SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.2 número1O BBT como instrumento diagnóstico em orientação profissional: uma abordagem psicodinâmicaA re-escolha profissional dos vestibulandos da UFSC de 1997 índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Revista da ABOP

versão impressa ISSN 1414-8889

Rev. ABOP v.2 n.1 Porto Alegre  1998

 

 

O Teste Projetivo Ômega no diagnóstico dos múltiplos fatores que sobredeterminam a escolha profissional: Relato de uma pesquisa junto a alunos de escolas públicas e particulares do Recife

 

 

Inalda Dubeux Oliveira10; Luci Holanda11

Faculdade de Filosofia do Recife

 

 

A multideterminação da escolha é reconhecida hoje pela maioria dos que desenvolvem uma prática em Orientação Profissional mas, de uma forma geral, ainda predomina uma ênfase na influência psicológica em detrimento dos demais aspectos. No entanto, diante das mudanças no panorama do mundo de trabalho atual, onde as profissões se entrelaçam na multidisciplinaridade, e onde o fator econômico e o desemprego crescente se inserem como elementos chave na possibilidade de escolha, os profissionais de O.P. passaram a considerar em suas práticas o conjunto dos fatores intervenientes.

Considerando a realidade da Região Nordeste, tem-se constatado que, na maioria das vezes, poucos têm a oportunidade de passar pelo processo de Orientação Profissional pela forma como este vem sendo desenvolvido nas escolas de II Grau. Na escola particular, grande número de alunos para poucos profissionais existentes na instituição impossibilitam um trabalho sistemático, o qual, quando acontece, é, com poucas exceções, desenvolvido basicamente pela informação profissional e testagens de aptidões. Na escola pública da Região Metropolitana do Recife não é oferecido qualquer tipo de processo de O.P. pois sequer existe em Pernambuco o cargo de psicólogo escolar ou orientador profissional. O aluno, cujas possibilidades de escolha já são bem mais restritas por conta dos fatores sócio-econômicos, fica na dependência da orientação de coordenadores e/ou professores que se disponham a ajuda-los.

Partindo do reconhecimento deste fato, a pesquisa procurou apreender as possíveis diferenças na maneira como os fatores determinantes se manifestam em níveis sócio-econômicos diversos. Tal análise envolvia o estabelecimento de um diagnóstico de orientabilidade, através do qual fosse possível identificar as influências que contribuíam para facilitar ou dificultar o momento da escolha dos adolescentes da amostra. O estabelecimento de tal diagnóstico exigia a busca de instrumentos que permitissem um maior aprofundamento da triagem. O T.P.O., cuja caracterização fizemos no 1º número da Revista da ABOP, foi um dos recursos encontrados pois aliava uma aplicação coletiva a uma interpretação dinâmica dos conflitos básicos da crise adolescente, considerando não só os aspectos individuais, mas também os familiares e sociais pela relação com as figuras de autoridade e com o grupo.

 

Relato da Pesquisa

Objetivo geral - ratificar a eficácia do Teste Projetivo Ômega, na identificação dos múltiplos fatores que determinam a escolha profissional de adolescentes do II Grau, de algumas escolas públicas e particulares da Região Metropolitana do Recife.

Objetivos específicos-

  • ampliar o referencial do diagnóstico de orientabilidade para as necessidades de classes sociais menos favorecidas.
  • desenvolver um plano de intervenção em Orientação Profissional junto às escolas onde a pesquisa foi realizada.

Dentre os teóricos que embasaram a pesquisa, no sentido de ampliar a reflexão sobre os diferentes fatores que interferem na escolha profissional do adolescente, Bohoslavsky (1975) focalizou a família, a estrutura educacional e os meios de comunicação como fatores intervenientes, pelo fato de atender à demanda das contradições sociais e necessidades de reprodução do sistema cristalizando a ideologia do sistema social, pela representação das profissões, das suas relações, dos requisitos pessoais para se ter acesso a elas, seu sentido social e o próprio valor do trabalho e organização, o sistema de compensações materiais e morais alcançáveis, etc.(p.14)

A influência da escola foi considerada, na medida em que essa instituição reproduz e legitima a cultura dominante, através de normas de conhecimento, comportamento e linguagem, próprias da classe privilegiada e aplicada a todos. O aluno da classe menos favorecida não é considerado em termos de sua cultura, seus valores e para se inserir no mundo educacional, para ser aprovado (duplamente), só poderá apresentar certas partes de si, deformando-se. (Patto in Machado e Souza, 1997) O resultado de tal perda de identidade se faz sentir no momento da escolha pela assimilação da linguagem e valores da classe dominante, dificultando uma opção profissional autônoma.

Quanto à família, primeiro grupo de referência do sujeito, transmite-lhe os valores vigentes e permite-lhe a construção de sua identidade, a partir de identificações estruturadas, inicialmente, pelas primeiras relações objetais, incluindo as demais pessoas que se tornam significativas, ao longo do desenvolvimento. Lucchiari cita Hurstel (Levenfus, 1997)referindo que a forma como se fala do trabalho do pai implica em falar do pai em si e do valor que a família lhe dá (função metonímica), assim como a possibilidade do filho se identificar como membro da família quando escolhe uma profissão (função de referência) são muito significativas para o processo identificatório profissional. A escolha profissional é personalizada, e o adolescente quer ser como alguém, real ou imaginário, o que remete à revivência da problemática do ideal do ego pela busca de profissões idealizadas, que são descartadas por não atingirem a perfeição desejada.

As características da crise da adolescência: mudanças intensas, insegurança, busca de uma identidade, ainda permeada pelo processo de identificação, pela ambivalência e pela experimentação de papéis, tendem a dificultar a escolha, que é vista como sendo para o resto da vida. Conflitos diante da revivência do Édipo, elaboração de lutos, sentimentos de perda e defesas: contra os antigos objetos, num conflito entre o desejo de fusão em luta com os de separação/individuação e contra os impulsos agressivos e sexuais, podem refletir na escolha profissional de forma mais ou menos intensa, através de desejos onipotentes, extrema indecisão, escolhas por total identificação com figuras significativas ou escolhas puramente rebeldes.

Um diagnóstico de orientabilidade objetiva uma compreensão dinâmica da situação de escolha e o estabelecimento de uma forma de trabalho. Segundo Bohoslavsky (1977), a formulação do diagnóstico apoia-se em algumas questões básicas que o orientador deve responder, relativas a aspectos como: nível de maturidade e capacidade de escolha do orientando; força do ego e estruturação da personalidade como fator determinante da possibilidade de atingir a identidade ocupacional; a adequação do momento para o processo e as questões transferenciais e contratransferenciais da relação com o orientador.

Tais questões podem ser analisadas a partir dos dados emergentes da entrevista ou de recursos auxiliares tais como questionários ou técnicas diversas. O T.P.O., pelas suas caraterísticas projetivas, e analisado a partir de uma ótica psicanalítica, favorece a análise dos aspectos psicodinâmicos na medida em que seus cartões estímulo remetem a conflitos básicos da adolescência e do ato de escolher: a identificação pessoal e sexual; a identificação com o grupo familiar e de pares; a relação com a figura de autoridade e a perspectiva de futuro e projeto de vida. Os aspectos formais e psicodinâmicos das estórias elaboradas permitem uma análise do processo de escolha profissional.

 

Metodologia:

A amostra foi constituída por 126 alunos de ambos os sexos, selecionados aleatoriamente, cursando 2o. e 3o. ano do II grau, de três escolas públicas e quatro escolas particulares do Recife, que pretendiam fazer o vestibular em 1998 e 1997 respectivamente. A faixa etária média foi de 16 anos, com idades variando de 15 a 20 anos. No total foram 58 alunos das escolas particulares (PA) mais ou menos tradicionais em sua proposta pedagógica, e 68 da escola pública (PU).

 

Instrumentos utilizados:

Foram utilizados como instrumentos o Teste Projetivo Ômega com respectivas folhas de resposta, um questionário semi-aberto com questões específicas para a II e III séries, objetivando sondar dados pessoais e familiares, elementos facilitadores e dificultadores da escolha, e valores quanto à profissão, além de uma entrevista em grupo para colher informações complementares.

 

Equipe auxiliar:

A equipe auxiliar foi constituída por 7 psicólogas que faziam parte do Curso de Aperfeiçoamento em Orientação Profissional e 5 estagiárias do Curso de Psicologia da Faculdade de Filosofia do Recife.

 

Descrição e Análise dos Dados

(Convencionou-se PA para a escola particular e PU para a escola pública)

Dados do Questionário

 

FATORES FACILITADORES

 

PA/%

PU/%

Gosta das atividades

65

60

Tem jeito para a profissão

56

55

Tem alguma informação

32

7

Condições de trabalho

5

27

 

FATORES DIFICULTADORES

 

PA/%

PU/%

Medo de errar

60

19

Dúvida entre 2 profissões

32

26

Não conhece as profissões

46

4

Escola não prepara bem

5

7

 

ASPECTOS VALORIZADOS NA PROFISSÃO

 

PA/%

PU/%

Gostar da profissão

89

80

Garantir futuro estável

81

72

Ter aptidão p/a profissão

82

30

Ajudar pessoas

51

52

 

IDENTIFICAÇÕES PREDOMINANTES

 

PA/%

PU/%

Profissão do pai

26

0

Profissão de parentes

20

14

Profissão pai e mãe

13

0

Ninguém

0

26

 

Analisando os fatores que facilitaram a escolha, verificou-se que a amostra como um todo priorizou gostar das atividades e ter jeito para elas, mas já se encontram diferenças entre os dois tipos de escola na 3º posição, com 32% da PA considerando a importância de ter conhecimento da profissão contra apenas 7% da PU, enquanto para estes as boas condições de trabalho(27%) são mais enfatizadas que na PA (5%). Tal diferença pode ser atribuída à dificuldade da classe que freqüenta a PU de ter conhecimento das profissões que estão mais distantes de seu mundo e, por outro lado, idealizarem as boas condições de trabalho como um fator de ascensão social.

Quanto aos fatores que dificultam a escolha, o medo de errar, a dúvida entre duas profissões e a falta de informações foram os 3 mais citados ao ser considerada a amostra total, mas, ao serem diferenciados os dois tipos de escolas, verifica-se que:

a) o medo de errar foi bem maior na PA., o que pode ser relacionado ao maior nível de exigência que os alunos recebem de seu ambiente sócio familiar. Existe uma pressão para que a primeira escolha seja correta, evitando perda de tempo, que poderia representar ficar fora do mercado e não ser bem sucedido. Por outro lado, desde que entra na escola PU, que é regida pela ideologia da classe dominante, o aluno já recebe a mensagem de que o que ele traz, diz ou pensa está errado e deve ser substituído pela linguagem desse grupo social. Consequentemente, errar já faz parte de seu dia a dia e ameaça menos.

b) a falta de informação foi pouco citada pela PU, apenas 4% a mencionou, enquanto que a falta de preparação da escola foi salientada. Um fato pode ser decorrente do outro, pois, com uma história de condições de ensino precárias, no qual as informações como um todo são parciais e insuficientes e diante da ausência de um trabalho de Orientação Profissional, tal fator dificilmente seria salientado.

Quanto aos aspectos valorizados nas profissões encontrou-se um alto grau de semelhança nas respostas dos dois tipos de escola, em números quase equivalentes, com uma pequena diferença na 3º posição pelo maior valor dado à aptidão para a atividade atribuído pela PA: 82% x 30% na PU, que, por outro lado, pontuou mais a possibilidade de ajudar pessoas. Tal diferença pode ser vista a partir de contextos diversos: a PA pode valorizar mais a aptidão, pelo fato de já ter suas necessidades básicas de sobrevivência supridas, o que possibilita uma maior aproximação às motivações superiores de realização pessoal que o aproximam mais do ideal do ego, enquanto que na PU as necessidades básicas predominam. Beluzzo Silva (Bock, 1995 p.42) fala de um senso prático que orienta as escolhas e salienta que nas escalas inferiores tendem a predominar a necessidade econômica e nos extremos superiores o gosto, o dom, a vocação, a realização pessoal. Quanto ao aspecto da valorização atribuída ao ajudar os outros, ambas as categorias de escolas podem ter pensado em ajudar de uma forma crítica, através da reivindicação social, ou a partir de uma ótica paternalista, pela qual a PA se identifica com o provedor, que ajuda o outro e a PU como o que quer ajudar como gostaria de ter sido ajudado pela sociedade. As semelhanças encontradas podem ser atribuídas não apenas às características inerentes à adolescência, no que se refere ao processo identificatório, ao desenvolvimento de ideais e ao desejo de encontrar na profissão algo que lhe permita ser feliz, como, de acordo com as palavras de Bordieu, aos efeitos da escolaridade que, ao desvalorizar a maneira de ser da classe dominada, faz com que essa procure assimilar os valores da classe dominante.

Quanto às identificações predominantes, as respostas foram colhidas a partir das profissões escolhidas ou citadas como opções e pelas questões referentes às figuras de identificação, preferências e influências familiares e/ou não familiares.

Foram constatadas diferenças significativas nos dois tipos de escola, pois os percentuais estão praticamente iguais na 1º posição mas em categorias opostas: enquanto na PA encontrou-se forte influência da profissão dos pais: 25%, na PU 26% identifica-se com ninguém. A figura do pai não é citada e apenas 14% refere parentes ou figuras que admiram. Esses dados tendem a ratificar o pensamento de Hurstel (Lucchiari, in Levenfus, 1997) referente à dupla função da profissão dos pais nas escolhas dos filhos. Evidentemente, fica mais fácil a transmissão da profissão nos alunos da PA, cujas figuras paternas estão mais próximas, não só em termos da estruturação familiar, como das expectativas de sucesso do meio social. É significativa a identificação com ninguém pois revela a dificuldade de qualquer tipo de referência quando a figura paterna é ausente ou quando se afasta dos ideais e valores da classe dominante.

 

Dados do Teste Projetivo Ômega

A) Aspectos formais

 

 ELABORAÇÃO DAS
ESTÓRIAS

 ADEQUAÇÃO AO
ESTÍMULO

 DESFECHO

 

P
A
%

P
U
%

 

P
A
%

P
U
%

 

P
A
%

P
U
%

Estórias completas

63

43

Adequado ao estímulo

75

56

Positivo

39

30

Reflexões abstratas, chavões moralistas e descrições

34

47

Pobre, infantil, preso ao concreto

15

48

Negativo

19

13

 

Já a partir da análise formal do T.P.O. alguns dados significativos pontuaram elementos que diferenciam as duas categorias de escolas pesquisadas. Verificou-se que, ao contrário do que se difunde com relação às escolas públicas, não houve diferenças significativas com relação à elaboração das estórias, número de erros e adequação ao estímulo. Ambas as classes cometeram erros de ortografia, mas dentro dos padrões esperados em uma escolaridade que não treina a comunicação, mas as estórias se apresentaram completas em proporções semelhantes nas duas categorias (PA 63% e PU 43%), predominando na PU as descrições, reflexões abstratas e chavões moralistas (PA 34% e PU 47%). Esse percentual reforça o que foi salientado com relação aos fatores educacionais quanto ao papel de dominação da instituição. Segundo Patto (1977), o mito da deficiência da linguagem, defendido por psicólogos e pedagogos como forma de explicar porque o pobre não aprende, atrela o desenvolvimento cognitivo à aquisição de determinado tipo de linguagem considerada oficial e que pertence à classe dominante. Frases como ‘pobre fala mal’, ‘pobre fala errado’ deixam a criança da classe popular apenas duas possibilidades, diante desta imposição cultural: desistir (calar em classe, abandonar a escola depois de reprovações) ou esforçar-se para corresponder e assimilar os padrões que são impostos. A utilização dos chavões é ao mesmo tempo uma forma de calar-se, por não expressar sentimentos, e uma tentativa de integrar-se à imposição. Vale ressaltar, que embora predominando na PU, o percentual da PA também foi significativo, o que demonstra que a escola tende a calar o aluno como um todo, desenvolvendo memória e repetições enquanto desencoraja a crítica.

Quanto à adequação ao estímulo, esta foi maior na PA 75% para 56% na PU, predominando nessa (PU 48% , PA 15%), as estórias pobres, com conteúdo infantil e presas ao concreto, que reforça o que se referiu quanto ao tipo de escolaridade. O índice de fuga ao estímulo em geral foi baixo, sendo maior na PU(20% para 8% na PA), que associado aos chavões moralistas pode ter o significado dinâmico de defesa. Por outro lado, investigou-se a possibilidade de fuga por dificuldade cognitiva ou de expressão, fato reforçado pela pobreza e concretude de pensamento. Se, conforme referimos, a PA não prepara o seu aluno para pensar e abstrair, as condições oferecidas pela PU tornam a aprendizagem da expressão autêntica ainda mais inviável.

O tipo de desfecho fala da forma do adolescente encontrar saídas para a situação estabelecendo, portanto, um elo entre a análise formal e a dinâmica. Nas duas categorias predominou o desfecho positivo (PA 39% e PU 30%), sendo, no entanto, significativo o alto índice de estórias sem desfecho na PU (42% para 28:% na PA), indicando, talvez, a dificuldade maior em resolver problemas e objetivamente conseguir encontrar formas de enfrentar conflitos.

B) Aspectos psicodinâmicos

Vivência dos Conflitos

 

LâminaI: IDENTIFICAÇÃO PESSOAL E SEXUAL

 

Lâmina II: IDENTIFICAÇÃO COM O GRUPO

 

P
A
%

P
U
%

 

P
A
%

P
U
%

Com próprio sexo

58

47

Sociabilidade

46

38

Com sexo oposto

22

16

Isolamento

38

33

Com ambos os sexos

7

22

Ambos

12

19

Ausência de identificação

13

11

 

 

 

 

 

Lâmina III : RELAÇÃO COM A AUTORIDADE

Lâmina IV: PERSPECTIVA DE FUTURO

 

P
A
%

P
U
%

 

P
A
%

P
U
%

Com quem se relaciona:

 

 

Positiva

50

44

Rei, presidente, imperador

36

18

Negativa

34

29

Não refere figura de autoridade

19

24

Sem referência

15

10

Outros

16

24

 

Pai

12

10

TEMAS-SENTIMENTOS - ATITUDES

Avó

12

4

 

PA%

PU%

Mãe

7

6

Relacionamento positivo

29

19

 

 

 

Moralismo, abstrações

11

31

Como se relaciona:

 

 

Realização pessoal

24

19

Positivamente

58

51

Insegurança, dúvida

20

12

Negativamente

96

52

Imaturidade,dependência

20

12

Identifica-se com figura de

 

 

Sem sentimentos aparentes

 

20

autoridade

19

13

Perdas

17

14

 

Vivência dos Conflitos

Lâmina I: Ambos os tipos de escolas apresentaram maior identificação com o próprio sexo, com ligeira predominância da escola particular (PA 58% e PU 47%), o que sugere a superação dos conflitos primitivos, numa elaboração do complexo de Édipo, identificando-se com a figura parental com quem rivalizava, podendo sair em busca do par complementar oposto. Os temas e sentimentos predominantes nesta lâmina foram: relacionamento interpessoal positivo e perdas, o que é coerente com o momento vivido. As estórias referiam-se ao 1º amor, enamoramentos platônicos e amizades idealizadas, remetendo talvez ao desejo de reencontrar em outro objeto a fusão original, ao mesmo tempo que os temas relativos às perdas, falam da elaboração do luto pelos antigos objetos de amor.

Em seguida, a escola particular apresentou um maior número de identificações com o sexo oposto (PA 22% e PU 16%) o que refere à dificuldade de elaborar o luto pela bissexualidade, abrindo mão da onipotência infantil

Na PU, foi maior o número de alunos identificados com crianças e os que se identificaram com ambos os sexos constituíram um número três vezes maior que os da PA (PU 22% e PA 7%). Alguns da PU também se identificaram com animais. Esses fatos sugerem, nessa parcela da amostra, um nível regressivo maior da PU, revelando conflitos mais arcaicos, onde a bissexualidade e a indiferença sexual ainda persistem. Talvez esse movimento imaturo resulte do desejo de reconstruir/resgatar uma experiência mais satisfatória infantil, em contrapartida à sobrecarga de responsabilidade experimentada muito precocemente. Jovens com desejos e necessidades inconscientes infantis.

No que diz respeito à identificação com animais, específica da escola pública, e que se eleva considerávelmente, se são consideradas as demais lâminas, pode-se pensar numa baixa auto-estima, sentimentos de inferioridade e desvalorização, visto que os animais projetados nas estórias são de pequeno porte e, na maioria, insetos, formigas sujas que não gostam de banho, com alguma comida na mão , abelhas, besouros cansados ou rato maluquinho. Mesmo em se tratando de personagens humanos, em alguns casos temos: pessoas sem rosto, de joelhos, que ratificam a menos valia.

A ausência de identificação, foi de 13% na PA e 11% na PU que pode indicar um distanciamento da situação do teste, a incapacidade de se projetar ou a defesa diante do conflito da elaboração dos lutos e do desenvolvimento da identidade sexual.

Os temas e sentimentos predominantes na PU foram as reflexões moralistas, exaltando a importância de valores sociais, chavões e descrições da lâmina, onde o sentimento e o sujeito estavam ausentes. Estes dados podem refletir não só a defesa frente à lâmina, como também através das reflexões abstratas expressavam nos temas de reivindicações sociais e relacionamentos positivos, a percepção de uma realidade idealizada. Ao utilizar a linguagem  do outro através dos chavões, e bloqueando o afeto, ele se defende do seu dia a dia.

Lâmina II: Houve predominância da PA tanto com relação ao sentir-se no grupo: 46% para 38% da PU, podendo indicar a procura do grupo como defesa contra a fusão, busca de identidade e reconhecimento, ou ainda, defesa contra os impulsos agressivos e sexuais. Predominou também na PA o sentir-se só: PA 38% e PU 33%, podendo , na dinâmica, indicar a contrapartida da necessidade do grupo como reconhecimento de si que é o investimento narcísico como uma forma de estruturar a identidade. Os da PU tiveram um maior número de identificações com ambas as situações: ficar no grupo e estar isolado, (PA 12% e PU 19%) projetando-se das duas maneiras nas estórias, manifestando talvez o desejo de pertencer e o medo de ser rejeitado. Como a diferença dos percentuais não é significativa, percebe-se que o medo de ser rejeitado e a vontade de pertencer encontram-se presentes nas duas categorias de escola.

Observa-se, todavia, que o sentir-se só da PU reflete muitas vezes a marginalização com sentimentos de ser humilhado mais experienciada pela sua classe social o que é reforçado pelas escolhas dos temas que predominaram na PU nesta lâmina e que foram: mais uma vez as descrições moralistas distanciadas dos sentimentos e expressando reivindicações sociais que “deveriam ser atendidas” e marginalização.

Na PA, os temas predominantes foram realização pessoal, reivindicação social e relacionamento positivo expressando solidariedade, liderança, amizade.

Lâmina III: A identificação de pessoas fora da família como figura de autoridade, foi maior na PA com 52% para 45% da PU. Chama a atenção o fato de 36% da PA e 18% da Pu terem essas pessoas representadas por rei, imperador, presidente da República, ou o próprio país, demonstrando um deslocamento temporal e espacial que remetem a uma outra época, como se defendendo da atualização de tais sentimentos na adolescência

Observam-se também elementos da triangulação Edipiana, onde a relação com a figura de autoridade é de competição, aparecendo o desejo de destruir o rei para ficar no seu lugar.

Os temas de gravidez falam da emergência da sexualidade, da possibilidade do incesto e do desejo de ter um filho do pai, que vem acompanhado, freqüentemente pela culpa e pelo castigo aparecendo não apenas nas estórias do sexo feminino, mas nas do sexo masculino, em estórias onde aparece o desafio à figura de autoridade , logo seguido de castigo pela morte ou prisão. Tais sentimentos de culpa remetem não apenas aos desejos incestuosos mas ao ódio gerado pelo mecanismo de elaboração do luto pelos antigos objetos de amor, anteriormente citado, pelo qual, o sentimento de perda é seguido de agressividade contra o objeto perdido e acompanhado pela culpa.

A categoria Outros teve 16% na PA e 24% na PU, representados pelo professor, patrão ou pessoas anônimas. Duas possibilidades podem ser apontadas para essa busca identificatória fora da família: a) um processo defensivo do adolescente, que investe a energia libidinal edípica para outros que não os pais, negando as fantasias então revividas. b) na ausência de figuras parentais suficientemente boas, diante de pais indefinidos e instáveis, o adolescente, segundo Levenfus (1997) busca substitutos.

Ratificando os dados dos questionários nos quais o maior percentual de identificação na PU (26% para 0 na PA) foi com ‘Ninguém’, 24% não referiu figura de autoridade (24% Pu e 19% PA) e mais uma vez reforça o que foi referido acerca da função da profissão dos pai na escolha do filho baseado em Hurstel (Lucchiari, inLevenfus,1997). Pais da PU talvez não ofereçam funções de referência suficientemente fortes para se instituírem como figuras de identificação.

Foi significativo o percentual de 12% tanto para a avó como para o pai na PA, em detrimento da mãe (7%) e o avô apenas 2%. Talvez se possa pensar nos resquícios do matriarcado das senhoras de engenho ou ainda na necessidade de uma maior dependência, uma vez que na maioria das estórias a avó aparece como protetora, dando conselhos ou ensinamentos. Já a lei do pai aparece em 10% na PU, enquanto a mãe 6%. Nesse grupo, o avô e a avó estão equivalentes: 4%.

As figuras de autoridade, no que concerne ao sexo, foi representada nas duas escolas sobretudo pelo sexo masculino: PA 53% e PU 35%, enquanto que o sexo feminino alcançou o percentual de 24% na PA e 11% na PU.

Ambas as escolas apresentam como escolha de tema nesta lâmina um índice elevado (PA 92% e PU52%) de relacionamento interpessoal negativo: submissão, impotência, dependência, medo, o que pode refletir como a sociedade atual ainda mantém o adolescente dependente, sem oferecer emprego ou condições para o desenvolvimento da autonomia. A dependência manifestou-se ainda mais forte na PA, talvez devido ao alto nível de exigência quanto ao rendimento e sucesso ou à própria superproteção. Por outro lado, a maior proximidade na estruturação familiar da PA, pode provocar, nas figuras parentais diante do filho adolescente e do medo de serem suplantados pela emergência dos novos valores, a necessidade de criar maiores exigências e papéis sociais difíceis mas que mantenham o filho inseguro e dependente. O percentual elevado de relacionamento interpessoal negativo na PU pode, ao contrário, remeter à revolta pela ausência de uma proteção sócio econômica que fala de um descaso da lei institucionalizada.

O relacionamento positivo apareceu em seguida nos dois grupos, sendo um pouco maior na PA (58% para PU 51%), o que demonstra que apesar das condições sociais e familiares, o adolescente também busca sua diferenciação através do desafio, da auto confiança, chegando à cooperação.

Na PA, 19% se identifica com a autoridade, para 13% da PU. Buscando ocupar o lugar da autoridade, observou-se nas duas escolas, atitudes paternalistas que reforçam as respostas do questionários quanto à necessidade de ajudar: uma, parecendo exercer a reparação, procurando dar ao outro por possuir mais; enquanto que a PU pode procurar fazer ao outro o que gostaria que lhe fizessem. As vezes se observa nas duas escolas a identificação com o agressor, sugerindo a necessidade inconsciente de ter uma lei que reprima seus impulsos agressivos.

Além dos temas e sentimentos que referiram relacionamentos positivos e negativos, foram freqüentes estórias que expressavam sentimentos de culpa que podem remeter não só à vivência edipiana , suas fantasias incestuosas, como ao próprio ódio em relação ao rival.

Na PU, mais uma vez, as descrições e os chavões moralistas impedem o acesso dos sentimentos frente ao conflito. Nesta lâmina, no entanto, já aparecem os sentimentos de culpa.

Lâmina IV: Os percentuais das duas categorias de escola foram muito semelhantes quanto à perspectiva de futuro positiva: 30%PA e 29% Pu, indicando talvez a capacidade do adolescente em buscar um ideal, uma forma de ser feliz através da escolha de uma profissão

Quanto à perspectiva negativa os escores de ambas categorias foi igual: 20% enquanto 9% da PA e 4% da PU não fizeram referências a um projeto de vida. É importante ressaltar temas, sentimentos e atitudes que caracterizam a lâmina IV. Os escores mais elevados quanto à perspectiva de futuro se caracterizam pela insegurança, sobretudo nas duas PA cujo nível sócio-econômico é de elite, e cuja filosofia tradicional tende a preservar a história regional, através da disciplina e da religião, reforçando assim a insegurança. A quanto à Pu, os escores elevados refletem as dificuldades concretas com o baixo poder competitivo.

Da mesma forma, a imaturidade também apresenta pontos altos nesta lâmina, principalmente na PA, refletida na dependência, no desejo de ser criança e nas soluções mágicas encontradas através de sonhos e do acaso.

É de se supor que, diante desses elementos e da idade média da amostra - dezesseis anos - seja difícil para a maioria dos alunos posicionar-se de forma consciente diante da escolha de uma profissão e de elaborar um projeto de vida. Considere-se que são poucos os alunos que realizam um processo de O.P. nas escolas de uma maneira geral.

 

Temas e Sentimentos

Considerando que os temas escolhidos para as estórias do T.P.O. oferecem subsídios para a análise das ansiedades, temores e fantasias frente à situação de escolha, elementos importantes para o diagnóstico da orientabilidade, eles foram apurados não só quanto à especificidade de cada vivência de conflito, como pela predominância total nas estórias das quatro lâminas. Foi feito inicialmente um levantamento de todos os temas apresentados na amostra que em seguida foram agrupados em 16 categorias de acordo com a semelhança não só do tema em si, como dos sentimentos e atitudes refletidos. Em termos de freqüência, nenhuma delas obteve percentual muito elevado, devido à vasta gama de possibilidades que a escolha de um tema oferece. Foram encontrados, portanto, os seguintes resultados:

O relacionamento interpessoal positivo: solidariedade, a amizade, o amor inicial, etc., conforme descrito na caracterização, foi o mais freqüente da amostra (PA 29% e PU 19%), predominando, conforme analisado, na Lâmina I, mas aparecendo também nas demais, e expressando a necessidade de complementar o processo de desenvolvimento da identidade pela busca da separação da fusão inicial narcísica e pelo encontro de si mesmo no outro. O luto pelos pais da infância leva o adolescente a deslocar para as amizades idealizadas o investimento libidinal ameaçador com as figuras parentais. O percentual mais elevado na PA remete, possivelmente, à estruturação familiar que favorece as idealizações pela presença de modelos socialmente mais adequados. Por outro lado, ao remeter ao desejo de retomar os resquícios da fusão simbiótica através do encontro com o outro, pode indicar maior imaturidade quando associada aos temas de dependência.

As já analisadas descrições moralistas com aparente ausência de sentimentos predominaram na PU (31% para 11% da PA) , com estórias onde não aparece o discurso de um sujeito, mas apenas o eco de palavras alheias, comprovando o que foi referido na análise formal no que se refere à cassação da linguagem do pobre por um sistema escolar que reproduz a ideologia vigente. Para falar correto ele tem que tomar emprestada a voz do outro, ecoando estérilmente seus chavões.

Os temas que referem a realização pessoal aparecem em seguida, predominando na PA (PA 24% e PU 19 % ). Apesar da diferença, é bastante sadio que este percentual da PU expresse sentimentos de competência, perseverança, vitória, alegria, liderança, etc., o que parece indicar a preservação da capacidade de confiar em si próprio e lutar por um ideal.

Os temas: insegurança, imaturidade, reivindicação social e perdas aparecem em percentuais bem semelhantes entre si e entre as duas categorias de escola, ficando em torno dos 16% em média, o que pode indicar as características básicas da adolescência repercutindo da mesma forma nas diferentes classes sociais.

Temas referindo perdas físicas e mutilações apareceram em número significativo em ambas as categorias remetendo possivelmente à ansiedade de castração presente na revivência do Édipo na adolescência. Os percentuais de insegurança e imaturidade estão bem mais elevados na PA (20% para 11% da PU) o que pode ser interpretado como uma maior dependência, relutância em elaborar os lutos e o medo de errar gerado pela superproteção e/ou pela superexigência da classe social mais privilegiada e que resultam na insegurança e na dúvida no momento da escolha. Ficam aqui evidenciadas algumas ansiedades que Bohoslavsky pontua, tais como: referentes à auto imagem: (dependência, onipotência e impotência) e referentes ao futuro: (o medo de errar, a insegurança e o temor frente ao desconhecido).

 

Conclusão

Na perspectiva de identificar os fatores que multideterminam a escolha profissional, o T.P.O. mostrou sua eficácia, como instrumento auxiliar desta pesquisa, pois, além de ratificar que os conflitos inerentes à adolescência são comuns ao grupo, permitiu verificar que a forma como se expressam pode tomar características muito próprias do grupo de pertinência do adolescente.

A partir dos dados obtidos foi possível pontuar aspectos significativos para a elaboração do diagnóstico de orientabilidade em termos de maturidade para escolher, dinamismo psíquico e interferências de fatores familiares, educacionais e sócio-econômicos.

Em ambas as categorias de escolas, a maturidade está adequada à média da faixa etária da amostra (16 anos), mas insuficiente quanto à possibilidade de escolher autonomamente, como foi possível verificar em diversos aspectos tais como: elevado índice de estórias com conteúdos infantis e, principalmente na PU, presas a um pensamento concreto; identificação sexual com o sexo oposto ou com ambos os sexos, demonstrando dificuldade em elaborar o luto pela bissexualidade; relacionamento com a figura de autoridade predominantemente negativo, traduzindo submissão, dependência, impotência, medo, denotando a problemática da elaboração do processo de diferenciação/individuação, pela persistência dos vínculos simbióticos remanescentes; temas expressando insegurança, imaturidade, dúvida e perdas foram freqüentes na amostra como um todo. Os desfechos positivos por soluções mágicas, principalmente na última lâmina, indicam o medo frente ao desconhecido. Todos estes elementos indicam a dificuldade em separar-se das formas de relação da infância, diferenciando-se e construindo um quem ser através de um que fazer, comprometendo, portanto, a possibilidade de escolher. Algumas diferençasforam pontuadas entre as duas categorias, demonstrando a interferência dos fatores sociais no processo de maturação emocional, como por exemplo, o maior grau de sentimentos de insegurança, dependência e medo de errar nos alunos da PA, pelo nível de exigência de desempenho que a família e a sociedade exercem e que é bem menor na PU. Por outro lado, muitos temas infantis da PU, identificações com animais (que não apareceram na PA), indicam imaturidade, mas expressam, também, sentimentos de menos valia que é apreendido pelas condições sociais que enfrenta.

As ansiedades predominantes acionadas pelo momento da escolha e pelos conflitos suscitados pelas lâminas, ficaram evidente nas estórias, principalmente nos temas desenvolvidos, onde a busca da amizade, dos relacionamentos idealizados demonstrou a necessidade de desvincular-se da ameaça do incesto sem abrir mão da perfeição narcísica inicial; a necessidade do grupo como fator não só de deslocamento dos afetos, mas de complementação do conhecimento de si; a revivência da situação edipiana pelos conteúdos deslocados no tempo e no espaço, expressando rivalidade, desejos, culpa e castigo, com a figura do pai projetada em figuras impessoais e distantes. O medo de enfrentar o futuro, de elaborar perdas e encontrar soluções fica evidente principalmente pelas estórias na IV lâmina, quer com desfechos positivos idealizados, onde o personagem atinge o objetivo por interferência de outros ou por soluções mágicas, quer com desfechos trágicos, negativos e sem perspectiva.

Defesas foram mobilizadas, chegando a haver rejeição de lâmina (s), deslocamento do conflito de uma lâmina para outra e repetição do conflito (às vezes em todas as quatro estórias). Na PU, o distanciamento dos sentimentos ficou evidente pela utilização freqüente de estórias descritivas, reflexões moralistas e utilização de chavões podendo indicar tanto a defesa contra o conflito suscitado pela lâmina, como a interferência do fator social, através da imposição, pela escolaridade, da linguagem da classe dominante, calando, portanto, a expressão autêntica dos sentimentos da classe dominada.

Os fatores familiares se fizeram evidentes pela identificações e pela forma de relacionamento, predominantemente negativo em ambas as categorias de escola, com a figura de autoridade na III lâmina. A identificação com Ninguém apresentada , no questionário, com escore significativo na PU, em contraste com a ausência dessa forma de identificação na PA, ratifica os dados do TPO e demonstra como a diferença na qualidade da estruturação familiar é representativa no momento de escolha.

Concluímos, portanto, que é de grande importância que se reveja a assistência a nível de O.P. nas escolas do Recife integrantes da amostra, pois, se as PA, por conta do grande numero de alunos para poucos profissionais , conseguem apenas oferecer programas coletivos de informação profissional, sem condições de diagnosticar dificuldades, as Pu não desenvolvem qualquer tipo de trabalho em O.P.

Diante das conclusões desta pesquisa, espera-se mobilizar as instituições de ensino no sentido de poder ser desenvolvido um plano de intervenção em O.P., principalmente na PU, uma vez que aos da PA resta ainda a possibilidade de procurar a facilitação da escolha nos consultórios particulares.

Atualmente as estagiárias em Orientação Profissional do curso de Psicologia da Faculdade de Filosofia do Recife já realizam intervenções em escolas estaduais e municipais da Região Metropolitana do Recife desenvolvendo processos de facilitação da escolha junto a alunos do II Grau.

 

Referências Bibliográficas

BOCK, ANA M. & colab. - A escolha profissional em questão. S. Paulo, Casa do Psicólogo, 1995.        [ Links ]

BOHOSLAVSKY, R. Orientação Profissional: a estratégia clínica. S. Paulo, Ed. Martins Fontes Ltda., 1977.        [ Links ]

_____________ - Lo Vocacional: Teoria, Técnica e Ideologia. Buenos Aires, Ediciones Búsqueda, 1975.        [ Links ]

CASTRO, C. M. - Educação Brasileira consertos e remendos. Rio de Janeiro, Rocco Ed., 1994.        [ Links ]

FERRETTI, C. J. - Uma nova proposta de orientação vocacional . S. Paulo, Cortez Ed., 1988.        [ Links ]

FREITAS, L. A produção da ignorância na escola.  S. Paulo, Cortez Ed., 1988.        [ Links ]

FREUD, S. &– Obras Psicológicas Completas. Rio de Janeiro, Imago Ed. 1914.        [ Links ]

KNOBEL, Perestrello & Uchôa Adolescência na família atual. S. Paulo, L. Atheneu, 1981.        [ Links ]

LAPLANCHE & PONTALIS Vocabulário de psicanálise. Santos, Martins Fontes Ed., 1970.        [ Links ]

LEVENFUS, R. Psicodinâmica da escolha profissional. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.        [ Links ]

LUCCHIARI, D. H. Pensando e vivendo a orientação vocacional. S. Paulo, Summus Ed., 1992        [ Links ]

MACHADO, A.M. & colab. Psicologia escolar: em busca de novos rumos. S. Paulo, Casa do Psicólogo, 1997.        [ Links ]

MAHLER, M. O Nascimento Psicológico da Criança. Rio de Janeiro, Zahar Ed., 1975.        [ Links ]

MARCELLI & BRACONIER Manual de Psicopatologia do Adolescente. Porto Alegre, Artes Médicas, 1988.        [ Links ]

MULLER, M.  Orientação vocacional: contribuições clínicas e educacionais. Porto Alegre, Artes Médicas, 1988.        [ Links ]

OSÓRIO, L.C.. - O Enigma da Esfinge. Porto Alegre, Artes Médicas, 1996.        [ Links ]

PATTO, M.H.S. Introdução à psicologia escolar. S. Paulo, T. A. Queiroz Ed., 1982.        [ Links ]

___________ - Psicologia e Ideologia. S. Paulo, T. A. Queiroz Ed., 1987.        [ Links ]

SOARES, D.H.P. O jovem e a escolha vocacional. S. Paulo, Ed. Mercado Aberto Ltda, 1987,        [ Links ]

SPLENÈ, A. M. R. O adolescente e seu mundo. S. Paulo, Liv. Duas Cidades, 1975.        [ Links ]

 

 

10 Inalda Dubeux Oliveira - Profra. da Faculdade de Filosofia do Recife.
11 Luci Holanda - Profra. da Faculdade de Filosofia do Recife.

Creative Commons License