesquisador. Nesse ponto encontro outro desafio. Como formar o pesquisador em história da psicologia sem, antes ou simultaneamente, levá-lo a experimentar as especificidades da área e não confundir pesquisa histórica com pesquisa psicológica? A não ser que prefira fazer psico-história, uma abordagem muito preferida por psicólogos. Por exemplo, a arte da historiografia não convive com o formato padrão do trabalho científico: introdução, método, resultados e conclusões. Há que se construir uma narrativa apoiada em evidências documentais, uma prática que, infelizmente, não coexiste com as características do Manual de Estilo da American Psychological Association. Tentei uma vez sensibilizar um editor a esse respeito e fiquei com a impressão de que perdi uma ótima oportunidade para ficar quietinho no meu lugar, cuidando da minha vida. Assim, acredito que uma maneira de aprender a diferenciar é aprender a viver, desse modo, defendo que o pesquisador em história da psicologia tenha também experiência com a pesquisa propriamente psicológica.

O terceiro ponto quer saber para que e a que serve a história da psicologia. Um breve exercício imaginário vai nos responder que a história serve para resgatar o passado e recolocá-lo diante da nossa crítica. O estudo dos elementos históricos de um campo de conhecimento, em uma determinada região, se faz pela identificação das prováveis vias de influências e de tendências, e dos resultados associados a estas vias. As vias são construídas por agentes internos e externos que preparam o lugar para as novas idéias ou para a implementação do empreendimento, se o tempo é oportuno. O sucesso do empreendimento vai depender de três fatores: a formação e o carisma do agente empreendedor, das características do lugar a ser ocupado, e a da maturidade dos tempos. O agente da história chama para si a parábola bíblica do bom semeador. Algumas mensagens se perdem à beira do caminho; outras, ao contrário, prosperam e os frutos são abundantes. Os agentes que abrem vias e transportam idéias surgem aos poucos, quer como colaboradores temporários, esvaecendo-se em seguida; quer como colaboradores permanentes, confundindo suas histórias de vida com a história do seu campo de conhecimento. A história serve para celebrar a memória, atender a curiosidade, identificar rupturas e desvendar elos. Da nossa parte, já avançamos com a história dos agentes pioneiros.4 Agora estamos nos voltando ao rastreamento das instituições que cederam espaços ou foram resultados do esforço pioneiro.5 Mas a história é, sobretudo, um trabalho de construção. Com isso em mente, podemos avançar para o próximo ponto e examinar as ambigüidades do ato construtivo.

O quarto ponto focaliza a relação entre o historiador e o seu objeto, mediado pelos seus recursos interpretativos. A aflição de Wilhelm Dilthey (1833-1912) diante das exigências do positivismo do século XIX voltava-se, justamente, para ato construtivo da história. O problema era a fragmentação do objeto. Qual o método para a narrativa histórica? O objeto da história era um aglomerado de elementos e pistas à espera de uma recomposição que seria, com toda a certeza, uma interpretação. Temos então três problemas: objeto, narrativa, e mediação. O problema do objeto é a ambigüidade. O problema da narrativa é a retórica. E o problema da mediação é a ideologia. O modo de encaminhamento do pesquisador pode colocá-lo em duas condições: a condição da ética retórica ou a condição da retórica ética. Não se assustem com o jogo de palavras, pois cada palavra pode ser definida segundo a posição que ocupa. O lugar qualifica a palavra no termo. O termo ética está sendo usado aqui no mesmo sentido que Max Weber (1864-1920) usou no seu livro A ética protestante e o "espírito" do capitalismo.6 Refere-se a uma práxis, isto é, ao que é para ser feito. Como sabemos, a ética compõe com a ontologia um sentido de objeto, tendo portanto natureza e função. A natureza é o seu modo constitutivo. A função é o seu modo expressivo. A educação será um derivativo da conjunção ontologia e ética, e serve de orientação filosófica ao bom desenvolvimento de tal objeto Quem primeiro nos ensinou foram os primeiros formuladores de teorias sobre o humano. A filosofia grega seguiu tais ensinamentos, a teologia foi a grande propagadora, e entre os discípulos recentes destacam-se os economistas e os psicoterapeutas. Na ética retórica, a mediação do pesquisador orienta a historiografia. Na retórica ética a historiografia orienta a mediação. Na ética retórica, a narrativa histórica serve ao interesse do pesquisador. Na retórica ética, a narrativa histórica serve ao objeto que se quer compreender. Notem que a ambigüidade se mantém nos dois encaminhamentos mencionados, mas a mudança qualitativa é radical. Na ética retórica se faz má ambigüidade, enquanto que na retórica ética se faz boa ambigüidade.

Chegamos agora ao problema de como escrever a história do futuro. Vou iniciar a discussão do quinto e último ponto, recordando meus encontros como o historiador e psicólogo Antonio Gomes Penna, por muitos anos professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tive até agora quatro encontros com Penna. O primeiro foi em 1985, na XV Reunião Anual da antiga Sociedade de Psicologia de Ribeirão Preto. Na ocasião, ele foi o debatedor de um trabalho que apresentei sobre a reversibilidade entre o empírico e o eidético (Gomes, 1985). Claro que reversibilidade tinha a ver com figura e fundo, com Gestalt, e por isso lá estava o Penna. Trouxe-me palavras de encorajamento. O segundo encontro foi em 1992 no IV Simpósio da Anpepp. Sabendo do meu interesse por fenomenologia, tomou uma folha de papel e listou os trabalhos que havia escrito sobre o tema. Para meu espanto, as referências eram quase completas, com ano, título e nome do periódico, ou editora, no caso de livros. O terceiro encontro foi em 2001, num evento sobre psicologia humanista realizado em Campinas. Penna me falou de suas lembranças de André Ombredane, um psicólogo belga que veio para o Brasil em 1939, lecionar na Universidade do Distrito Federal; e de Maurice Merleau-Ponty, o célebre fenomenólogo francês. Contou-me sobre os bastidores do concurso para professor de psicologia na Universidade de Sorbonne, disputados pelos dois. Não somos os únicos que temos que passar pelas agruras dos concursos. Desta vez, venceu Maurice Merleau-Ponty. Curiosamente, eram dois grandes nomes e duas áreas diferentes. Com o crescimento das neurociências, tem-se falado muito hoje nas contribuições de Onbrebrane. O encontro mais recente com Penna foi em 2001, na XXXI Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia. Caminhando ao meu lado nos corredores da UERJ, onde se realizava o evento, ele me disse: "Fico muito feliz pelo interesse de vocês na história da psicologia no Brasil, mas não deixem de discutir as grandes questões do pensamento psicológico".

Fiquei muito impressionado com as palavras de Antonio Gomes Penna e desde então tenho pensado no que chamo de compromisso com a história do futuro.7 Nós lidamos com um grupo que vem crescendo muito nos últimos anos. A última Anpepp, realizada em maio último na cidade de Florianópolis, SC, foi um extraordinário exemplo do crescimento da pesquisa e da formação de pesquisadores em psicologia no Brasil. Se, de um lado, temos o compromisso em resgatar nossa história, e nesse sentido somos muito admirados e respeitados; por outro, temos também o compromisso com a história teórica da psicologia. Na verdade, temos até uma perspectiva privilegiada, estando localizados na América do Sul, entre os sábios da América do Norte e da Europa. Evidentemente, as mazelas políticas do nosso país, os desacertos da economia e as desigualdades sociais em muito nos afligem e muito temos a fazer nesse campo. Mas não podemos abandonar a ciência, pois sem ela ficaremos muito limitados e também não resolveremos as injustiças e nem o analfabetismo. Nesse sentido, um desafio é passar para a nossa comunidade a importância do estudo e da reflexão em história na formação de um profissional diferenciado. Mais do que apresentar teorias e sistemas, nós temos que nos aprofundar nos meandros epistemológicos dessas teorias e sublinhar elementos que contribuam para o desenvolvimento de uma maneira de pensar psicológica que está acima dos aprisionamentos teóricos e das preferências por métodos e técnicas. Essa lógica é possível.

Há dois meses, participei de um animado debate sobre conversação interna e self dialógico.8 A questão principal do debate girava em torno da definição do pensamento como fala interna e do entendimento contemporâneo do self como descentralizado e múltiplo. O self das muitas vozes, como diria Mikhail Bakhtin (1895-1975). Não cabe aqui o aprofundamento do tema, senão ressaltar que o termo self é muito caro para a psicologia. Temos primeiro o problema da tradução do termo, no Brasil preferimos não traduzir. No entanto, nos referimos ao self muito mais como produto do que como capacitação psicológica básica. Como produtos do self, podemos citar as noções de autoconceito, auto-eficácia, auto-estima, ou, seguindo James, com as noções de eu ideal, eu real, etc. Como capacitação psicológica básica, estamos falando de geração de sentido, do trabalho com símbolos ou signos, do ato de raciocinar e interpretar. Com um bom conhecimento da história do pensamento psicológico, é possível saber que a condição humana de dar sentido, com o uso de sistemas de códigos, ao outro, a si e ao mundo, é o produto do poder de refletir. Trabalhando com conceitos datados é possível diferenciar a condição estrutural e funcional do conceito hoje conhecido como self. Enquanto estrutura, o self é um poder reflexivo, dialógico e a-histórico. Por outro lado, enquanto produto, o self é sociocultural e histórico. Seria ainda uma boa oportunidade para lembrar que o conceito de relativismo cultural, como entendido pelos antropólogos culturais, é uma descoberta de Franz Boas (1858-1942),9 no início do século XX, e que a principal contribuição para deslanchar o conceito self, como entendemos hoje, vem de Santo Agostinho (354-430).

A história do futuro volta-se para a ética do nosso trabalho e para a nossa capacidade de articular a história particular com a história universal do pensamento psicológico. Será a nossa contribuição para a retórica ética. Acho que seria um grandioso esforço para libertar a corporação dos fantasmas das ciências e das ciladas das crenças.

 

Epílogo

A comparação dos cinco pontos apresentados com os trabalhos publicados pelo Grupo de Trabalho em História da Psicologia da Anpepp permite-me afirmar que estamos no caminho da retórica ética. Ver, por exemplo, o livro História da Psicologia no Brasil no Século XX, organizado por Marina Massimi, com contribuições de vários dos nossos colegas, e publicado pela E.P.U., São Paulo, em 2004. Espero que possamos nos manter nessa abordagem metodológica, colocando-nos como referência ética e teórica ao desenvolvimento da Psicologia no Brasil, como ciência e profissão.

 

Referências

Arendt, R. J. J. (2003). Construtivismo ou construcionismo. Estudos de Psicologia, v. 8, n. 1, pp. 5-13. Natal.         [ Links ]

Campos, R. H. F. (2001). Dicionário Biográfico da Psicologia no Brasil. São Paulo/Brasília, Imago/CFP.        [ Links ]

Engelmann, A. (1997). Dois tipos de consciência. Revista de Psicologia da USP, v. 8, n. 2, pp. 25-67.         [ Links ]

Gomes, W. B. (1985). A reversibilidade do elemento empírico e eidético na constituição do sentido. XV Reunião Anual de Psicologia da Sociedade de Psicologia de Ribeirão Preto. Resumos.         [ Links ]

______ (1996). "História da Psicologia para o Curso de Graduação". In: Freitas Campos, R. H. de (org.). História da Psicologia. São Paulo, Educ.         [ Links ]

 

 

Recebido em agosto de 2006.
Aprovado em agosto de 2006.

 

 

* Agradecimentos à mestranda Amanda da Costa da Silveira, pela leitura do texto e as sempre oportunas sugestões.
** Palestra proferida em Colóquio sobre Pesquisa em História da Psicologia no Brasil, organizado por Maria do Carmo Guedes, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 04/08/06.
1 A participação se deu com o texto "História da Psicologia para o curso de Graduação".
2 Engelmann é professor da Universidade de São Paulo (USP). A apresentação a que me refero apareceu em forma de artigo. Ver Engelmann (1997).
3 Arendt é professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A conferência a que me refero apareceu em forma de artigo. Ver Arendt (2003).
4 Ver Campos (2001).
5 Refiro-me ao novo projeto do GT em História em parceria com o Conselho Federal de Psicologia para a preparação de um dicionário sobre as instituições relevantes ao desenvolvimento da Psicologia no Brasil. O projeto é coordenado por Ana Jacó, da UERJ, e o dicionário deverá estar publicado até o final de 2007.
6 A tradução em português foi publicada pela Companhia de Letras em 2004. Original alemão é de 1904/1905.
7 A historiadora Marina Massimi, colega de Mesa neste colóquio, disse-me depois que o termo História do Futuro foi o título dado por Padre António Vieira (1608-1697) aos seus dois últimos livros. Certamente, o termo procede das minhas conversas com própria Marina sobre a história do pensamento psicológico e das suas belas pesquisas sobre as idéias psicológicas no período colonial brasileiro.
8 Refiro-me ao 4th International Conference on the Dialogical Self, realizado na Universidade de Minho, Braga, Portugal, 1-3 de junho de 2006.
9 Refiro-me à conhecida passagem de Boas, de que a diferença entre povos é decorrente das condições históricas, sociais e geográficas e de que todos os povos se caracterizam por uma cultura plenamente desenvolvida.

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