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Psicologia da Educação

versão impressa ISSN 1414-6975

Psicol. educ.  no.30 São Paulo jun. 2010

 

As novas organizações familiares e o fracasso escolar

 

The new family organizations and school failure

 

La nueva organización de la familia y el fracaso escolar

 

 

Margaret Pires do Couto

Doutoranda do Programa de Conhecimento e Inclusão da Pós-Graduação em Educação - FAE/UFMG , Membro da Seção Minas Gerais da Escola Brasileira de Psicanálise e professora do Centro Universitário Newton Paiva. E-mail: mpcouto@uol.com.br

 

 


RESUMO

O objetivo desse trabalho é discutir as relações entre o fracasso escolar e as novas organizações familiares marcadas pelas transformações sociais, culturais e econômicas e também pelo declínio da autoridade paterna. Para tanto, será discutido, seguindo a orientação psicanalítica lacaniana, o fragmento de um caso clínico, buscando demonstrar como o sujeito encontrou na atualidade modos para construir sua novela familiar. Além disso, discutir o modo de operação da psicanálise nesses casos, que contraria uma tentativa de restaurar os ideais da família dita tradicional.

Palavras-chave: família; fracasso escolar; Psicanálise.


ABSTRACT

The objective of this work is the discussion of the relation between school failure and new family organizations highlighted by social, cultural and economic transformation, and also due to the decline of parental authority. For this reason, the discussion of a Lacanian psychoanalytically oriented clinical case fragment will seek to demonstrate how the subject discovered means of constructing his family novel. Besides that, there will be a discussion of the modus operandi of psychoanalysis, which goes contrary to the trial at restoring the so-called traditional family ideals.

Keywords: family; school failure; Psychoanalysis.


RESUMEN

El objetivo de este trabajo es la discusión de la relación entre el fracaso escolar y las nuevas organizaciones marcadas por transformaciones sociales, culturales y económicas y también debido al declino de la autoridad paterna. Para esto, se discutirá según la orientación psicoanalítica de Lacan, un fragmento de un caso clínico tratando de encontrar cómo el sujeto encontró en la actualidad modos de construir su novela familiar. Además de eso, se discute el modo de operación del psicoanálisis, que contraria un esfuerzo de restaurar los ideales de la dicha familia tradicional.

Palabras clave: família; fracaso escolar; Psicoanálisis.


 

 

Introdução

O objetivo desse trabalho é discutir as relações entre o fracasso escolar e a família na cultura contemporânea. Para tanto, pretende-se discutir os efeitos do declínio da autoridade paterna para as novas organizações familiares. Entendemos essas novas organizações familiares como fruto das transformações sociais, culturais e econômicas que afetam as instituições, dentre elas a instituição família e casamento e a subjetividade. Assim, parte-se do princípio que a família burguesa presente na sociedade ocidental não deve se constituir como modelo para todas as famílias. Isso nos permite abrir espaço para pensar margens mais amplas para a vida familiar tomada uma a uma.

Seguindo a orientação psicanalítica lacaniana, que nos convida a se deixar ensinar pela clínica do caso a caso, pretende-se demonstrar, a partir da discussão do fragmento de um caso clínico, as maneiras que o sujeito encontrou na atualidade para construir sua novela familiar e se arranjar dentro de sua específica configuração familiar. Além disso, discutir como a operação de desfamiliarização produzida pela psicanálise, revela a dimensão de semblante da família e torna possível o efeito de abertura de um enigma sobre a existência que tem importantes consequências para a relação do sujeito com o saber.

 

As novas organizações familiares e o semblante da família

Profundas transformações culturais estão afetando os costumes sociais, os estilos de vida e as relações da família. Diante disso, encontramos duas leituras para essas mudanças. Uma primeira, como afirma Fleischer (1999), apresenta uma visão apocalíptica que se sustenta em uma tradição que considera que a causa prevalente da patologia psíquica seria a dissolução do grupo familiar tradicional. Nessa perspectiva, de um modo mais ou menos manifesto sustenta-se a concepção de uma família normal em contraposição a uma desviante. Uma segunda visão nomeada como hedônica, sustenta-se na esperança nas mudanças e, ao contrário da anterior, supõe como causa de psicopatologias a rigidez do modelo de família tradicional.

De acordo com Miller (2006), a família tradicional estava fundada na autoridade do pai. A família clássica supunha um ideal de harmonia a que Lacan se contrapôs ao nos conduzir em direção ao Real presente no interior das famílias: a impossibilidade da relação sexual, a impossibilidade dos pares fazerem UM, de se complementarem, uma vez que na relação entre os sexos sempre algo tropeça.

Desse modo, a maneira como se articulava a autoridade foi deslocada a partir do fim dessa forma tradicional de organização familiar e da igualdade de direitos, seja entre homens e mulheres, seja entre filhos e pais ou entre as gerações. Em todas essas variações, discursos distintos entrarão em conflito sobre o que são o pai ou a mãe (LAURENT, 2007).

Se havia um modo standard da família que unia no mesmo homem as funções de procriação, de educação e de transmissão, essas três funções atualmente se dissociam e pluralizam-se. Em nosso mundo contemporâneo, em que a ciência autoriza dissociar a parentalidade do nascimento biológico, cada vez menos as funções maternas e paternas se confundem com o pai e a mãe biológica. Elas são exercidas por outras pessoas e não se concentram sobre os mesmos personagens. Por exemplo, com a homoparentalidade a função materna não é mais forçosamente atribuída à mulher e a função paterna ao homem. Isso revela o quanto há uma dissociação também entre o sexo anatômico e a posição sexuada de um sujeito, organizada por Lacan nas fórmulas da sexuação. As novas formas da família produzem um deslocamento, uma pluralização que rompe com o arranjo clássico da família edipiana. O incessante desenvolvimento da ciência e as novas possibilidades que ela oferece quanto à procriação e os novos modo de satisfação do corpo convidam-nos a um remanejamento do tipo ideal da família nuclear (GUEGUEN, DEFFIEUX, 2006).

Podemos nos perguntar então O que há de novo nas novas famílias? Oscar Reymundo (2001) responde que o significante novas famílias assinala que a tradição patriarcal cria um semblante que permite ao sujeito nada saber sobre o Real da inexistência da relação sexual. A psicanálise, principalmente aquela orientada pelo ensino de Lacan, contribuiu muito para o processo de debilitamento desse ideal paterno uma vez que leva o sujeito a desacreditar em um saber a priori de como as coisas devem funcionar e, em particular, como devem funcionar na família.

Entretanto, sabemos que a família não desapareceu, ela se transformou. Ela apresenta novos modos de aliança e satisfação e novos impasses entre os sexos e, desde que garanta a função de transmissão, podemos entender que esse grupo familiar se constitui como uma estrutura simbólica. Lembremos que para a psicanálise de orientação lacaniana trata-se do irredutível de uma transmissão que não é a transmissão de uma necessidade, de um saber, mas de uma transmissão constitutiva para o sujeito: a transmissão de um desejo particularizado, não anônimo, vetor da Lei no desejo. Trata-se da maneira como uma forma de aliança é selada entre o desejo de um homem ou de uma mulher e de uma criança.

Portanto, a despeito da evolução das formas de parentalidade há uma persistência da família conjugal que sustenta uma função de resíduo. Nesse sentido, pai, mãe e criança são apreendidos a partir de seus lugares significantes. É em relação a esses significantes, a essa constelação significante ofertada na família, que o sujeito se posicionará (ALBERTI, 2006).

Desse modo, como nos diz Laurent (2007), a ideologia edipiana não é mais suficiente para explicar as questões da família contemporânea. Assim, a proposta da psicanálise não é restaurá-la, mas constatar o fato de que a criança contemporânea revela um dado estrutural: é o sujeito que tem a tarefa de constituir sua família, no sentido em que esse institui uma distribuição dos nomes pai e mãe. E nos lembra ainda que nos romances familiares contemporâneos encontramos a invenção do pai sobre um fundo de carência, fazendo referência ao que Lacan já anunciava no texto O mito individual do neurótico, que o pai moderno é sempre humilhado e carente porque nunca está a altura de sua função simbólica.

 

A operação da psicanálise: a desfamiliarização diante do familiarismo delirante

Quando entra na experiência do inconsciente, o neurótico fala da discórdia em sua família e com sua família, do drama que se alimenta desse mal-entendido familiar. Desse modo, traz à tona a forma como tem se arranjado com essa língua familiar e materna.

De acordo com Bassols (1993), a família humana é mais um discurso que um sistema de relações, que inclui o modo como o sujeito se situa nela em relação ao desejo do Outro. Desse modo, ela se revela como uma construção mítica elaborada pelo sujeito que ancora sua economia psíquica diferenciando-se, portanto, daquela que compõe sua cena cotidiana.

O autor se pergunta qual seria o destino de uma família em uma análise?

Primeiramente, afirma, não recebemos o sujeito como um elemento de sua família e nem entendemos uma família como a soma de seus elementos. Essa posição diferencia o modo como a psicanálise entende e opera com a família, por exemplo, das teorias que dão sustentação às terapias familiares. Em uma análise, extraímos do discurso do sujeito os significantes privilegiados que provêm de sua história familiar. Desse modo, a família fica reduzida a um discurso com uma série de identificações e as condições que assinalam seu lugar de objeto. A análise é uma elaboração de saber na qual o peso dos personagens familiares são esvaziados em favor das funções simbólicas A família se desvela com sua função de fantasma para o sujeito, permitindo ou criando obstáculo para o acesso aos objetos fora dela. Nesse sentido, uma análise opera uma desfamiliarização com o mais familiar, um atravessamento dos emblemas e dos objetos familiares para decifrar seu ser de objeto e seu desejo significado no campo do Outro. A psicanálise leva o sujeito a se desfamiliarizar consigo mesmo e a encontrar em sua história o que não se justifica por seu mito ou seu fantasma familiar e que causa a eleição do seu desejo.

O efeito disso é a responsabilização do sujeito e o rompimento com a idéia de que a causadora da neurose, de todo sofrimento, alegria ou desgraça seria a família do sujeito.

É isso que Lacan indica, em sua proposição de 9 de outubro de 1967, ao criticar os analistas pós-freudianos por terem confundido a causa do sujeito com a família. Lacan cita a ideologia edípica propiciada pela própria psicanálise e o apego às coordenadas da família. Esse apego às coordenadas do fantasma familiar e às identificações torna-se um obstáculo para os próprios psicanalistas na hora de conduzir o tratamento. Lacan propõe nesse texto a necessidade lógica que o analista de sua escola vá mais além do apego ao fantasma familiar (BASSOLS, 1993).

Portanto, podemos entender que esse apego à família presente no discurso que a acusa de todos os percalços na vida de um sujeito, faz parte da estratégia de idealizá-la ou enaltecê-la, fruto da própria neurose.

Desse modo, a análise, na contramão do que produz a neurose, opera uma desfamiliarização do sujeito, um atravessamento dos emblemas e objetos familiares. Trata-se de um caminho do familiar ao mais singular.

 

Caso Bruna e a produção de uma ficção familiar

A família procura o atendimento para Bruna em função de suas dificuldades escolares e de adaptação no ambiente escolar. Segundo a mãe, a criança apresenta um rendimento escolar abaixo do esperado para sua idade, dificuldades no laço social em função das constantes brigas com as colegas. Além disso, a mãe relata que o comportamento com as professoras oscila entre o amor e a hostilidade. No final do ano anterior ao início do tratamento, a escola encaminhou a criança para estudar em uma escola especial. Entretanto, a mãe não achou que essa proposta seria adequada à situação de sua filha. Atualmente, estuda em uma escola particular de ensino regular, porém em uma série para crianças mais novas que ela.

História familiar

Bruna foi adotada aos seis meses de vida por um casal homossexual. Segundo sua mãe adotiva a criança nasceu prematura e teve problemas neurológicos. Faz atualmente um acompanhamento com uma neurologista que enviou um relatório informando que "a criança apresenta atraso cognitivo, dificuldade escolar e TDAH. História positiva para distúrbio psiquiátrico. Exame neurológico evolutivo com atraso nas áreas de coordenação motora, equilíbrio dinâmico e problemas motores".

Segundo a mãe adotiva, Bruna viveu com sua mãe biológica até os seis meses de vida. A mãe adotiva descreve uma mulher com comportamentos bizarros o que a fez suspeitar de uma doença mental. A menina foi entregue para adoção a uma amiga do casal, pelo companheiro da mãe, dizendo que cuidassem da criança porque senão iria morrer. Ela estava muito desnutrida e mal cuidada.

As condições dessa adoção são esclarecidas ao longo do tratamento por meio de entrevistas com a mãe e dizem respeito à sua subjetividade. Ela, a mãe adotiva, revela que também havia sido abandonada por sua mãe quando criança e adotada por outra família.

A família informa também nas primeiras entrevistas que Bruna não fazia, até aquele momento, nenhuma pergunta sobre ser filha de um casal homossexual e nem sobre sua adoção. Isso se constituía uma preocupação para a família adotiva que ficava receosa de como a criança lidaria, principalmente em sua vida escolar e futuramente amorosa, com o fato de ser filha de uma família fora dos padrões tradicionais.

A pergunta sobre a filiação e a família

As sessões transcorrem com Bruna desenhando, por iniciativa dela, por várias vezes o que chamou de a família toda. Ao ser perguntada como era sua família, responde sempre com a produção de uma brincadeira, de uma ficção de uma família tradicional. Ela inventa um marido com quem conversa ao telefone: "Você vai almoçar em casa? Tá. Então estou te esperando".

Apresenta em seus desenhos uma dificuldade quanto às relações de parentesco confundindo o que é um irmão, primo, tia, pai, etc. Indagada se estaria interessada em entender melhor sua família, ela confirma. A analista informa-lhe que há diferentes formas de família, e, nesse momento, a criança solicita que a ajude a montar letras, famílias de letras.

A pergunta sobre a filiação e o pai surge sempre por meio da identificação com personagens de novelas que apresentam uma busca por saber quem é o pai ou revelam essa filiação paterna duvidosa. Em uma sessão diz que gosta da novela Caras e Bocas e de uma personagem em especial. Ao se investigar o que sabe sobre essa personagem, ela informa que se trata daquela menina que procura pelo seu pai no início da novela.

Em outra sessão, ela quer representar outra personagem, uma criança, da novela Viver a vida. Decide que a analista será a mãe e ela vai dizendo o que deve fazer nesse papel. Durante a brincadeira mamãe e filhinha, pergunta sobre quem é aquele homem, referindo-se ao personagem que tenta cumprir a função de pai para a criança com quem se identifica na novela. Embaraça-se ao tentar definir se ele é ou não o pai da menina.

A brincadeira mamãe e filhinha desliza ora para a brincadeira professora e aluna, ora para a brincadeira de namorados. Na brincadeira de professora-aluna, ela é a professora e a analista a aluna e da mesma forma o sujeito vai conduzindo o que deve ser feito da posição de aluna. A analista banca uma aluna muito curiosa endereçando várias perguntas à professora. A professora que encarna é casada, tem filhos e fala com o marido ao telefone, chama-o de amor, pergunta o que está fazendo, a que horas vai chegar, etc.

Recentemente, em uma dessas brincadeiras, solicita que anote o nome dos meninos que conversam em sala e indagada sobre o motivo para esse procedimento diz: "é para chamar o pai deles aqui". Segundo ela, é preciso convocar na escola o pai das crianças que apresentam algum tipo de problema.

O que o caso Bruna nos ensina sobre a família, a operação da psicanálise e a relação com o saber?

A produção de uma ficção familiar e a possibilidade de abertura de uma pergunta sobre sua origem e filiação têm permitido à Bruna retificar sua relação com o saber testemunhada pelos avanços em seu rendimento escolar. Cabe ressaltar que essa é uma questão presente também para toda criança adotada ou não, proveniente de famílias homoparentais ou não. Enigma que cada sujeito, em sua particularidade, precisa decifrar. Ao final do ano em que iniciou seu tratamento, a escola optou por não retê-la na série que cursava e, reconhecendo seus progressos na aprendizagem, apostou que ela poderia ser aprovada e acompanhar sua turma.

O caso Bruna nos ensina que diante da inexistência da relação sexual, da impossibilidade de complementariedade entre os sexos, a criança produz uma ficção. A família é uma ficção produzida diante do encontro com esse Real e necessária para que o sujeito produza uma significação para o lugar que ocupou no desejo do Outro. Trata-se de uma resposta para o enigma da origem e filiação, o que Freud nomeou como Romance familiar e orienta o sujeito no mundo, na relação com seu Outro e com seu desejo. Desse modo, a família é uma produção do inconsciente, produto do trabalho sobre o Real, operada pelo próprio sujeito, da qual deverá se separar ao longo de sua existência.

 

Conclusões

Podemos entender que as famílias homoparentais interrogam a distribuição clássica de pai e mãe. Entretanto, trata-se de verificar na investigação clínica os efeitos desses remanejamentos. De acordo com Miller (2006), se a liberação sexual abalou os fundamentos simbólicos da família, entretanto, não afrouxou a necessidade de legalização e de institucionalização de suas fórmulas singulares. Cada um promove os novos acordos e os laços amorosos e sexuais na instituição familiar. Orientados por Lacan, entretanto, podemos localizar o irredutível da família que nenhuma organização nova ou tradicional pode eliminar: o Real da inexistência da relação sexual.

Desse modo, juntamente com Sanchez (2006), podemos compreender, por meio das famílias ditas tradicionais, ou seja, aquelas sustentadas pela autoridade paterna, que a ficção tem sua consistência e que os significantes mestres produzidos em seu interior funcionam para que o sujeito os use como um modelo de identificação e de regulação ou para opor-se a eles.

Desse modo, a perspectiva psicanalítica não encontra razões para a defesa incondicional da autoridade do pai e da família e nem para recomendar sua liquidação, uma vez que a fórmula familiar sempre faz sintoma, tanto as modernas como as tradicionais.

 

Referências

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