Rediscutindo a formação do psicólogo

As deficiências e inadequações da formação do psicólogo à realidade brasileira são preocupações antigas, crônicas e recorrentes. Existem há muito tempo, levantam muitas discussões, mas não se consegue de fato melhorar a qualidade da formação. Apesar disso, não se pode negar sua importância e, por isso mesmo, estamos retomando tal tema.

Começamos, nesta edição, com uma síntese da pesquisa do CFP e CRPs sobre os psicólogos brasileiros a partir da perspectiva do exercício profissional, incluindo uma avaliação dos cursos de graduação. Esta síntese foi feita por Antônio Virgílio Bittencourt Bastos e Paula Inez Cunha Gomide, Conselheiros do CFP.

Numa perspectiva histórica, de 1962 até os nossos dias, Sylvia Leser de Mello equaciona quais são os problemas recorrentes.

Um trabalho de pesquisa sobre e com os alunos de Psicologia está sendo desenvolvido nos últimos anos por Ana Maria de Almeida Carvalho. Ela aponta no processo de formação em andamento os diversos obstáculos que persistem ou reaparecem na atuação profissional.

Além das constatações da situação vigente, vêm surgindo propostas de mudança da formação. Uma das mais recentes está ocorrendo no Curso de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. A novidade dessa proposta é que a questão do currículo passou a ser vista como um trabalho de pesquisa.