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Psicologia: ciência e profissão

versão impressa ISSN 1414-9893

Psicol. cienc. prof. v.4 n.2 Brasília  1984

 

EDITORIAL

 

 

Este segundo número de Psicologia, Ciência e Profissão nos deixou em sobressalto pela responsabilidade de manter o interesse que o primeiro despertou, expresso em tantas manifestações de apoio e sugestões que recebemos. Ao mesmo tempo, nos sentimos grandemente motivados para fazê-lo dadas as perspectivas de uma divulgação assim produzida proporciona a toda a categoria de psicólogos. Nossa inexperiência e o desafio de consolidar uma proposta de publicação inovadora são o que ainda explicam o atraso desta edição.

Nesse número, mantivemos a seção que agora ganha o nome de Psicologia em Debate, que será sempre de matéria produzida por nós, colocando em discussão questões relevantes em nosso meio profissional. O tema apresentado aqui é o da formação do psicólogo. Mantivemos também a publicação de artigos de caráter científico, produzidos por colegas: o de Ana Maria Almeida Carvalho, que discute um tema importantíssimo que é o conceito de "atuação psicológica", o de Lorismário E. Simonassi, Maria Cristina T. Pires, Bemadete M. Bergholz e Antonio Carlos G. dos Santos, que leva ao questionamento da noção de causa-ação do comportamento humano e o de Zilda Del Prette e Almir Del Prette que relata experimento de implicações significativas para os meios institucionais e relações multiprofissionais, no que diz respeito ao tratamento do vómito psicogênico em bebês.

Segundo a linha de abrir a palavra aos temas vivenciados no dia a dia da realidade profissional e que todavia não chegam a ser veiculados, colhemos os depoimentos de quatro colegas para a matéria "Eu, mulher, psicóloga e negra".

Introduzimos um recurso que visa a formentar o debate, o Contraponto. Ou seja, um espaço para a exposição de um ponto de vista teórico, técnico ou filosófico que, divergindo de algum modo do artigo a que se refere, permite apontar discussões. O Contraponto pode também dar origem a um outro espaço, o da réplica, caso os colegas queiram mandar artigos que discutam algo já publicado.

Nesta edição estreamos uma seção permanente de entrevistas e depoimentos com psicólogos pioneiros: Memória. O nosso objetivo é registrar parte da história viva da Psicologia no Brasil. Esse registro, além de ser incluído na Revista, fará parte de uma fitoteca no CFP que estará à disposição de quem se interessar.

Há também, para aqueles que desejarem ter acesso à informação científica, uma matéria sobre o IBICT -uma instituição governamental que, dentre outras atividades, organiza, armazena e tem muitos arquivos de dados disponíveis para consulta. Esperamos que ela possa ser útil àqueles que se interessam pela pesquisa em Psicologia e em áreas correlatas.

Estreamos outra seção permamente, com a finalidade de veicular notícias profissionais ou científicas sobre livros, teses, atividades, revistas técnicas, escalas padronizadas recentemente, monografias e levantamentos bibliográficos feitos em determinadas áreas da psicologia. Isto possibilitará a divulgação da existência do conhecimento gerado que levará a categoria a ampliar a sua percepção do leque de instrumentos e atuações existentes e possíveis no seu campo profissional. Contudo, a riqueza e utilidade desta seção dependerá fundamentalmente de recebermos dados e informações para publicação. A seção chama-se Acontece.

Com intenção similar à anterior, mas desejando aprofundar um pouco mais a informação, começamos ainda a publicar resenhas de livros ou teses. Neste caso, dependeremos essencialmente da boa vontade dos colegas que se dispuserem a redigir resenhas e submetê-las à Comissão Editorial.

Nosso interesse é que cada número convide à leitura de capa a capa e crie a expectativa do próximo.

Um ponto que merece atenção é o das normas de publicação na revista. Aos poucos elas irão sendo definidas a partir da experiência adquirida.

Em 1985 teremos mais dois números, sendo ainda difícil, porém, cumprir uma data exata de expedição, como gostaríamos. De qualquer maneira, o envio de grande número de artigos, a partir da distribuição do número anterior, representa a vivacidade de produção que estamos conseguindo canalizar. Ao mesmo tempo, isso nos deixa satisfeitos e aumenta a nossa responsabilidade.